História fantástica véi...nota mil por todo o trabalho é capricho de tentar amarrar tudo de uma forma harmoniosa, prazerosa e perfeita!!
O CLUBE – Capítulo VII – Roseyi – De menina a adolescente
Quando finalmente chegaram ao clube, depois de apanharem Janaína e Ronaldo em suas residências, Lucio estacionou, saiu do carro e foi caminhando em direção ao casarão. Toda vez que chegava ali não deixava de se impressionar com as mudanças que ele, com a ajuda de sua esposa e de todos três casais de amigos envolvidos naquele projeto tiveram que trabalhar para transformar uma casa velha e em ruínas localizada em uma pequena propriedade rural que encontrava-se a venda depois de anos e anos de abandono em virtude de litígio na família dos antigos proprietários em virtude dos direitos de herança. Como o projeto não necessitava de muito espaço, venderam para os vizinhos interessados grande parte da propriedade, ficando com a posse de aproximadamente dois alqueires que ficavam entre a estrada que dava acesso ao local e o rio que passava os fundos. Reformaram a casa toda, construíram uma área de lazer com churrasqueira, sauna, duchas e uma linda piscina e na margem do rio um ancoradouro coberto com espaço para dois barcos e um tablado que permitia a quem se interessasse se dedicar à pescaria ou mesmo nadar nas águas límpidas do caudaloso rio de águas verdes, embora isso era evitado em virtude da correnteza ser forte e oferecer perigo a quem não fosse um exímio nadador.
– Ei... Psiu... – Alguém lhe chamava, mas distraído como estava continuou a andar.
– Ei... Lucio... Você não está esquecendo nada?
Agora a voz era mais forte e imperativa e ele reconheceu que era Janaína quem lhe chamava. Não precisou dizer ou ouvir mais nada para entender o que estava acontecendo. Encostada no capô do carro, cerca de cinco passos atrás do casal Janaína e Ronaldo, Roseli o encarava com um olhar de crítica. Fazendo cara de paisagem, pois sabia que as críticas certamente viriam, voltou apressado, lamentando pelo seu descuido. Lucio não era do tipo que abria a porta para Roseli entrar ou sair do carro com frequência, porém, ela sempre esperava que ele desse a volta no mesmo e viesse até o lado do passageiro de onde saiam de mãos dadas. Naquele dia, distraído com suas lembranças, saíra andando sem proceder da forma costumeira. Por isso, sabia que não seria perdoado.
– Planeta terra chamando Lucio... Planeta terra chamando Lucio. – Dizia Roseli em tom baixo quando ele se aproximou, mas não tão baixo que seus amigos não ouvissem e rissem da situação. – O meu astronauta já está indo em direção à Marte ou ainda patina no mundo da lua? – Completou ela para a alegria dos outros.
– Desculpe amor, é que estava eu realmente distraído.
– Pensando no que? – Quis saber Roseli que já percebera que o seu marido estivera realmente distante em todo o percurso de sua casa até ali.
– Lembranças... – E antes que ela perguntasse quais lembranças, porque ela realmente perguntaria, continuou – Estava só me lembrando de como tudo isso começou e, ao chegar aqui, o trabalho que tivemos para deixar esse lugar da forma que sonhamos. Me perdoe:
– Só perdoo se ganhar um beijo.
Imediatamente ele a beijou nos lábios, com cuidado para não borrar sua maquiagem. Depois saíram andando de mãos dadas. Roseli, ao passar pelo casal de amigos, sorriu e provocou:
– Que foi? Parecem dois bobos me olhando?
– Boba é você que não faz nada quando o marido te esquece pra trás. – Respondeu Janaína.
Como normalmente acontecia, Janaína era quase sempre mandona e até brusca com Roseli, chegando até a dominá-la obrigando a realizar suas vontades. Lucio, que já conhecia bem as duas, sabia que aquela dominação de Janaína sobre sua esposa só perdurava até que houvesse um toque ou um beijo entre as duas e que, a partir daí, os papéis se invertiam e era a pequena e frágil loirinha que fazia da morena alta e exuberante gato e sapato.
– Você gosta mesmo de ficar relembrando tudo o que passamos, não é amor? – Perguntou Roseli em tom baixo, só para os ouvidos de Lucio.
– Ultimamente não, mas hoje, não sei dizer o motivo, vieram as lembranças desde o começo, quando nos conhecemos.
– Lembrar é reviver, e isso pode ser bom ou ruim, dependendo do que nos lembramos. Nós tivemos nossas dificuldades. – Dizia Roseli seria.
– É verdade, eu também estava me lembrando disso. Mas como tudo acabou bem, não sofro com as lembranças, pois curto muito mais a solução encontrada.
Como era de costume, os quatro que ali chegaram, costumavam serem sempre os primeiros a chegar. Os demais membros do Clube já haviam até mesmo reclamado disso, achando que eles se sobrecarregavam em chegarem sempre cedo e arrumarem tudo, deixando o ambiente impecável. As reuniões costumava ocorrer de forma sazonal, ou seja, não tinha um período pré-fixado entre uma reunião e outra e sempre ocorria quando um dos casais participantes decidia reunir e convidava a todos os demais, conforme regra estabelecida no estatuto assinado por todos os criadores e termo de compromisso por aqueles que entraram depois. O comparecimento não era obrigatório e sempre iam aqueles que desejavam.
Naquele dia haveria uma reunião especial, pois aquele seria o dia em que um novo casal estaria recebendo o seu batismo no Clube. Para isso, já preencheram todos os quesitos exigidos: a apresentação por um casal e referendado por outros dois, apresentação de exames médicos atestando a saúde e terem assinado os termos de compromissos que na verdade eram dois: o primeiro tinha valor jurídico e impunha os deveres e obrigações dos novos associados ao Clube, como a participação nas despesas de manutenção e das reuniões realizadas e seus direitos sobre o patrimônio representado pelo terreno e edificações ali existentes, pelos quais tinham que pagar uma parcela estipulada pela fração que lhe correspondia os direitos avaliados no preço de mercado. Desse valor, metade era dívida pelos sócios já existentes e a outra metade compunha uma reserva que permanecia disponível para reformas e manutenção. No caso de ampliação ou construção de novas benfeitorias, as despesas eram rateadas e nunca usavam o dinheiro de reserva para esse fim.
Com um bom tempo pela frente, Roseli iniciou a organização, enquanto sua mente voltava ao passado. Nunca deixava de sentir certa angustia por se lembrar do período em que Lucio se afastara dela. Não só se afastara, como agia como se ela fosse invisível quando se aproximava dele.
Naquele fatídico dia, se entregou ao seu desespero e permaneceu no sofá deixando seu pranto fluir livremente. Não fosse a iniciativa de Janaína em vesti-la, teria sido encontrada nua no sofá pelos pais da amiga quando esses retornaram para casa e até teria passado a noite toda ali se a mesma não a arrastasse para o quarto dela onde Roseli passou a noite em claro e, logicamente, Janaína também, pois não tinha como dormir com os soluços de sua querida amiga a preencher as horas tristes e infindáveis da madrugada. Janaína, se utilizando do celular da amiga, tentara várias vezes ligar para Lucio, não obtendo sucesso em nenhuma delas, com todas as suas ligações indo parar na caixa postal.
Na sexta-feira de manhã foi Roseli que tentou um contato telefônico, sem sucesso, o mesmo ocorrendo nos dias seguintes, até o dia em que resolveu ir pessoalmente falar com ele, não conseguindo, mesmo de ficar por horas plantada na sala de sua secretária. Depois disso ainda persistiu por algum tempo, até o dia que Janaína lhe contou que tentara conversar com o Lucio que sequer se dignara a olhar para ela, a deixando plantada no corredor para o deleite dos fofoqueiros de plantão e, para piorar, no dia seguinte fora advertida que, se tentasse uma nova aproximação, seria demitida. Também foi nesse dia que Roseli ficou sabendo a respeito da promoção de Lucio e também foi nesse dia que viu, de forma muito clara, que estava sem saída. As opções que tinha, nenhuma lhe servia, pois, se de um lado a desistência de lutar pelo amor de Lucio era impensável, por outro não havia como mudar em relação a Janaína, afinal, como se pode mudar uma situação de anos e anos. Então fez a única coisa que podia, ou seja, deixar a vida correr e procurar ir vivendo um dia de cada vez. Em sua tristeza, sua vida passava em sua mente como um filme.
Aos nove anos de idade, ir para a escola era um martírio para Roseli. Branca, pequena e muito magra, sem contar nas sardas, era o prato cheio para a diversão das amigas que faziam dela uma vítima de bulliyng. Aterrorizada pelas brincadeiras de mau gosto, chegava até mesmo a inventar problemas de saúde para não ir estudar. Já no terceiro ano do ensino fundamental começava a ter problemas em seu aproveitamento e isso, em vez de alertar aos seus pais, fez com que sofresse também pressão psicológica em casa. A coisa ia de mal a pior até o dia em que suas colegas de escolas começaram a se cansar com isso e resolveram passar ao castigo físico. Por mais incrível que possa parecer, essa acréscimo na maldade das patricinhas acabaram por resolver a situação.
Roseli ia da escola para casa quando percebeu que quatro meninas da escola estavam paradas na calçada, exatamente por onde ela passaria. Ficou muito aborrecida por saber que teria que aguentar os comentários depreciativos delas ali também, como se não bastasse o que já sofria no colégio. Então decidiu atravessar a rua, seguindo pela outra calçada. As meninas, ao perceberem a mudança por parte dela, também atravessaram a rua e a cercaram, fazendo seus comentários maldosos e rindo sem parar. Roseli tentou se desviar delas, porém, a maior delas, sendo também a mais velha, pois tinha problemas em avançar nos estudos por apresentar deficiências, a agarrou pelo cabelo. Ao tentar se desvencilhar, a garotinha escorregou e caiu no chão, fazendo com que seu material escolar saísse da mochila que se abrira. Imediatamente as demais começaram a pisotear o caderno, rindo e ofendendo, quando, sem saber de onde, surgiu a ajuda.
Janaína estudava na mesma escola e em uma série acima, além disso, morava na mesma rua que Roseli, sendo que suas casas ficavam a menos de cinquenta metros uma da outra. Mesmo assim, ambas nunca haviam se falado. Janaína na época, com dez anos, era precoce no que diz respeito ao corpo, já apresentando formas bem delineadas e os seios começavam a despontar. Ela também não era muito enturmada na escola e também não era considerada bonita pelos meninos e meninas. Muito alta para a sua idade, usando óculos, se destacava só por esses detalhas. Porém, ninguém se metia com ela, talvez, em virtude do seu tamanho e também pelo fato de ser sempre direta quando se dirigia a alguém. Naquele dia, ela havia passado em uma padaria próxima da escola para encomendar um bolo para o dia seguinte, que seria o aniversário de um parente afastado, por quem sua mãe sentia uma profunda afeição. Como a família dele era muito pobre, eram os pais de dela que procuravam agradar o menino nas datas especiais. Ronaldo, esse parente, tinha a mesma idade que ela.
Quando se deparou com a cena que se desenrolava em sua frente, vendo as quatro maldosas zombando de Roseli enquanto pisoteavam seu material escolar, ela não vacilou, partindo pra cima delas aos gritos:
– Suas covardes! Por que vocês não vão procurar alguém do tamanho de vocês para judiar?
Surpreendidas com a intervenção daquela morena alta, maior do que a maior entre elas, as garotas vacilaram e nem se deram conta que estavam em maioria, fugindo aos risos. Janaína então ajudou a Roseli se levantar e depois começou a juntar o material espalhado, entregando na mão dela que ia colocando em sua mochila. Elas não trocaram nenhuma palavra ou olhar enquanto faziam isso. Só quando estavam em pé, prontas para retomarem o caminho de casa, é que Janaína se deu conta de que conhecia a vítima:
– Oras, você não é minha quase vizinha? – Falou tentando ser simpática.
– Sou sim. Moro três casas antes de você. – Respondeu Roseli tentando não chorar.
– Por que essas garotas fizeram isso?
– Elas não gostam de mim. Vivem fazendo isso.
– E você não reclamou ainda para a Diretora da escola? E o seus pais? Por que eles não fazem nada?
– Meus pais não sabem. E reclamar para a Diretora vai ser pior ainda, pois elas vão ficar com mais raiva de mim e me perseguirem fazendo coisa pior.
– É mesmo. Essas Diretoras de escolas não fazem nada para resolver esses problemas.
– Elas não podem fazer mesmo. Não podem estar em todos os lugares ao mesmo tempo.
Roseli, em sua inocência, não se dava conta que o seu problema poderia ser resolvido com uma reclamação. Ela não sabia que uma atitude como essa de sua parte, envolveria uma comunicação aos pais das faltosas que poderiam tomar uma atitude. Já Janaína fazia o tipo revoltada, onde professora, diretora e tudo o mais só serviam mesmo para atrapalhar a vida dos alunos. Então não insistiu no assunto, apenas estalando a língua numa demonstração de discordância.
Seguiram para casa sem conversar. Quando se despediu no portão da casa de Roseli, Janaína pediu a ela que no dia seguinte a esperasse que iriam juntos para a escola. E essa foi a solução, pois, Janaína que nunca se importava com a vida de ninguém, só fazendo o que os pais mandavam e, assim mesmo, sempre reclamando, resolveu assumir a proteção da garota que, surpresa, viu a morena a esperando na saída para levá-la para casa.
O problema não foi resolvido assim tão fácil. A par de algumas brincadeiras de mau gosto da gang de garotas, ela foi tirar satisfação e o resultado foi alguns narizes sangrando, cabelos despenteados e roupas amarrotadas e sujas. Porém, ao verem que estava havendo uma reação para a ação delas, as maldosas pararam de aterrorizar a Roseli. Nasceu então uma amizade que duraria para sempre. Passaram a frequentarem uma a casa da outra e essa aproximação foi benéfica, embora de maneira diferente, para as duas. Roseli, por ser mais dedicada aos estudos, ajudava nos trabalhos escolares de Janaína, enquanto essa, já com o corpo de moça se formando e mais interessada em rapazes, trouxe a loirinha para uma realidade que ela ainda não conhecia, que era o interesse que despertavam nos meninos.
Sim, pois Janaína começou a exercer influência sobre sua nova amiga, ensinando-a como se portar para ser notada pelo público masculino. Aprendeu a usar maquiagem, escondida dos pais e ficou muito surpresa no dia em que foi flagrada pelo pai que, em vez de chamar-lhe a atenção, riu e comentou:
– Olha só! Minha filhinha já é uma mocinha.
Assim continuaram a amizade por mais dois anos. Chamar a atenção dos meninos era algo que ainda faziam sem malícia, até que o corpo de Roseli, já com doze anos, começou a se desenvolveu, enquanto o de Janaína, com treze, já era o corpo de mulher digno de causar inveja há muitas que, com despeito, comentavam que não adiantava nada ter um corpo bonito e ser feia de rosto, muito embora a morena não pudesse ser considerada feia, apenas tinha uma beleza singular, com uma boca carnuda e sensual e os eternos óculos. Isso mudou no dia em que Janaína, esbaforida, entrou na casa de Roseli a chamando para o quarto, avisando-a:
– Vem cá Rô. Vamos para o seu quarto. Tenho uma coisa para te mostrar que você vai cair dura.
Roseli, curiosa, seguiu a amiga que, por debaixo da blusa, trazia algo que retirou assim que a porta do quarto foi fechada, enquanto explicava:
– Você não vai acreditar no que achei no quarto do meu irmão!
Era uma revista pornográfica, com várias histórias, todas elas mostrando as fotos de mulheres transando. A última, e a que mais chamou a atenção, foi a de uma loira exuberante fazendo uma DP com dois homens. É óbvio que tanto Janaína como Roseli já sabiam o que se tratava, pois ambas já havia deixado a inocência de lado, porém, nunca haviam visto algo assim. A partir daquele dia a conversa entre elas passou a versar sobre sexo, porém, falavam mais da curiosidade em saber como era, pois nenhuma ainda havia passado de beijinhos com seus ficantes. Janaína passou a exercer uma fiscalização no quarto do irmão, quatro anos mais velho que ela e isso foi uma verdadeira mina de informação para as duas, pois não havia semana que não surgia uma revista nova. E para a surpresa das duas, uma das histórias era de duas mulheres transando. Roseli comentou horrorizada:
– Credo! Que coisa nojenta!
– Nojenta nada! Defendeu Janaína. Até que me dá tesão!
Roseli olhou assustada para a amiga que, sentada na cama ao seu lado, passava uma das mãos em seu próprio seio. Janaína usava um top e seus seios, já grandes, pareciam querer saltar para fora, sem falar que os mamilos se destacavam, parecendo que iam furar o tecido leve. A loirinha arregalou os olhos, assustada, principalmente ao ver a expressão da amiga. De olhos semicerrados, a boca entreaberta e a língua passando no lábio inferior. Roseli jamais vira a amiga daquele jeito, pois seu rosto parecia ter passado por uma transformação e essa mudança foi para melhor. Roseli nunca havia enxergado a beleza daquele rosto. Para sua surpresa maior ainda, Janaína abriu o zíper do short que usava, enfiou a mão por dentro da calcinha e começou a movimentar, numa carícia à sua própria intimidade, enquanto com a outra mão torcia o bico de um dos seios por cima do top. Sua respiração começou a se alterar, acelerando e ficando ruidosa, até que ela se deixou cair sobre a cama, de costas, tremendo como se estivesse recebendo uma descarga elétrica. Aquela cena durou quase um minuto até que a morena, parecendo ter perdido os sentidos, deixou-se ficar largada sobre a cama, com a respiração diminuindo o ritmo até voltar ao normal. Só então abriu os olhos e sorriu para a amiga que, boquiaberta, não conseguia desviar os olhos dela. Por fim, falou:
– Isso é uma delícia. Você ainda vai descobrir como é bom!
– Pra mim você está é louca.
– Estou louca sim. Mas louca de tesão. – E, dizendo isso, Janaína se pôs a rir da expressão de sua amiga.
Esse foi um dia que ficaria para sempre na lembrança de Roseli. A lembrança do rosto da amiga, modificado totalmente, acrescentando a isso a calma que tomou conta dela depois, tornando-se até mesmo uma pessoa mais terna ao falar com a amiga, pois embora adorasse Roseli, Janaína era sempre mandona e vivia criticando seus medos e inseguranças. Mas o que a loirinha não queria reconhecer eram as sensações que tivera ao ver aquela cena. Mais do que todas as que vira nas revistas pornôs do irmão de Janaína, a visão da amiga se contorcendo na cama, somado ao cheiro de sexo que tomou conta do ambiente naquele momento, lhe causara um leve tremor no corpo e sentira sua xoxotinha úmida e, embora se envergonhasse disso, aquilo tudo lhe agradara.
As sessões de “instruções” com as revistas continuaram por um bom tempo, até que, Janaína, sem explicar o motivo, parara de trazê-las. Mudara também em outros aspectos, pois não tendo revistas para se excitar em companhia da amiga, passou a se lembrar das que tinham visto e a comentar sobre seus namoros. Janaína estava avançando o sinal e confessava a amiga que já batera uma punhetinha para um de seus namoradinhos enquanto ele mamava seus seios. Quando foi censurada por Roseli, não teve pudor em confessar que estava pronta para perder a virgindade. Em outras ocasiões, Janaína se punha a fantasiar, inventando histórias de transas entre mulheres conhecidas delas. Criativa, sempre deixava a amiga vermelha, e não era de vergonha, e em muitas vezes, se masturbava e gozava na presença dela. Até o dia em que, ao ser novamente censurada por suas loucuras, provocou:
– Pare com isso Rô! Ou você acha que eu não noto que você fica louquinha de vontade de fazer a mesma coisa.
– Você só pode estar doida mesmo.
– Doida é? Então vamos fazer uma aposta.
– Que aposta? – Perguntou Roseli que sempre entrava no jogo de Janaína que sabia que ela sempre respondia a um desafio.
– Eu vou te contar uma história agora. E se você não ficar com sua xoxota molhada, você pode me pedir tudo o que quiser. Mas se estiver, sou eu que vou te dar um castigo.
– Ah não! Nem pensar! Você pensa que eu sou boba de cair nessa?
– Eu sabia que você ia se acovardar. E se não aceita o desafio, é porque sabe que vai perder.
Foi na mosca. Ao ser desafiada, Roseli se preparou para evitar ficar excitada. Na sua cabecinha, ela imaginou em pensar em algum livro que lera enquanto a amiga falasse e que isso a desviaria de ficar excitada. Então aceitou.
Janaína começou então sua narrativa. Muito esperta, misturou várias das histórias que já contava com algumas que vira na revista, culminando sua narrativa com uma transa onde um rapaz e duas moças transavam à beira de uma piscina. Buscou na memória os termos que lia nas revistas, carregando nas partes onde o desejo que levaram os três a se entregarem aos prazeres do sexo, fazendo a pobre Roseli gemer ao sentir sua bucetinha babando de tesão. Ao terminar, cobrou:
– Agora mostra aí que eu quero ver se você está excitada ou não.
– Não estou, – respondeu Roseli enfiando a mão por dentro do moletom que usava, mas sem atingir sua buceta, retirando e mostrando para a amiga, – olha só, está sequinho.
– E você pensa que eu sou alguma otária é? Pode me mostrar.
Como Roseli resistiu, Janaína foi para cima dela e iniciaram um corpo a corpo. Não demorou para que a morena, por ser bem maior, dominasse sua amiga e conseguisse enfiar a mão para dentro de sua roupa, puxasse a calcinha de lado e colocasse o dedo na abertura de sua buceta. Com a reação de Roseli para se soltar da amiga, seu quadril levantou e a pontinha do dedo de Janaína invadiu sua bucetinha. Sem resistir, ela gemeu.
Triunfante, Janaína retirou o dedo molhado e mostrou para a amiga, enquanto comemorava sua vitória. Logo ela revelou qual seria a paga da aposta.
– Bom! Já que você se excita com minhas histórias, quero fazer com você a mesma coisa das mulheres da revista.
– Nem morta! Isso é nojento! – Reclamou Roseli.
– Se depois que a gente fizer você ainda achar nojento, eu te prometo que nunca mais a gente sequer toca nesse assunto.
Roseli ainda relutou em aceitar, porém, na relação entre elas era sempre Janaína que mandava e dirigia tudo. Logo ela percebeu que não haveria de se livrar daquela situação. Então, encheu-se de coragem e concordou. Imediatamente, após a concordância dela, Janaína mandou que ela se deitasse na cama e começou a acariciar seu corpo por sobre a roupa. Roseli usava o moletom, meias e uma camiseta polo, estando descalça. Assim que ela se deitou, a amiga começou a passar a mão no seu corpo por sobre a roupa, dando destaque aos peitinhos. A loirinha não usava sutiã e logo os bicos de seus pequenos seios se destacaram, marcando o tecido da camiseta. Janaína, ao ver aquilo, envolveu um dos mamilos com seus lábios, enquanto a mão avançava por sob a blusa até atingir o outro seio. Roseli arqueou o corpo e gemeu. Janaína sorriu disfarçadamente e continuou a carícia até ver a amiga entregue a ela. Então desceu com uma das mãos por sob o moletom, levantou o elástico da calcinha e atingiu os pelos ralos e macios. Fez um rápido carinho e prosseguiu, até chegar ao grelinho que sentiu durinho entre o polegar e o indicador. Fez leve pressão e curtiu a reação da amiga que parece ter soltado todo o ar do pulmão. Continuou com o carinho no grelinho enquanto olhava para o rosto da amiga. Roseli, de olhos fechados, a boca entreaberta deixando a mostra duas fileiras de dentes perfeitos e o rosto rosado. Suas narinas estremeciam a cada respiração ofegante diante dos carinhos. Janaina abandonou então o grelinho e deslizou o dedo pela abertura da vagina, enfiando apenas uma falange e se movimentando. Roseli gemeu alto e levantou os quadris, enquanto seu corpo todo tremia. Janaína estava assistindo ao primeiro orgasmo da amiga e resolveu não deixar passar a oportunidade. Desceu da cama, puxando o corpo da outra para que ficasse com as costas no colchão e as pernas para fora, puxando o moletom e a calcinha ao mesmo tempo, expondo a nudez dela. Ajoelhou-se, abriu as pernas da amiga e levou o rosto até próximo à bucetinha virgem que brilhava em virtude do gozo que acabara de ter. Assoprou e seu hálito morno provocou nova reação em Roseli que gemeu novamente. Sentiu que a loirinha estava entregue e beijou a bucetinha dela que se oferecia ao beijo. Eram ambas inexperientes e Janaína nunca tinha chupado uma mulher. Na verdade, ela ocultara da amiga que já fizera boquete em alguns namoradinhos, mas aquilo para ela era diferente. Porém, usando apenas o instinto, desfez o beijo e passou a usar a língua. Primeiro lambeu e mamou no grelinho que se lhe oferecia para depois deslizar sua língua áspera por toda a extensão da buceta. Sentiu a pressão das mãos de Roseli que forçava agora sua cabeça de encontro ao próprio corpo e se deliciou em chupar e lamber aquela buceta, enquanto a loira tinha sucessivos orgasmos. Sentiu o sabor inebriante do mel que o gozo da outra expelia e devorava aquele gozo como uma loba faminta. Só parou quando Roseli, já não aguentando mais gozar, pediu:
– Ai Jana. Pare um pouquinho. Não aguento mais gozar. Você vai me matar assim.
Janaína se levantou, moveu com facilidade o corpo da amiga para que ficasse de deitada de comprido na cama e deitou-se ao seu lado, fazendo carinho no seu rosto e dando beijinhos no pescoço. Como Roseli não reagiu, foi deslizando a boca até começar um beijo intenso, explorando a boca da outra. Quando o beijo acabou, Roseli sorrindo, comentou:
– Credo, você me beijou sua maluca. Sua boca está com gosto de xoxota.
– Está sim. Mas com gosto da sua xoxota que é uma delícia.
– Maluca. – Disse Roseli sorrindo, sem o menor sinal de reprovação.
– Você gostou?
– Nossa, foi algo maravilhoso. Jamais pensei que pudesse ser tão bom.
– É mesmo, é? Então eu também quero.
– De jeito nenhum. Eu tenho nojo ainda.
Janaína começou então a pedir com carinho para ser amada. Roseli se deu conta que, pela primeira vez, Janaína pedia e não mandava. E pedia de uma forma tão terna enquanto fazia carinhos suaves que se surpreendeu com a passividade da amiga. Aquela ternura a contagiou e ela pediu:
– Tudo bem então. Vou fazer em você. Mas quero que você me prometa que não vai brigar comigo se eu não conseguir e parar.
– Eu nunca vou brigar com você meu tesouro. Eu te amo muito e vou saber te respeitar sempre as suas vontades.
Aquela frase comoveu Roseli a tal ponto que foi ela a tomar a iniciativa de iniciar um novo beijo na boca. Sua mãozinha foi invadindo o top da amiga e ela sentiu a maciez e o calor que emanava daqueles seios já bem desenvolvidos. Puxou a top para cima e se pôs a mamar. Janaína agiu de forma que se pode chamar de uma entrega completa. Quando Roseli pediu para que ela se despisse, ela o fez com rapidez, porém, com sensualidade. Roseli explorou sua buceta e ela abriu o máximo as pernas para permitir que a amiga tivesse toda a liberdade em agir na tentativa de lhe dar prazer e quando o orgasmo veio, foi intenso e arrebatador, sendo necessário que ela mesma tomasse a iniciativa de cobrir o rosto com o travesseiro, mordendo para evitar que seus gritos revelassem aos parentes da amiga o que se passava naquele quarto. Depois se entregou aos beijos e carinhos da amiga, até que essa, como se fosse dando uma ordem, determinasse:
– Eu quero mais. Faz comigo outra vez?
Naquele dia, Janaína arrumou uma desculpa para dormir na casa da amiga que se comportaram até se certificarem que os pais dela dormiam. Então se entregaram novamente à prática do sexo, descobrindo novas formas de dar prazer uma à outra.
Assim, a amizade que começara como um favor de Janaína a Roseli e com essa última aceitando como uma forma de se ver livre das colegas inconvenientes, se transformou em algo mais profundo. Daquele dia em diante, com Roseli temendo contatos masculinos, ela usava a amiga para realizar seus desejos. Assim, era comum Janaína arrumar locais para ficar com seus namoradinhos, sempre com a loirinha oculta, mas perto o suficiente para assistir a tudo que a amiga fazia.
Isso perdurou até que a virgindade delas começou a ser fator de incômodo e elas passaram a planejar uma forma de ter uma transa pra valer. Faltava apenas escolher o felizardo.