Presas na Quarentena – Capitulo 002 - Lição

Um conto erótico de Lady Renata
Categoria: Sadomasoquismo
Data: 15/05/2020 19:22:45
Última revisão: 18/05/2020 16:44:24

19 de março de 2020, Quinta-feira

Abri meus olhos, a cabeça ainda estava girando, doía, a visão turva e o quarto excessivamente escuro e abafado, ao tentar levantar tomei o primeiro dos muitos sustos e pavores que estavam reservados para mim: meus tornozelos estavam presos através de algemas na cama e não era só isso, por debaixo do edredom estava nua, meu coração deu um pulo, gritei pedindo socorro, sem entender o que estava acontecendo, passei a mão pelo meu pescoço e tinha uma coleira em volta, tentei soltar, mas um cadeado pequeno impedia, gritei mais forte ainda, meus tornozelos já doíam e uma vermelhidão envolvia o local onde, inutilmente, tentava me soltar. Nenhuma resposta, ouvia o barulho de coisas sendo arrastadas lá embaixo, gritei chamando a Paula e nada, de repente, passos nas escadas, tinha certeza que vinham em minha direção. A porta se abriu, me encolhi apertando a coberta no corpo. Ricardo entrou. Ele me olha sorrindo e sem esperar qualquer palavra dele grito exigindo que me soltasse senão chamaria a polícia. Risos copiosos de deboche, desafia-me a tentar fazê-lo, lágrimas escorrem dos meus olhos. Ele me chama de puta batendo na minha cara. Nestes anos todos era a primeira vez que encostava a mão em mim. Percebo a fúria animalesca no fundo dos seus olhos, entramos em cabo de guerra quando ele puxa minhas cobertas jogando-as no chão, cubro meu corpo com as mãos do jeito que posso, recebo mais tapas na cara, fico zonza e ele se joga em cima, imobiliza minhas mãos como se fossem nada, quando foi que tirou as próprias roupas? Estava nu, eu chorava implorando que saísse de cima, seu pênis imenso roçava nas minhas pernas. Ricardo é um homem forte, no auge dos seus 43 anos, os cabelos salpicados de branco, barba grossa, um hálito fresco de hortelã, os olhos profundamente negros e salientes, um sorriso sacana e perverso nos lábios, seu rosto quase não parecia com o padrasto amoroso que fazia minha mãe feliz, pergunto o porquê de tudo enquanto ele funga meu pescoço me beijando, dando chupões que ora doíam, ora arrepiavam-me toda a espinha. Diz que sempre sonhou no dia em que me teria daquele jeito, nua, indefesa, a mercê de todas as suas vontades, gemo involuntariamente quando ele desce a língua pelo meu ombro, seus lábios chegam ao meu seio direito em sincronia com seus dedos que mexem deliciosamente minha vagina, peço novamente para ele parar, reitero peremptoriamente que não quero nada daquilo, meu corpo vacila ante aquela boca sugando meu peito, ele posiciona o pênis ereto na entrada da minha boceta, fecho os olhos para fugir daquela devassidão, o membro vai deslizando para dentro de mim, primeiro um tremor absoluto e dor, sinto um enorme desconforto íntimo, sem dúvidas era o maior pênis com o qual tive contato, não que minhas experiências sexuais fossem extensas, mas o que é a propriedade conceitual quando temos um invasor hostil no meio das pernas? Depois o incomodo foi subindo a medida que meu corpo era devassado, um choque tênue do primeiro toque do membro na parede do meu útero, estava toda preenchida e aquele preenchimento ia cobrindo o resto do meu corpo, como se apagasse minha luz interna para cobrir-se da sombria aura promiscua do Ricardo, era a marca do estupro sendo cravada em mim. Em vão tentava desvencilhar meus braços, dizia para ele tirar, que era grande demais, minhas palavras só serviam para alimentar sua sede de ato, ao mesmo tempo em que aumentou o ritmo das investidas abocanhava ora o seio direito, ora o esquerdo, mordendo minhas mamas, me causando imensa dor, eu gritava e ele só repetia para que eu fizesse mais alto, que gostava do escândalo, que pela primeira vez em anos se sentia vívido e demonstrava isso em sua atenção especial às minhas tetas e tirando de todo seu membro para enfiar de uma vez, sem dó, não pude ter mais prazer que o das preliminares, todo meu corpo só respondia à violência com dor, senti quando o membro passou a exercer uma pulsação plasmática e espalhou sêmen dentro de mim, era a pincelada final para que eu me sentisse mais que imunda, ele continuou dentro de até amolecer, olhei para minha vagina pingando de esperma, xinguei-o dizendo que ele tinha me engravidado, que seria preso por isso, levei mais tapas por isso, se levantou vestindo suas roupas, disse que eu poderia ficar gritando o quanto quisesse que só gastaria minhas energias de forma vã, não havia ninguém por perto pra ouvir e muito menos para ajudar, mas que se continuasse fazendo escândalo não comeria nada neste dia, que se eu me comportasse logo ele traria algo para que eu comesse e bebesse, me calei porque realmente tinha fome, pedi para me lavar e não fui atendida, pelo contrário, Ricardo prendeu meus pulsos ao dossel da cama, deu mais uma olhada em mim, agora totalmente imóvel e nua, com esperma escorrendo e secando na vagina, deu um beliscão no meu seio e desceu. Chorei tudo que estava segurando no meu peito, o ar começou a me faltar, estava em pânico e umas das piores sensações, com a qual eu me depararia e muito dali em diante, era tentar se mexer e não poder. Temia que ele faria exatamente a mesma coisa com a Paula, me agoniava que não tinha ouvido qualquer coisa dela, o quarto já estava quente e fedia a sexo, eu precisava de um banho e da polícia urgentemente. Seu Jorge entrou no meu quarto, não sei o que veio primeiro: a vergonha ou o desespero, exclamei que graças a Deus ele estava ali, que o Ricardo tinha ficado louco, para ele me soltar e me levar a delegacia mais próxima urgentemente, ele não respondeu, observava o quarto todo como se calculasse, abriu as cortinas, a janela, só então fiquei vermelha e virei o rosto, com a luz do sol e o calor do dia parecia estar mais nua que antes. Ele passou a mão nas minhas coxas, apertou meu peito sem ligar para o que eu falava, repetia consigo “uma tentação”, desceu e voltou com equipamentos, se aproximou do meu rosto, tocou meus lábios, desceu com a costa das mãos minhas bochechas, depois me colocou um tapa olhos de couro, reclamei, mas nada podia fazer. Fiquei na escuridão total usando aquilo, Jorge disse para abrir a boca, não quis fazer, estava determinada a realizar exatamente o contrário, ele segurou entre os dedos minha mama e torceu, gritei e ele colocou na minha boca uma bola, puxou através de tiras e afivelou na minha nuca, a mordaça me impedia de falar e ainda me fazia salivar, ele ajeitou minha cabeça no travesseiro, acariciou meus peitos mais uma vez, uma raiva imensa e um desespero me venciam nessa hora, era pior não ver ou externar esses abusos, não sabia de onde as mãos viam, só sentia o aperto e meus seios comprimidos naquelas mãos cheias de dedos, me colocou também um abafador de ruídos, muito bom por sinal, não ouvia praticamente nada. Um bom tempo se passou assim, a fome apertando, minha barriga roncava e, vez ou outra, ainda tentava me soltar, na maior parte era quando ele tocava meu corpo, passando a mão nas minhas coxas, por debaixo na minha bunda, barriga, seios, quando menos esperava lá estava eu sendo fustigada, ouvia pouco mais que um ruído ora ou outra, um calor fora do comum também, as vezes próximo ao meu pulso, outras nos meus tornozelos, até em cima da minha cabeça, sinceramente não sei quanto tempo se passou, estava banhada em suor, o travesseiro já estava só baba. O abafador foi tirado, percebi na voz de Jorge o quanto arfava, reclamou do tanto de trabalho que estava tendo, mas disse que valeria a pena, as mãos de novo nos meus peitos, gostava mesmo deles, dessa vez até chupou um pouco, o que eu odiei. Disse que ia me levar pra tomar água e se eu fosse boazinha e ficasse quieta me daria de comer, mas que se eu fizesse alguma gracinha coisas ruins aconteceriam. Minhas mãos foram soltas, mal esfreguei-as pra circular o sangue e ele puxou-as para trás colocando as algumas, soltou minhas pernas, virei para me sentar na cama e finalmente sentir o chão nos meus pés e abruptamente senti algo puxando pescoço, sem ver, nem falar, só pude seguir vacilante aonde era conduzida, fui avisada das escadas e desci cuidadosamente, pelo caminho todo elogiava minha bunda, dizia que parecia melhor meus peitos, senti um cheiro muito bom de comida que agitou ainda mais minhas entranhas, Ricardo disse para me alimentar lá fora, me dirigi para onde julgava ser perto da piscina, senti o degrau do chuveiro onde nos molhamos antes de mergulhar, fiquei parada, em pé, cruzando as pernas em vão: o que eu escondia que ele já não tinha visto o dia inteiro? Era um instinto feminino que eu não controlava. Ele ligou uma mangueira de pressão, o jato forte parecia uma chicotada, embora até ali não conhecesse de fato o peso do chicote, logo após ensaboou meu corpo do pescoço pra baixo, me fez abrir as pernas para ensaboar minha vagina, metendo o sabão um pouco lá dentro, abrindo os lábios vaginais, segurou uma das minhas pernas pra cima e tive de me equilibrar só numa perna, ele espalhava uma espuma, logo senti o barbeador deslizando meu púbis, a respiração quente ele estava bem próxima a minha xana, fui advertida que se não ficasse bem quieta ele poderia cortar meu clitóris, realmente a lâmina deslizava quase me ferindo, passava a esponja, espalhava mais espuma e recomeçava o processo, era evidente que se deliciava com o processo, nunca usei o serviço das casas de depilação justamente para não ter outras pessoas na minha intimidade, agora estava eu indefesa me equilibrando em uma perna e a outra pra cima, com um senhor (Jorge deveria ter 50 e tantos) me deixando lisinha, fui virada de costas e minha perna ficou apoiada no registro de água do chuveiro, se retirasse meu pé dali iria ser castigada, embora não soubesse exatamente ao que ele se referia como “castigo” e ainda que pudesse não me atreveria a me mexer enquanto ele estivesse passeando com uma lâmina pelo meu corpo. Abria minhas nádegas, apertava, saciava sua vontade de minha bunda, apesar de não me penetrar aquela foi uma das experiências mais chocantes e horríveis até então, quando acabou ligou de novo a água que picava minha pele como agulhas, dessa vez senti quando um laço de couro passou pelo meu pescoço e fui sendo conduzida, tremendo de frio, apesar do dia quente, cheguei até um canto onde fui puxada pra baixo, me ajoelhei no concreto do chão e minha cabeça foi puxada ainda mais, de modo que minha bunda ficou arrebitada e não conseguia ficar com a cabeça a mais de dois palmos da terra. Senti um cheiro bastante enjoativo, Jorge me disse que havia duas tigelas, uma com água e outra com comida, que eu deveria comer tudo que logo ele voltava, presa, sem poder usar as mãos, só me restava meter a cara naquelas tigelas, a fome me apertava tanto, lembrei que mal toquei na comida no dia anterior e apaguei, basicamente estava só com o almoço do dia anterior e sabe-se lá que horas eram, bebi a água tal qual os cachorros faziam, cachorros estes que latiam ao longe, me dando a noção de que ainda estava perto da piscina. Tentei provar a comida e quase vomitei, o gosto horrível, a consistência pastosa, o cheiro de carne moída, ainda estava meio quente, mas eu competia com as moscas, as primeiras bocadas foram decisivas, tinha certeza que aquele gosto jamais sairia da minha boca. Ouvi quando ele voltou, logo depois a voz da minha irmã dizendo pra ele parar, me exaltei gritando para soltá-la, ao mesmo tempo em que estava feliz por pelo menos tido um sinal de vida dela, agora me terrificava saber que ela estava na mesma situação que eu, uma ferroada na bunda seguida de um forte choque elétrico me derrubou, na queda espalhei a vasilha de água e de comida, Ricardo havia me dado esse choque com um bastão, vendo a sujeira que eu fiz deu outro, disse que eu era uma porca e que iria comer do chão, encostou novamente o bastão, agora no meu peito e deu o choque, eu gritei de dor, nunca tinha passado por aquilo, chamei por meu pai e ele riu, disse que agora meu Pai era ele e que estava mandando eu lamber tudo, me pegou pelos cabelos mostrando onde aquela horrorosa pasta havia se espalhado, coloquei a língua pra fora lambendo com medo de outra descarga elétrica, muda, engolia junto minhas lágrimas que escorriam pelas frestas do tapa olho. Terra vinha junto, pedi água e encheu minha tigela dizendo que eu não merecia, mas ele seria bondoso dessa vez. Agradeci. Na mesma hora recuei e solucei. Eu disse “obrigada” exatamente nessas palavras para um homem que colocava água numa vasilha para que eu tomasse feito cachorra, meus joelhos estavam doendo, comia encostando a cara no chão e lá perto minha irmã chorava e eu agradecia a água. Me odiei porque um reflexo natural de educação e cordialidade se confundiram com autopiedade, eu não agradecia pela água em si, mas por poder aliviar do gosto de terra da boca. De fato, deveria amaldiçoar aquele homem, não agradecê-lo. Quando acabei Ricardo jogou dois baldes de água em cima de mim, me enxugou um pouco com o que, pela aspereza, parecia um pano de chão, me levou para dentro, onde me sentou numa cadeira de madeira, ouvi que Jorge e Paula vinham logo atrás, meus pulsos continuaram presos pelas algemas, mas por detrás das costas da cadeira, uma corda foi atada em cada um dos meus dedões do pé e foram presos junto a algema, não podia mexer um sem precipitar o outro, minhas coxas foram atadas por tiras de couro, junto com o que parecia ser um cinto na cadeira, quando tudo acabou finalmente eles tiraram minha venda, demorei um pouco a me acostumar com a claridão, na minha frente estava Paula, presa da mesma forma que eu, ela fez sua cara mais triste e chorou ao falar comigo, dizendo para eu ajudá-la, senti uma raiva maior ainda quando Jorge deu um tapa violento na cara da minha irmã, aquilo foi pior do que se tivesse sido comigo, embora fosse porque recebi um também de Ricardo, disse que não tinha autorizado conversa e que devíamos esperar sentadinhas a lição, como se alguma de nós pudesse levantar... estavam posicionando câmeras na nossa frente, podíamos nos ver e vê-los ao mesmo tempo, ter ciência do trabalho que era realizado, ao meu ver, era pior que a escuridão da venda, em todo caso, Paula parecia mais assustada que eu. Ricardo tinha uma espécie de cinto onde balançava um bastão com o qual me deferiu choque anteriormente, Jorge tinha um chicote, ajustaram até uma luz. Quando acabou Ricardo foi sentar numa poltrona ao centro perto de nós, Jorge se aproximou, um sorriso malicioso, próximo do jocoso, acariciou um pouco minha teta entre os dos indicador e polegar, com movimentos circulares excitou-os, para logo em seguida puxa e por um prendedor, eu dei um grito, daria qualquer coisa naquele momento para tirar aquilo da minha mama esquerda e observava o mesmo processo na mama direita, xinguei-o, mal sabia que ainda tinha mais, ele prendeu outro bem no meu clitóris, os prendedores dos seios tinham cerdas que machucavam, porém o do clitóris era uma bocarra com três dentes que prendiam bem meu órgão mais sensível, era como se agulhas fossem esmigalhá-lo. Paula viu tudo e sabia que era a próxima, argumentou dizendo que não precisava, todavia era inútil, minha irmãzinha, a franzina de coxões conversava com Jorge que utilizava nela cubos de gelo para enrijecer o bico dos seios, quando estava a contento cravou o prendedor, no seu clitóris a masturbou um pouco antes de capturá-lo. Nós estávamos sofrendo tanto que não existia o momento de outra hora, eu me esqueci do mundo ao nosso redor, da pandemia da qual fugimos, tudo que me vinha a cabeça eram os acontecimentos desse dia, como se minha vida começasse daquele momento em diante. Ricardo mandou que olhássemos pra ele, nós olhamos, caladas. Ressaltou primeiramente o investimento feito, disse que aquilo era apenas o começo e que iria documentar toda a nossa transformação, que a quarentena seria o curso intensivo que ele estava preparando, só que não contava em colocá-lo em prática tão cedo, mas que das férias não passaríamos. Implorei para que ele nos soltasse, que não iriamos contar nada pra ninguém se ele nos liberasse, que íamos pra casa do Papai e passaríamos uma borracha em tudo, eu indicava para Paula, que neste momento concordava com tudo que eu falava me elegendo embaixadora de sua própria vontade, o que fosse bom pra mim seria para ela. Foi quando Ricardo deu sinal e a gravação começou, enrubesci temendo o que ouviria. Começou explicando as circunstâncias anteriores, disse para nós sorrirmos e nos apresentarmos, me recusei cerrando os lábios, ele apertou um botão e Paula se debateu na cadeira gritando, logo depois eu mesma recebi a descarga elétrica, concentravam-se nos pontos sensíveis onde se alojavam os prendedores, era de longe a pior dor que eu já havia sentido. Recomeçou, me apresentei “Meu nome é Renata, prazer”, Paula também fez o mesmo, eu sabia qual era o botão do meu choque e o da Paula, olhava pra ele temerosa do momento em que apertaria qualquer um dos dois, a explicação continuava, disse que ele era padrasto nosso há bastante tempo e que sempre nos tratou bem, corroboramos esta afirmação, o que de fato não era uma mentira, ele sempre foi muito bondoso enquanto nossa mãe estava viva, no entanto, disse que nesses anos todos nós fomos muito ingratas e que agora ele decidira que já era hora de nos pôr na linha. Não havia necessidade de respostas ante aquilo, baixei a cabeça e recebi um choque rápido e doloroso, deveria estar sempre olhando para ele, Paula não tirava os olhos, parecia devorar suas palavras. Naquele instante ouvi pela primeira vez a palavra que me persegue desde então: Escrava, nítido e claro, Ricardo disse que começava ali nosso treinamento e que se estenderia da quarentena para além, que pegava moças brutas, orgulhosas e presunçosas e até o final da pandemia retornaria com duas putas dóceis e obedientes. Tremi não com o choque, mas de pensar que tipo de perversidades ele havia planejado, todas aquelas coisas não foram compradas do dia pra noite, certamente havia bem mais nos esperando. Para essa primeira sessão ele iria nos ensinar obediência e os termos gerais do que seriam nossas vidas e rotinas dali em diante. Pasmada, não conseguia acreditar no que realmente estava acontecendo, não poderia ser um pesadelo, pois já teria acordado, não parava de olhar pros meus seios e boceta com aqueles prendedores. Daquela hora em diante estávamos proibidas de chamá-lo pelo nome, tínhamos de honrá-lo com o nome de Pai ou Papai, ante a falta de anuência choque na boceta, respondemos “Claro Pai, Sim Pai, Não Pai”, a palavra “pai” ser que cuida da gente ganhava outros contornos diante daquela situação, me senti humilhada em chamá-lo de Pai, ainda mais quando “Pai” significava “Captor, Sequestrador, Torturador”, mas que em sua essência queria dizer “Mestre, Dono, Senhor” que era de fato o que ele estava se tornando. A cada pergunta ou ordem que recebêssemos dele deveríamos incluir a palavra mágica “Pai” e entre cada uma dessas instruções, afim de fazer a lição ser mais clara e funda ele alternava descargas elétricas, Jorge gargalhava atrás das câmeras, fazendo ajustes de posição e iluminação, era certeza que nada lhe escapava a presteza, as imagens de nossa tortura-lição ficariam bem documentadas. Como discordar nessas circunstâncias? Como uma mulher pode reagir estando nós como estávamos? Ricardo continuava seu discurso, seu tom parecia ser o tom de posse do Presidente, uma máscara de mentiras e perversidades sob a forma de retorica diletante. Disse que de agora em diante todo homem era mais do que nós mesmas, seja ele, seja Jorge, fosse quem fosse, se tivesse um pênis deveríamos prestar subserviência nos termos do “nosso Pai querido” do qual não devíamos jamais nos desviar, que nossos corpos eram dele para que Ele decidisse o melhor, neste sentido Jorge era como um segundo “senhor”, mais exato um “tio”, era o modo de tratá-lo dali para frente, encaramos ele por de trás da câmera e dissemos “Sim, Tio”. Era capaz de engolir qualquer coisa para evitar a descarga elétrica, Ricardo levantou-se de sua poltrona, o que era bom pois ficava longe dos botões mágicos, acariciou meus cabelos me beijando: o primeiro beijo, dizem que nunca se esquece o primeiro beijo dado em um homem, seja ficante ou não, particularmente já havia beijado bastante e não acho que seja verdade, principalmente nesse caso onde nossa primeira transa, vide estupro, havia acontecido antes dele encostar sua boca na minha, sabia que não podia recusar, só abri a boca para que ele enfiasse a sua língua enroscando-se na minha como uma cobra, apertou os prendedores no meu seio, deveria me acostumar que dali pra frente minha vida seria isso, misto de sexo, servidão e dor. Paula também foi beijada, só que nela acariciou a vagina e foi pra cozinha. Voltou de lá com uma garrafa de uísque que colocou bem próximo de sua poltrona, tirou de uma gaveta uma espécie de liga, daquelas que usa-se para prender malas, pranchas e outras coisas no teto dos carros, em cada ponta tinha um prendedor, eu já temi, quando me mandou pôr a língua pra fora não quis, ele pressionou minhas bochechas, sussurrou que seria pior se eu teimasse, sem solução e já prevendo o que faria ofereci minha língua e ele acoplou o prendedor, uma queimação seguida por enorme desconforto se apoderou da minha boca, não podia falar nem fechá-la, aquela liga foi esticando, inclinei meu pescoço pra frente pra não perder a língua, do outro lado a mesma coisa foi feita na Paula. Olhávamos uma pra outra desesperadas, um terceiro fio, do mecanismo de onde vinha a descarga foi colocado, quem detinha este botão era o Jorge. Ricardo sentou-se novamente enchendo seu copo, disse que não era justo Jorge só assistir e por isso providenciou um brinquedo só pra ele, segundo Ricardo nós havíamos sido bem levadas o dia inteiro e que essa era a hora de aprendermos uma valiosa lição: qualquer transgressão que uma praticasse reverberaria na outra, se eu desobedecesse a Paula sofreria o castigo e vice-versa. Percebi na hora que isto nos tornava refém uma da outra, se eu amasse minha irmã, e Deus sabe o quanto a amo, teria de me esforçar para errar o menos possível, a coitada estava fraca, sempre foi menos resistente, a mais manhosa, isso se traduzia perfeitamente nos olhos de índia, iam e vinham se perguntando o que fazer, brilhavam poças de lágrimas, pediam perdão antes da transgressão, eu deveria aprender a fazer aquilo, por mais que, tenho certeza, aquele efeito era instintivo, Paula não fazia a menor ideia do como se comportava. Sabe-se lá o que ela lia nos meus olhares. Sem qualquer aviso eles apertaram os botões, e ficaram apertando, apertando, repetiam que como fomos igualmente torpes e desobedientes por isso estávamos sofrendo em igual, mas a parti deste momento, nossas falhas seriam contabilizadas individualmente, na hora do castigo isso se refletiria no que iriamos sofrer. Por algumas vezes perdi a consciência, sendo acordada para continuar sofrendo as descargas elétricas, minha língua já tinha algumas aftas, mal conseguia me levantar, foi Jorge quem me pegou no colo e me levou ao meu quarto, fui deitada na cama cujo lençol havia sido trocado, no caminho ele me disse para ser esperta e aprender a obedecer, quando me deitei o corpo se regozijou na cama macia, eu só queria me enrolar nas cobertas e travesseiros e dormir até todo aquele pesadelo desaparecer, porém Jorge me repreendeu, tive receio de que me batesse, mas ele só jogou minhas cobertas, disse que eu estava proibida de cobrir meu corpo, fosse com que fosse, sem autorização do Ricardo, deitei de peito pra cima, como havia acordado, sem saber da hora senão pela lua que invadia as janelas do quarto para me acalantar, ao invés das algemas fui presa com grilhões especialmente colocados, fruto do trabalho de toda a manhã, não lutei não combati, ele pediu meu pé e eu dei, quis meu pulso: ofereci-lho, abriu o cadeado tirando minha coleira para prender logo depois a ferro, seria minha primeira, tirou da gaveta onde guardo minhas roupas um vidro de repelente passando por todo meu corpo, todo mesmo, explicava que hoje foi pra sabermos o quão sério era nossa situação, que quanto mais rápido aprendêssemos e nos tornássemos escravas, menos iriamos sofrer, seu Jorge tinha uma maneira cândida de passar o repelente em mim, me acariciava enquanto dizia coisas terríveis com as quais certamente eu iria ter pesadelos assim que ele me deixasse dormir, não pude notar que no meu quarto muitos apoios, grilhões, correntes foram postos, havia câmeras instaladas também, e não eram nada discretas, uma estava apontada diretamente para cama, outras quatro pegavam outros ângulos, Jorge disse que havia câmeras por toda a casa, cômodo algum, exceto o próprio quarto dele, estava sendo vigiado, Ricardo tinha acesso as imagens por aplicativo, um excesso de zelo, segundo a ótica de Jorge, já que não havia viva alma próxima a eles, a não ser nós 4. Disse que era um sonho se realizando, quantas vezes não suspirou vendo-nos tomar banho na piscina de biquíni e que de agora em diante, ver-nos-ia todos os dias completamente peladas, que a excepcionalidade se tornaria a regra e que teria chances de realizar todas as suas fantasias com as escravinhas do seu patrão, já que pra isso dar certo a engenhosidade do empregado era primordial. Tudo me dizia e eu calada engolindo seco o cansaço, sono e dor, minha mãe, onde quer que estivesse, estaria me assistindo e quem sabe enviaria socorro? Adiantaria orar pra alguém? Jorge terminou de me untar de repelente, me beijou, ofereci a ele tudo que queria, só desejava que ele fosse embora e me deixasse dormir, o que ele fez não sem antes explorar muito minha língua dolorida, empapava-me de sua saliva, bateu em cada um dos meus seios admirando-os enquanto pululavam do golpe, me desejou boa noite apagando a luz e virando a chave do quarto. Não tinha vontade de ir no banheiro porque comi pouco, sabe-se lá o que tinha naquela pasta, além da terra, bebi também pouca água e me mijei toda na sessão de eletrochoque, acho que por isso tinha uma enorme lona debaixo das cadeiras onde ficamos. A janela estava aberta, um lembrete de que esperança era vã, não conseguiria mover um dedo sem que Ricardo soubesse ou os grilhões impedissem, só me restava recostar a cabeça pro lado no travesseiro e aproveitar o sossego até o dia seguinte.

(Continua...)

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Comentários

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25/05/2020 10:15:36
Obrigada pelos comentários!
25/05/2020 10:09:22
mto excitante
25/05/2020 09:02:02
Amei, vc é muito talentosa
18/05/2020 22:48:08
Não Kabel, são dias diferentes, o que acontece é que é facil se perder nos detalhes, além do mais minha proposta é mesmo escrever um conto com capitulos num só fôlego, o capítulo 1 é o básico para introdução. Não há erros, fora de digitação e ortográficos que passaram (pelo fato de como autora estar viciada no meu próprio texto). Recomento que leia com mais atenção.
18/05/2020 22:41:33
Esta 2.parte do conto.é igual a 1.Aliás este conto é o mesmo da 1* parte .Acho que você errou ao publicar
16/05/2020 14:51:13
Aguardando o próximo!
16/05/2020 08:31:03
sensacional
15/05/2020 20:47:31
Continua, está ficando interessante!

Listas em que este conto está presente

Assim que se escreve
Sem frescuras e quase real


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