Elite XXI: Mayã

Mayã era um rapaz complicado que jamais vai ter o pai como seu melhor amigo.

Depois do que foi dito em rede nacional, e também pelo Twitter ele tinha deixado de lado o amor e admiração que queria correr pelo pai e tinha um profundo ódio e desprezo pelo mesmo, ele tinha um único desejo, que o motiva todo os dias quando ao acordar. Viganca.

Viganca pela mãe, viganca por anos não ter pagado o que devia, viganca por não o amar como seu filho, viganca por não ser um pai que ele precisava.

Ele mergulho de cabeça no mundo dos pornôs, mais ele viu que era diferente do pai, que ele queria se apaixonar, que queria ter alguém ao seu lado para lhe amar e aprender a crescer. E foi assim que desistiu da vida que ele queria ter. Para apenas ter algo em comum com o pai.

Mayã tinha acabado de voltar da Alemanha, ele tinha que continuar o tratamento contra as drogas e também contra sua depressão que o assolava todos os dias. Varias tentativas de mortes, até mesmo ele se dopar e ter uma overdose de drogas.

A viagem para Alemanha foi isso, ele voltar sadio e bem. Sem recaídas. E por isso a mãe do mesmo estava o colocando no internato que eles podiam pagar com a pensão gorda e com as academia de sua mãe indo bem.

Sua mãe sempre foi divertida e preocupada. Ela chorava sozinha e sempre foi independente. Até mesmo depois de casa com um alemão que nada mais era do que dono da BIC. Ela mesmo assim ainda era presente e admirava o filho, mesmo várias vezes brigando e tentando o entender.

Mayã gostava de David gueta é uma das suas músicas favoritas era She Wolf dele, como sua música também favorita era Anjos do Rappa.

- Estamos mesmo voltando para o Brasil?

A mãe do mesmo encarou a janela do avião e sorriu apertando a mão do esposo e do filho, enfim um alívio de paz.

- Claro que sim, um começo novo para você meu amor. – ela sorriu e beijou a testa do filho.

Mayã estava atrasado na escola e ele queria voltar a estudar e não em casa, como era o plano. Ele queria ter amigos e ver gente, se desprender de vez do mal que o acompanhava. Ele era bonito, seus cabelos loiros estavam saindo e voltando ao preto, de nascença.

Ele pegou o celular e apagou a foto de uma garota que ele gostava e o deixou de coração partido. Ele colocou seus fones e voltou a ouvir Pitty, já que gostava de rock brasileiro.

O Twitter o bombadeava de noticias de seu pai, e de cómo ele agora era o deputado mais votado de São Paulo. E de como a filha perfeita que ele amava estava ao seu lado. Ele tinha inveja da irmã, por ter o que tanto ele quis, o que tanto ele deixou de viver para ter.

A casa era grande e em Osasco um bairro um pouco distante do centro. Ele passariam apenas alguns dias, já que eles se transferiam para Manaus, logo em seguida por causa da fábrica que Rocco, seu padrastro iria frequentar.

Rocco era divertido, gostava de jogar vídeo game e passar a conversar com o garoto, sempre com sua mente aberta e falando sobre vários assuntos. Rocco era o padrastro perfeito, e além do mais fazia a sua mãe feliz.

Rocco era um típico alemão, de cabelos loiros e olhos azuis, ele tinha uma leve tom avermelhado em seu rosto, como se ele vivesse na praia e sempre esquece-se do proteto. Seus cabelos arrepiados que sempre tinham que ficar no gel, para controla-los. Com um rosto triangular e um nariz pontudo, dentes brancos e avantajados.

Um pomo de Adão grande e um corpo magro e alto, ele odiava roupas sociais e sempre era visto com roupas confortáveis, era sempre confundido com um operário na Alemanha. O que ele até gostava.

Mesmo brincalhão e sensato, ele era algo que Mayã, sempre quis ter no pai, carinho, amor e um amigo. Ele se sentou no sofá e recebeu um direct de seu antigo perfil no Twitter, de quando era garoto de programa e ator pornô.

Ele sempre via, mais estava decidido a apagar aquilo de vez, mais sempre observava as mensagens e suas antigas publicações que tinha. O fazendo pensar em como seria se ele continuasse.

Ele esfregou bem as mãos nos olhos e afugentou aqueles pensamentos. Não, ele tinha feito uma promessa, ele iria melhorar, seria um outro Mayã, daria orgulho a sua mãe e seu padrastro.

- Vamos mesmo para Manaus?

- Claro que sim. – a voz rouca de seu padrastro e ele tentando falar português era engraçada. – Como dizem, se Maomé não vai a montanha, ela que vamos.

- O ditado não era assim, mais bem. Eu queria saber se poderia sair com meu amigo, o Hugo Santiago está na cidade, desfilando no São Paulo Fashow Week e ele me chamou para vê-Lo.

A mãe do garoto estava sentado olhando as notícias e pedindo uma pizza, por causa da viagem. Ela encarou o mesmo e antes que desse um sermão o padrastro foi mais rápido.

- Pode ir, mais quero você cedo em casa e sempre atendendo o telefone. Hugo e um rapaz bom, mais ele não sabe de suas recaídas. Paguei uma grana preta, para ninguém da mídia soube-se disso, preservando você.

No fundo ele sabia que era para preservar a mãe de mais um escândalo da família. Já que ela era reconhecida como puta traída, no país onde nasceu. O Brasil poderia ser rico em muitas coisas, mais era pobre demais em conhecimento.

Os olhos duros de minha mãe me observava como uma estátua de mármore. Firme e frios, como um lembrete de todo o sofrimento que a fiz passar por alguns longos anos e meses. Minha mãe era uma morena de cabelos achocolatados e grandes, lisos e brilhosss, como ela era dono de academias ela tinha que ter um corpo bonito. Eu era uma cópia fiel de minha mãe, até minhas covinhas ao sorrir. Ela encarou meu padrastro e jogou a chave do carro.

- Meia a noite nada mais a frente.

- Tudo bem. Eu amo vocês.

Eu já dirigirá bastantes carros aquí e na Alemanha, e não foi problema para mim, já que tinha uma carteirinha provisória, da Alemanha e os documentos do carro, era só manter a calma e não ser pego por uma blitz. A viagem a capital não demorou 40 minutos, pelas vias que peguei.

Não gostava muito de moda, por causa do meu jeito largado de me vestir e de sempre abusar das roupas de couro e pretas. Mais meu amigo Hugo era um modelo e sempre estava sendo visto com as melhores roupas e estiloso. Entrar no evento foi facil. Difícil foi sair.

Sentei do bem na frente onde os convidados estavam e do lado da minha cadeira tinha um lugar reservado. Não se passou nem ao menos 20 minutos que uma garota um ano mais velha que eu se sentou do meu lado, com um vestido glamouroso verde tomara que caia, de cabelos amarrados num rabo de cavalo, seus cabelos azuis escuros. Uma maquiagem forte e mãos delicadas, com um sapato de salto alto fino. A sorri para mim.

- Não sabia que tinha chegado. – a voz da garota era meticulosa e enjoativa. Ela ajeitou suas pernas cruzando elas.

- Nem eu em que estaria aquí.

Bruna estava do meu lado. A minha querida meia irmã. A garota de vlogues e que sempre era vista com meu pai. Ela não perderia um evento como aquele nem que ela morrese. Ela estava ainda no ensino médio por causa de certo problemas juciciais com sua mãe e meu pai para tomar a guarda dela. Bruna era uma garota de olhos redondos e alegres, mais não vai muito na corda dela. A garota poderia ser nojenta quando queria.

- O que você quer maninha?

- Não ganho nem ao mesmo um beijo de boas vindas? Sei que estava na Alemanha e voltei da França a 15 dias. – Ela encarou as modelos a sua frente. – Odiei o vestido.

- Você não me respondeu. Porque está aquí?

- Estou aquí para ter conteúdo em meus Vlogs e prestar o evento. – Ela sorriu sarcasticamente. – Porque mais estaria aquí?

Eu fiquei calado, meu corpo dizia para sair dali a qualquer momento. Fugir de vez.

- Nosso pai quer conversar com você algo bastante sério.

- Diga ao meu pai que não tenho nada a conversar com ele. – Minha voz saiu trêmula, não da forma como eu pensei em responder, a musica começou a ficar alta, mais eu conseguia ouvir a voz de minha irmão ao pé do meu ouvido. – Eu estou aquí em bandeira de paz. Ele quer conversar com você o quanto antes, maninho.

Ela tinha um jeito de me chamar de maninho como se eu fosse uma boneca, uma boneca podendo ser dominada. Ela tirou um papel de sua bolsa azul e rabiscou com sua letra desenhada seu numeroX

- Me mande um oi e eu responderei marcando o encontro. – ela voltou a encarar o desfile.

Eu não consegui amasar, guardei no meu casaco preto e voltei a prestar o envento com a pulga atrás da orelha em saber o que meu querido e desprezível pai estava aprontando.


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??? ATÉ O MOMENTO NADA INTERESSANTE. MAS CONTINUE.

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