💕EU AMO VOCÊ. 💕CAPÍTULO: 9

💕EU AMO VOCÊ. 💕CAPÍTULO: 9

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Enquanto Gisele e Jean conversavam Keity chegou com suas amigas em volta de Tomás e falou:

- Qual é garoto; você é tão gatinho e ta andando com os desajustados? - Vai por mim eles não tem nada a oferecer a você, é o casal de malucos aqui da escola.

Dandara: - A menos que você seja maluco ou viado, ai é melhor você andar com eles.

Tomás: - Eu não sou viado não, gosto muito de mulher! (Keity sorriu, feliz em ouvir aquilo).

Keity: - Pois então, melhor se afastar deles, porque seu amiguinho alí adora uma rola no cu.

Tomás ia responder, mas Jean e Gisele chegaram na hora. Gisele disse:

- Vem Tomás. (O garoto ficou parado, ainda estava tentando processar a última informação de que Jean adorava uma rola no cu)

Ele só despertou com a mão de Gisele segurando em seu braço e puxando ele.

E também porque ouviu a voz de Gislane ao lado de Dandara dizendo:

- Cuidado, novato, principalmente com a Fiona de preto ai!

Gisele segurando Tomás pelo braço e andando com ele, virou se para trás, deu o dedo do meio pras garotas dizendo:

- Vai se ferrar buceta de suja.

Eles entraram em sala e Tomás ficou olhando pra Jean. O menino olhou pra ele e deu um belo sorriso e isso quebrou Tomás, além dele ter ficado mexido com o sorriso lindo do garoto. Ele devolveu o sorriso e tentou disfarçar, mas ele estava tão pensativo que não teve como Jean e Gisele não notar a mudança de comportamento de Tomás. No fim da aula, os 3 caminhando, Gisele tocou no assunto.

- O que foi que as 3 cobrinhas da turma falaram com você, que você ta estranho?

Tomás: - Não foi nada de mais, deixa quieto!

Jean: - Como deixa quieto? - Pra você está assim, é porque não foi boa coisa. Elas falaram de mim? - Pode falar, se elas falaram eu tenho que saber; e se foi da Gisele ela também tem o direito de saber pra agente poder se defender. Você é novo na escola e não sabe ainda quem ta falando a verdade ou não. E as vezes por uma mentira, você ou agente pode terminar nossa amizade por nada.

Tomás respirou e pensou que realmente Jean estava dizendo algo muito certo e então por fim disse: - Posso falar mesmo e na frente da Gi?

Gisele: - Há já sei! - Ai Jean! - No mínino falou que você é viado!

Jean deu um sorriso amarelo e sem graça, Gisele muito esperta já falou isso pra descontrair o garoto imaginando que o assunto fosse dali pra pior.

Tomás olhou pra Gi e disse: - Como você sabe?

A Gisele riu e respondeu: - Daqueles três putianes agente espera o pior. -Ela não te disse que sou lésbica e adoro chupar buceta, não? - Porque da boca delas, eu e Jean sempre esperamos o pior.

Tomás um pouco sem graça virou se para Jean e olhando em seus olhos perguntou diretamente pra ele: - Então esse negócio que ela disse que você adora uma rola no cu é mentira?

Jean entrou em pânico, era visível o suor frio no rosto dele, se falasse que sim, o mentiroso seria ele e se fala que não estaria assinando sua sentença e com certeza Tomás iria se afastar deles. Por sorte antes que ele pudesse abrir a boca, a Gisele foi mas rápida e disse:

- Claro que é mentira. Eu mesma, perdi minha virgindade com Jean.

Na verdade nesse ponto, ela não mentiu. Depois que Jean estava na fossa sofrendo pelo abandono de Abner, houve uma tarde na casa dele em que ela estava sozinha com Jean, e depois de consolar o menino por uma choradeira braba, os dois se olharam e surgiu um beijo de língua. Aquela não era a primeira vez maravilhosa que a garota tanto sonhava, mas sabia o que tinha que fazer e como fazer pra melhorar o astral do amigo. E pra encurtar a história no fim de tudo Jean tinha acabado de foder a amiga e muito bem fodido na cama do seu quarto. Mas aquilo não significou nada pros dois, ficou tudo bem e tranquilo entre eles, foi só mais uma experiência. Ela soube o que é chupar e ter uma rola dentro da buceta e ele soube que apesar de ter sido muito gostoso e interessante ele meter numa xota, na verdade mesmo ele tinha nascido pra dar o seu cu. Aquilo não passou de um sexo casual entre amigos e mais nada.

Mas voltando a historia...

Tomás olhou pros dois com cara de espanto e disse: - É verdade?

Jean: - Pior que é, mas ninguém precisa saber disso.

Gisele: - Não mesmo, já basta você saber. Só te contei porque você é nosso amigo.

Tomás, olhou pros dois sorridente, seu coração estava aliviado. Pois se Jean comeu mesmo a Gisele isso significa que ele era homem de verdade e que aquelas garotas eram umas mentirosas mesmo. (Coitado de Tomás, tinha muito que aprender ainda da vida, se ele soubesse a quantidade de garotos que existem no mundo que fodem uma xota mas que são mas viado do que as pocs pintosas, passivérrimas que existem por ai. No mundo de hoje fuder um grelo não é mas sinônimo de ser o hétero machão).

Naquela tarde depois da aula, Tomás foi pra casa de Gisele encontrar com ela e Jean. Os três se divertiram muito e isso passou a ser uma constante. Todos os dias Tomás ia ou pra casa de Jean, ou pra casa de Gisele, ou levava Jean e Gisele pra sua casa. Os três passaram ser um trio inseparável.

No meio disso tudo, Abner sempre estava mandando mensagens e convidando Tomás ir na casa dele, mas na verdade Tomás, estava um pouco cabreiro com essa amizade. E por isso ele estava evitando Abner, e na verdade o convívio com ele e Jean mais Gisele, estava tão bom, que ele nem sentia falta de Abner.

Mas mau sabia ele que Abner já tinha planos em mente e que isso ainda ia acabar mau.

Abner não estava gostando nada, nada dessa situação, parecia que ele estava sendo evitado por Tomás e isso já estava lhe incomodando e muito.

A semana passou tranquila, no Domingo Abner deu uma prensa em Tomás:

- O que você fez tanto essa semana que não podia tirar um dia pra mim?

Tomás: - Fiz muitas coisas, estava ocupado, muito ocupado mesmo.

Abner: - Ocupado com o que?

Tomás: - Ai já é querer muito! - Vou fazer um relatório da minha vida e deixar no gabinete do Pastor pra ele assinar e depois mandar te entregar pra você saber tudo da minha vida.

Abner ficou vermelho de ódio com a resposta de Tomás, mas engoliu a seco e mudou sua fisionomia para a de um menino santo e tranquilo, ele sabia representar muito bem. E conseguia inverter os papéis direitinho. Ele era tão diabólico que de culpado, se tornava santo e vítima. Foi então que ele disse com olhar tristonho e cara de piedade:

- Poxa irmão, me desculpe, você esta certo. Eu não devia me meter mesmo na sua vida, é que desde que te vi aqui a primeira vez fiz de tudo pra te acolher tão bem. (Abner era astuto e sabia jogar com as palavras ele sabia que o que tinha acabado de falar, faria com que Tomás se sentisse mal, e foi o que aconteceu. Tomás ouvindo ele se sentiu com um peso na consciência por ter maltratado o cara que abraçou ele ali na Igreja, que acolheu ele). Então Tomás disse:

- Desculpe irmão eu acho que exagerei um pouco, me perdoe. Eu não queria te magoar, é só que...

Abner nem deixou Tomás terminar a frase e voltou a se fazer de vitima: - Não tudo bem irmão, eu que tenho que ti pedir perdão, acho que fui entrão de mais na sua vida, você não me deve satisfação nenhuma. É melhor eu ir pra classe (Classe da Escola Dominical), deixa eu ir indo...

Tomás ainda disse: - Espera irmão, espera ai...

Abner nem virou as costas e foi andando e sorrindo por dentro, tinha acabado de virar o jogo, agora o demônio era o Tomás que estava se sentindo mal e ele era a pobre vítima indefesa e mal compreendida.

Naquela manhã Abner procurou sentar com outros garotos e o mais distante de Tomás. Era tudo parte do seu joguinho e estava dando certo.

Tomás foi pra casa de cabeça baixa, triste, se sentindo mal por ter magoado seu amigo que sempre foi bom e maravilhoso pra ele. E passou uma tarde, meio triste e sem graça. Nem queria ir ao culto a noite, mas seus pais insistiram e assim que ele chegou na Igreja, Abner veio correndo ao seu encontro sorrindo e dizendo:

- Meu irmão que bom que você veio.

Tomás ficou parado sendo abraçado e estático sem intender nada. Foi então que ele perguntou:

- Você não esta mais zangado comigo?

Abner: - Claro que não. O Espirito Santo, falou ao meu coração pra te perdoar. O inimigo é sujo irmão e quer nos ver brigados, mas ele já ta derrotado, ninguém vai separar nossa amizade. O que Deus unil está selado no céu. Não é mesmo?

Tomás completamente desconcertado com a situação e se sentindo melhor por Abner voltar a falar com ele respondeu que sim... E Abner sorriu pra Tomás.

Na mente de Abner ele só pensava: Agora tenho ele nas minhas, mãos, fiz ele se sentir culpado, depois me fiz de vítima, e agora de bom samaritano que da o perdão. E depois de tudo isso não vai ter jeito, eu posso pedir qualquer coisa pra ele, que ele não vai conseguir dizer não.

E foi isso mesmo o que ele fez, lá pelo meio do culto depois de cantar um hino, o Pastor, mandou que os irmãos se abrasassem e foi ai que Abner aproveitou a deixa e abraçando Tomás disse no seu ouvido: - Que bom te dar esse abraço irmão, senti sua falta, eu te convido para ir lá em casa mas você não aceita.

Tomás: - Eu vou irmão, eu te dou minha palavra que essa semana eu vou na sua casa. Amanhã mesmo, se você quiser, eu posso ir?

Abner olhou feliz pra Tomás e disse: - Claro irmão, eu vou adorar, vai amanhã mesmo. (Por dentro Abner estava soltando fogos de alegria, finalmente ele conseguiu manipular Tomás e conseguiu o que ele queria, seu plano era arrastar Tomás pra sua casa, pois ele ficava sempre sozinho e lá atacaria ele. Pelo menos um beijo naquela boca morena e gostosa ele ia conseguir dar, isso só no início, pois o que Abner queria mesmo era fazer dele seu putinho particular. Já tinha tocado várias punhetas e inclusivel ate tocado punheta no banheiro masculino da Igreja também; só imaginando metendo seu pau dentro do cuzinhos de Tomás).

No dia seguinte na escola, quando Tomás, estava saindo com Jean e Gisele, seu telefone vibrou e ele viu que era uma chamada de vídeo do Abner no zap, ele olhou e uma msg que dizia: - Tudo certo hoje irmão, você vem mesmo?

Tomás leu e disse: - Pô gente hoje não vai dar pra passar a tarde com vocês, um irmão da Igreja me convidou pra ir na casa dele hoje, e eu não posso recusar. Vocês intender né.

Jean: - Claro, sem problemas.

Gisele: - Deixa eu olhar a cara do seu irmão pra ver se ele é gato?

Os meninos riram e Tomás entrega o celular dele pra Gisele, mostrando a foto de Abner. Gisele olha e ainda vê escrito no zap Abner irmão. A garota olha espantada e respira fundo e logo pra disfarçar diz: - Nossa ele é gatinho mesmo, da só uma olhada Jean. (Ela vira o celular para Jean ver).

Jean olha e suas pernas tremem de nervoso. Gisele percebe e pra situação não piorar ela diz tentando disfarçar:

- Ele é gato mesmo, você é da Igreja dele?

Tomás: - Isso! - Ele é um cara maravilhoso vocês tem que conhecer ele. Nossa assim que cheguei na Igreja a primeira vez, ele me acolheu, me fez conhecer todo mundo. Cara sem palavras pra esse menino. Nem vou falar nada vocês vão ver quando conhecerem ele.

Gisele: - Pelo jeito ele deve ser um santo. (Falou em tom de ironia).

Tomás: - Santo ninguém é, mas que ele é um exemplo, isso ele é...

Jean nada falava. Só caminhava olhando pra frente e pensando no quanto o Abner era um exemplo de vida. Ele melhor do que ninguém sabia o quanto o Abner era um santo maravilhoso pra não dizer o contrário.

Gisele mudou de assunto rapidamente, devolvendo o celular para Tomás.

Na parte da tarde, Abner foi até a porta de Tomás e carregou ele pra sua casa.

Gisele, estava na casa de Jean com ele, e tentando acalmar o amigo.

Jean: - Eu não to acreditando, ele é amigo do Abner, logo de quem Gi...

Gisele: - É eu sei, eu to boba até agora.

Jean: - Agente precisa fazer alguma coisa e rápido, se o Abner souber que nós somos amigos de Tomás, eu nem sei o que vai ser. Você viu como o Tomás ficou estranho quando aquelas galinhas falou que eu adoro rola no cu. Imagina se o Abner que é o irmãozinho querido dele, fazer a nossa caveira.

Gisele: - Calma viado, você tem alguma prova contra o Abner ainda?

Jean: - Tenho, ele me excluiu do zap, mas eu não apaguei, ainda tenho varias conversas nossas lá e fotos que ele me mandava, até de nuds, e outras transando juntos. Ele tirava foto me comendo e mandava do zap dele pro meu.

Gisele: - Porra bi, é isso cara. Você tem que contar a verdade pro Tomás e mostrar tudo pra ele antes que seja tarde e ele descubra e invente um monte de coisas de você. Ai meu filho já era. Porque o Tomás não vai deixar você nem chegar perto dele pra você conversar e ter a chance de mostrar tudo isso pra ele.

Jean: - A minha sorte é que ainda tenho isso...

Gisele: - É mas por outro lado, você ainda guardar isso até hoje é gostar de sofrer, hein!

Jean: Ai amiga não me condene, eu sei que ele é um safado e cretino, mas o amor que eu senti por ele era muito forte, eu deixava aqui pra de vez enquando olhar e relembrar só dos momentos bons.

Gisele: - Bons só pra você né, por que o outro nem lembra mais que você existe. Pelo menos foi bom você ter guardado isso, agora nós temos uma prova e você vai falar com ele amanhã se possível.

Jean: - Eu não sei se vou conseguir amiga, é muito difícil e eu não sei a reação dele qual vai ser, eu tenho medo de me machucar.

Gisele: - Bi, se machucar você já vai de qualquer maneira contando pra ele ou não, porque ai vai ser o outro que vai contar da forma dele se fazendo de vítima como ele sempre gostou de fazer. Então o que é um peido pra quem ta cagado. No maximo o que vai acontecer é o Tomás não querer falar mais com você, mas pelo menos ele vai saber da verdade.

Jean: - Estou tão nervoso, e pior que logo mais tem sessão no centro, como vou me concentrar com isso na cabeça.

Gisele: - Calma amigo, você vai sim. E aproveita e faz uma consulta com seus guias. Eles vão poder te orientar.

Enquanto isso na casa de Abner:

Abner conversava vários assuntos com Tomás, pra deixar o garoto bem distraído e poder atacar. Como uma serpente pronta pra dar o bote, ele então lançou seu primeiro veneno:

- Meu irmão, eu nem te conto, dois meninos lá da minha escola, foram pegos no banheiro no maior amaço, tipo que estavam se beijando. Deu uma confusão danada. (Claro que tudo isso era mentira, ele estava inventando uma história pra chegar onde ele queria)

Tomás: - Nossa que vergonha hein!

Abner: Pois é, eu não condeno sabe. Tem garotos que fazem isso por experiência, não quer dizer que sejam gays. Muitos até transam na nossa idade, mas quando crescem casam e tem família. Sei lá, agente tem vontade de beijar, de fazer sexo, mas as meninas da Igreja não liberam. O que você acha?

Tomás: - Sei lá, pra mim isso é errado, a Bíblia diz que o homem não pode se deitar com outro homem porque é pecado.

Abner: - Mas a Bíblia também diz que se pedirmos perdão, nossos pecados serão perdoados. Talvez sexo seja algo impuro mesmo! - Mas um beijo, acho que não tem nada ver. Os Judeus davam o Ósculo Santo que nada mas é que um beijo na boca entre os homens. Se pararmos para pensar nisso... (Abner falava de um jeito manso e sorrateiro, ele ia como uma serpente, enrolando e enrolando Tomás até poder apertar e dar o bote).

Tomás: - Isso é verdade, mas sei lá. Beijar outro homem na boca, é meio estranho.

Abner: - Estranho porque, é só você fechar os olhos e beijar. A boca de homem e de mulher é tudo igual. Eu sou BV (Boca virgem). E você?

Tomás, estava um pouco sem graça, mas aquela conversa estranhamente estava deixando ele excitado. Seu pau estava duro dentro da bermuda e claro que Abner já tinha dado uma olhada rápida e percebido. Ele sabia que a vontade da carne estava falando mais alto dentro do corpo de Tomás e era muito provável que ele conseguisse o que queria.

Tomás: - Eu já beijei uma vez uma menina da minha antiga Igreja.

Abner: - Que legal irmão, você podia me ensinar então. Eu juro que vai ficar em segredo entre nós.

Tomás: - Não irmão melhor não!

Abner: - Poxa, pensei que nós fossemos irmãos de verdade e que você confiasse em mim e eu em você. O que te custaria fazer isso, é só um beijo, nem eu e nem você somos gays. É só um beijo...

Tomás estava com o corpo ardendo de desejo, ele queria dizer não, mas disse um sim seco, com a garganta seca de nervosismo. Abner sorriu e se levantou, pedindo pra Tomás se levantar. Os dois de pé e Abner foi chegando e colando sua boca na de Tomás, e o beijo aconteceu. Estava ficando quente e gostoso, as bocas alí entrelaçadas e os dois com seus paus duríssimos. Abner foi ousado e colocou sua mão sobre a bermuda de Tomás e pegou em seu pau, sentindo aquela pica grossa e grande pulsar na sua mão. Tomás gemeu de tesão e estava entregue. O beijo era forte e intenso, as carícias de Abner no pau de Tomás ficavam cada vez mais ousadas e ele enfiou a mão dentro da bermuda de Tomás, pegando em seu pau moreno e delicioso.

Mas Tomás se assustou nessa hora e saiu dando um pulo pra trás e disse:

- É melhor eu ir embora irmão.

Abner: - Tudo bem, eu te acompanho até o portão.

Abner levou Tomás até a rua e se despediu dele, ficou vendo Tomás ir embora e pensando: Por hoje esta bom, pensei de dar só um beijo e acabei pegando no pau dele, aliás que pica gostosa que o puto tem. Até o final desse mês eu consigo botar ele de quatro na minha cama e meter muita piroca naquele cuzinho.

A noite chegou e Jean estava preparado no atabaque (Jean era espírita de nascença, mas ele não era rodante ou seja, a pessoa que incorpora. Ele era ogã confirmado desde pequeno. E foi desde pequeno que ele aprendeu a tocar os atabaques ou tambores como chamam popularmente. Apesar de não ser rodante, ele tinha seus guias. Filho de Oxalá com Yemanjá, trazia consigo os carretos de cemitérios, tais como Maria Padilha do Cruzeiro das Almas, Zé pilintra das Almas, Tranca Rua das Almas, entre outros).

Naquela noite o toque era pra Exu e ele precisava estar concentrado. Conhecia todos os toque e pontos, tocava com uma habilidade incrível, chegando a ser até requisitado por outros centros pra tocar em festas. Muitos Pai e Mães de Santo pediam se sua Mãe liberava ele para tocar em suas Casas ou Terreiros.

Mas Jean estava tão preocupado. E tão logo começou a sessão, ele errou um toque, os outros dois Ogãns olharam pra ele sem intender nada. Mas pra frente, atravessou o toque de novo, e não demorou muito atravessou de novo. Sua mãe de santo levantou se de sua cadeira e foi até ele e disse fazendo sinal pros outros dois Ogãns continuarem tocando:

- Filho o que está acontecendo hoje?

Jean: - Nada mãe, só estou precisando ir ao banheiro urgente.

Mãe: - Mas agora que te deu vontade de ir no banheiro, porque não foi antes? Sabe que eu gosto de respeito na hora da sessão por isso que eu peço pra vocês fazerem tudo antes. - Vai rápido no banheiro e não demora.

Jean foi rápido e lavou o rosto na pia, respirou fundo e teve vontade de chorar mas precisava se aguentar, seu coraçãozinho estava apertado. Ele mijou, lavou as mãos e o rosto de novo e voltou para o atabaque.

Alguns Exus estava em terra e outros baixando no terreiro. Até que finalmente todos chegaram e começaram dar suas consultas.

Jean estava impaciente, e nervoso, quase no final da sessão, Maria Padilha do Cruzeiro das Almas, mandou uma cambona chamar Jean. Ele foi; ela sorriu pra ele fumando e deu sua taça de Contine pra ele beber e então falou:

- O moço ta preocupado hoje?

Jean: - A senhora sabe porque, afinal aquele rapaz é pra mim ou não minha senhora?

Maria Padilha: - Aquele moço, vem de outros tempos. Eu já disse pro moço que quem não lhe servia era o outro moço do Paz do Senhor (no caso ela falava de Abner se referindo ele ser crente). Mas o moço num quis me ouvir, tomo no cu, num foi?

Jean: - Eu sei, a senhora estava certa. Mas eu nem penso mais nele, o meu negócio é com outro, mas sei que o Abner que me fez sofrer pode me colocar contra o rapaz que eu quero.

Maria Padilha: - Seu moço, você sabe o que tem que fazer já. - Precisa fazer o falador de tudo pra ele, antes que o moço falso (Abner) faça antes. - Que lua essa?

Jean: Hoje é Segunda Feira.

Maria Padilha: - 7 luas depois, esse moço vai voltar a se seu, ou eu não me chamo Maria Padilha dos Cruzeiro das Almas. - Presta atenção seu moço, a muitas luas grande o moço e o outro mocinho de lá foram felizes acá nessa Terra pobre. Mas o fogo acabou com esse amor dos dois.

Jean: - Como assim o fogo acabou, nós morremos no fogo?

Maria Padilha: - Esse troço ai mesmo seu moço, mas isso é passado, o que importa é agora. E nessa vida, é a água que vai trazer esse amor de vocês dois de novo. Daqui a 7 luas, na hora grande de Exu o moço vai beijar o outro mocinho de lá e esse beijo vai ser debaixo desse troço que eu num sei dizer o nome. O moço vai ouvir, uma gargalhada minha na encruza e depois disso o moço vai ser seu de novo. - Estamos combinado, seu moço?

Jean: - Estamos. (Ele disse isso apertando a mão da Pombagira) E disse: - Deixa eu ver se entendi, daqui a 7 dias, ou seja na próxima Segunda Feira numa encruzilhada eu vou beijar o Tomás, que é o outro moço. Numa encruzilhada na hora grande de Exu, ou seja a Meia noite. De baixo de água. Seria debaixo de chuva então?

Maria Padilha: - Isso seu moço debaixo disso mesmo. O moço intendeu o recado certo. Esse é meu trato com o moço, é assim que eu vou fazer meu trabalhador na vida de vocês dois, e mostrar a força que um Exu tem numa encruza. (Ela deu uma gargalhada e uma tragada no cigarro olhando bem dentro dos olhos de Jean)

Jean: - E o que a senhora vai querer em troca?

Maria Padilha: - O que eu quero o moço já me dá, que é sua lealdade e seu respeito por mim. - Mas se o moço quer me da um pago, toca pra mim. Toca moço, tocaaaa, que eu quro dançar e cantar um ponto pra firmar nosso pacto.

Jean foi até o atabaque e castigou o couro enquanto Padilha começou a dançar em frente ao atabaque pra Jean e cantar:

Cemitério é praça linda

Mas ninguém quer passear

Cemitério é praça linda

Mas ninguém quer passear

Lá tem 7 catacumbas

A Padilha mora lá

Lá tem 7 catacumbas

A Padilha mora lá

Mora lá, mora lá

Mora lá, mora lá

Mora lá, mora lá

Maria Padilha mora lá.

Padilha cantava e dançava gargalhando pra Jean, e assim a noite terminou.

Ainda antes de deitar ele mandou um áudio pra Gisele já de casa contando tudo o que aconteceu...

A menina só escutou de manhã quando acordou e mandou outro áudio falando pra ele esperar ela no portão. Eles se encontraram e conversaram, Gisele disse que hoje quando eles saíssem da aula que ele fosse conversar com Tomás e falasse tudo sem rodeios e mostrasse as conversas e fotos, e que qualquer coisa era só mandar um áudio pra ela que ela iria em socorro dele urgente.

Bem... A tarde chegou e Jean na escola estava uma pilha de nervos. Tanto que Tomás percebeu e perguntou, e Jean só se limitou a dizer que precisava conversar com ele assim que eles saíssem. Tomás disse que ele podia ir a sua casa. E assim aconteceu.

Chegando lá ele ofereceu água a Jean, mas ele não quis nem beber. E começou a fala e falar, despejou tudo que estava guardado no peito.

Tomás ouvia tudo em silêncio e estarrecido. No fim Jean já não aguentava mais, e chorou muito. Estranhamente, Tomás não estava sentindo raiva ou ódio, ao contrario. Sentia pena de Jean e uma vontade enorme de abraçar seu amigo e consola lo. Ele viu as conversas e áudios, e ate algumas fotos do corpo nú de Jean fazendo sexo com o corpo nú de Abner. Ele sabia que tudo aquilo que Jean estava falando era verdade pois ele mesmo tinha sido assediado por Abner um dia antes. Sendo beijado e tocado por ele nas suas partes íntimas. Ele lembrava do Abner mentindo e dizendo que nunca tinha beijado antes, sendo que naquelas fotos ele estava fazendo mais que beijar.

Ele procurou acalmar Jean e disse: - Me ajuda a desmascarar esse fingido? (Jean fez com a cabeça que sim).

Ele então ligou pra Gisele pedindo que ela fosse ate a casa dele pra conversar com ele e Jean. E tão logo ela chegou, todos começaram a conversar. A menina ainda enfatizou o quanto Jean sofreu nas mãos de Abner. E isso causava um certo ódio e raiva em Tomás, por tudo que ele fez com Jean e queria fazer com ele também.

Eles conversaram e conversaram e no fim decidiram o que iam fazer. Pela manhã ele pediria a Abner para ir a sua casa, Jean e Gi se esconderiam e ele iria puxar o assunto para poderem desmascarar ele. E assim foi feito.

A noite tranquilamente Tomas mandou uma mensagem, para Abner dizendo:

- Oi irmão, tudo bem. - Estava pensando aqui sobre o que aconteceu, se você manter segredo podemos fazer de novo?

A resposta veio imediata de Abner: - Claro irmão, você pode confiar em mim.

Tomás, vem aqui amanhã na minha casa de manhã antes de eu ir pra escola você pode?

Abner: - Umas dez horas ta bom?

Tomás: - Esta ótimo.

Depois Tomás mandou mensagem pra Gi e Jean combinando. Pela manhã os dois chegaram as 9. Uma hora mais cedo que o safado do Abner. Faltando 10 Minutos para as 10 horas Abner chegou, Tomás levou ele pra sala,e sentou se ao seu lado no sofá. Abner estava todo alegrinho. Sem saber que na cozinha Jean e Gi escutavam tudo.

Tomas começou a falar: - Sabe irmão, eu fiquei com aquilo na cabeça desde que aconteceu antes de ontem. Sei lá, se ninguém souber sabe. Acho que seria legal. Eu senti vontade de te beijar de novo. Na verdade tem um menino na minha turma, que somos muito amigos eu já tinha essa vontade com ele também, mas sempre achei errado. E você agora abriu meus olhos.

Abner interrompeu ele e perguntou: - Quem é esse menino da sua escola?

Tomás pegando seu celular mostrou a foto de Jean dizendo: - É esse aqui, o nome dele é Jean, mas acho que ele não é gay, sei lá. (Abner ficou apavorado vendo a foto de Jean e tratou de dizer logo):

Abner: - Você sabia que esse seu amiguinho Jean é um macumbeiro dos infernos?

Tomás: - O quê que você disse?

Abner: - To dizendo o que você ouviu, e tem mais ele é um viado nojento e promíscuo. - Nossa, pela sua cara de espanto você também não sabia disso? (Abner falou em tom de ironia).

Tomás perplexo com as revelações disse: - Como é que você sabe disso cara?

Abner: - Esqueceu que sou nascido e criado aqui nesse bairro!

O que Abner não sabia era que Tomas estava fingindo uma reação de surpresa pra dar corda a ele e continuou fingindo e dizendo:

- Nossa irmão, eu to chocado. - É serio isso?

Abner: - Claro que é. Aquilo não valhe nada anda com todo mundo do bairro. Já tentou até ficar comigo, eu que não dei confiança pra ele. Cara nojento, deve ta cheio de HIV. Você toma cuidado com ele mano.

Ao ouvir isso tudo Jean teve uma vontade enorme de chorar mas segurou as lágrimas e saiu da cozinha dizendo:

- Se eu tenho HIV, então eu peguei de você seu canalha. E mandou a mão na cara de Abner com força. Abner se levantou e deu um sorriso sarcástico olhando para Tomás, Jean e a Gi que estava chegando da cozinha e então disse:

- Então isso é um complô entre vocês, não é...

Jean irado olhava dentro dos olhos de Abner.

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Mas um capítulos, agradeço a vocês e peço desculpas por esse capítulo que deve ter ficado enorme. Mas valeu apena teve fortes emoções...

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E no próximo capítulo:

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Carlos estava na casa de Reinaldo assistindo a final da Copa de 70, quando ouviu seu pai lhe gritar. Os dois saíram da porta da sala pra varanda e viram Murilo com a arma na mão:

Murilo gritando: - Você vem comigo agora ou eu mato você e todos que estiverem ai dentro. - Vem agora!

Dona Mareze olhou pra Carlos e disse: - Vai meu filho, vai depressa antes que seu pai faça uma bobagem. Mas não deu tempo. Iracema que vinha atrás do marido correndo gritava, larga a arma, larga a arma. O marido se virou e ela partiu pra cima dele. Carlos, Mareze e Reinaldo assistiam a tudo e ouviu se um estampido, ao mesmo tempo que da televisão vinha o som de gol. E as pessoas comemorando. Pelé fazia mais um gol e Iracema caia na calçada com uma bala no peito.