🙉O Silêncio do Amor🙉 Capítulo: 18

Muitos se preocupam tanto com os que gritam, que acabam surdos por ignorar os que sussurram.

Larry Lopes

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🙉O Silêncio do Amor🙉 Capítulo: 18

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Aquela viajem estava sendo inquietante para Daniel, ele queria puxar assunto com o rapaz, queria saber mais sobre ele. Qual seria o nome dele?

O fato é que a pesar de ser tão lindinho e fofo, o menino era surdo e não escutaria as perguntas dele. Não havia jeito dos dois se comunicarem. Isso estava angustiando o peito dele.

Principalmente porque bastou ele olhar para o rapaz e sentir dentro de si algo que ele nunca sentiu por ninguém. E pior que durante o trajeto, foram inúmeras vezes em que os olhares dos dois se cruzaram, e em todas as vezes o rapaz dava um belo sorriso para ele, do qual ele sempre retribuía com outro sorriso.

O mais engraçado que enquanto Daniel estava sentado segurando a mochila de Fernando em desespero por não saber quem ele era.

Fernando também de pé esta desesperado, pois desejava saber mais de Daniel e não tinha como.

Na cabeça de Fernando ele pensava: - Como esse cara é bonito, mas eu não posso me apaixonar de novo. Foi ruim com Paulo, não quero me envolver com ninguém.

- Mas como ele é bonito... - Olha ele sorrindo pra mim... Que sorriso lindo!

- Ele foi tão gentil de segurar minha mochila, ninguém segura a mochila de ninguém. Será que ele gosta só de garotas? - Eu não posso ficar colocando besteiras na minha cabeça, aposto que ele vai solta em um dos próximos pontos e eu nunca mais vou ver ele.

Ele também esta com a mochila dele no colo; será que ele vai estudar, ou vai trabalhar?

Esse rapaz é ouvinte (ouvinte= pessoas que ouvem normalmente, que não são surdas). Aposto que não é gay. E mesmo se fosse, nunca ia reparar em mim, eu sou surdo. Quem ia querer ficar com um deficiente que nem eu? É claro que isso não rola. Não posso ter nada por ele, nem um tipo de sentimento. Não posso ficar me enganando e criando espectativas.

Ao mesmo tempo em que Fernando olhava pra Daniel e pensava em tudo isso e muito mais durante toda a viajem Daniel em sua cabeça também pensava sobre Fernando:

- Nossa como esse rapaz é lindo! - Quantos anos ele deve ter, sei lá... Ta com cara de ter uns 17 anos... Tudo bem eu tenho 19, pouca diferença. Mas e se... E se ele tiver menos que isso? Ele pode ser só um garoto alto. Não! Ele não tem cara de tão novinho assim, não pode ter 13 ou 14 anos. Eu arriscou uns 16. Dezesseis tá bom! Não sou chegado a garoto novinho, mas esse eu pegava...

- Mas o que eu to pensando... Acho que to sentindo tanto a falta de Santiago, que to gostando do primeiro que apareceu na minha frente. Deus me livre, to ficando louco...

- Esse garoto deve ser hétero, aposto que gosta de meninas... Ele é surdo e não gay!

- Gente... Ta ai... Será que existe surdo gay? Nunca ouvi falar de um assim... Há mas deve existir sim, as malucas estão espalhadas pelo mundo todo, se tem até viado anão, porque não vai existir viado surdo?

- Há, mas esse garoto! - Ele não é gay mesmo, nem tem jeitinho.

Eu to é querendo me enganar.

Eu pego esse ônibus todos os dias no mesmo horário, e nunca vi ele. Vai ver que ele só ta nesse horário hoje, deve ter que chegar nais cedo ou se atrasou no horário dele pra escola. Aposto como amanhã ele nem vai está mais aqui e nunca mais vou ver ele.

Mas seria tão bom se ele pegasse todos os dias no meu horário, mesmo que ele seja hétero, eu ia adorar ver esse gatinho todo dia de manhã.

- Olha só, ele está sorrindo de novo pra mim. Ai, esse sorriso fica ainda mais lindo no rosto dele com esses cabelos cumpridos. (Lembram que Fernando estava deixando os cabelos crescerem no ano anterior, pois agora ele tinha um cabelão, cheio e armado, lisos e negros caídos por sobre o ombro.)

Os dois iam a viajem toda com mil pensamentos na cabeça um pelo o outro sem que eles soubessem disso, mas o destino estava parecendo querer ser legal com eles e faltando uns quatro pontos antes do ônibus chegar no ponto final, o ônibus já estava esvaziando, muita gente soltando e o rapaz sentado ao lado de Daniel levantou se para soltar e foi ai que Fernando sentou ao lado de Daniel, com ar de felicidade.

Daniel devolveu a mochila para ele sorrindo, Fernando sorriu e abriu o bolso da frente da mochila e tirou um pequeno lápis e um pedaço de papel e escreveu:

- Obrigado!

E mostrou o papel escrito para Daniel que leu feliz e sorrindo pensou de imediato:

Ai Daniel, como você é mongol, porque não pensou nisso antes, basta escrever, ele vai te intender através da escrita.

Daniel pediu o papel e o lápis e Fernando intendeu pelo gesto que ele fez e pela leitura labial dele. (Fernando conseguia ler os lábios das pessoas e assim intender boa parte do que elas diziam).

Daniel então escreveu: - Qual seu nome? - Eu me chamo Daniel.

Fernando viu o nome do rapaz e feliz descobriu que ele se chama Daniel. E respondeu escrevendo: - Sou Fernando.

Daniel leu e se encantou pensando. Nossa que nome lindo, igual ao dono.

Como Daniel já tinha percebido que Fernando estudava naquele instituto perto do trabalho dele, logo eles iriam para o mesmo lugar, e foi ai que ele escreveu:

- Eu trabalho perto da sua escola.

Fernando ficou feliz com o que leu e respondeu na folha: - Sério! - Você, pega o ônibus nesse horário todos os dias?

Daniel respondeu que sim e Fernando disse que agora ele ia pegar todos os dias nesse horário para ir pra escola. E Daniel ficou feliz de saber que ia ver ele todos os dias.

Eles chegaram ao ponto final, tinha poucas pessoas no ônibus, e à algum tempo a tia de Fernando estava sentada em um banco mas alto atrás e espiava os dois conversando da maneira deles juntos.

Eles saltaram e Fernando Feliz foi caminhando e mostrando Daniel ao seu lado para a tia e fazendo tantos sinais. Sua tia também fazia vários sinais pra ele. Daniel caminhava paralelo a eles achando aquilo muito legal e pensando em como eles conseguiam conversar daquela maneira, e o que eles deviam estar falando...

Na verdade o assunto deles era esse:

Fernando: - Tia, esse rapaz aqui é o Daniel, ele segurou minha mochila.

- Ele trabalha perto da minha escola.

- Ele pega esse ônibus todos os dias.

Michele: - Eu vi como vocês conversavam animados. Que bom que no seu primeiro dia de aula de manhã, você já fez um amigo dentro do ônibus.

Michele resolveu se apresentar ao rapaz e disse:

- Tudo bem, parece que meu sobrinho gostou muito de você.

Daniel visivelmente com as bochechas coradas de vergonha respondeu: - Também gostei dele, muito legal ter conhecido ele.

Michele: - Então você trabalha perto da escola dele, lá no bairro da Laranjeiras, ele acabou de me dizer isso.

Daniel: - É sim, numa produtora de filmes.

Michele: - Há, eu sei qual é, fica mais a frente um pouco da escola!

Daniel: - Isso mesmo...

Michele: - Então você vai pegar o mesmo ônibus agora que agente.

Daniel: - Acredito que sim, pego esse dai da frente...

Michele: - Então... - É o mesmo que pegamos. - É bom que esse vai daqui pra lá mas vazio, e vocês dois podem conversar mais.

Daniel um pouco sem graça: - Sim é verdade, se não for incômodo!

Michele: - Incômodo nenhum, só cuidado, que esse ai adora falar, ele vai te alugar até chegar na escola dele.

Daniel riu mas descontraído, e Fernando que caminhava riu também, olhando pra eles.

Michele: - Viu, ele ta rindo... - Intendeu tudo que agente falou!

Daniel: - Como assim?

Michele: - Ele faz leitura de lábios, quase sempre intende tudo o que falamos.

(Daniel ficou besta com essa informação, como ele conseguia ler os lábios das pessoas?)

Daniel respondeu: - Nossa que interessante, muito legal isso.

Eles entraram no segundo ônibus e Fernando foi a frente sentando se na janela do banco mas alto e fazendo sinal com a mão, chamando Daniel para sentar se ao lado dele. Sua tia sentou se bem mas a frente, deixando eles mas pra trás a vontade.

E mas rápido do que um pensamento, Fernando tirou o seu caderno de escola da mochila e pegou uma caneta e pois se a escrever perguntando, mas sobre Daniel. E a viagem seguiu tranquila, a chuva já tinha passado a tempos e fazia apenas um friozinho bom.

Naquela manhã e primeiro encontro deles, eles descobriram coisas básicas um do outro. Como idade, e Daniel ficou feliz de saber que ele tinha 15 mas logo ia fazer 16. O que dava apenas 3 anos de diferença entre eles.

Descobriram que eram vizinhos praticamente e moravam no mesmo bairro. Da casa de Daniel dava pra ir pra casa de Fernando andando, Fernando morava na rua do mercadinho. (aquele que Daniel sempre ia fazer pequenas compras, como no dia em que foi comprar Sabão em Pó).

Aquela manhã estava sendo diferente para os dois.

Para Daniel, aquele rapaz foi algo novo que veio para tirar ele daquela solidão e falta de Santiago.

Para Fernando, era o começo de um novo tempo, um amigo novo no ônibus, a caminho de uma turma nova pela manhã. Ele tinha a sensação de que tinha começado aquele dia com o pé direito.

Eles soltaram e caminharam um pouco até a porta da escola, Daniel se despediu deles e andou mas alguns passos e olhou prá trás, e então viu Fernando parado na porta de entrada olhando pra ele caminhando e indo embora, e quando viu Daniel olhando para trás, Fernando acenou dando tchau pra ele sorridente, Daniel devolveu o aceno sorrindo também e virou se caminhando para o trabalho.

Quando entrou na sala de aula, o professor apresentou o novo aluno. Os outros estranharam um aluno novo quase no fim do ano, mas depois da primeira aula, alguns vieram falar com Fernando, e como aquela manhã estava maravilhosa e tudo dando certo. Logo Fernando se enturmou e fez novos amigos.

Era maravilhoso está estudando alí de manhã. Parecia que era até melhor do que estudar a tarde. As horas pareciam passar de pressa, e pra ele que sempre estudou a tarde a vida inteira, estudar alí de manhã pela primeira vez, estava sendo uma experiência maravilhosa. Além disso tinha o Bernardinho, que era gay assumido. Do tipo que você olha e já sabe que é gay, ele não faz a menor questão de esconder que é... O que na verdade é maravilhoso. É tão bom você ser assumido e não precisar ficar se escondendo da sociedade e de ninguém.

Bernardinho vendo o lindo aluno novo, veio logo fazer amizade com ele, juntos com outras meninas amigas dele, que também acharam Fernando um gato.

No trabalho Daniel chegou com um ar de felicidade, que parecia ter visto passarinho verde. Trabalhou com a cabeça nas nuvens. Pensava em como Fernando era bonito, até a letra dele era bonita.

Num dado momento distraiu-se olhando pra porta, e viu Santiago entrando e passando por ele dizendo:

- Bom dia Daniel, que bom que esta feliz sorrindo, eu quero sempre te ver assim... Sorrindo!

Daniel saiu do seu transe, sendo catucado por Michele que disse:

- Que foi garoto, parece que viu um fantasma, ta ai parado olhando pra entrada e seu braço ta gelado, cruz credo.

Daniel disfarçou dizendo: - Eu só me distrai um pouco lembrando de uma coisa, deve ser o frio por isso que estou gelado assim.

Michele era a colega de trabalho dele da portaria. Vocês devem lembrar lá do comecinho quando mencionei que trabalhava ele, Michele e Renato na recepção.

Por coincidência a tia de Fernando também se chamava Michele. Mas voltando a história...

Fernando passou o dia pensando em Daniel e foi até pra cama mais cedo pra dormir logo, pois não via a hora de encontrar com ele novamente pela manhã.

Daniel passou o dia inteiro também pensando em Fernando e a noite saiu da faculdade correndo para chegar o mais cedo possível em casa pra deitar e dormir logo.

Mas os dois custaram a dormir, cada um em sua casa rolavam na cama pensando um no outro, lembrando da conversa deles, e conseguiram dormir tarde.

Fernando acordou a tempo, mas Daniel acordou tarde e quase perde a hora, saiu feito louco correndo pela rua, e o ônibus, já ia saindo quando ele chegou batendo na lateral do ônibus feito doido e conseguiu embarcar. Foi por um TRIZ. Mais um segundo e ele perdia o ônibus.

Ao passar pela roleta, percebeu que os lugares estavam todos ocupados, restava um lugar apenas no primeiro banco da frente que era para idosos, gestantes e deficientes. Já tinha um senhor sentado, e ele sentou se do lado dela na ponta do banco.

Daniel pensou com ele: - Daqui a dois pontos, Fernando embarca. Eu levanto e dou o lugar pra ele. Afinal ele tem direito, é deficiente.

Mas quando tudo parece ir bem, é nessa hora que o capeta apronta e manda um enviado do mal pra atentar.

Quando o ônibus parou no primeiro ponto uma coroa, bem enxuta até, porque se fosse uma daquelas velhinhas de cabelo branca e que mal se aguenta ficar em pé, ainda vá lá. Mas essa velha toda arrumada, parecia que ia passear e cheia de disposição entrou e fez questão de parar ao lado de Daniel, e olha pra cara dele, como se esperasse ele se mancar, mas na verdade, Daniel estava longe pensando em Fernando que já ia subir no próximo ponto e nem notou ela fazendo cara de bunda.

E assim que o ônibus parou Fernando entrou e ao passar na roleta, já deu de cara com Daniel e foi feliz pra perto dele, Daniel se levantou e deu lugar pra Fernando.

E não deu nem um minuto pra velha gritar no ônibus com a boca mais arreganhada do que um cu arrombado, pra todo ônibus ouvir ela:

- Vê se pode uma coisa dessa, esse mundo ta virado mesmo, nem se tem mais respeito, o lugar é de idoso, e eu aqui em pé com minhas pernas doendo, e o cara da lugar pra outro rapaz mais novo que ele.

AMOOOORRRRR..... E foi ai que o bicho pegou feio!

Daniel só olhou pra cara dela, fuzilando ela, e abriu o bocão mais alto ainda...

- Primeiro, eu dei lugar pra ele, porque ele é deficiente, é surdo. Segundo esse lugar não é exclusivo só para idoso, é pra gestantes e deficientes também. Ele tem tanto direito quanto você e terceiro, se ta com as pernas doendo porque saiu de casa? Quem ta com dor, não fica as seis e pouca da manhã saracutiando na rua.

Uma mocinha que estava sentada no banco de trás do Fernando, ameaçou levantar dizendo:

- Deixa senhora, o rapaizinho é surdo, senta aqui no meu lugar...

E o dragão velho ainda respondeu bufando pra moça:

- Não quero sentar em lugar nenhum, to muito bem em pé.

Ai... Que o sururu, ficou gostosinho... E a fofoca ficou Hot!

O cara que tava sentado do lado da mocinha, falou: - Se a senhora ta muito bem em pé, porque ta arrumando confusão por causa de lugar.

Daniel fazendo coro e se enchendo pra falar: - Porque ela já saiu de casa, com o Diabo no corpo, pra arrumar confusão é isso...

A velha puta da vida: - É isso mesmo, você ta errado...

A mocinha tomando partido: - Errada ta a senhora, até eu lhe ofereci lugar, a senhora ta implicando com os outros já de manhã.

Uma voz vinda do meio do ônibus gritando: - Velha safada! Para de arranjar caô.

A velha gritando sem saber quem falou: - Vai tomar no seu cu!

Outra voz vindo lá de trás do ônibus, agora uma voz feminina: - Motorista solta esse pombagira velha na porta do cemitério!

Daniel enfrentou a velha por Fernando e todos apoiaram ele dentro do ônibus, ela mesmo viu a merda que fez e foi saindo de fininho, e dois pontos depois soltou sem dizer mas nada.

Daniel pensou em como ela teve sorte de a Lola não está alí no lugar dele. Apesar daquela fofoca toda, Daniel ainda era um cara calmo e não é muito de confusão. Agora se a Lola está naquele ônibus e a velha faz uma graça dessas com ela... O ônibus ia ficar pequeno pra elas duas. Era capaz da Lola jogar a velha pela janela do ônibus no meio da estrada. E Daniel, não duvidava nada de que ela podia fazer isso mesmo...

A tia de Fernando estava lá no fundo do ônibus em pé com fones de ouvido escutando música e quando ela se deu conta do fordunço, a velha já tava saindo de fininho e o ônibus já tinha enchido mais e não dava pra ela ir no meio do povo em pé em sentido contrário até a parte da frente do ônibus.

Os comentários já estavam rolando de ponta a ponta do ônibus, e lá de trás ela soube do ocorrido e de Daniel ter enfrentado a velha e defendido o sobrinho dela. Ela ficou mais despreocupada sabendo que os dois estavam bem lá na frente.

Alheio a tudo estava Fernando coitado, que nada estava escutando, mas via Daniel bravo falando e claro que só de olhar pra Daniel e a velha ele sabia que algo não tava bem. Ele tentou ler os lábios de Daniel, mas Daniel falava muito rápido e não parava de se mexer, falando de um lado pro outro, e ai ele não estava intendendo nada.

Fernando foi tirando seu caderno rápido e escrevendo perguntando o que estava acontecendo?

Daniel em pé, tentava se equilibrar e respondeu rápido, dizendo:

- Calma, ta tudo bem, daqui a pouco eu te explico. Confia em mim...

Fernando respondeu e mostrou a resposta pra ele: - Tudo bem! - Eu confio em você.

A mocinha de trás do banco dele disse: - Coitado, o que ele ta perguntando?

Daniel: - Não é nada ele só ta um pouco assustado com tudo porque não sabe o que ta acontecendo e perguntou pra mim o que está acontecendo? - Respondi que é pra ele ficar calmo que depois converso com ele e que ta tudo bem!

A mocinha: - Tadinho dele. Um rapaz tão bonito!

Daniel só respondeu um é pra ela concordando.

E o velhinho que estava sentado do lado de Fernando, tão gente boa. Começou a se levantar falando pra Daniel sentar do lado dele, pra poder conversar com ele e acalmar ele.

Daniel claro que não quis aceitar. Ele não queria botar aquele sinhozinho de pé. Ele sim, precisava estar sentado alí, pois era bem idoso, diferente da bruaca velha que estava com cara de que nem tinha idade certa pra ocupar aquele banco.

Tempos depois o ônibus foi esvaziando e mesmo assim o senhor bem idoso, se levantou e foi para outro lugar na ponta de um banco do outro lado, só para poder deixar Daniel e Fernando sentados juntos.

Daniel agradeceu a ele, e logo começou a escrever por alto o ocorrido. Ele quis poupar Fernando dos detalhes e dos furdunço todo.

Fernando abaixou a cabeça triste, sentiu o preconceito e o descaso por ele, como se a deficiência dele não fosse nada. E escreveu na folha:

- Gente ruim!

Daniel escreveu: - Não liga, eu sou bom pra você!

E num gesto de carinho impensado no momento, Daniel pegou a mão do rapazinho e acaricou beijando ela com ternura.

Fernando arregalou os olhos assustado por conta daquele gesto inesperado e seu coração bateu acelerado, sua mão sendo segurada delicadamente por Daniel, suou de nervoso.

Daniel voltou se a si e viu o que ele fez e largou a mão de Fernando sem graça.

Fernando sorriu pra ele, um sorriso contemplativo e maravilhado.

O coração dos dois batiam no mesmo compasso e em ritimo acelerado.

Daniel olhava para o rosto de Fernando e tinha vontade de beijar ele na boca.

Fernando olhava para Daniel e tinha vontade de beija ele na boca.

Mas foram despertados de suas emoções, com a sua tia sacudindo Fernando e chamando.

O ônibus tinha chegado no ponto final, estava vazio e eles nem tinham reparado.

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E no próximo capítulo.

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Daniel chegou com Fernando em sua casa, Lola no portão já esperava por eles, ela tava louca pra ver a cara do tão falado surdinho.

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Sinopse do conto número 6:

💎😇Anjo de Vidro😇💎

Eduardo, tem 17 anos e é louco pra comer seu vizinho Bruninho de 12 anos, na véspera da sua mudança, ele atrai Bruninho até a sua casa com o pretexto de dar uma lembrancinha pra ele. Lá dentro ele estupra o menino. Bruninho volta para sua casa com dores, lágrimas nos olhos e na mão um pequeno Anjo de Vidro, embaixo no fundo do Anjo tem a letra E que é a inicial de seu nome que Eduardo riscou com um prego.

Os anos passam, e após 15 anos se passarem, Eduardo agora com 32 anos entra no quarto do seu filho Mateus de 12 anos e encontra um Anjo de Vidro, ao olhar em baixo no fundo, ele vê sua inicial e se desespera. Seu filho diz que quem deu a ele, foi um desconhecido que só revelou seu nome dizendo se chamar Bruno. Eduardo volta ao antigo lugar que ele morou em busca de Bruno para tomar satisfação, mas lá ele descobre pela mãe de Bruno que ele morreu a 8 anos atrás num acidente de moto. E agora quem deu ao seu filho o Anjo de Vidro se passando pelo falecido Bruno? Será uma vingança? Uma brincadeira de mal gosto? Uma maldição da alma do falecido Bruno? Terá alguem também estuprado seu filho? Ou Bruno não esta morto e voltou para se vingar?


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Comentários

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31/07/2020 19:01:24
Fênix 34 obrigado. Você me fez pensar com seu comentário. E respondi a você no próximo capítulo que acabei de publicar
31/07/2020 18:55:19
celli86 obrigado amore. 😍
31/07/2020 18:54:40
Katt fico feliz q tenha gostado do capítulo e da sinopse.
30/07/2020 10:39:45
Ai gente eu amei o que vc fez aqui Vc tornou suave a perda do santiaho e colocou o fernando aos poucos na vida do dani Amando demais
29/07/2020 21:08:41
Que capítulo lindo !❤
29/07/2020 20:16:26
Amei o capítulo de hj . A sinopse de hj tá ótima
29/07/2020 20:09:04
Muito obrigado por tirar o chapéu, escrevo com amor e carinho pra vcs. Obrigado também pelo 10, pena q não me deu 3 estrelas...
29/07/2020 17:41:45
Agora sim. Nota 10. Olha Daniel Lyon acabei de tirar o chapéu viu.


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