Sacanagem em família XXVI
Como o prometido, Caíque voltou seis dias depois de ter saído viajar. Eu fui um bom garoto nesses seis dias. O único homem que vi durante esse tempo foi meu pai, uma vez, sobretudo para contar a ele sobre a foda daquela noite depois da sauna. Ele ficou putíssimo por ter perdido essa mas relevou tudo depois que acabamos trepando no sofá da sala. Eu me sentia culpado pelo Caíque – nem tanto, pelo nosso combinado – mas não conseguia evitar. Ele em enviou mensagens todos os dias e cada vez mais eu percebia que aquela pose de macho alfa que ele mantinha no dia que eu o conheci era apenas ma fachada. Ele era incrível. No sétimo dia acordei com uma mensagem sua avisando que havia chegado.
9h45 – Adivinha qual o garoto mais gostoso acabou de chegar em casa? Ha ha ha.
9h57 – Idiota. Já voltou então?
9h58 – Como o prometido. Agora falta você cumprir a sua parte. A cama está pronta. Te espero para o almoço.
10h00 – Cai, o que vou falar para a minha mãe cara?
10h01 – Inventa.
E foi só. Quebrei a cabeça tentando encontrar uma boa desculpa para não deixá-la desconfiada até que a mais simples dela me ocorreu: minha mãe não desconfiava de nada. Juntei umas roupas na mochila, mandei uma mensagem para ela dizendo que iria para casa de um amigo para aproveitarmos as férias jogando e etc. e a única coisa que ela me pediu foi que mandasse mensagem todos os dias avisando que estava bem. E só. Quarenta minutos depois estava pagando o táxi parado na frente da casa do Caíque.
10h58 – Tô aqui na frente, de mala e tudo.
10h58 – Tá tudo aberto, só entrar.
Passei pelo portão e pelo quintal até a porta da frente, aberta. Estava subindo as escadas quando ouvi o barulho de água da piscina. Deixei a mochila no chão e fui lá ver.
Caíque estava atravessando a piscina à nado, pelado como veio ao mundo, a bundinha branca agora contrastando com a pele levemente bronzeada arrebitada enquanto ele dava as braçadas. Tirei a roupa e fui até a borda. Ele, ainda submerso, fez a volta mergulhando para a região onde eu estava. Sentei na borda, as pernas dentro da água, o pinto duro. Ele pôs a cabeça para fora, limpando a água do rosto, e sorriu quando me viu ali.
- Oi.
Não pude evitar de sorrir também.
- Olá.
- Achei que não fosse vir.
- E minha promessa? Sou um homem de palavra.
Ele riu e segurou o meu pau, me masturbando.
- Sei, mas eu prefiro um pouco de ação.
A transa na beira da piscina foi só uma de muitas naquela semana. Na cozinha, no quarto, na sala, no jardim, na piscina de novo, e de novo, e de novo. Passamos o resto da semana comendo, transando, dormindo juntos, assistindo filmes e jogando videogame. No sábado fomos ao clube jogar futebol com o mesmo grupo que jogava no dia em que nos conhecemos. Tivemos que nos controlar o máximo durante o jogo e nos outros ambientes. Sequer tomamos banho no clube. Fomos direto para a sua casa e mal passamos pela porta, eu já estava em cima dele, aquele corpo suado ainda cheirando à perfume, aquele uniforme... sem dúvidas foi uma das melhores transas nossas, só de chuteira e meião, nos revesando para apoiar uma das pernas nos degraus mais altos da escada enquanto a outra ficava no chão, o rabo o mais aberto possível. A marca de sunga que ele agora ostentava me fazia querer gozar só vendo ele de costas, bebendo água, andando pela sala, agachando para pegar alguma coisa.
- Nunca mais deixa essa marca sumir, tá legal?
Eu estava deitado no sofá, pelado, enquanto ele na cozinha esperava a pipoca do micro-ondas ficar pronta. Ele riu e virou para mim.
- Gostou, foi?
Eu olhei para o meu pau duro, como que respondendo.
Ele riu, flexionando os joelhos e chacoalhando o pau para mim.
- Isso é um convite? - perguntei.
- Talvez.
Ele voltou e deitou do meu lado no sofá, a cabeça apoiada no meu peito.
- Meus pais voltam amanhã – percebi pelo tom de voz como ele parecia chateado com a ideia.
- É, eu sei – suspirei. Por isso pensei de escolhermos a primeira sessão do filme mais ruim e com mais tempo em cartaz no cinema, o que acha?
Ele pareceu se animar.
- Ou podemos simplesmente fugir, o que acha?
- E morar debaixo da ponte?
- Com você e seu amigão aí não seria má ideia. Ele apertou meu pau, punhetando.
- É, tenho certeza que não seria.
Acabamos apenas na punheta, gozando um no peito do outro. Assistimos à um filme e fomos tomar banho antes de deitar uma última noite juntos. Acordei de madrugada com ele me chupando. A transa foi silenciosa e simples. De lado, deitados, sem dar ao trabalho de acender a luz, eu metia nele enquanto ele gemia, o braço esticado com a mão segurando os cabelos na minha nuca, o meu braço esticado para punhetá-lo, nos beijando sem mudar de posição nem nos incomodar com o calor, o suor grudando a pele. Gozei dentro dele e depois corri para que ele gozasse na minha boca. Disse que a transa depois do clube tinha sido uma das melhores? Pois aquela transa de madrugada com toda a certeza era a melhor da minha vida. Não tinha toda a encenação, a putaria, as sacanagens, mas fora intensa de uma forma tão diferente que mesmo após gozar eu senti vontade de continuarmos ali, grudados, sem nunca parar.