Amaldiçoados 03

Chegando em casa, fui até a cozinha; estava faminto. Peguei queijo já geladeira mas meu estômago pedia carne, peguei alguns bifes e comecei a frita-los.

O telefone tocou e eu atendi, era o Dênis.

- Fala.

- Nós vamos voltar ao local do acidente hoje a noite. – Disse ele.

- Espera aí, como assim... nós?

- Lucas, precisamos acabar com isso e descobrir quem é o alfa o mais rápido possível.

- Tudo bem. Vamos!

- Vou buscar você as 22:00.

Desliguei o telefone, e me concentrei em minha carne o cheiro estava ficando ótimo. Abria a gaveta para pegar um garfo e retirar a carne mas no momento que peguei o garfo começou a queimar minha mão, joguei o garfo longe e vi sair fumaça dele a palma de minha mão estava queimada a dor era insuportável.

Peguei uma pomada no banheiro e passei, olhei para o espelho e visei meu rosto.

- Saquei. A prata; prata e lobisomens não combinam. – Disse a mim mesmo.

Peguei uma luva de forno e coloquei o garfo de volta na gaveta. Voltei para meu quarto e deitei na cama, estava tão exausto que não pensava em estudar ou fazer outra coisa, essas histórias de lobisomens; matar alguém para poder me “curar” disso.

Dênis chegou no horário, coloquei algumas coisas na mochila, desci para ir ao seu encontro. No caminho percebi algo, fui até a cozinha cozinha e peguei uma faca de prata. Entrei no carro e Dênis seguiu até o local onde fomos atacados, no caminho ele estava sério e não interagiu comigo. Chegamos naquele lugar, Dênis parou o carro, descemos a ribanceira e fomos parar na mata.

- O que aconteceu com sua mão? - Perguntou.

- Um pequeno acidente na cozinha, nada grave.

- Já passou muito tempo, não acho que tenha algo aqui. – Disse.

- Pode ser, mas é a única chance. Temos que procurar. – Disse ele – Por aqui.

Ele foi na frente mostrava o caminho e eu apenas o seguia, naquele lugar fiquei pensando no que faríamos quando encontrássemos o Alpha.

- Lucas, olha isso. – Disse ele apontando a lanterna.

Parecia uma pata de cachorro só que bem maior. Era tão grande.

- Ele está por aqui. Cuidado fique atento.

Continuamos andando vez ou outra encontrávamos mais pegadas e por fim achamos algo, havia um local onde o mato estava abaixado, como se um animal repousasse por ali.

- Acho que estamos no quarto dele. – Disse.

Nesse momento o alarme do carro do Dênis começa a tocar, corremos de volta para estrada e ao chegarmos nos deparamos com algo grotesco, havia sangue e uma carcaça de cervo no capo do carro.

- Mais que merda é essa? – Perguntou Dênis - Por que sempre no meu carro.

- Dênis...

- O que foi?

Apontei para ele uma sombra negra se formando atrás do carro dele. Ficamos em silêncio, a criatura por trás da sombra nos olhou com seus olhos vermelhos ele subiu em cima do carro do Dênis estávamos apavorados eu mau conseguia me mexer. O lobo pulou em cima de Dênis e começou a mostrar os dentes pra ele, não sabia o que fazer, só havia uma maneira de salvar Dênis. Abri a mochila e retirei a faca de prata que havia pegado em casa, segurei firme e corri até o monstro, desferi uma ataque em sua garganta. O monstro me jogou para longe, cai desacordado no chão a última coisa que vi, foi o lobo correr para mata.

Abri os olhos e estava nos braços de Dênis, ele estava dormindo ao meu lado e agarrado comigo, estava em seu quarto e com a cabeça doendo.

- Dênis, Dênis acorda. O que aconteceu? - Perguntei.

- Você me salvou. - Disse ele esfregando os olhos – Obrigado.

- Aquele era o Alpha?

- Acho que sim, pelo visto ele não gosta muito de mim.

Levantamos e fomos comer algo, a mãe do Dênis era bem legal, fora que cozinhava super bem, ela perguntou o que fazia ali então tratamos de arrumar uma desculpa, dissemos que fomos a uma festa e eu bebi um pouco mais da conta. Dênis foi me deixar em casa, ele havia ligado para dizer a eles que iria passar a noite em sua casa.

- Lamento pelo carro. – Disse.

- Tudo bem, posso mandar concertar. Você está bem?

- Sim, é você?

- Desde que meu carro continue bem eu vou ficar normal.

Comecei a rir.

- Pelo algo de bom aconteceu.

- O que? – Perguntou ele confuso.

- Eu ataquei o Alpha com ferimento no pescoço. A faca era de prata e assim como a minha mão, não vai se curar tão cedo.

- Então...

- Então significa que ele ainda está machucado, podemos identifica-lo pelo ferimento.

- Boa garoto.

Passamos o dia inteiro percorrendo a cidade a procura de alguém com um ferimento no pescoço. Mas nada, andamos nos dois hospitais da cidade a procura de alguém mais ninguém havia passado com um ferimento assim e tão grave.

- Sério, ninguém aqui? Ele não veio em lugar nenhum.

- Ele não seria maluco de vir a um hospital, é algo grave e a cidade é pequena, estariam todos comentando.

Antes de entrar no carro olhei em volta, aquele carro estranho estava parado um pouco distante de nós. Entrei no carro de Dênis mais ainda assim tinha uma sensação ruim.

Estávamos voltando para casa, olhei no retrovisor e vi que o carro estava nos seguindo.

- Dênis.

- O que foi?

- Aquele carro está nos seguindo, desde o hospital.

Ele olhou para o retrovisor e vi o carro da qual eu falava, Dênis me olhou e segurou minha a mão.

- Algo me diz que é ele.

- Eu já havia visto aquele carro antes e sempre senti algo estranho. Talvez seja ele.

O carro parou de nós seguir mais ainda assim tinha uma sensação de que ele estava por perto. Dênis me deixou em casa, me despedi e fui comer algo, minha mãe estava trabalhando então estava sozinho em casa; peguei algo na cozinha e sentei na sala para comer, liguei a TV e o telefone tocou.

- Alô.

- Tome cuidado, ele está atrás de vocês. – Disse um homem do outro lado da linha.

- Quem tá falando?

- Ele não vai desistir até matar o seu amigo, ele é a maior ameaça para o Alpha. Tomem cuidado, a vida dele corre perigo.

O homem desligou, e eu fiquei confuso, peguei o celular e liguei para o Dênis.

- Fala Lucas.

- Onde você está? Esta tudo bem?

- Calma, estou voltando para casa.

- Tenha cuidado, recebi uma ligação de um estranho ele disse que o Alpha estava atrás de você.

- Como assim Lucas?

- Você é uma ameaça para o Alpha.

- E por que? Eu nem o conheço.

- Eu não sei mais isso explica o por que ele atacou você é não eu. Ele te quer.

- Tudo bem. Mas se esse cara quer briga, eu não vou funir.

Continua...

Fala gente, demorei um pouco pra postar mais não foi tão grande quanto dos outros, pois bem...

Atheno não vou me aprofundar no tema “A/B/O” como já disse pro Di Ângelo esse vai ser um outro conto... mas, vou citar esse tema nesse conto.

E falando sobre esse outro conto, ainda esta em desenvolvimento não tenho previsão pra posta-lo visto que ainda estamos no capítulo 3 de amaldiçoados... mas quando sair vocês ficarão sabendo.

Vou indo nessa beijos e bye...