Sendo descoberta (parte III)
Eu meio que sem reação falei para minha mãe que não sabia o que falar, que ontem tinha sido a primeira vez que havia experimentado roupas femininas e que pela primeira vez em muito tempo ru tinha me identificado com a imagem do espelho, pedi aos prantos que ela não ficasse brava, ela sorriu gentilmente e falou “sabe, coração de mãe não se engana eu sabia que tinha algo em você que a pertubava, mas... nunca soube o que era, mas vendo sua naturalidade com o sutiã e essa sua calcinha que por sinal marca muito entendi o que era. Mas me diga como se sente assim?”.
Engoli seco e contei tudo que se passara nos últimos dias e como eu havia chegado até ali. Minha mãe ouvindo a história me disse que eu tinha que valorizar muito minhas amigas, pois para ela elas estavam me descobrindo junto comigo, me deu um beijo na testa e me disse que me apoiava, mas que primeiro eu precisava entender e aceitar quem eu de fato era. Liguei para a Bia e a Lu e pedi que fossem correndo em casa porque eu havia sido descoberta. As duas em menos de 20 minutos estavam em casa e minha mãe as recebeu, els chegaram sem graça e antes de começarem a falar qualquer coisa minha mãe grita, Gabriela suas amigas estão aqui.
Fiquei em meu quarto suando frio e refletindo em tudo que estava acontecendo, os sentimentos e sensações estavam cada vez mais intensos, minha pele se arrepiava cada vez mais, minha mãe gritou “então gabi, vai vir ou não?”, então engoli seco e pedi cinco minutos. Refleti em tudo e que se tinha o apoio da minha mãe porque não tentar? Vesti a calcinha casual que ganhei junto com meu baby doll, coloquei um sutiã de rendinha que fazia conjunto com a calcinha, a blusinha e o macaquinho. Calcei uma havaiana que estava em meu quarto e deixei nascer de fato a Gabriela.
As meninas ao me verem de Gabi olharam para minha mãe que as pediu para que não deixassem que nada demais acontecesse comigo, e que ela ficava feliz de eu ter amigas como elas perto de mim. Nos abraçamos euforicamente e perguntei a minha mãe se ela podia nos levar na farmácia, pois queria furar as orelhas. Minha mãe disse que seria um prazer, mas que não seria hoje, pois precisávamos ainda contar minha descoberta a uma pessoa, meu pai.
Continua...
O próximo capítulo será o último da descoberta, mas contarei ainda o que acontece comigo após meu pai saber.