Katia, A escrava sexual
Katia, A escrava sexual
Conto nº 05 – De Marcela Alencar
- Todo mundo em silêncio....é a Kátia que está ligando. Vou colocar no viva-voz.
- Amorzinho, você está judiando da tua garota! Porque comemorar meu aniversário na casa de teus pais? É tão longe onde eles moram! Mas tudo bem... Já estou saindo da faculdade e adivinhe, tirei de letra as provas. Diga a dona Esther que capriche na ceia, que eu estou faminta como uma loba.
- Pode deixar, querida...mamãe já preparou o que você gosta! Quanto tempo, deves demorar para chegar?
- Não mais de quarenta minutos, não vou com o meu carro, pois como sabes, não gosto de dirigir a noite. O taxi que chamei já está chegando. Mas se prepare, amor....depois dos comes e bebes, vou te matar na cama.... vamos fazer um netinho para tua mamãe, meu amor.
Carlos, tratou de encerrar o bate-papo, antes que Kátia falasse mais algumas “coisinhas” embaraçosas, pois todos estavam ouvindo o que ela falava. No salão, seus pais, os pais dela, muitos parentes e amigas e amigos. Todos levaram na brincadeira e Ernesto, o irmão de Kátia, falou bem alto, motivando risada geral.
- Pessoal... Carlos, hoje não pode beber.... senão não me dará um sobrinho, como a mana estar a desejar.
*****
Ele preparou tudo para surpreender a esposa, no seu 23º aniversário. Mais de trinta parentes e amigos deles, estavam presentes e todos colaboram com a surpresa para Kátia.
Uma hora mais tarde, Carlos caminha de um lado para outro na varanda, preocupado com a demora de Kátia. Duas horas depois, a preocupação era geral, pois nada dela chegar, e o pior, o seu celular, sempre informava que estava “fora de área”.
A consternação foi geral, pois Kátia nunca chegou na casa de seus sogros e o sofrimento, a angustia e a dor substituiu o clima de confraternização e amor nos corações de todos.
*****
Kátia, no portão principal do campus universitário, viu o taxi que chamou estacionar e tratou de embarcar.
- Obrigada, senhor.... você chegou rápido. O taxista murmurou alguma coisa que ela não entendeu e logo partiu, acelerando rápido. Ela não viu um outro taxi, parar na calçada em frente ao portão.
Kátia ficou ansiosa, pois o taxi estava a mais de cem por hora e pediu ao condutor que diminuísse a velocidade.
- Moça no meu carro, eu não aceito intromissão de meus passageiros. Faça o favor de calar a boca!
Ele acelerou ainda mais, ignorando as súplicas insistentes para que parasse o taxi, pois ela queria descer. Quase vinte minutos depois, ele brecou bruscamente, se virou para ela e falou:
- Tu queria descer.... então desça, mas me pague a corrida.
- Você está maluco! Lógico que não vou pagar nada e vou reclamar a sua empresa, o teu comportamento.
Ficou com muito medo, quando o homem desceu, abriu a porta do seu lado e mandou que saísse , senão ele a puxaria para fora.
Ela entendeu que tinha entrado numa fria, e tremendo de medo, saiu e perguntou quanto era a corrida. Estava sofrendo um assalto e assim, nada mais lhe restava, a não ser pagar o que ele queria.
- É tudo que você tem na bolsa, mulher!
Ficou olhando para ele, com o coração a mil e branca como cera, sacou da bolsa novecentos reais e trêmula;
- Tome moço, é tudo que eu tenho.
- Que putaria é essa, só esta miséria!
- Tenho os brincos, o colar e o meu anel... não tenho mais nada de valor, moço!
- Acho que tem, sim, o teu corpo de cadela serve como paga.
Pressentiu quando ele se aproximou com o pulso direito erguido. Kátia não teve tempo de se esquivar e com um grito de dor se dobrou em duas quando o violento soco a atingiu na “boca” do estômago e sem ar caiu no chão. Com selvageria o homem, careça e barbudo, começou a desferir chutes por todo seu corpo e perdeu os sentidos quando foi atingida por duas vezes na cabeça.
*****
Acordou gemendo de dor e se viu nua, deitada de bruços sobre folhas e galhos e o homem por cima, uivando como um lobo, com o pau todo enterrado em sua bunda e as mãos esmagando seus seios, enquanto chupava e mordia seu ombro e pescoço.
Depois de uma eternidade ele ejaculou e saiu de dentro, rolou e ficou ao lado de Kátia, que gemia e chorava, toda moída de pancada.
- Teu rabo é uma delícia, apertado e quente, vadia de merda. Fique quieta aí, enquanto eu me recupero um pouco.
Kátia, se virou e viu, ao lado do carro, suas roupas, sapatos e todo o conteúdo de sua bolsa. O estuprador parecia dormir, então lentamente foi se arrastando, pensou em vestir sua calcinha, mas viu que estava rasgada e desistiu. A porta do taxi estava aberta e ela pensou em aproveitar a oportunidade e fugir daquele desgraçado. Se apoiou na lataria da porta e fez força para se erguer e entrar no carro.
Sentiu o chute dele, no lado de seu corpo e rolou de dor e a voz rouca do homem.
- Além de puta vadia, ainda quer roubar o meu carro!
Com uma série de chutes, Kátia semi-inconsciente, percebeu quando foi jogada dentro do porta malas do carro que trafegou por muito tempo e depois a escuridão a envolveu por completo.
*****
Não sabe precisar há quanto tempo está trancada naquele mísero quarto, mas nunca deixou de implorar que a libertasse, pois já tinha conseguido tudo que queria dela. Mas, incansável, ao menos uma vez por dia, ele a violenta fazendo coisas que nunca fez com seu marido, sexo anal e oral. Se não chupasse e engolisse toda a sua porra, ele a surrava e a queimava com a ponta de cigarro em sua barriga ou então a deixa sem comer e beber. Já com muitas cicatrizes de queimaduras em seu corpo, Kátia não resisti mais ao monstro e se tornou comum ele esporrar em sua boca.
- Mulher, tu tem de se convencer que eu a quero como minha putinha particular e enquanto não enjoar de você, tu ficará comigo pra sempre. Esqueça tua vida fora daqui, de teu marido e de tudo o mais. Teu novo mundo é aqui comigo.... teu dono e senhor.
Depois de alguns meses, ela passou a acreditar que ficaria o resto de sua vida, como sua escrava sexual e se acostumou ao sexo animalesco do homem.
Até passou a obedecê-lo em tudo, além do sexo, faz a limpeza do barraco e a comida. Ele se orgulha de a apresentar aos seus amigos, como sua mulher. Kátia observou que um deles a cobiçava e assim, alguns dias depois, escutou aterrorizada, que Betão concordou que nos fins de semana, o amigo a levasse para o puteiro dele, desde que vinte por cento do que ela faturasse, fosse dele.
Assim, levada por Florêncio, para o puteiro do homem, no alto de uma comunidade, Kátia como a única ruiva da casa, passou a ser a preferida dos “clientes” do puteiro, que pagavam o dobro do habitual por uma hora com ela.
Kátia, subjugada física e mentalmente, não mais se revoltava no seu “status quo” e se fossemos contar, já teria sido fodida por mais de duzentos homens. Velhos, moços, magros, gordos, pretos, mulatos ou brancos. Qualquer um que pagasse o que Florêncio cobrava, podia ter a sua hora com a ruiva.
Isso perdurou por aproximadamente um ano e meio, até que num fim de noite de um sábado, um homem de meia idade, quase careca, entrou na alcova onde Kátia, já sem roupas o esperava. Ele seria o quinto cliente dela naquela noite.
Ela reparou no estranho modo com que ele a olhava. Com medo do homem, Kátia separou as pernas e perguntou a ao intrigante homem:
- O senhor vai de buceta ou de cu? Mas se preferir eu posso chupar e engolir sua porra!
Se encolheu toda sobre a cama, quando o sujeito sentou sobre o colchão e ficou a examinando com os olhos fixos no seu rosto.
- por favor, moço.... não me bata... farei do seu modo!
Todo o pavor dela, era justificável, pois alguns dos caras que pagavam pela sua hora com ela, costumavam a espancar e isso era o que mais temia, ser surrada. Mas o sujeito só olhava, como se quisesse se lembrar de alguma coisa.
“Qual é o teu nome”, ele perguntou e Kátia o olhou indecisa e depois de uns segundos de hesitante, respondeu ao homem;
- Meu nome era Kátia, mas agora me chamam de “A putinha de Betão”.... porque o senhor quer saber como me chamo? Isso agora não tem nenhuma importância; podes me chamar do que quiser, eu não ligo mais.
- Não, eu a vou chamar de Kátia, pois esse é o teu nome.... e por favor, não se esqueça disso.
- O senhor não vai me foder? Porque está indo embora! Não gostou de mim?
*****
- Carlos, um senhor quer falar com você, filho. Eu não o conheço, mas ele disse que trabalhou como segurança no campus universitário onde a nossa Kátia estudava e disse que é a respeito dela o que tem a lhe falar.
- Tudo bem, mamãe. Mande ele entrar.
- desculpe eu vir a tua casa sem o avisar antes, mas o que tenho a lhe falar é muito importante, senhor Carlos. Meu nome é Fagundes e trabalho a muitos anos como segurança na universidade onde sua esposa, a senhora Kátia estudava.
- Podes Falar, Fagundes.... estou todo ouvidos.
- Eu conhecia sua esposa desde que começou a frequentar a faculdade de letras. Todos nós, funcionários, gostávamos muito dela, por sua simpatia e deferência para com todos. Na noite que ela desapareceu, eu estava de serviço e quando passou por mim, a cumprimentei e ela acenou e seguiu em frente. Todos ficamos profundamente abalados com o seu sumiço.
- Eu e minha mãe, ficamos comovidos por estas tuas palavras, amigo. Mas disseste que tinhas algo importante para falar ligado a minha Kátia....o que tens dizer?
- Sei que já transcorreu um ano e meio desde aquele dia, senhor Carlos e que apesar de todo esforço da polícia e de muitos voluntários, nada se descobriu com o que aconteceu com ela.... pois é,,, senhor.... eu sei onde ela está e é justamente isso que venho lhe falar.
Carlos e dona Esther, deram um pulo de suas poltronas e se aproximaram de Fagundes.
- Meu Deus!!!! Onde... onde, ela está... o que aconteceu, Kátia está bem? Fale logo homem!
- Vou lhe contar tudo direitinho....tenha calma. Ela está viva... mas infelizmente muito debilitada física e mentalmente, tanto é que nem me reconheceu. Eu estou de férias e fui visitar minha família lá no sul. Sabe como é, sou solteiro e numa noite de sábado decidi ir à uma casa noturna..... na verdade um bordel bem conhecido naquela cidade e foi lá que a reconheci.... reconheci sua jovem esposa naquele maldito lugar. Procurei me inteirar a respeito e descobri que ela é uma das mulheres daquele lugar...mas como prisioneira, como escrava de um tal de Florêncio que é o dono do.... do bordel. E que ela mora com um homem conhecido como Betão, dono de um taxi.
*****
Grande força policial, menos de vinte e quatro horas depois invadiu o puteiro de Florêncio e resgatou Kátia e mais duas outras, igualmente mantidas a força no local. Outro grupo, cercou Betão e quando tentou fugir com o seu taxi, foi metralhado por “descuido” por um dos federais.
Kátia, internada numa clínica particular, está muito confusa com quanta gente ao seu redor. Treme de medo, quando Carlos e Ernesto, seu marido e seu irmão entram no seu quarto e fazem menção de a abraçar, chorando.
- Não... não.... por favor....eu não quero foder com dois ao mesmo tempo, tenham pena de mim.
Só então Carlos entendeu que a mente de sua querida esposa, mas do que o seu corpo, estava muito muito doente.
*****
Se Kátia não pode comemorar, seu 23º. 24º e 25º aniversário. Hoje, no seu 26º, está sendo escoltada por Carlos, seus pais e o irmão, para o campus universitário, onde na quadra de esportes, com as arquibancadas lotada, todos aguardam o retorno da “vênus” que renasceu das cinzas para o convívio deles, de sua família, de seus amigos e colegas, sendo recebida com amor e comoção por todos, que festejam a aniversariante, que passou quase dois anos em tratamento numa clínica para doentes mentais.
Kátia, totalmente recuperada chora de emoção com a recepção a ela dispensada e no meio de todos, vai até Fagundes, o segurança do campus universitário. Todos consideram Fagundes o homem que salvou Kátia do inferno que a envolveu.
Ela abraça o segurança, e lhe diz ao pé do ouvido:
- Tu é o meu herói, Fagundes e eu quero chupar o teu pau e não necessitas pagar nada.
- Vamos ter muito tempo para isso, minha jovem, sei que recomeçaras a estudar no próximo ano letivo, queridinha.
Kátia levanta o braço do homem e sorri para todos, felizes por a verem saudável, principalmente Carlos, que terá novamente nos seus braços sua amada esposa.
FIM