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Mais que bons Amigos -11-
Após passarmos o domingo todo juntos a tardezinha Henri retorna a sua casa e eu a minha. Henri entra em casa, conversa com Clarisse na sala e vai à cozinha se refrescar com um copo d’agua. Ao seguir para seu quarto o jovem rapaz é surpreendido pelo pai que o questiona:
_ Posso saber onde e principalmente com quem o senhor estava o dia todo? Ou melhor, desde a noite de sábado?
_ Oi? Porque isso agora pai? Nunca me questionou para onde eu ia ou com quem.
Pergunta Henri ao pai que responde:
_ Verdade, erro meu. Talvez eu deveria ter sido mais firme com vocês.
_ Ei me tira fora dessa, nem sei o que está acontecendo, mas eu tenho certeza que não fiz nada de errado.
Diz Clarisse já se defendendo.
_ Errado? Não sei se essa é realmente a palavra, talvez precipitada ou alguem que não pensa antes de agir, não tem cuidado em analisar as situações.
_ Credo pai porque esta falando isso de mim?
_ Porque é verdade minha filha. Você estava namorando um rapaz, brigou fez um escândalo, se separou me fez gastar uma fortuna em uma viagem para se recuperar, esquece lo e veja o que fez assim que retornou? Voltou para ele.
_ Mas pai.. foi um mal entendido que ja resolvemos e…
_ E que poderia ter sido resolvido bem antes, sem estresse e principalmente sem tanto dinheiro gasto por nada.
_ Ha paizinho, mas Paris é Paris né? É sempre uma boa acalmar os pensamentos passeando de gôndola ou fazendo compras.
Diz Clarisse tentando se justificar ao pai.
_ E não podia ter acalmado seus pensamentos por aqui mesmo? Nadando no rio da nossa fazenda daqui ou na fazenda nova que acabamos de comprar que aliás você nunca foi. Sabia que sua mãe comprou um pedalinho para colocar no imenso lago que tem la?
Diz Olavo pai de Henrique e Clarisse.
_ Desculpe papai, vou la conhecer a fazenda nova, melhor vou passar o próximo fim de semana todo la ja vou ate chamar o Bruno. Que tal vir conosco Henri? Melhor, toda a família!
Fala Clarisse
_ Sua mãe e eu não poderemos ir neste final de semana, mas vocês poderão ir, a estrutura ja esta pronta e ja tem caseiros para recebe los.
Diz Olavo.
_ Hum vou pensar direitinho e depois te aviso Clarisse, vou perguntar para o Toni se ele quer vir com a gente.
Responde Henrique.
_ Não, não vai, Antonio não vai! Sobe Clarisse que eu preciso conversar com seu irmão. E você, agora em meu escritório.
_ Mas pai…
Tenta contestar Clarisse, mas é interrompida de imediato pelo patriarca que fala com tom de autoridade a sua filha.
_ Agora Clarisse!
_ Senta ai Henrique, vamos conversar. O que está planejando fazer da sua vida? Por mim já teríamos essa conversa antes, mas sua mãe dizia que era melhor não te pressionar, para deixar você seguir seus próprios interesses. Afinal de contas você tem algum interesse?
_ Ha pai eu sempre pensei que eu trabalharia na empresa e…
_ E você sabe em quais ramos nós atuamos? Quantas fábricas temos, quais os produtos produzimos, quantos empregados?
_ Não eu…
_ Não, claro que não, sabe porque? Porque você não se interessa! Nem você, nem sua irmã se interessam por nada desta família. Sua mãe e eu construindo um império enquanto vocês gastam sem se importarem com o valor ou de onde vem o dinheiro. Na sua idade eu ja saia para vender bolsas e sapatos com seu avô e você o que faz? Fica batendo perna ou melhor gastando as rodas do carro que eu te dei para cima e para baixo com o filho da empregada, gastando com jantares, padaria e quarto de hotel.
Diz Olavo aumentando seu tom de voz ficando cada vez mais irritado a cada palavra que saia de sua boca.
_ Como, como o senhor sabe… quem contou…
Indaga o rapaz ao pai
_ Quem me contou? Seu cartão de crédito, afinal sou eu quem paga ele. Mas não foi apenas assim que eu soube, infelizmente, se esqueceu onde mora? Que aqui qualquer mexerico corre mais rápido que rastilho de pólvora? Todos da cidade já estão comentando sobre a forte amizade de vocês dois.
_ Não tem nada haver pai, o Toni e eu somos amigos desde crianças. O Senhor nunca jantou em um restaurante com um amigo ou quis comer algo diferente em uma padaria? Que mal há nisso?
Pergunta Henrique ao pai.
_ Talvez não maldassem de vocês se estivessem junto a suas respectivas namoradas ou se tivessem fama de pegador, mas muito pelo contrário não é Henrique? Quantas namoradas ja teve até hoje? E o Antonio? Não, não melhor vocês hoje se acham muito moderninhos, que namorar é coisa de careta, então vou mudar para o vocabulário de vocês quantas mulheres vocês dois já pegaram, já ficaram, hem? E estou dizendo para transarem mesmo, não estou falando de beijinho no rosto não.
_ Que isso pai, eu não vou responder essa pergunta. Isso não interessa nem ao senhor, nem a ninguém dessa cidade. Além disso estão me acusando de que? Não deveriam estar agradecidos por eu não estar desonrando a filha deles, comendo e as abandonando, engravidando uma e jogando a culpa para outro? Era esse tipo de filho que o senhor gostaria de ter? Porque infelizmente esse não sou eu.
Diz Henrique também se alterando.
_ O que está acontecendo aqui? Estou ouvindo o grito de vocês do segundo andar.
Pergunta Olivia entrando no escritório.
_ Não Henrique, Nós só queríamos um filho normal que encontrasse uma moça de família, namorasse, conhecesse ela, passeando pela cidade tomando sorvete, indo nos parques itinerantes que aparecem aqui, nas quermesses, festas, rodeios. Se interessasse pela empresa, pelos negócios da família, quisesse vir junto, participasse por vontade própria.
Explica Olavo diminuindo o tom.
_ Meu filho, nós só queremos o melhor para você. Talvez você esteja confuso, nós entendemos como é fácil se perder nesse novo mundo cheio de armadilhas traiçoeiras onde tudo parece ser lícito, fácil e prazeroso. Onde pessoas sorridentes nos dizem a todo momento que temos o direito de fazermos tudo o que quisermos, mas nos ocultam que cada decisão vem com uma consequência e são frações de segundo de decisões erradas que nos marcam para sempre e é nosso papel de pais lhe ajudar a encontrar o caminho certo.
E conclui Olivia abraçando o filho. Ambos começam a chorar abraçados por alguns minutos, então Olivia se separa do filho e o manda subir para o quarto, pois precisa conversar com o marido.
Autor: Mrpr2
Continua...
Comentários
Cadê o próximo capítulo.... eu fico aqui me roendo atrás de ler ... amando esse conto
Pqp... cada vez o desenrolar dessa história fica mais interessante ... eu me vi na situação do henrrique.. quando me assumi pro meu pai .. As palavras dos pais dele .. foram basicamente as mesmas q meu pai falaou pra mim.. uoo..
Mais já posta outros capítulo por favor tô amando esse conto .
Esta demais só acho que ficou pequeno.
A família tradicional brasileira é assim, corrupta, invejosa
A família tradicional brasileira é assim, corrupta, invejosa
Espero q a Olívia dê um chega pra lá nesse marido dela