Um caminho sem volta - Parte 16

- Não vai me apresentar seus amigos Thiago? – O Heitor me encarava com um sorriso sarcástico no rosto. Fiquei sério na hora. O que ele estava fazendo ali? Como me achou? Fiquei olhando para ele, mudo, com uma expressão de questionamento no rosto.

- Meu primo é mal educado mesmo. Meu nome é Heitor, e ai tudo bem? – Ele foi cumprimentando um por um, enquanto meus olhos só o acompanhavam. Ele se virou para a Giovana e complementou. – Nossa, você é uma gata. Estuda com o Thiago?

Ela respondeu e eles começaram a conversar amigavelmente. Eu estava muito irritado com aquele súbito aparecimento do Heitor ali. Ele sorria de modo encantador, o que só aumentava a minha irritação. Se ele queria ir comigo, porque não me mandou uma mensagem ou me ligou? Era muito intromissão e petulância da parte dele. A Giovana voltou a sua atenção para mim, fazendo com que eu me obrigasse a sorrir e fingir que estava tudo bem. Ela novamente me abraçou com o corpo ao lado do meu, falando pro Heitor que tinha adorado me conhecer.

- Realmente o Tito é uma cara super gente boa, mas ele tem namorada, você sabia? – Ele disse com um sorriso irônico no rosto. Ao ouvir isso, a menina rapidamente ficou sem graça e eu fiquei vermelho de raiva. Aquilo já era demais, quem ele pensava que era?

- Heitor, vamos comigo pegar mais cerveja para a galera. Gi, quer uma? – Perguntei a ela no intuito de quebrar o gelo. Ela aceitou. – Então espera aqui, a gente já volta.

Ao me afastar um pouco, olhei pra ver se alguém estava reparando e puxei-o para um canto. O lugar todo estava muito cheio e não teríamos muita privacidade para conversar, mas não iria conseguir ficar quieto depois daquela cena que ele protagonizou.

- Em primeiro lugar, o que você está fazendo aqui? E o que foi aquilo? Você tá maluco ou que? – Eu o metralhava com palavras num tom duro e irritado.

- Você não me convida para ir nos lugares com você, então resolvi vir por conta própria. Vi o bilhete que você deixou para minha mãe, e na internet não foi muito difícil encontrar o lugar. – Ele falou com um ar vitorioso que só me irritou mais ainda.

- E que cena foi aquela? Porque você falou aquilo pra garota? – Eu perguntei tentando me controlar.

- Que você tem namorada? Ué, não é verdade? Não era pra falar? – Ele me olhava com uma cara de deboche, que fazia meu sangue ferver nas veias. Em empurrei ele contra a parede.

- Ela te perguntou alguma coisa? Você do nada falou aquilo. Foi ridículo! – Eu falei com raiva.

-Ela tava dando em cima de você descaradamente. Eu só dei um freio nela, coisa que você deveria ter feito. Não entendi porque você está tão irritado. Está afim dela por acaso? – Ele perguntou me olhando com aqueles olhos verdes.

- E se eu estiver? O que você tem a ver com isso? Ela sabe que eu tenho namorada. Cara, te passou pela cabeça que se eu não te convidei é que eu não te queria por perto? – Eu perguntei com um ódio exacerbado que fez com que ele ficasse serio na hora. Abaixou a cabeça e ameaçou sair, mas eu o segurei. Olhei mais uma vez para ele e aquele olhar triste que ele me direcionou amoleceu meu coração. Eu fiquei com raiva da arrogância dele em chegar e se sentir dono da situação, mas sabia que tinha pegado pesado com ele.

- Desculpa, não queria ter falado assim com você. Você me irritou chegando dessa maneira, colocando banca e ainda afastando a garota de mim. – Eu disse agora um pouco mais calmo.

- Eu só queria ficar com você. Eu não sabia que você não me queria aqui. Me perdoa a intromissão, eu vou nessa – Ele disse saindo, mas mais uma vez eu o segurei. A vontade que eu tinha, olhando ele assim tão frágil, tão amoado era de abraça-lo e aperta-lo até o esmagar, mas eu não podia.

- Heitor, eu já pedi desculpas. Eu errei em te tratar assim, mas você podia pelo menos ter me avisado que vinha. Eu fiquei surpreso só isso. Vamos pra casa, já ta ficando tarde mesmo. – Eu disse me encaminhando para me despedir do pessoal. Notei que a Giovana ficou um pouco triste quando anunciei a nossa partida, mas resolvi ignorar isso.

Durante o trajeto de volta ficamos em silêncio. Eu já estava mais calmo, mas continuava um pouco chateado com o que aconteceu, até mesmo por ter falado com ele daquela maneira, embora ele tenha merecido. Ele mantinha os olhos fixos na direção, não pronunciando sequer uma palavra. Fomos para o quarto e eu fui direto tomar uma ducha rápida. Tranquei o banheiro para não ter risco de se surpreendido por ele novamente, embora achasse que ele não iria querer nada comigo naquele momento. Quando desliguei o chuveiro, me sentia mais calmo. Até achava que tinha exagerado um pouco com ele, mas tinha pedido desculpas e não tinha mais nada que eu pudesse fazer.

Sai do banheiro e vi-o deitado na sua cama. Apaguei a luz e deitei na minha, me virando em seguida ao desejar boa noite. Não demorou nem 15 minutos, senti-o deitando ao meu lado. Me virei.

- Heitor, dorme na sua cama. Fica apertado para nos dois aqui. Olha o meu tamanho. – Eu falei evitando olha-lo nos olhos.

- Eu não me importo. Queria poder ficar bravo com você. – Ele disse me beijando em seguida. Tentei resistir àqueles lábios macios e quentes dele, afastando-o um pouco para olha-lo nos olhos. Foi meu pior erro, pois aquilo simplesmente derretia toda a neve que pudesse ter armazenado dentro de mim.

- Faz amor comigo? – Ele pediu olhando fundo nos meus olhos, fazendo com que meu corpo inteiro tremesse diante de um desejo incontrolável que eu tentava segurar em vão. Abracei-o e o beijei com tanta paixão que poderia ter o sufocado. Apertava-o com força, pois tinha uma necessidade absurda de sentir ele em mim. Beijei seu corpo todo, mas de uma maneira mais carinhosa, mais calma. Posicionei-me em cima dele e o penetrei devagar, olhando nos olhos dele, enquanto sentia meu membro o invadir aos poucos. Beijava seu rosto, seus olhos, nariz, testa com carinho, até sentir que ele já tinha relaxado o suficiente para continuar. Ele me abraçava e gemia ao meu ouvido, e eu o apertava ainda mais enquanto meu pau entrava e saia de dentro dele. Não demorou muito para atingirmos o clímax e dormir nos braços um do outro.

No dia seguinte acordei com o Heitor enroscado em mim. Embora a cama fosse de solteiro e mal coubesse um ali, não podia negar que era gostoso acordar com ele nu ao meu lado. Olhei o celular e vi que eram perto do meio dia. Nossa, eu nem estava acostumado a dormir tanto.

- Heitor, acorda. Já é meio dia. Vamos. – Eu disse sacudindo ele de leve.

- Ah não, me deixa dormir. Eu to cansado. – Ele disse mais murmurando do que produzindo palavras.

Desisti de tentar arrancar ele da cama. Levantei e dei mais uma olhada para ele, com o lençol cobrindo só o final das costas até a metade das pernas dele. Suspirei e sorri, mesmo que inconscientemente. Tomei um banho rápido, escovei os dentes e desci. Minha madrinha estava na cozinha, cozinhando animadamente. Dei um beijo nela e peguei uma xicara de café.

- Qual é o motivo de tanta alegria? – Perguntei sorrindo diante da felicidade dela.

- O Mauricio e a esposa vão vir almoçar conosco hoje. Ele nunca consegue vir aqui, então acaba sendo especial quando eles vêm. – Ela falou enquanto picava um pouco de cebola.

- Nossa, faz um tempão que eu não vejo o Maurício. Anos e anos. Vai ser legal revê-lo. – Eu disse amistosamente.

- Ah, com certeza. Vocês brincavam quando eram pequenos. Ele certamente vai gostar de te rever também, e assim você conhece a Mariana, esposa dele. Ela é um doce de pessoa. – Ela falava sorrindo enquanto experimentava uma panela ou outra.

Quando eram quase uma hora da tarde, ouvimos a campainha e minha madrinha correu para atender. Pela porta entrou um rapaz que aparentava uns 28 anos, magro , mais ou menos da minha altura, cabelos negros e olhos castanhos. Ao seu lado estava uma moça, que parecia ter um pouco menos de idade que ele, loira, olhos castanhos e feições simpáticas. Minha tia nos apresentou, e ele me cumprimentou de uma forma muito educada e até mesmo amistosa. Explicou para mulher dele que por várias vezes brincamos juntos e que tem muitas lembranças daquela época. Minha madrinha pediu para eu chamar o Heitor que ainda devia estar dormindo e eu rapidamente atendi. Entrei no quarto e realmente ele ainda estava adormecido. Mais uma vez o sacudi, chamando-o e avisando da chegada do irmão.

- Meu irmão ta ai? Porra, que saco. - Ele disse se espreguiçando na cama.

- Sua mãe está tão feliz. Por favor, tenta ser agradável. Eles estão te esperando, vamos coloca uma roupa. – Eu pedia, mas ele só ria.

- Eu não quero ir! Vou ficar aqui, fala pra minha mãe que eu não quis descer. – Ele disse fazendo birra

- De jeito nenhum. Ela está tão contente Heitor. Vamos, faz um esforço. Cadê a sua bermuda? – Procurei por um momento e não foi difícil acha-la no chão, junto com outras roupas dele. Peguei a peça e joguei em cima dele.

- Veste agora. Eu não vou sair daqui sem você – Eu disse num tom firme para mostrar que eu não estava brincando.

- Não vai querer me vestir também? – Ele perguntou de um jeito safado. Era incrível como o Heitor tentava me testar o tempo todo. A minha paciência, o meu autocontrole, a excitação que ele me provocava.

- Caralho Heitor, veste logo isso! Está todo mundo te esperando! – Eu falei com raiva.

- Ta bom, mau humor. Eu visto – Ele disse, tirando o lençol que o cobria ficando completamente nu. O seu membro estava rijo e apontava para cima, o que me causou um calor que subiu pelas minhas entranhas e atingiu com tudo o meu rosto, que ficou rubro na hora.

- Ficou vermelho, primo? – Ele perguntou enquanto colocava a bermuda devagar, se aproveitando ao máximo da tortura que me proporcionava com aqueles simples gestos. Eu nada respondi, fiquei somente olhando ele terminar de abotoar o botão da bermuda, hipnotizado com aquele espetáculo particular que ele havia protagonizado só para mim.

- Pronto. Me vesti e agora? – Ele perguntou cruzando os braços. Sai do meu entorpecimento para voltar à realidade. Ele abusava da minha paciência.

- Como assim e agora? Levanta! Vamos, sua mãe ta esperando. – Eu falei sério com uma ligeira irritação.

- Me da uma mão aqui que eu não consigo levantar sozinho. To com muita preguiça. – Ele disse estendendo a mão na minha direção.

Fui até ele e segurei a sua mão, mas na hora de puxar ele para frente, ele fez o movimento ao contrário e me puxou, fazendo com que eu me desequilibrasse e caísse por cima dele. Não tive tempo de protestar. A porta se abriu e o Mauricio adentrou o quarto flagrando aquela cena bizarra, mas equivocada. Num reflexo, me levantei depressa e me pus de pé, olhando-o com olhos arregalados e com o coração disparado. Ele fechou a porta, olhando para mim e depois para o Heitor, que ainda estava deitado na cama.

- Que porra é essa que está acontecendo aqui? – O Mauricio perguntou esbravejando.

...Continua.

Falaaa galerinhaaa,

E agora???? Calma que amanhã tem mais. Quero agradecer de coração o carinho e os comentários de todos. Penso muito em cada um de vocês quando estou escrevendo, já imaginando o que vocês vão me falar. tem tanta coisa autobiográfica nesse conto, que ele é bem mais real do que vocês imaginam. De qualquer forma, valeu de verdade. Digo e repito. Eu que sou fã de vocês!

Meu e-mail: – Muito obrigado pelos e-mails. Leio e respondo a todos.

O Recifense: To curioso agora hahahahaha. Valeu pelo apoio leke. Seu carinho por mim é importante demais!

Thiiiputra: Pois é cara, o Rodrigo tem uma arma, falta saber se vai usar. E ciúme é algo que pelo jeito os dois vão ter que aprender a lidar. Foda a dica de hj hein?? Valeu Thii, tamo junto leke!!!

: Sim senhor. Missão dada é missão cumpredida. Valeu leke!

Rafaah: Po cara, fico felizão. Na verdade, isso é uma coisa que me surpreende. Ler assim, depois de varias partes, mas fico mto honrado. Espero te ver sempre por aqui. Valeu de verdade!

Crystal *.*: Ahh com certeza seus comentários me fazem mto contente. Valeu gatona, tamo junto!

: Não me preocupar é impossível, mas fico feliz q vc ta bem. Se cuida nega, por favor. Te amo!

LucasBH: Valeu carinha, bom saber. Assim eu fico mais aliviado. Valeu!!!

Lucas M.: Valeu leke!!!

heyjully: Pois é gatinha, a bagaça vai pegar fogo. Valeu por estar sempre aqui!

vivi_souza: Vivi, vc já veterna aqui e eu tenho um carinho enorme por vc. Não se preocupe em falar ou deixar de falar. Expresse-se como quiser. Seus comentários pra mim são mto importantes. Valeu de verdade pelo carinho gata.

Babado Novo: Valeu carinhaaa!!! Acho que você vai se surpreender nos próximos.

Geo Mateus: Amores...de fato não é uma ciência exata, por isso é tão atribulado. Valeu leke.

Theusrecifense: Que isso leke, eu entendo. Falei brincando. O autor também tem ciúmes dos seus leitores hehe. Pois é, acho que todos tem ciúmes, so que uns disfarçam mais que outros. Valeu pelo apoio de sempre!

Amigah18: Pois é gata, o Thiago tenta reprimir os sentimentos, muito porque ele nem sabe o que ta sentindo. E o Heitor também tem as suas recaídas. Pode deixar que não vou deixar vcs não mão não. Só uma curiosidade: porque vc nunca vota? hehehe.

Lion:b: Nossa, assim até me sinto importante hehehe. Valeu de verdade por tudo, e quando eu falo td, é td mesmo. Te adoro <3

sonhadora19: Pois é, espero mesmo que de pra vc comentar. Não é a mesma coisa sem vc. Olhaa como vc é importante hehehe. Valeu gatinha.

Otilia Sabrina: Pois é gatinha, isso na teoria funciona mto bem, mas na pratica é mais complicado hehee. Valeeuuu!!

neneu: Fico feliz em saber. Acho que isso é a grande recompensa em escrever. Valeu de verdade e pode deixar, evitarei ao máximo faltar aqui com vocês.

Pablo Rick: Pois é leke. Ciuminho básico. Fico no aguardo então, qdo ficar mais folgado pra ti, grita. Valeu leke!!!

luuk: Opaaa, fico mto feliz em saber. Vc vê, me acompanha há um tempão e eu nem sabia, nem podia te agradecer, mas o faço agora. Valeu de verdade. Espero te ver sempre aqui agora que criou a conta. Esse feedback é que faz o autor. Valeu.

Syaoran: Po, vi seus outros comentários e tava esperando pra ver se você ia comentar nesse pra poder te agradecer. Você nem tem ideia de como é importante pra mim saber que você ta curtindo e que se dispôs a comentar e tal. Espero te ver sempre por aqui agora, pois uma opinião copmo a sua é muito importante. Espero sanar as suas duvidas ao decorrer da historia. Brigadão!

ITATY: Que bom que eu to conseguindo continuar te agradando. Vamo que vamo. Valeu cara!

agatha1986: Pois é gata, o bicho do ciúme picou o Heitor também, mas quem não sente ne? Valeu gatinha!!!

$Léo$;): Pois é, mas diz isso pro coração que sente né? A pessoa tenta negar, disfarçar, mas o ciúme ta ali cutucando hehehe. Valeu lekeee!!

Augusto3: Po cara, valeu mesmo. Vou tentar postar sempre no mesmo horário para não deixar ninguém zumbi no dia seguinte. Brigadão carinha!!!

Dalia_florzinha: eu também sinto falta. Valeu pela compreensão. Os dois são ciumentos e isso é só pólvora pra essa relação deles. Valeu gatinha.

hyan: Po, não gosto de te ver depre não leke. Seja lá por qual motivo, saiba que sempre há um dia após o outro. Fica bem e não some não.

Rick***: Pois é, mas admitir sentimentos não é assim tão fácil né? Pelo menos não pro Thiago. O Heitor é um fofo com o Tito, mas é um revoltadinho. Valeu pelo apoio de sempre e aguarde mais emoções. Valeu cowboy.

Luca:): Po leke, valeu de verdade. O seu texto também é incrível. Vou ler a primeira temporada toda, mas acompanho a segunda também. É noix brother.