Minha irmã ciumenta acabou transando comigo – Parte 2
-Era uma vez um homem mergulhado em pecado... – Falei a mim mesmo enquanto me olhava no espelho do banheiro.
Meu rosto jovem e bonito, que meses atrás era meu motivo de orgulho, estava agora barbudo, os olhos carregavam olheiras e os cabelos estavam grandes e desgrenhados. Aqueles eram sinais de minha decadência. “A face reflete a alma”, completei assim que terminei de lavar meu rosto na pia. Peguei uma toalha, me enxuguei e sai do banheiro que ficava dentro do meu quarto.
Talita, minha jovem irmã de 18 anos, estava deitada em minha cama. Dormia bem, pegar no sono nunca fora problema para ela e agora estava com os olhos fechados, nua e descansando o corpo da transa que tivéssemos na noite anterior. Parei na porta e a estudei por uns segundos. Como ela era bonita, sua pele era macia e branca, tinha curvas salientes nas partes certas e seu rosto era de uma beleza angelical apaixonante. O lençol cobria o seio direito e parte de sua barriga, mas deixava exposto o mamilo esquerdo, que era rosadinho e metade de sua buceta, que devido a um pedido meu, estava impecavelmente depilada. No momento em que observava seu corpo me perguntava se tudo não seria mais fácil se não fossemos irmãos, mas duvidei que fosse tão gostoso sem o incesto. Pois apesar de errado e de toda a tortura mental que vem com ele, não podia negar que existia um prazer irresistível em nossas seções sexuais incestuosas. O proibido temperava aquela relação perturbadora que tínhamos construído em segredo.
-Que horas são? – Perguntou ela quando abriu os olhos e se espreguiçou na cama com grande sensualidade.
-Hora de tu ires para teu quarto. Papai e mamãe vão acordar logo. – Falei.
Ela então levantou, se espreguiçou mais uma vez e sorriu singelamente para mim. Era incrível como aquilo estava fazendo bem pra ela, ao contrário de mim, Talita parecia mais bonita e feliz a cada dia que passava. Eu nunca poderia imaginar que ela encararia aquele incesto melhor do que eu, ela era tão dependente e tinha algumas atitudes tão imaturas que pensei que fosse expressar algum conflito moral assim que chegamos da viagem que transformou nossas vidas. Nosso incesto começou naquela viagem. Tínhamos passado uns dias fora da cidade, e devido a um episódio de ciúme de Talita, acabei tirando sua virgindade e ingressamos em uma relação amorosa. Mais tarde, Talita me explicou que era apaixonada por mim há algum tempo, mas não entendia esse sentimento porque eu era seu irmão e tudo era muito confuso para ela, falou que só percebeu que me queria como homem uma semana antes de termos nossa primeira noite de sexo.
-Vamos fazer de novo hoje a noite? – Perguntou ela quando parou na porta e ajeitou uns fios de cabelos negros que caiam sobre seu rosto.
-Não sei Talita, vou pensar... Tá? Prometo...
-Eu te amo. – Completou ela.
Respondi com um selinho em seus lábios e assim ela correu nua até o seu quarto. Talita dizia que me amava todas as manhãs, como se espesse uma resposta minha. Mas eu nunca respondia, porque não sabia o que sentia por ela. Eu entendia que ela era uma mulher linda, a mais bela e gostosa com que eu tinha me relacionado, porém eu não conseguia esquecer que ela era minha irmã mais nova e isso me perturbava.
Então, naquela manhã eu me perguntei, “o que eu realmente sinto por Talita?” Deitei na cama e fiquei me questionando se eu não gostava apenas do sexo que estava acontecendo entre a gente, pois se fosse verdade e isso se confirmasse, ficaria triste por ela, já que minha irmã parecia encarar tudo aquilo como um grande romance proibido.
Qual seria e reação de Talita se descobrisse que um dia eu pretendia acabar com tudo aquilo?
Descobri 2 meses depois...
***
Talita e eu terminamos perto do dia dos namorados. Demorei a abordá-la porque tinha medo da sua reação. Imaginei que ela pudesse dar algum piti ou até mesmo fazer uma simulação de suicídio, e se isso acontecesse seria simulado, já que duvido muito que ela tivesse coragem de tirar a própria vida. Então me preparei para todo tipo de coisa, mas para a minha surpresa Talita apenas me perguntou o porquê e depois chorou, chorou muito, mas em nenhum momento me pediu para mudar de ideia. Ela encarou tudo com resilência e maturidade.
E isso me assustou...
***
No dia dos namorados eu descobri o gosto amargo da derrota, da humilhação e do desgosto. Descobri todos esses sentimentos quando Talita chegou com um garoto em casa.
-Pai, mãe. Esse é Jorge, meu namorado. – Disse ela, com um sorriso radiante em seu belo rosto.
“Que porra é essa”? Perguntei a mim mesmo enquanto analisava o sujeito alto e forte que estava prostrado ao lado de minha pequena irmã. O rapaz não era feio, muito pelo contrário, era atlético e muito bem apresentável.
-Gente bonita atrai gente bonita. Não acha? – Perguntou mãe, bem baixinho em meu ouvido.
-Eu não acho. – Falei enfurecido.
Olhei para minha irmã e ela me encarou com um olhar maquiavélico, quase pude ver um pequeno sorrisinho em seus lábios. Naquele momento eu sabia que aquilo ainda renderia muita coisa, pois eu não ia deixar aquele cara se agarrar com a minha irmã...
***
Foi depois do jantar, quando meus pais já estavam dormindo. Uma forte chuva caia do lado de fora e abafava a música que vinha da casa do vizinho.
Eu tinha acabado de escovar os dentes e caminhava até meu quarto, quando Talita apareceu no corredor.
Ela estava sorrindo. Usava uma camisola fina que revelava seu belo corpo de violão e suas grossas coxas. Ela continuava expressando o mesmo olhar maquiavélico do jantar.
-Gostou do meu namorado?
-Qual é a tua, Talita? Está querendo me humilhar?
Lancei um olhar furioso e ela me retribuiu a mesma fúria, mas diferente de mim ela não conseguia enfeiar a face e parecer rude.
-Eu não quero nada. O Jorge é meu namorado, só isso.
Ela tentou seguir seu caminho, mas eu a segurei pelo braço e a joguei com força contra a parede.
-Vai se fuder, Talita. Eu sei que tu estás fazendo. Pensa que eu sou algum moleque? – Ela se espantou pela primeira vez. Seu rosto estava quase colado no meu, enquanto minha mão direita pressionava seu ombro, impedindo-a de sair dali.
-Está me machucando... Me solta. – Gemeu ela. Mas eu não soltei e continuei a encarando nos olhos. – O que tu queres que eu faça? Tu mesmo disse que não sou tua namorada.
Suas palavras entraram como facas em meu peito e eu a larguei. De fato, o que eu estava querendo com aquilo? Eu mesmo tinha terminado nosso relacionamento proibido. Que atitude era aquela? O que eu pretendia com aquele ataque de ciúmes? E enquanto eu refletia sobre tudo, Talita me deu uma tapa na cara tão forte que fez meus músculos da face estalarem.
-O quê?
-Tu me abandonaste. Agora não fique agindo como se fosse meu dono, porque você não é. – Berrou ela, antes de sair correndo pelo corredor.
Eu li uma vez que quando algumas pessoas estão diante da morte à vida passa como um filme perante elas. Mas apesar de naquele momento eu não estar encarando nenhum ceifador de almas, minha história com Talita se embaralhou em minha mente com uma sequência de lembranças e acontecimentos que me fizeram paralisar por alguns segundos. Foram apenas segundos, mas o suficiente para que eu recordasse do dia em que corremos na praia no aniversário do papai; ou do dia em que eu soquei uns moleques que tinha mexido com ela; me lembrei também do fim de ano que passamos sozinhos na orla vendo os fogos de artifício, sentados um ao lado do outro, enquanto ela apoiava a cabeça em meu ombro.
As lembranças foram muitas, eram incontáveis. Talita sempre estava lá, nas horas boas e nas más, sempre com um sorriso meigo no seu belo rosto e me encorajando a felicidade.
Assim que me recuperei da confusão mental, corri atrás dela pelo corredor. Descemos as escadas, atravessamos a cozinha e varamos o quintal chuvoso. O muro que cercava a nossa propriedade era alto e ela não tinha para onde escapar, então Talita se virou e me encarou. Seus olhos estavam vermelhos e a chuva caia sobre nós. Respiramos forte por um momento tentando recuperar o fôlego da rápida corrida enquanto a música alta vindo da casa do vizinho se misturava com o som chuva.
-Eu... – Ela ia dizer alguma coisa quando eu avancei.
Talita tentou se desprender de mim e na confusão dos nossos movimentos acabamos caindo no chão gramado. Eu tentava beijá-la na boca, mas ela me empurrava. Abri suas pernas com um movimento brusco e me coloquei no meio dela como um bandido. Ela choramingou, gemeu e me bateu. Eu ia avançando e violando seu corpo com as mãos, quando...
...Quando ela acariciou o meu rosto...
Talita chorava e me olhava com pena, cheia de um amor que me constrangeu. Seu olhar acolhedor trincou minha alma e eu me danei a chorar também. O que eu estava fazendo? Eu amava aquela mulher mais do que qualquer outra pessoa no mundo, como eu poderia tentar machucá-la daquele jeito?
Nós dois sentamos sobre a grama lamacenta e trocamos olhares vermelhos e cheios de água. A música do vizinho continuava tocando, agora era “Riptide” e com a sonoridade da música, nos encarávamos. Como minha irmãzinha era bonita e como eu amava. Naquele momento eu sabia disso.
E a música tocava.
Lady, runnin' down to the riptide
Taken away to the dark side
I wanna be your left hand man
-Eu te amo. - Eu finalmente disse.
I love you when you're singin' that song and
I gotta lump in my throat 'cause
You're gonna sing the words wrong
Talita chorou, chorou muito, soluçou e quando conseguiu se controlar, pulou em meus braços e me beijou.
Ali nós não éramos simples irmãos ou amantes, éramos mais do que isso, éramos duas almas separadas que tentavam se juntar a todo custo. Nós beijávamos pujantemente enquanto removíamos nossas roupas. E fizemos amor naquele chão como dois animais.
Eu a invadi; entrei nela com vontade e ela me recebeu carinhosamente com as pernas bem abertas. Seu sexo estava molhado, tanto quando a água que banhava nossos corpos nus e a cada movimento de entra e sai; eu sentia sua entrada me acolher de forma cada vez mais calorosa. Minha irmã suspirava como se o ar lhe faltasse, suas mãos me aranhavam as costas, no momento em que eu entrava e saia. Éramos um só, mais do que qualquer um das vezes anterior e dessa forma, como um único ser, eu me alimentei de seus seios rosados e ela soluçou. Agora revirou os olhos e assim gozamos juntos.
E a música tocava.
“I can't have it, I can't have it any other way”
-Eu te amo, eu te amo, Talita.
-Eu também te amo.
Nós rimos juntos e nós abraçamos bem forte.
-Vamos entrar. Já pensou se o papai ou a mamãe decidirem aparecer. Estamos ferrados.
Eu concordei e levantamos. Com os olhares de dois adolescentes apaixonados nós entramos de mãos dadas enquanto a música tocava e a chuva caia.