Apenas o Acaso?

Um conto erótico de Martines
Categoria: Homossexual
Contém 1873 palavras
Data: 23/09/2016 01:34:28
Última revisão: 16/06/2017 16:22:14
Assuntos: Gay, Homossexual

Miguel era uma garoto muito especial. Um jovem de caráter bom, que não prejudicava os outros e estava sempre disposto a ajudar o próximo.

Em um dia, numa manhã, enquanto andava pela rua da vizinhança ao lado de sua casa, avistou um rapaz forte e muito bonito esmurrando uma árvore, não sabia o motivo para aquele rapaz estar fazendo aquilo, mas por ser um pouco curioso, decidiu por ficar espionando-o.

O rapaz não percebeu sua presença, deu a volta pelo quintal de sua casa e reapareceu com um machado em mãos. Miguel que observava ao longe, esbugalhou os olhos, mas não saiu do lugar, queria ver onde tudo aquilo iria dar. O rapaz pegou o machado e começou a desferir na árvore a sua frente, no começo eram apenas machadadas fracas, mas com passar dos minutos as machadadas se tornaram fortes e o rapaz não aguentando mais começou a chorar, gritar e xingar. Miguel que observava o rapaz se sentiu na obrigação de ir até lá saber o motivo para o outro estar naquele estado.

Ao aproximar-se do rapaz, o mesmo soltou o machado e se ajoelhou. Colocou a cabeça entre os joelhos e ficou em silêncio, recuperando-se. Miguel parou ao ver tal cena, decidiu por não incomodar, tentou voltar sem ser percebido, mas pisou em um galho seco fazendo certo barulho. O rapaz que até então não havia olhado para os lados o pegou em flagra.

– Hey, você! - falou com os olhos molhados, levantando-se e olhando em sua direção.

Miguel que era um pouco menor, se sentiu intimidado e saiu em disparada pela rua. O rapaz sem entender nada do que acabará de ocorrer decidiu por seguir o garoto.

Enquanto ainda corria, Miguel olhava sempre para trás em busca do rapaz chorão e desiquilibrado. “Quem em sã consciência ficaria gritando, chorando e desferindo machadadas numa árvore em pleno dia e em uma vizinhança tão grande e silenciosa?” – questionava em pensamentos, agora já andando.

O rapaz que o seguia sorrateiramente percebeu que o garoto seguia para a rua da esquina ao lado. “Então somos vizinhos!” – pensou. Não continuou o percurso, de longe avistou Miguel entrando em casa e decidiu voltar para sua, ainda tinha uma árvore para dar fim.

Na noite daquele dia haveria uma festa unindo as duas vizinhanças. Miguel acabará esquecendo da mesma e tirou a tarde para dormir. Seus pais que participariam da festa, levando algum prato típico e refrigerantes, chegaram do trabalho no fim da tarde e percebendo a solidão em que se encontrava o imóvel, já imaginaram que o filho se esquecerá. A mãe foi direto para cozinha organizar o que levaria e o pai ficou responsável de acordar o filhão.

(Marcelo era o nome do pai de Miguel, um homem que aparentava 35 anos, cuidado e bonito. Roberta era a mãe, uma mulher de 33 anos e muito bela).

Marcelo entrou no quarto do filho vagarosamente, olhou para o mesmo dormindo despojadamente na cama e com um sorriso formado no rosto puxou contudo o cobertor do garoto, mas se surpreendeu ao avistar o filho totalmente pelado.

Miguel que ainda dormia sentiu-se com frio e ao tentar puxar o cobertor com as mãos acabou não o encontrando, abriu os olhos pesadamente e ao ver a figura do pai em sua frente, tomou-lhe um susto caindo ao chão. O pai que olhava toda cena, caiu no riso. E foi aí que a ficha de Miguel caiu, seu pai o estava vendo pelado. Levantou-se do chão e as pressas se trancou no banheiro.

– Filho, papai não tinha reparado que tu já tinha um pintão no meio da pernas! – comentou do outro lado da porta, enquanto se rachava de rir.

Miguel muito envergonhado pelas palavras do pai, não respondeu nada.

– Se apronte logo, temos uma festa para ir ainda hoje! – disse o pai ao perceber o silêncio do filho.

Miguel se questionava sobre tal festa até lembrar qual era. Ligou o chuveiro...

| 30 minutos depois..... |

Miguel descia as escadas já vestido e ouviu risadas na cozinha, seus pais que já haviam se trocado, riam sem parar do constrangimento do filho. O mesmo apenas revirou os filhos e os ficou esperando no jardim.

Saíram de casa e se dirigiram ao final da rua, um salão enorme os esperava e de longe a música já podia ser ouvida. No mesmo instante que chegavam, outra família chegava também. Miguel que estava reparando na decoração do local, nem se ligou de quem se tratava, o choque mesmo foi quando ao dirigir-se a mesa de salgados, ter o braço segurado.

– Aiiii! - gritou – Pra que usar tanta força pra segurar um braço! – exclamou com raiva e sem ver quem o segurava.

Ao percorrer o olhar das mãos do outro até seu rosto, reconheceu que se tratava do rapaz que virá mais cedo massacrando a árvore.

– Desculpa! – disse soltando o braço do mais jovem – Mas qual é seu nome? – perguntou.

– Miguel e o seu? – respondeu desconfiado.

– Felipe... Ei, não era você que saiu correndo de mim hoje pela manhã? – perguntou sério.

Miguel que até então pensava que Felipe não se lembraria do ocorrido, ficou surpreso e sem saber o que falar.

– Foi... – confessou por fim.

Os dois ficaram se encarando por alguns segundos até serem despertados pela voz de Marcelo.

– Filho, não vai apresentar o seu amigo para mim? – questionou.

– Pai ele não é... – foi interrompido.

– Felipe senhor, meu nome é Felipe, é um prazer conhecê-lo! – disse, levando à mão na direção do pai do garoto.

Miguel não acreditava no que estava vendo, mas não fez nenhuma objeção ao caso. Após serem apresentados, Marcelo e Felipe engataram em uma conversa fervorosa, deixando de lado a existência de Miguel, que por estar excluído, foi atrás de sua mãe, esquecendo de aproveitar algum salgado da festa.

Ao avistar sua mãe ao longe, olhou novamente na direção do pai e os pegou aos risos. Revirou os olhos e caminhou até a mãe, a mesma conversava com um casal.

– Mãe, o pai me deixou falando sozinho, pra conversar com um desconhecido da rua ao lado! – exclamou fazendo drama.

– Filho não precisa fazer drama, você não é assim e além do mais, é apenas uma conversa! – falou calma. Miguel às vezes dramatizava por pouca coisa.

– A senhora está certa! Nem estou me reconhecendo direito. – sorriu.

Quando terminou o pequeno diálogo com a mãe é que percebeu que o casal não tirava os olhos dos dois.

– Olá, prazer, meu nome é Miguel e sou filho da Roberta! – disse, levando o corpo para beijar o rosto da mulher e apertar a mão do homem.

– Que rapaz mais educado! – exclamou o homem – Meu nome é João e o da minha mulher é Sheila.

– Educado e bonito amor! – sorriu Sheila.

O garoto que não é acostumado a lidar com elogios, envergonhou-se rapidamente. E foi aí que iniciaram uma grande conversa, mas embora estivesse entretido com o pessoal, não deixava de pensar o que o pai conversava tanto com aquele garoto estranho. Seus pensamentos se interromperam assim que os viu vindo em direção onde ele estava.

– Pai e Mãe, esse aqui é o Marcelo! Conheci agora e é pai do Miguel. – disse Felipe olhando dos pais ao Miguel.

A conversa continuou seguindo pela noite entre os seis, mas ao sentir um pouco de fome, Miguel se retirou indo de encontro à mesa que iria no início da festa, à de salgados. Como a festa já havia iniciado à algum tempo e muitas pessoas estavam presentes, vários salgados já estavam no fim e Miguel aproveitando que estava sozinho, foi pegando de tudo e colocando pra dentro.

Felipe que interagia com o pessoal mais adulto, vulgo os pais, sentiu a ausência de Miguel. O garoto o cativou de algum modo, mas ele ainda não sabia o qual. Andou no rumo aos banheiros atrás dele, mas não o encontrou, tentou as mesas e o avistou de longe se empanturrando de doces. Chegou lentamente por trás de Miguel e roubou de sua mão um dos brigadeiros que comia, pondo a boca e o mastigando. Miguel virou-se contudo e sem querer molhou a camisa do rapaz com o ponche que estava em mãos.

– Humm... estava delicioso o brigadeiro! – disse ainda apreciando o doce em sua boca – Mas não precisava se vingar me molhando!

– Você me assustou, a culpa não foi minha e sim sua! – disse alterado.

– Tá bom, tá bom! – exclamou se rendendo – Agora você poderia me ajudar com isso.. – Felipe apontou para a camisa.

Miguel que estava com os lábios cheios de chocolate, pegou um guardanapo e os limpou. Felipe o observava. O garoto pegou no braço do rapaz e os dois se dirigiram ao banheiro...

|No Banheiro|

Entraram no banheiro com Felipe retirando a camisa e deixando a mostra seu belo e forte corpo, com músculos aparentes e poderosos, uma barriga de dar inveja à qualquer um, peitos e costas largos e estufados. Miguel que andava a frente do rapaz ao virar-se não conseguiu tirar os olhos. Ao ser flagrado pelo outro, mudou a direção dos mesmos, ambos ficaram tensos. Miguel não entendeu o porque estar com a imagem vista a pouco presa em sua mente.

Felipe se dirigiu a uma das torneiras e Miguel o acompanhou, ambos molharam a camisa e esfregaram em mãos tentando à todo custo retirar a mancha rosa do ponche da camisa branca. Os dois estavam tão entretidos com o problema do ponche, que não perceberam que na cabine ao lado deles, dois jovens rapazes transavam arduamente.

– Será que ainda dá pra ver a mancha? – Felipe perguntou pro outro.

– Pra ver não dá, mas que está toda molhada isso tá! – Miguel pegou a camisa e começou a torcer, torceu até estar enxuta e entregou à Felipe – Pronto, agora veste aí!

Felipe pegou a camisa das mãos de Miguel, à olhou por alguns segundos e começou a vesti-la. Quando a camisa entrou no corpo do rapaz, ela ficou bem justa, mas já não estava mais manchada. Os dois sorriram do feito, mas ruborizaram ao ouvir gemidos e palavras obscenas vindas da cabine próxima à eles.

– VAI SEU PUTO!!! REBOLA GOSTOSO.... ISSO... ASSIM.... AHHHHHHHHHH....

Miguel e Felipe saíram rapidamente do banheiro, quase como se estivessem sendo perseguidos e em um ponto do caminho começaram a rir. Chegaram rindo onde os pais estavam...

– Vejo que já viraram amigos! – disse João.

Os dois que ainda sorriam do acontecido, ficaram em silêncio.

– A gente ainda está se conhecendo pai! – disse Felipe um pouco tímido.

Já estava ficando tarde da noite e como os pais de Miguel e de Felipe trabalhavam cedo, todos decidiram por irem embora. Eles se despediram, menos Miguel e Felipe que apenas se olharam e acenaram com as mãos.

Miguel e os pais chegaram em casa e rumaram para os quartos. Mesmo ele tendo dormido a tarde inteira, já estava com sono, mas foi surpreendido quando ao ir fechar a janela, ver que no outro lado da rua Felipe o observava. Miguel piscou algumas vezes não acreditando, mas ao olhar novamente pro mesmo local de antes, pegou Felipe o encarando, o mesmo abriu um sorriso e se foi pela rua, caminhando até dobrar a esquina.

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Personagem Miguel: Cabelos castanhos, olhos castanhos, magro pouco definido, alto e bonito.

Personagem Felipe: Cabelo preto, olhos castanhos, forte, alto e bonito.


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Comentários

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MUITO INTERESSANTE. MAS POR QUE CORTAR A ÁRVORE CHORANDO?

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Muito bom! Quero continuação! Abraço

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