Projeto A.D.A - Epílogo
Epílogo
Eu sou natural de Stalingrado, onde morava com o meu filho e meu marido.
Porém depois que ele sofreu um enfarte fulminante e faleceu, precisei me mudar junto do meu pequeno para bem longe. Eu não queria morar perto das memórias pesadas e recentes de dor. Meu filho até mesmo se isolou na escola e parece que perdeu a capacidade de falar. Quem sabe longe dos pontos de referência que remetiam a momentos com o seu papai, ele poderia voltar a socializar e crescer mentalmente saudável.
O meu filho já tinha uns 10 anos e aceitou bem a mudança. E assim alguns meses depois do velório nos mudamos para uma cidade bem isolada no norte, onde os preços dos imóveis estavam despencando por causa de mitos bobos e medos infundados.
E assim foi feito.
Em uns 6 meses morei apenas com o meu filho, tentando nos habituar com a cidade isolada e com a cultura local.
- Sim, é. Você é uma mulher rara. As pessoas saem daqui ao invés de vir morar. É tudo culpa da Rainha do Submundo. As árvores dela estão se aproximando. Estou te falando, é verdade. Ano passado foi feito uma excursão de turistas de fora em direção à floresta, e ninguém retornou. – Me falou uma vez um morador idoso da cidadezinha.
A cidade existia fundada quase em cima desses contos místicos e rumores do passado.
O primeiro grande conto era que a região tinha um tal de lago ou portal com pedras mágicas, ninguém sabia explicar muito bem quem as criou, mas diziam que era um jardim que concentrava o poder da natureza e ligava dois mundos.
O segundo deles era que era essa fonte anciã espiritual e de confluências de energias foi usada na guerra fria para montar algum ritual satânico e no fim invocou uma Deusa diabólica, porém algo deu errado e a sua presença não durou muito tempo. E no final essa entidade satânica acabou se transformando em uma estátua de pedra. E que só com o sacrifício de muitas vidas ela poderia voltar e sair de sua forma hibernante.
E a última era de no máximo um ano atrás.
Segundo o povo da cidade, essa deusa estaria para acordar. E árvores já estavam sendo plantadas por ela para que crescessem e devorassem as mulheres virgens do país e assim cumprissem o pacto demoníaco que acordaria a Rainha do Inferno.
- Jules, eu não consigo entender o povo dessa cidade. Essa histórias, se eram para atrair turistas, na realidade estão os afastando.
Jules era morador novo mas nem tão novo assim da cidade. Ele tinha se mudado um ano atrás e recomeçado a vida ali também.
- Amor, talvez seja essa a intenção. Talvez as pessoas dessa cidade queiram ficar em paz e não serem incomodadas por fofoqueiros e enxeridos.
E eu sentia que isso se aplicava ao meu namorado também. O Jules tinha uma ferida branca na testa, como se fosse enxerto de tecido sintético não sei. Mas ele nunca falava do acidente que causou aquilo; não falava dos seus familiares ou de onde tinha vindo. Eu não possuía nada a não ser o que ele tinha me dito. Que por enquanto se resumia só a um ex-soldado francês de nome Jules recomeçando a vida no extremo norte habitável da Rússia.
Peço perdão.
Ele me falou mais um detalhe sim de sua vida.
A única informação de sua existência passada que ele quis compartilhar era que também tinha um filho.
- E como está o seu filho, Jules?
E ele ficou um pouco sem graça ao responder.
- Bem, bem. Olha, eu recebi uma ligação urgente. Fica aqui com o seu filho na minha casa, tá bom? Eu não irei demorar.
- Tudo bem.
E ao chegar na porta, ele lembra de alguma coisa importante e me dá um aviso.
- Só queria pedir uma coisa. Não subam e não mecham em uma almofada lá em cima. Só isso. Não toquem nela por nada. Beijos e até logo.
- Até.
E ele sai.
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Que doidera.
O que poderia ser tão perigoso em uma almofada?
Normalmente eu obedeceria.
Mas depois desses meses sendo recepcionada com indecifráveis mistérios pelos moradores da cidade, e até pelo meu namorado, que eu imaginava que seria mais comunicativo e aberto por ser de fora, não seria uma almofada que iria me parar.
- Filho, espera aqui na sala. Mamãe vai subir rapidinho.
Eu deixo o meu filho na sala e vou subindo as escadas e procurando onde estaria esta tal de almofada.
E fuxicando em um dos armários de fundo lá em cima eu a encontro.
Era só uma inofensiva almofada ou puff vermelho enorme. Era exótico e diferente, mas tirando isso parecia bem macio e convidativo para se sentar.
- Porque o Jules tem medo de que eu veja isso?
Eu pego a almofada e vou movendo para o chão do quarto do meu namorado.
E no trajeto eu sinto um calor esquisito.
- Eu estou me excitando com esse puff?
Eu solto ele e fico impressionada com a toda a situação e a minha sensação bizarra.
Seria isso algum brinquedo inovador de sex shop?
- Se for explica o porquê dele querer evitar que saibam da sua almofada.
E eu sento nela.
E na hora eu tenho a certeza de que era um artigo erótico. Ou um protótipo novo com esse intuito.
A almofada cria muitas pequenas pontas e fica me apalpando e me agarrando.
- Que isso? Oh... Que delícia... Como uma almofada assim pode existir?
E me enchendo de tesão eu jogo o pudor e a vergonha na lata do lixo.
Eu acho que consigo me tocar rapidinho antes do Jules voltar e do meu filho perceber a minha demora prolongada.
Eu tiro a minha roupa e a almofada me bulina mais vorazmente, quase como se a superfície dele fosse uma pele e que sentisse que estava tocando agora o corpo nu de uma mulher.
E quando eu começo a minha siririca, a almofada abre como uma boca enorme de uma planta carnívora.
E eu sou engolida inteira por ela.
- Me tira daqui!!!
Desesperada eu sinto a parede interna começar a se aproximar, com espinhos de tortura similares aos da dama de ferro. O meu medo era de ser empalada ou digerida ali dentro.
E no instante que as lanças me tocam, eu vejo que não eram espinhos de um caixão da morte.
Eles tinham uma consistência e formato bem diferentes.
Eles eram como...
Rolas?
Centenas de rolas?
- Alguém me tira daqui!! Meu filho, chama a polícia!! Não!! Gluhglohgloh!!
E se aquilo era um brinquedo sexual.
Eu habilitei o recurso secreto de gangbang e fui jantada pela almofada erótica.
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