continua please
No colo dos cowboys - II
PARTE 2/7: CAPATAZ NU CORRENDO DA SORTE)
MOÇA NINA, APESAR da idade, correu e pediu a benção ao padrinho, como sempre fez desde menina. Beijou-lhe a mão cabeluda e declarou a saudade que há semanas estancava para si. “Não sabe o quão faz falta quando sai assim, por semanas, padrinho.”
Janete e Jorge, de mãos laçadas, logo subiram para o quarto. Ele queria descansar, claro. Devia estar exausto. Nina, aliviada, ficou embaixo numa contemplação passional. O patrão estava em casa e tudo ia se normalizar. Ela já ia se recolhendo de volta às suas tarefas quando notou aquela curiosidade toda de Joana, que espreitava algo pela janela da cozinha.
A velha cozinheira, como é de se suspeitar, espiava o capataz correndo paladíssimo como Deus o fez pelo quintal, até chegar nos dormitórios onde, lá nos fundos, ficavam os peões.
Moça Nina, silenciosa como sombra, a surpreendeu naquele exato momento perguntando qualquer coisa sobre aquele rapaz, o Joabe. Joana, tropeçando nas palavras, disse que decerto perambulava por aí. E apressou-se para o quintal, toda afobada! Levava no rosto um desses sorrisinhos estranhos. Nina não sabia ainda do que se tratava, mas descobriria. Ah, com certeza descobriria...
Nisso, lá no quarto do casal, Janete cerrou as janelas todas. Quando se virou para o marido, ele segurava a ceroula esquecida do capataz na mão:
— E isso aqui? — indagou Jorge, botando nela uns olhos severos. — Que significa isso, mulher?
— Meu marido — ela estremeceu. — Deve ser uma de suas ceroulas que a Joana deixou cair. Só pode ser! Coitada, ela já está tão cansada das ideias e...
Mas Jorge, espantado, aproximou-se um pouco mais da pálida esposa. A ceroula na sua mão estava usada e não havia como contestar aquele fato.
— Isso aqui — ele ergueu a peça bem diante do rosto dela — parece mais com a roupa de baixo de um cavalo. Não pode ser minha!
E dentre as inúmeras explicações possíveis, Janete, contorcendo-se por entre os argumentos espinhosos do marido, o convencera do fraudulento esquecimento de Joana. “Acho que Joana a trocou. Coitada, já está se embananando toda... Falo com ela sobre isso hoje ainda e garanto que não vai se repetir.” E pronto. O assunto morria naquilo mesmo. Então os dois, marido e esposa, tocaram-se. Abraçaram-se. Ele lhe segredou a paixão ainda não dita. Declarou a nostalgia que nele se esbatia na tortura das semanas. E os dois caíram na cama. Uma negritude sem fim, sem cor, sem enredo, onde só havia sexo comprado e frio.
Enquanto isso, lá no dormitório dos peões, Joana entrou de repente onde Jean estava e o flagrou ainda nu, com outra ceroula na mão.
— Oh! Deus grande e misericordioso! — ela exclamou. E os dois se olharam, mudos, por um longo segundo.
Ele, surpreso com a presença súbita dela.
Ela, surpresa com aquilo tudo que ele tinha no meio das pernas.
Se bem que ela estava mais para maravilhada mesmo...
Nunca o tinha visto daquele jeito, e tão de perto.
O capataz, aqui, deixou a ceroula cair dos dedos. Propositalmente. Pediu, “por favor”, que Joana a apanhasse do chão para ele. A senhora, muito rubra e nervosa, aproximou-se do imponente homem, curvou-se aos seus pés e apanhou a peça caída. Foi então que ele ergueu uma perna para que ela começasse a vesti-lo. Joana passou uma. Passou a outra. E começou a subir...
— Mas o que é isso, Joana? — moça Nina, lá da porta, indagava toda curiosa.
UM IRRITADO Joabe, ainda na casa, bateu à porta do banheiro destinado aos funcionários.
— Caramba, André! Já está aí há muito tempo! — reclamou. E com razão. Já devia fazer bem uns quarenta minutos que André estava entocado lá sem sair.
Então, eis que o próprio abriu a porta. Estava nu e todo ensaboado. Joabe, claro, passou reto. Estava apertadíssimo. Na frente do sanitário, o rapaz baixou a ceroula e ah! Estava feito. A sua urina chiava na cerâmica branca. André retomava o banho interrompido.
_____
Como esse cap. é curtinho, vou postar o cap. 3 também (tem personagem novo chegando pra causar). Tô lá no WATTPAD também, ok?