As descobertas de uma ninfomaníaca (parte 6)
Parte 6 – Uma amiga de verdade
Anoiteceu! O primeiro dia em que Yasmin havia ficado na minha casa havia sido maravilhoso. Sentadas no sofá da sala, com roupas bem decentes de meninas evangélicas, nó duas esperamos pela minha mãe. A casa estava arrumada, a mesa posta, no fogão existia uma sopa de legumes que nós duas havíamos feito em conjunto, pegando a receita na internet. Tudo estava perfeito e, quando a minha mãe chegou do trabalho, ficou muito feliz vendo aquela arrumação e a alegria nos nossos rostos. Cansada, ela foi ao chuveiro, tomou a sopa e depois foi deitar, nos agradecendo por termos nos comportado tão bem.
Havíamos dado para a minha mãe aquilo que ela precisava. Ela foi deitar tranquila e despreocupada e nós duas fomos ao meu quarto conversar e trocar intimidades. Minha amiga começou falando, num tom bastante emotivo:
“Clara, eu queria te dizer uma coisa muito importante, por favor, me escuta. Tem algo que você fez por mim, amiga, que é muito mais do que sexo e talvez você não tenha se dado conta. Ontem, quando você estava me masturbando durante o sono e eu balbuciei o nome da minha mãe, eu tive tanto medo, senti-me tão exposta, como se o meu mundo fosse desabar por completo. Naquele momento, você poderia ter se aproveitado por completo da situação, poderia ter me chantageado, dito que iria contar para todos que eu tinha uma relação incestuosa, mas não foi isso que você fez. Você não me julgou, apenas me abraçou forte e depois me mostrou seus segredos, revelando que você também tinha um lado frágil. E mesmo quando você colocou uma calcinha fio-dental e rebolou pelo quarto como uma putinha, aquilo ainda não foi sacanagem, e sim uma maneira de me ajudar a lidar com a minha culpa.”
“Amiga, você me devolveu a leveza e a alegria, tentando ser a putinha da nossa amizade, e dizendo que a minha relação com a minha mãe era na verdade linda. Sabe, mesmo quando você, de forma bem lasciva, me pediu para tocar e chupar o seu cuzinho com cheiro de sabão, eu continuei a sentir algo mais do que sexo entre nós. Mesmo diante de todas as putarias, você vai ser sempre a amiga que, ao me ver no momento de maior fraqueza, resolveu me acolher nos seus braços e não se aproveitar de mim. Ao fazer tudo isso, você me ensinou uma lição tão grande, nenhum culto ou sermão vai me ensinar isso. Quando você rebolou como uma putinha, ao invés de me julgar, uma luz se abriu dentro de mim, eu percebi que nós mulheres somos feitas da mesma matéria, temos alguma coisa de cachorra-puta-vadia e algo de santa-pura-imaculada. Eu percebi que essa divisão das mulheres em putas e santas é na verdade uma grande mentira para que continuemos submissas aos homes. Eu, que antes tinha tanto medo de ser puta, de ter prazeres inconfessáveis, agora sinto até um certo orgulho de tê-los”.
“Clara, antes de te conhecer, o que eu era? Eu fiquei pensando nisso hoje de manhã durante a aula. Estava completamente dispersa pensando nisso, não era em sexo que eu pensava, era em nós duas. Eu era apenas uma menina evangélica e certinha como os outros pensavam de mim? E a calcinha fio-dental que você me fizera vestir e eu aceitara? Eu poderia ser a santinha e ter uma calcinha fio-dental enfiada no cu? Tanto teatrinho servia para que? Sabe, Clara, o mundo começou a me parecer um imenso palco, os professores, os meus colegas, o pastor da igreja, todos só conheciam de mim o personagem que eu interpretava, eu era para eles apenas a menina evangélica... e se essa fantasia se rasgasse? E se me vissem tocando a buceta da minha mãe? O que eu era de fato para eles? ”
“Mas para você, minha amiga cachorra, apenas para você, eu sinto que eu posso ser mais que uma garotinha evangélica, ou uma filha safada que dorme tocando na buceta da mãe, ou uma nerd que só tira notas boas. Para você, eu sinto que posso ser qualquer coisa, eu posso descobrir tudo contigo e não apenas ficar interpretando papeis. E contigo, minha linda cachorra, eu não preciso ter medo de tocar e ser tocada, e nem sentir nojinho do cu, como você gosta de dizer, e tudo porque você me viu chorar e soube compreender meus segredos. E essa máquina teatral que move o mundo e que transforma todos nós em personagens, essa máquina foi quebrada entre nós duas. ”
“É por isso, minha amiga putinha, que eu quero ser como você, sem medos ou tabus, quero ser livre para o sexo como você, para que eu também aprenda a não julgar os outros com facilidade, porque eu sei que não é só de putaria que estamos falando, nunca é só putaria, foi isso que você me ensinou, é também de ternura que estamos falando. Foi mais pela ternura que pelo sexo que você me conquistou. Existem confissões que uma puta compreende muito melhor do que um pastor. Era isso que eu queria dizer, Clarinha, espero que você tenha me entendido. ”
Depois de escutar essas palavras de Yasmin, numa voz tão doce e verdadeira que só o perfume das flores consegue ser, eu tive vontade apenas de abraçá-la chorando. Sim, eu havia conseguido uma amiga de verdade e isso era o que de mais valioso poderia existir no mundo. Aquelas palavras haviam me desarmado tão completamente que, pela primeira vez, em muito tempo, eu não estava pensando em sexo, e sim na ternura que havia juntado para sempre os nossos corpos. Yasmin tinha rompido as grades do meu coração. Ela estava comigo mais pela ternura que pelo sexo. Dizendo isso, ela me revelava como muitas vezes eu me prendia ao sexo porque tinha dificuldades de lidar com meus sentimentos. Não que o sexo fosse ruim ou que aquilo que fizéssemos fosse pecado, não era nada disso. O sexo havia sido libertador em vários sentidos e eu continuava a querer experimentá-lo por completo.
Com força, as frases de Yasmin começaram a se fixar na minha mente como um perfume difícil de decifrar: “Mais pela ternura que pelo sexo”, “Existem confissões que uma puta compreende muito melhor do que um pastor”, “Contigo, minha linda cachorra, eu não preciso ter medo de tocar e ser tocada”.
Eu escutava essas frases rodarem na minha cabeça e chorava copiosamente, sim, eu queria ser para sempre a putinha da minha amiga, sentia-me apaixonada por ela, e não era pelo seu corpo moreno exuberante, nem pelos seus lábios carnudos, ou por seus seios mais desenvolvidos que os meus, e também não era pela sua buceta nuazinha que de noite esperava pelo toque das minhas mãos. Não era nada disso que me fazia estar ligada a Yasmin, era uma imensa ternura que nos unia, alguma coisa tão impalpável como um perfume de flor, frágil e forte, afrodisíaco e fugaz, quase imperceptível e, no entanto, de uma vivacidade arrebatadora.
Ao me ver abraçada a ela, completamente emotiva, Yasmin estranhou: “Amiga, eu estou nuazinha, peladinha, você não vai me tocar, quero relaxar antes de dormir”. Bastou que eu escutasse essas palavras para que o desejo de possuir minha amiga se acendesse novamente na minha mente. Antes, porém, eu precisava ajudá-la em algumas coisas. Fui no banheiro, peguei uma toalha, uma esponja, um hidratante neutro, uma espuma para depilação, a minha gilete rosa, e coloquei num recipiente de plástico um pouco de água quente.
Primeiro, fiz minha amiga deitar em cima da toalhinha que trouxe e fui massageando o seu corpo. Em seguida, passei o hidratante com uma esponja pela sua pele morena, me concentrando mais nas suas áreas íntimas. Quando ela estava bem relaxada, molhei sua bucetinha e o seu cuzinho usando água quente, coloquei a espuma própria para a depilação nas suas partes intimas, e fui pedindo para que ela fosse ficando nas posições que eu achava mais convenientes. Deitada e com as perninhas para cima, de bruços, de ladinho, de quatro, eu ia mandando a minha putinha ficar em todas as posições enquanto ia tirando todos os seus pelos. A minha amiguinha, por confiar em mim, fazia tudo o que eu pedia. Às vezes, ela exclamava com medo: “Cuidado com meu cuzinho, sua putinha, ele é muito delicado”.
Depois de alguns minutos, meu serviço estava completo e eu, repleta de excitação por vê-la lisinha como eu, convidei-a para tomarmos banho juntas. Precisava ensiná-la a fazer a chuca, a limpeza intestinal, e aproveitei aquela ocasião para isso. Enfiei a mangueirinha do chuveiro na entrada do seu anel e, depois, pedi que ela eliminasse toda a água no vaso. Para que ela não se sentisse muito envergonhada, fiz a mesma coisa comigo. Repetimos aquela operação umas três ou quatro vezes. Enquanto a minha amiga expelia água do intestino pelo vaso, eu tratava de encher o meu cuzinho com a mangueirinha. Depois de um tempo, os nossos aneizinhos ficaram completamente livres de impurezas e começamos a passar sabão pelo corpo todo. Falei para a minha amiga putinha: “De agora em diante, uma vez por semana faremos nossos cuzinhos ficarem com cheirinho de sabão”. Ela concordou me dando um grande beijo de língua e me pedindo para colocar um dedinho no seu anelzinho. Eu disse que só faria o favor se ela retribuísse, fazendo a mesma coisa no meu buraquinho. Nós duas nos beijamos forte no chuveiro, enquanto uma enfiava o dedinho na bundinha da outra. Nossos corpos estavam cheios de sabão – nos envolviam as mesmas espumas que tinha ajudado no desabrochar da minha sexualidade – mas, agora, eu não estava mais sozinha, sentia-me completa, entregue, apaixonada. Meu dedinho entrava e saia de dentro do buraquinho da minha amiga e eu pedia: “pisca esse cuzinho, meu amor, pisca ele todinho para mim”. Ela piscava e eu ia colocando mais dedinhos na medida que ela ia ficando mais solta, abertinha. A minha amiga não reclamava, preferia descontar em mim tudo o que eu fazia nela, não reclamou, apenas pediu para eu piscar também, e colocou três dedinhos no meu anelzinho, nós duas nos beijando com os rabos preenchidos, éramos duas cachorras.
Sem falar nada, numa comunicação apenas de olhares, minha amiga desligou o chuveiro, enxugou os nossos corpos, e me levou para cama. Institivamente, ela começou a me lamber, chupar, mordiscar-me, como uma cadelinha, nós duas de quatro na cama, e minha amiga lambendo o meu cuzinho, a minha buceta, numa só linguada, ela agora queria tudo, sem hesitação, apenas lamber, chupar, colocar a língua, minha amiga era a minha cadelinha, e eu fui fazendo a mesma coisa com ela. Fomos mudando de posição e não parávamos de nos chupar, a minha língua percorria todo o seu corpo, as nossas bocas com gosto de buceta, depois de terem se afastado, voltavam a se encontrar, num beijo molhado e quente, com sabor de sexo, de paixão, de instintos. Estava na hora de eu mostrar para ela tudo aquilo de que era capaz. Peguei dois dedinhos e enfiei na minha bucetinha com força e frenesi, enquanto minha amiga olhava atônita, sem saber o que, ao certo, estava acontecendo. Ela via atônita os meus movimentos frenéticos, a contração intensa dos músculos da minha vagina, a violência com que eu me tocava. E só compreendeu tudo quando jatos de gozo saíram da minha buceta e molharam o seu rosto. Lembro da carinha de assustada que ela fez e de escutar seus gritos, seguidos de uma exclamação: “sua putinha, você me melou toda”. Era isso que eu queria, molhá-la para poder sorvê-la ainda melhor. Comecei a beijá-la, sentindo o meu líquido que escorria pelo seu rosto, enquanto colocava dois dedinhos frenéticos na bucetinha da minha amiga. Quando ela estava prestes a se perder em jorros como eu, quis posicionar a sua bucetinha na frente do meu rosto, e eu não me fiz de rogada, abri minha boquinha para beber todo o seu líquido quente e depois beijá-la em seguida. A minha amiga aceitou todas as minhas loucuras, como prometera, acho que não existia quase nada no sexo lésbico que não havíamos feito. Ela confiava em mim de verdade, não tinha medo das minhas insanidades.
Naquela noite, ambas estávamos exaustas e felizes. E foi rindo como duas adolescentes, sendo chamada de putinha e xingando a minha amiga de cachorra, que nós duas tiramos os lençóis da cama, colocamos eles para lavar, tomamos um outro banho, e quase voltamos a ser as duas menininhas evangélicas de sempre. Agarradinhas, juntinhas, fomos dormir. Antes de pegar no sono, porém, minha amiga me perguntou: “Clara, você não sente falta de um homem? ”. Eu não tive tempo nem de responder, quando olhei para o lado, Yasmin já estava dormindo. Pelo sorriso que eu via no seu rosto, talvez ela estivesse sonhando com uma cacete duro e grosso. Sim, eu sentia falta de um homem, de um caralho, de alguma coisa forte e vibrante dentro de mim. Eu precisava arrumar um homem para satisfazer a nós duas. Um homem que não atrapalhasse a ternura apaixonada com que eu amava a minha linda cachorrinha.
Leia também o capítulo 7, intitulado Os segredos de Yasmin.
(Clique no nome Clara, logo abaixo do título do conto, para ter acesso à parte 7).