CRIATURA - Parte final - O SEGREDO

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Data: 12/06/2018 00:12:08
Última revisão: 12/06/2018 09:34:32
Assuntos: Oral, Anal, Heterossexual

CRIATURA - Parte final

Três dias depois, os moradores da área acharam, na mata, o corpo putrefato do advogado. Os urubus sobrevoando aquele trecho denunciaram o cadáver. Chamaram a Polícia, que estranhou haver ferramentas de cavar perto dos restos mortais do sujeito. Mas foram embora sem investigar a terra recém-revolvida, onde estava enterrada a loira Hermelinda.

Eu e o jovem havíamos fechado a conta do flat e voltado para a residência dele. Angelo não precisava mais da cadeira de rodas, por isso a doamos a uma associação beneficente. Pedi licença ao rapaz para trazer a esposa do detetive para a casa dele, já que eu tinha prometido cuidar dela. Dinheiro não me faltava. E devíamos muito ao policial, que continuava internado no hospital. Sua saúde era preocupante, mas ele resistia ao ferimento fatal bravamente. Para o meu espanto, a mulher parecia melhorar da sua maluquice a cada dia. No início da sua estadia na residência de Angelo, cuja rua tinha o seu nome, título comprado à prefeitura pela loira para lhe homenagear ainda quando pequeno, a esposa do detetive queria todos os dias ir para um barzinho em Boa Viagem, bairro nobre do Recife. Dizia estar à procura de um amor que conhecera lá e que queria encontrar novamente. Não a deixamos ir, claro. Foi quando Angelo resolveu-se a entrar na mente dela e investigar a origem da sua loucura. Encontrou o trauma de ter perdido a filha, por negligência. Fazia longas sessões, conversando com ela, adentrando seu inconsciente. Na verdade, enquanto dominava o cérebro da mulher, ele ia ficando mais craque em assumir o corpo das pessoas. Eu temia que voltasse a ter controle sobre mim, mas ele parecia mesmo não conseguir mais adentrar a minha mente.

Já se passara quase um mês, quando o detetive - que visitávamos diariamente no hospital - pode voltar para casa. Para sua surpresa, a esposa o reconheceu, coisa que não fazia havia muito tempo. Ele ficou tão feliz que por pouco não teve uma recaída. Ela pediu que eles adotassem uma criança. Precisava disso. Ele concordou com ela, imediatamente. Mas ainda estava cismado com o jovem. Eu intercedi:

- O rapaz foi admirável em prender a loira vilã, detetive. Estávamos esperando você retornar para te dizer isso.

- Ela não escapou, depois de atirar em mim?

- Sim, mas a perseguimos e Angelo conseguiu capturá-la. Recuperamos tuas duas armas. Estão no porta-luvas do teu carro.

O detetive suspirou. Depois, perguntou onde estava a loira. Dissemos que a prendemos num lugar secreto, até que ele convalescesse dos ferimentos. O detetive Sara de Menezes quis ir imediatamente onde estava a vilã. Nós o convencemos de que deveria sarar totalmente, primeiro. Afinal, ainda estava de licença médica da Polícia.

- E as mulheres desaparecidas?

Angelo respirou fundo, antes de dar-lhe a notícia:

- Estão todas mortas, detetive. Hermelinda as matou, em rituais para preservar a própria beleza. Bebia o sangue das pobres mulheres, até que não lhes restasse nem uma gota. Depois, enterrava-as de madrugada, no quintal lá de casa. Como o muro é alto, ninguém a percebia enterrando os cadáveres exangues. Pode confirmar isso escavando o quintal. Vai encontrar as ossadas.

- E qual a tua participação nisso?

- Tentei alertar as duas derradeiras vítimas de que seriam mortas, mas acho que não acreditaram em mim e continuaram na casa. A última foi a filha do bêbado que faz plantão na frente da residência. Mas ele, o bêbado, também não é nenhum inocente nessa história.

- Como pode afirmar com tanta certeza? - Perguntou o cada vez mais cismado detetive.

Eu pensei que o jovem iria falar dos seus poderes. Ele, no entanto, deve ter lido a mente do detetive, pois disse:

- É só uma suspeita. Mas depois verá que tenho razão.

- Pois, neste exato momento, reassumo as minhas funções de detetive da Polícia. Exijo que me mostrem onde está confinada a mulher. Depois, interrogamos o bêbado.

Resolvi intervir na conversa:

- Tudo bem. Mas, antes, me responda uma pergunta importante...

- Chute.

- Quanto tempo acha que uma pessoa sobrevive, se for enterrada viva?

- Depende. Dizem que no máximo 24 horas. Mas não sei o que isso tem a ver com o nosso assunto.

Pouco depois, chegávamos no carro do detetive ao local da mata onde estava confinada a mulher. Antes, passamos por uma loja de ferramentas e compramos uma pá e uma enxada. Esta última seria mais útil que uma picareta, como usou antes o rapaz, que eu já não chamava mais de Criatura. Quando sentimos que estávamos perto de tocar com as ferramentas no corpo da loira, cavamos com mais cuidado. O detetive estava atento, mas parecia incrédulo de que iríamos encontrar alguém vivo ali. Havia se informado com os policiais que resgataram o corpo do advogado junto com as outras ferramentas, deixadas de propósito por nós, e lhe confirmaram o dia e a hora de terem ido à mata, depois de uma denúncia popular.

Quando sentiu menor peso sobre si, a loira se levantou de repente, libertando-se da areia. O detetive tomou um baita susto com a aparição macabra. Quase se borra nas calças. Ela tossiu, sufocada. Uma pancada com as costas da pá, na nuca da mulher, a fez desmaiar de dor. O detetive, recuperado do susto, correu até ela e lhe examinou as pulsações. Ela estava desacordada, mas viva! Livramos seu corpo da areia que já grudava em si e o detetive a algemou. Depois, o rapaz a carregou para o carro.

- Incrível. Se ela passou mesmo esse tempo que dizem enterrada, estar viva é um milagre.

Mais uma vez o jovem não falou nada sobre a capacidade de ressureição da loira. Deixaríamos que o detetive descobrisse por si. Antes de voltarmos à delegacia, Sara de Menezes quis buscar o bêbado que havia perdido a filha. O rapaz adormeceu de repente, no banco de trás. Percebi que ele pretendia dominar a mente do bêbado, quando o encontrássemos. O cara estava caído defronte ao muro alto da residência. Quando nos viu, se levantou. Só para cair novamente, com todo o corpo, no chão. Mas tornou a se levantar ao cabo de alguns segundos e caminhou em nossa direção. Disse:

- Estava esperando por vocês. Estou doido para dar meu depoimento.

Entrou no carro e sentou-se entre mim e Angelo, que continuava desacordado. A loira estava na cadeira do carona, ainda desmaiada. O detetive deu partida no carro, indo direto para a delegacia. Breve, lá, o bêbado falava:

- Eu assediava minha filha. Estuprei-a por diversas vezes, desde que sua mãe faleceu, me deixando sozinho. Minha garota se debatia, mas não me abandonava. Então, eu achava que ela gostava de mim. Aí, um dia, desapareceu de casa.

O bêbado - que no momento estava sóbrio - fez uma pausa para chorar. Depois, continuou:

- Achei uma carta da agência de empregos endereçada a ela e descobri o endereço de onde trabalhava. Mas isso demorou dias. Quando cheguei lá, disseram que não a conheciam. Mas eu vi um dos seus vestidos preferidos ainda estendido no varal do quintal. Eu estava arrependido, pois tinha certeza de que ela tinha saído de casa por minha causa. Foi quando dei queixa à Polícia.

Eu estava incrédula. Não sabia se o cara dizia a verdade ou se era Angelo o induzindo a agir daquele jeito. O delegado perguntou:

- Você viu o rapaz nalgum dia que visitou a casa?

- Sim, ele me disse para ir à Polícia e que a levasse até a casa. Eu acharia o corpo de minha filha enterrado no quintal. Claro que não acreditei nisso. Me negava a sequer pensar que minha menina estivesse morta.

O delegado, que acompanhava o inquérito, olhou para Angelo, que já acordara do seu transe pouco antes das palavras finais do bêbado. O jovem estava numa cadeira de madeira, dessas de igreja, disposta no corredor da delegacia. Nós - eu e o detetive - havíamos deixado ele sentado lá, após eu afirmar que ele costumava ter desmaios, depois de fazer grandes esforços. Sara de Menezes supôs que ele se cansara cavando a areia, para libertar a mulher. O delegado disse:

- Detetive, vá com uma equipe e escave o quintal. vejamos se descobrimos quatro ossadas lá. E prendam esse homem pelos estupros da própria filha! Agora, tragam a loira assassina. Ela é acusada de matar seu amigo advogado.

Fomos liberados quando iniciaram as perguntas à loira. O detetive veio nos trazer até a porta da delegacia e muito nos agradeceu por cuidarmos da sua esposa enquanto ele convalescia, e por desvendarmos aqueles crimes. Ele ganharia uma grande quantia da agência de empregos, por solucionar o mistério dos desaparecimentos das jovens enviadas à residência. Estava muito feliz por sua esposa estar melhorando da demência, mas nem de longe sabia do método de Angelo para fazê-la melhorar da cabeça.

- E agora, vamos para casa? - Perguntou-me o rapaz.

- Não temos nada para comer, lá. Gostaria de ir para um restaurante.

- Aquele, onde foi com o detetive?

Minutos depois, descíamos do táxi defronte ao tal restaurante, o que servia a carne saborosa, mas misteriosa. Pedimos o prato predileto do detetive. O mesmo garçom da outra vez veio nos atender. Quando pedimos o prato, perguntei:

- Que carne é aquela que servem com aquele molho que a faz ficar preta?

Pensei que o garçom ia responder: segredo da casa. Mas ele parecia possuído por Angelo, que tinha os olhos fehados e parecia cochilar à mesa.

- Aquilo é javali cozido ao molho Soyo, depois assado, madame. Misturado ao molho inglês, para dar um sabor apimentado. Segredo da casa, claro.

Eu agradeci a resposta, mas ri a valer quando o homem se afastou. Angelo despertou. Também sorria. Eu, no entanto, já havia algum tempo estava incomodada com uma coceira na tabaca. Disse isso a Angelo. Ele estava tranquilo quando me falou:

- Meu corpo libera uma toxina, não muito tóxica, que faz com que você fique intensamente excitada quando passa um longo período sem transar comigo, amor. Eu sinto o mesmo.

Não esperamos pela comida. Deixei uma polpuda gorjeta para o garçom e pegamos o primeiro táxi que vimos. Ele queria me levar para a sua casa, mas eu disse:

- Não. Aquela casa fede. Vamos ter que comprar outra. Por enquanto, transamos nalgum motel.

Foi a melhor foda de todas. Principalmente, quando fiz anal. Gozei tantas vezes que perdi a conta. Pela frente e por trás. Ele adorava comer meu cuzinho e eu, dessa vez, não trepei pensando no negrão. Aliás, eu o tinha visto, certa vez, e corri para falar com ele. Mas o cara agiu como se não me conhecesse. Desconfiei de que o rapaz havia mexido na sua cabeça, fazendo-lhe me esquecer. Mas isso não mais importava. Eu estava cada vez mais apaixonada pela Criatura. Aí, senti seu imenso membro adentrando a minha xaninha. Tive o primeiro de uma série de orgasmos. No entanto, ainda fiquei insatisfeita. Pensei em comprar um bocado de filmes pornôs, para que Angelo aprendesse todas as possibilidades de satisfazer sexualmente uma mulher!

FIM DA SÉRIE


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Comentários

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13/06/2018 10:40:33
Muito bom gostei muito espero outros iguais ou melhores
13/06/2018 09:00:25
Boa história. Os últimos capítulos foram mais esclarecedores e menos eróticos, mas tá valendo
13/06/2018 01:41:23
Obrigado, Ro82, pelos elogios. Isso me dá gosto para escrever novas histórias. Tenho um blog onde você ou quaisquer outro leitor/a pode baixar meus livros completos: />
12/06/2018 17:39:28
muito bom!!!! parabéns adorei a história!!!


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