Felipe e Guilherme - Amor em Londres - 04: "EU GOSTO DE VOCÊ"

Um conto erótico de Escrevo Amor
Categoria: Homossexual
Data: 01/01/2017 16:40:42

É hora de receber o Ano Novo

com alegria e esperança no coração.

De deixar o ruim no passado,

e abraçar o futuro com otimismo.

Vamos fazer desta virada de ano

um recomeço de tudo que é bom.

Um renovar de sentimentos positivos,

e um renascer de velhos sonhos.

Desejo muita felicidade para este ano.

Que sejam 365 dias de realizações,

sucesso e muita prosperidade.

Feliz Ano Novo!

Gente, quero agradecer por mais um ano fazendo algo que eu gosto muito: escrever histórias de amor. Sei que nesse site é complicado, mas ao mesmo tempo recebo muito apoio de vocês, sejam pelos comentários ou emails que recebo. Um super abraço e aproveitem 2017!!!!

Vergonha alheia. Esse foi o sentimento que Felipe sentiu naquela noite. Ele chegou em casa e deitou na cama. Tchubirubas dormia profundamente e não percebeu que o jovem havia chegado. Felipe recebeu uma ligação de Guilherme, após o desastre no jantar.

Guilherme: - Você… (rindo) – Eu não acreditei quando te vi caindo e virando a mesa.

Felipe: - Que bela impressão a tua família tem de mim.

Guilherme: - Tá preocupado em impressionar meus pais?

Felipe: - Não. Quer dizer… eu não sei. Eu… você me deixa confuso.

Guilherme: - Isso é bom ou ruim?

Felipe: - Bom… de um jeito estranho. Não posso negar… você é uma pessoa especial.

Guilherme: - Você também é uma pessoa especial. Tão especial que eu tô feito bobo aqui na frente do teu apartamento.

Felipe: - Mentira? Como assim? (levantando e indo até a porta, abrindo)

Guilherme: - Oi?

Felipe: - Entra.

Guilherme: (entrando com dificuldade por causa das muletas)

Felipe: - Como você entrou aqui?

Guilherme: - Essa é a vantagem de ser filho do dono. (mostrando um molho de chaves)

Felipe: - (andando de costa e tropeçando) – Opa. Você...aceita alguma coisa? (abrindo a geladeira) – Tem água… e… queijo. (rindo sem graça) - Ainda não tive tempo de ir ao mercado.

Guilherme: (tirando a mochila das costas) – Eu trouxe comida. Você saiu tão apressado de casa. Te conhecendo do jeito que eu conheço, imaginei que você estaria faminto.

Felipe: (sentando na cama e pegando na barriga) – Acertou.

Felipe jantou mais uma vez, parecia um desesperado comendo. Guilherme decidiu verificar Tchubirubas que continuava dormindo. Depois eles deitaram na cama e ficaram conversando, a conexão entre os dois era maravilhosa. Felipe não queria apressar nada, principalmente por que sua vida amorosa era um verdadeiro desastre. Guilherme era o tipo de garoto que precisava de carinho e Felipe decidiu que queria fazer direito.

Felipe: - Você tem um rosto muito bonito. A única parte engraçada é que você fica muito vermelho. (rindo e pegando no nariz do Guilherme) – Eu acho fofo.

Guilherme: - E você também. Eu preciso te contar uma coisa. (rindo)

Felipe: - O que?

Guilherme: (rindo) – Espera. Lembra do dia em que a gente veio para Londres, e você chegou atrasado?

Felipe: - Claro. Perdi uns 10 quilos naquele dia.

Guilherme: - Lembra do táxi que ia te batendo?

Felipe: - Eu não te… espera… mentira? Você estava no táxi?

Guilherme: (balançando a cabeça) – Sim. No início fiquei com raiva. Pensei, como ele pode correr dessa forma no meio da rua. Depois fiquei lembrando de você, e algo forte bateu dentro do meu peito.

Felipe: - E você não me deu carona? (quase caindo da cama) – Eu corri, nadei e me esfolei todo para chegar no aeroporto e você não me deu carona?

Guilherme: (rindo da reação de Felipe) – Eu lá sabia para onde você estava indo?!

Felipe: - É verdade. (rindo)

Guilherme: (pegando o celular e tirando uma foto de Felipe rindo) – Nossa.

Felipe: (ficando vermelho) – O que foi?

Guilherme: - O teu sorriso. Parece que foi feito por medida. Seus lábios, teus dentes e esse rostinho. Eu.. eu… posso? (tocando no rosto de Felipe)

Felipe: (respirando fundo e beijando Guilherme)

Os dois passaram a noite namorando, Guilherme dormiu abraçado com Felipe. De manhã, o celular de Felipe tocou, mas ele não escutou. Tchubirubas subiu na cama e lambeu o rosto de Felipe, e ficou com o bumbum em direção ao rosto de Guilherme.

Guilherme: (despertando) – Por que tem uma bunda de cachorro olhando para mim?

Felipe: (colocando o cobertor no rosto) – Tchubi. Não. Vai comer.

Guilherme: (levantando) – Nossa. Eu dormi profundamente. (espreguiçando) – Bom dia, Tchubi.

Tchubirubas: (latindo)

Guilherme: (levantando e indo até o banheiro)

Felipe: (deitado, choraminga alguma coisa e volta a dormir)

Tchubirubas: (olha para uma bancada que tem em cima da cama de Felipe e sobe) – Acorda. (latindo e pulando da cama) – Vingança.

Felipe: (Tchubirubas cai em cima do estômago de Felipe que grita de dor)

Guilherme: (sai do banheiro assustado) – O que foi?

Felipe: - Meu despertador canino. (passando a mão na cabeça de Tchubirubas) – Seu ingrato. (pegando o celular e vendo o horário) – Nossa. Já são 10h. Preciso ir ao supermercado.

Guilherme: - Vamos tomar um banho e… digo… (ficando vermelho) – Vou tomar banho… primeiro… e.. depois…. Depois…

Felipe: - Ei. Calma. (sentando na cama) – Você pode usar o chuveiro primeiro, mas se quiser deixar a porta aberta. (rindo)

Guilherme: - Bobo. (entrando para o banheiro)

Depois do banho tomando, eles seguiram para tomar café, Felipe como sempre comeu tudo o que pode. Tchubirubas também aproveitou bem o passeio, eles decidiram comprar jornais para colocar no dormitório de Felipe. Em seguida, eles foram para o supermercado, o jovem comprou o básico e ia esperar receber o resto do dinheiro para fazer compras melhores.

Felipe: - E você conversou com os seus pais?

Guilherme: - Ainda não. Depois de ontem meio que deixei pra lá. (rindo sem graça)

Felipe: - Nem me lembra do papelão.

Tchubirubas: (latindo)

Guilherme: - Tá animado, rapazinho?

Felipe: (impressionado) – Olha. É a primeira vez que eu o vejo abanar o rabo. Acho que ele gosta muito de você. Acho que todos gostam, né? (olhando para Guilherme de forma meiga e sorrindo)

Guilherme: - Quem me dera. Sempre fui meio rejeitado. A gente acha que as pessoas amam a gente pelo o que somos, mas às vezes é complicado.

Felipe: - Não vejo você sendo rejeitado. (rindo)

Guilherme: (se escorando em uma ponte) – Acredite. Esse rostinho bonito aqui sofreu muito. (respirando fundo) – Vivemos em um mundo de aparências, Felipe, o meu mundo é de aparências. Pessoas fúteis, venenosas e que querem tirar proveito dos outros. Você é diferente.

Felipe: (se escorando ao lado de Felipe) – Eu sou pobre. Acho que você nunca olharia para mim se eu não tivesse passado tudo que passei ao seu lado. Digo, a viagem, a explosão no aeroporto…

Guilherme: - Isso é… (ficando vermelho)

Felipe: - Isso é verdade. E você sabe disso.

Guilherme: - Mas eu fico feliz em ter te encontrado. E poder conhecer essa pessoa maravilhosa que você é.

Felipe: - Já tive namorados ricos. E sempre de alguma forma terminava humilhado na relação. Se eu te contasse.

Guilherme: - Eu nunca te humilharia.

Felipe: - Eu sei que não, mas estou falando que entendo você. Esse famoso mundo de aparências.

Guilherme: (se aproximando e beijando Felipe)

Felipe: (se afasta) – Na rua não.

Guilherme: - Ei. Você não está no Brasil.

Felipe: (respirando fundo e beijando Guilherme)

O resto do domingo para Guilherme e Felipe foi apenas de edredom e séries. Eles conseguiram comprar um cabo para conectar o telefone na televisão. Entre um episódio e outro os dois se beijavam. A noite, Felipe saiu pelo campus com o Tchubirubas, mas quase foi flagrado pelos guardas. Guilherme decidiu dormir mais uma vez com Felipe, o grande problema é que a cama não era tão grande, mas nenhum dos dois se importava com isso.

Guilherme: (se agasalhando) – Tá frio aqui.

Felipe: - Eu adoro o frio. Se quiser posso mudar a temperatura.

Guilherme: - Tudo bem.

O grande dia chegou. Como sempre, Felipe acordou atrasado, mas despertou com um cheiro maravilhoso. Era Guilherme que fazia um café da manhã para ele. Felipe levantou e foi ao banheiro. Ele tomou banho, escovou os dentes e encontrou Guilherme brincando com Tchubirubas no quarto.

Felipe: - Ele gosta mesmo de você.

Guilherme: - Ele é um fofo. Estou gostando muito dele. (sendo lambido pelo cachorro)

Felipe: - Você vai para casa? (comendo um misto quente que Guilherme preparou)

Guilherme: - Vou. Quer que eu leve o Tchubi?

Felipe: - Por favor. Acho que ele não se sentiria bem de ficar aqui preso.

Guilherme: - Tudo bem. (fazendo voz de criança) – Né, amor? Né? (passando a mão em Tchubirubas)

Felipe: - Te vejo depois do expediente?

Guilherme: - Sim. Você vai ter aulas pela manhã e trabalhar aqui a tarde, né?

Felipe: - Sim. Então, tenho que impressionar o George. Antes de dormir preparei todos os documentos. A minha primeira aula começa em cinco minutos. É no campus 2, então preciso correr. Você tranca para mim? (pegando a mochila)

Guilherme: (ficando em pé) – Tudo bem. (se aproximando de Felipe)

Felipe: - Te vejo mais tarde. (beijando Guilherme que fica vermelho)

Guilherme: - Até.

Felipe: (pegando em Tchubirubas) – Não vai aprontar muito, hein.

Tchubirubas: (late) – Pode deixar.

Felipe: - Tchau, meus garotos. (saindo)

Guilherme: (sentando na cama) – Ai. Será?

Tchubirubas: (latindo e abanando o rabo) – Ele gosta de você.

Guilherme: - E você garotinho? Esses pontos estão te incomodando? Os meus estão coçando. Bem, acho que vamos para a minha casa. Depois você volta. Vamos? (ficando de pé e pegando a coleira do cachorro)

Tchubirubas: (latindo) – Ei, precisamos ser discretos, viu? Se alguém descobrir estamos lascados.

Felipe chegou atrasado para sua primeira aula. A professora pediu para ele sentar ao lado de Estevão, aluno da Colômbia. Os estudantes estavam se apresentando, falando origem e o motivo de fazer intercâmbio. Felipe não era bom em se apresentar, apesar de falar Inglês bem, sempre que ficava nervoso começava a gaguejar. A professora Erin pediu para o jovem se levantar, ele quase derrubou a mesa, e todos se assustaram.

Erin: - Calma. Então, como se chama?

Felipe: - Me chamo Fe.. Fe… Felipe Ramos. Sou do Bra...Bra..sil… Brasil. Er...er... pa.. passei em um concurso no meu pa...país e consegui uma bolsa nessa escola. (respirando fundo) - Estou muito feliz. Eu passei por muitas coisas, boas e ruins. (pensando em Guilherme e na explosão) – Espero que eu posso melhorar meu inglês aqui. E levar todo esse conhecimento para o meu país. (respirando)

Erin: - Muito bem. Vejo que seu inglês é bom. Agora que todos se conhecem, vou falar um pouco sobre a escola. Como vocês já sabem, a Escola de Intercâmbio Thompson serve como uma ponte entre a Inglaterra e todos os outros países. Como vocês podem ver, aqui temos pessoas do Japão, Colômbia, Brasil, México, Portugal, Rússia e Índia. Acho que é a sala mais misturada que eu já lecionei. No final do curso, vocês vão receber um certificado, e também recomendação para a faculdade, para quem precisar.

Felipe ficou feliz e gostou da professora. A Neriko também estava em sua turma, mas por causa do atrasado eles não sentaram juntos. No intervalo, os dois foram almoçar juntos. Quem se juntou a eles foi Kaity da Rússia, a jovem não falava inglês muito bem, mas conseguia se virar.

Kaity: - O Brasil é… é… um lugar muito lindo. Eu e minha família… como é que se diz… a gente… conheceu o país em 2005.

Felipe: - Sério? Que legal. Espero que os brasileiros tenham te recebido bem. Quer dizer, linda desse jeito… acho que você fez sucesso.

Nariko: - O Brasil. Pronto. Achei o meu roteiro para as próximas férias. A cidade que você mora tem praia?

Felipe: - Ter tem, mas fica meio distante e dependendo da estação é uma má ideia tomar banho. A água fica congelante. É horrível.

Kaity: - Pensei que o Brasil fosse apenas sol… praia… e diversão.

Felipe: - Na maioria das vezes. (comendo o sanduíche em menos de um minuto)

Kaity: - Cuidado. Pode passar mal. (rindo)

Felipe: - Meninas… primeiro fato sobre mim… (mastigando e falando ao mesmo tempo) – Eu amo comer.

Nariko: (olhando para Kaity) – A melhor parte é que ele nunca engorda.

Kaity: - Qual seu segredo? Me conta… (falando em Russo) – Por favor. (falando em inglês) – Me conta por favor.

Depois as aulas continuavam, logo na primeira semana, a professora pediu para a turma prepararem um trabalho sobre seus respectivos países. Alguns grupos se formaram, e Felipe ficou sozinho para defender o Brasil. Ele claro ficou muito preocupado, quando se trata de trabalhos criativos, Felipe não era bom. O horário do almoço chegou e Felipe ficou maravilhado ao descobrir que poderia comer qualquer coisa, além de repetir.

Felipe: (com corações nos olhos) – Que lindo. Carne, arroz quentinho, batata frita e omelete.

Guilherme almoçava sozinho no apartamento. Seus pais não estavam, e seus irmãos continuavam na escola. Ele tinha a companhia de Tchubirubas, mas uma visita mudou completamente o seu humor. John chegou e praticamente se ofereceu para almoçar com Guilherme. Alfred trouxe talheres e um prato extra.

John: - E quem é esse pirento?

Guilherme: - Vai começar?

Tchubirubas: (rosnando par John)

Guilherme: - É o Tchubirubas, um Fox Terrier, uma raça nobre.

John: - Nobre? (rindo)

Tchubirubas: (rosnando e mordendo a perna de John) – Aí, sai. Cachorro. Saí.

Guilherme: - Tchubi. Para.

Tchubirubas: (parando de morder John) – Tua sorte que não coloquei força nos dentes. (dando língua para John)

Guilherme: - Bom menino. Senta.

Tchubirubas: (sentando e lambendo as patas) – Otário.

Guilherme: - O que você deseja?!

John: - Não posso visitar o meu querido amigo?

Guilherme: (respirando fundo)

Aquele dia marcou também o início dos trabalhos de Felipe na administração da Escola de Intercâmbio. Ele seria responsável de atender os alunos que necessitassem de algum tipo de ajuda nos dormitórios. Felipe acompanharia naquela semana o Nick, um jovem da Escócia que era muito reservado, conversou apenas o básico com o novo colega de trabalho.

Felipe: - Estou tão feliz em trabalhar aqui. Estudar e trabalhar no mesmo local. Quem diria?

Nick: (sem olhar para Felipe) – Olha o musgo.

Felipe: (escorregando e caindo) – AAHH!

Nick: - Eu disse. (parando, voltando e ajudando Felipe a se levantar)

Felipe: (levantando e rindo) – Estou acostumado.

Nick: - Como você pode perceber, os dormitórios são separados por cores. (apontando para um mapa na parede) – Cada estudante tem um registro específico de seu quarto, e um cartão com todas as informações. Na administração somos responsáveis por todas as reclamações, como por exemplo, um cano quebrado, um aparelho que deu problema, um cachorro no Campus…

Felipe: (ficando nervoso)

Nick: - Ou até mesmo namorados dormindo nos dormitórios.

Felipe: (quase perdendo o equilíbrio e caindo no chão)

Nick: - Então se prepara. Não é um trabalho fácil. E ajuda se você não ficar caindo no chão.

Felipe: (colocando a mão na cabeça) – Eu prometo que vou me esforçar.

Nick: - Vou ser o teu supervisor, então vou ficar de olho. Não é todo mundo que consegue um emprego aqui. E eu quero manter o meu.

Felipe: - Pode deixar, Nick. Não vou te decepcionar.

Nick: - Ótimo. (tirando um livro gigante de sua mochila) – Então, leia essa lista de possíveis reclamações e a melhor forma para atendê-los.

Felipe: (arregalando os olhos e pegando o livro) – O… o… ok. (com a voz fina)

A tarde seguia de forma tranquila. Felipe atendeu duas estudantes com o mesmo problema, o banheiro estava entupido. Ele ligou para uma empresa e tudo foi resolvido. Ao chegar no dormitório, Felipe se deparou com Guilherme e Tchubirubas. Havia na mesa um prato de lasanha que parecia estar delicioso. Os olhos de Guilherme brilharam, e ele como sempre devorou o prato em menos de um minutos.

Guilherme: - Ei. Devagar.

Felipe: (falando com a boca cheia)

Tchubirubas: (levantando as orelhas e fazendo careta)

Guilherme: - Ei sei Tchubis.

Felipe: (engolindo) – Eu adoro lasanha.

Guilherme: - Fui eu quem fez. (parecendo orgulhoso)

Felipe: - Sério? (animado) – Que maravilhoso!!!

Guilherme: - Sou para casar.

Felipe: (Comendo mais) – Estou satisfeito. (pegando na barriga) – Obrigado, amo… (quase caindo da cadeira) – Obrigado, Gui. Obrigado.

Guilherme: (rindo) – Quer dar uma volta? O clima está tão bom lá fora.

Felipe: - Eu aceito. O Tchubirubas precisa ir ao banheiro. Não quero que ele faça caquinha aqui dentro.

Os dois passearam e Guilherme ficou encantado com as luzes de Londres. Eles foram até o Centro da cidade. Felipe tomou coragem e pegou na mão de Guilherme que quase infartou. Os dois naquela noite pareciam um casal de namorados. Felipe viu uma loja de doces e decidiu comprar um bolo.

Guilherme: - Nossa. Sério. Você deveria ser estudado por cientistas.

Felipe: - Cala a boca. (rindo e comendo o bolo)

Guilherme: - Felipe. (ficando vermelho)

Felipe: - O que?

Guilherme: - Eu gosto muito de você.

Felipe: (se engasgando com o bolo e tossindo)

Guilherme e Tchubirubas: (olhando para Felipe assustados)

Felipe: (com dificuldades de falar) – Estou bem. (levantando as mãos) – Acontece. (respirando fundo)

Guilherme: - Tem certeza? Quer que eu compre uma água?

Felipe: - Estou ótimo.

Guilherme: - Ah tá.

Felipe: (olhando para o celular) – Gente. Tá tarde, já. Vamos?

Guilherme: - Vamos, sim. (meio que despontado)

Tchubirubas: (revirando os olhos) – Humanos, (ficando agitado e enrolado a coleira entre Guilherme e Felipe)

Guilherme: - Tchubi. Cuidado.

Felipe: - Ei. (escorregando e caindo com Guilherme)

Guilherme: (caindo em cima de Felipe)

Felipe: (olhando para Guilherme, tocando em seu rosto e o beijando) – Eu também gosto muito de você.

Guilherme: (beijando Felipe)

Felipe: (rindo e tocando no rosto de Guilherme)

Guilherme: - O que foi?

Felipe: (rindo novamente) – Você percebe que estamos nos beijando no chão? No meio da rua?

Guilherme: - Sim, e não me importo.

Felipe: - Ei… sei que está legal, mas acho que cai em cima de um coco.

Guilherme: - Que nojo.

Os dois seguiram para o metrô e cada um foi para um lado, Guilherme para sua casa e Felipe para o dormitório. No dia seguinte, Felipe acordou cedo e tomou um café reforçado. Ele deixou a janela entre aberta para Tchubirubas não ficar sem ar e seguiu para a aula. Felipe encontrou Nariko e foram para a sala. Felipe estava muito feliz, o jovem vivia um sonho e não queria acordar de jeito algum.

Guilherme acordou febril naquela manhã, Alfred deu para ele alguns comprimidos e o jovem resolveu descansar mais um pouco. Na hora do almoço, ele recebeu um convite do seu pai para almoçar. Quando chegou no restaurante, Guilherme encontrou John para o seu desagrado.

Leopold: - Então, filho? Quer começar quando na Escola?

Guilherme: - Assim que o meu pé ficar melhor pai.

John: - Guilherme. Trabalhe conosco na exportação. Vai ser melhor.

Guilherme: - Eu já me decidi.

John: - Perda de tempo. (pensando) – Quer ficar com o faveladinho o cachorro pulguento.

Guilherme: - Vou no médico na sexta. Acho que ele vai me liberar.

Leopold: - Acho bom. Se quiser posso ir com você.

Guilherme: - Tudo bem pai. O Alfred me leva.

Leopold: - Você não pode ir sozinho… já sei… John você o acompanha.

Guilherme: - Pai…

Leopold: - Não. Ele vai com você e ponto.

John: (com um sorriso sarcástico na boca)

Na hora do almoço, Felipe passou em seu dormitório para colocar ração e trocar a água de Tchubirubas, o cachorro havia deixado um pequeno presente para ele. Depois de limpar a caquinha do Tchubis, Felipe seguiu para a segunda parte das aulas. Ele ainda não havia pensado em nada que representasse o Brasil, e a professora deu um tempo para que os alunos pensassem e preparasse a apresentação. A tarde, Felipe seguiu para a administração, ele encontrou Nick voltando de uma ronda.

Felipe: - Tudo bem, Nick?

Nick: - Tudo ótimo. Quer dizer… estaria melhor… se você não estivesse com um cachorro dentro do dormitório.

Felipe: - Como… como assim?!

Nick: - Você sabe que eu posso deixar sua vida um pouco mais difícil, né?

Felipe: - Qual é cara.

Nick: - Você está desobedecendo as regras. Animais são proibidos aqui e trazer os namorados também.

Felipe: (nervoso) – Na.. na.. namorado?


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Comentários

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07/01/2017 05:51:06
SE NÃO BASTASSE JOHN PEGANDO NO PÉ DE GUILHERME, TEM NICK PEGANDO NO PÉ DE FELIPE. ISSO NÃO VAI DAR BOA COISA. ALGUÉM TEM Q SE ALIAR A FELIPE E GUILHERME E OS AJUDAR.
03/01/2017 02:08:02
Otimo, conto, como sempre ! Muito interessante !
02/01/2017 05:36:16
Interessante como esse povo é mesquinho
02/01/2017 00:14:42
Muito bom,continue!
01/01/2017 17:51:49
Amei. muito bom. bjos RECEITA DA FELICIDADE Para você ganhar belíssimo Ano Novo... Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar de arrependimento pelas besteiras consumadas nem parvamente acreditar que por decreto da esperança a partir de Janeiro as coisas mudem e seja claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver. Para ganhar um ano-novo que mereça este nome, você, meu caro, tem que merecê-lo, tem de fazê-lo novo. Eu sei que não é fácil mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre. Um maravilhoso Ano Novo para você!


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