O Internato – XXXI

Um conto erótico de Daniel/Ian
Categoria: Homossexual
Data: 01/05/2016 00:52:22

Capitulo trinta e um

Garoto quebrado

Daniel

Estávamos em chamas quando entramos em seu quarto aquela noite. Nossos lábios dançavam freneticamente enquanto nossas línguas procuravam por novos lugares para serem explorados. Seus dedos se embrenhavam em meus cabelos dourados enquanto minhas mãos apertavam sua bunda durinha e o puxava para perto de mim. Nossos paus duros dentro de nossas calças roçavam um no outro nos deixando com ainda mais tesão.

Meus lábios percorreram seu pescoço com cuidado causando-lhe arrepios e arrancando-lhe gemidos de prazer. Meu pau latejava dentro da calça e podia sentir que o dele também. Puxei sua camisa vermelha xadrez arrancando-lhe todos os botões que voaram pelo quarto e depois tirei sua camiseta branca que usava por baixo. Deitei meu namorado na cama cuidadosamente forrada arranquei minha blusa. Deitei por cima de Bernardo e beijei seu peito nu e chupei seus mamilos o fazendo uivar de tesão. Desci meus lábios para sua barriga branca e sem pelos até chegar onde eu queria. Abri sua calça e a tirei de uma vez revelando aquele membro rígido. Olhei para o rosto do meu namorado que retribuiu com um olhar safado que eu adorava ver nele. Segurei seu pau e comecei a tocar-lhe uma punheta lentamente o fazendo gemer. Comecei a beijar suas bolas e lamber a base de seu pau enquanto acariciava sua cabeça com a mão. Bernardo adorava e se contraia de prazer. Com a língua, percorri toda a extensão daquele pau que babava demorando em sua cabeça roliça. Não de morou muito para que eu engolisse aquele pau todo de uma vez. Sentir aquele membro pulsante e quente dentro de minha boca era uma sensação extasiante. Chupava e beijava aquele pau enquanto ele gemia alucinado.

– Chupa meu cu– ele pediu fazendo meu pau pulsar em resposta.

Tirei minha calça e Bernardo se virou de bruços revelando aquela bunda redondinha e gostosa. Dei-lhe um tapa e meu namorado a empinou deixando a mostra seu cu rosado que piscava. Não resisti e comecei a chupar seu cuzinho o invadindo com minha língua voraz. Bernardo gemia baixinho de tesão. Retirei a língua e comecei a introduzir meus dedos nele. Um, dois, três, quatro e finalmente o quinto dedo me surpreendendo com o quanto ele aguentava. Eu colocava e tirava meus dedos dele sentindo seu cu se contrair e morder meus dedos enquanto meu namorado gemia.

– Me come – ele pediu em um gemido – Come meu cu filho da puta!

Imediatamente retirei meus dedos daquele cu que piscava freneticamente e posicionei meu pau ali. Sem dificuldade o coloquei dentro do seu cu quentinho e comecei a bombear com força.

– Você gosta assim? – indaguei dando-lhe tapas em sua bunda – Gosta de piru sua puta!

– Mais forte! – ele pediu com desejo e um toque de selvageria – Me come com vontade porra!

Aumentei a força e a intensidade dos tapas o que fez com que ele gemesse mais ainda. Bernardo me xingava e pedia por mais piroca como se fosse uma puta no cio. Nós mudamos de posição e agora eu estava deitado na cama com Bernardo montado em minha pélvis. Ele cavalgava em meu pau como se não houvesse amanhã e eu apertava sua bunda com tanta força que fiquei imaginando que deixaria marcas. Seu pau duro balançava de um lado para o outro e ele começou a segura-lo. Sua cabeça estava inclinada para trás e ele suava apesar do frio que fazia essa época do ano.

Me sentei sem tirar o pau de seu cu e comecei a beija-lo. Bernardo ainda rebolava em minha pica e quando meus lábios desceram de sua boca para seu pescoço ele cravou as unhas em minhas costas me causando uma dor excitante. No viramos na cama e ele estava por baixo novamente. Ergui suas pernas e voltei a foder aquele cu gostoso com tanta força que e Bernardo agarrou os lenços com os dedos para evitar de gritar. Não demorou para que seu pau jorrasse um jato de porra branca em espeça em sua barriga e nos lençóis. Ver aquilo me deixou ainda mais excitado e acabei gozando em seu cu. Gozei tanto que a porra começava a vazar e sujar a cama inteira. Tirei o meu pau de dentro dele e mais porra escorreu melando tudo.

Me deitei ao lado de Bernardo e percebi que ambos estávamos suados e arfando. Meu coração batia acelerado e sabia que o dele também. Aquele tinha sido o melhor e mais intenso sexo que tínhamos feito até então.

– Senti muita falta disso – admiti a Bernardo.

– E eu já tinha me esquecido o quanto era maravilhoso – ele falou com dificuldade. Meu namorado estava exausto – Eu te amo.

– Também te amo – falei beijando-o.

Ele sorriu e se virou de costas para mim. Me levantei da cama para alagar a luz do quarto e voltei o abraçando. Peguei o edredom aos pés da cama sem me importar se estava sujo de gozo e nos cobri com ele. E assim dormimos aquela noite.

Ian

Sei que disse a minha mãe que iria para a festa junina naquela noite, mas não fui. Nenhum dos góticos iria, mas eles foram para suas casas curtir suas famílias e rever seus amigos. Mas eu não tinha amigos para visitar e também não queria ver minha família disfuncional. E para que? Para ser abusado por Izac no quarto e durante a madrugada ser obrigado a dar para o Jair enquanto minha mãe trabalhava? Não muito obrigado! Imagino que você deva estar pensando: “Mas o sonho, Ian? Você vai deixar ele acontecer?” Não, mas eu também precisava me acalmar, pois tinha certeza que no exato momento em que visse Jair eu iria perder o controle e agredi-lo. Seria bom para extravasar o ódio que sentia dele, mas se eu perdesse o controle eu passaria por louco. Já havia a tentativa de suicídio e a ligação estranha que fiz ao meu irmão. Jair usaria isso contra mim e então eu acabaria em um hospício.

Precisava pensar direito e armar um flagrante para Jair. Talvez filmar sem que ele soubesse e ai sim desmascara-lo. Ele era uma ameaça maior que Izac. Meu irmão louco só fazia mal a mim e não tocaria em um fio de cabelo de Pedrinho. Na verdade ele não se importava muito com nosso irmão mais novo e eu considerava isso algo bom.

Durante a semana eu evitei ir nas reuniões dos góticos e eles não pareceram se importar muito, pois a única pessoa que veio atrás de mim foi Roberta, mas a tratei mal como sempre. Roberta era uma pessoa boa e eu sabia que ela se importava comigo, mas não queria envolve-la em meus problemas. Mas envolvi Bernardo. Não sei o porquê, mas acabei despejando toda aquela história asquerosa em cima dele sem mais nem menos. Talvez por que pela primeira vez eu me senti atraído por alguém e fui ingênuo em confiar demais devido a isso. Sem falar que depois do beijo eu me senti fragilizado demais e precisava desabafar com alguém. Tenho certeza que teria feito o mesmo com Dylan, mas não sei se ele me entenderia. Provavelmente não. Por mais bonito e simpático que ele fosse, ele era uma pessoa normal e não uma peça quebrada como Bernardo e eu. Com certeza ele se afastaria de mim, pois quem em sã consciência quer ficar perto de um garoto depressivo que é constantemente abusado pelo irmão e pelo padrasto? Acho que ninguém!

– Que bom que veio na reunião hoje – Roberta disse depois que todos deixaram a cabana do zelador naquela sexta-feira quando eu resolvi que não poderia mais ficar trancado naquele quarto olhando para a cara de Lucas – Estava muito preocupada.

– Não precisa se preocupar comigo – falei vestindo o casaco de moletom vermelho de Dylan que ultimamente tem servido de consolo para mim – Só se preocupe com a sua vida!

– Por que você faz isso? – ela disse tirando seu usual capuz negro que cobriam seus cabelos dourados – Por que afasta as pessoas? O que tem de tão errado assim na sua vida?

Olhei para Roberta por um instante decidindo se lhe dizia ou não; Podia ver em seus olhos azuis que ela se preocupava de verdade comigo, mas eu simplesmente não conseguia falar. Não queria encher sua cabeça com problemas que não lhe pertenciam.

– Por que vocês todos são uns idiotas – falei passando por ela.

Roberta me segurou pelo braço e me puxou para um abraço afetuoso. Tentei me libertar, mas ela fez questão de me manter junto de si. Foi quando o calor de seu corpo começou a fazer efeito. Relaxou meus músculos e fez com que eu desistisse de lutar e apenas me entregasse aquela demonstração de carinho e preocupação de Roberta. Meus olhos se encheram de lágrimas que tentei a todo custo conter, mas era inútil. Elas despencaram em um rompante descontrolado enquanto eu começava a chorar como uma criança machucada.

– Vai ficar tudo bem – Roberta disse e pela sua voz distorcida, ela também estava chorando.

– Não vai ficar nada bem – chorei apertando-a com força – Nada nunca fica bem para mim.

Ficamos assim durante alguns minutos até que nos afastamos. Roberta com os olhos vermelhos e um sorriso confortador no rosto. Eu tenho certeza de que meu rosto estava péssimo. Deveria estar rubro e encharcado de lágrimas. Roberta passou a mão por meu cabelo o tirando da frente dos meus olhos. Aquelas duas pedras brilhantes de safira fitaram as minhas esmeraldas e soube exatamente o que ela queria fazer, mas não houve tempo para impedir. Os lábios de Roberta esmagaram os mus com delicadeza, porém com ardor. Eles se mexiam tentando forçar os meus a acompanhar seus movimentos, mas eu não sentia vontade de acompanha-la. Apesar do carinho seu beijo nada mais era do que lábios úmidos tocando os meus. Não havia aquele desejo ardente que experimentei ao beijar Bernardo.

Roberta percebeu isso, pois se afastou sem jeito.

– Me desculpe – ela disse virando o rosto – Você está frágil e eu me aproveitei.

– Tudo bem – respondi secando minhas lágrimas com a manga do casaco e sentindo o cheiro inebriante de Dylan – Mas o problema não é que eu esteja frágil – dei uma fungada – Eu sou gay, Roberta.

– Gay? – ela deu uma risada completamente sem graça – E eu achando que você fosse tapado por não perceber que eu estava interessada, mas acho que a tapada fui eu.

Puxei o rosto dela para fazê-la me olhar.

– Você não é tapara, Roberta – disse tentando consolar assim como ela fez mais cedo – Nem eu sabia até alguns dias.

– Você descobriu com o Bernardo? – ela indagou.

Assenti.

Roberta sorriu e secou uma lágrima solitária que escapou por seus olhos.

– Acho que podemos continuar a sermos amigos – Falei ficando sem jeito assim como ela – Prometo tentar ser menos insuportável.

– Isso seria bom – ela disse se aproximando de mim – Mas quero que saiba que eu realmente me preocupo com você. Não é apenas por que eu queria te conquistar. Eu me importo de verdade.

– Eu sim – disse com melancolia – Até mais tarde.

Tentei passar por ela outra vez e assim com da primeira vez ela segurou-me pelo braço.

– Quando estiver pronto para contar eu estarei aqui – ela disse com seriedade – Seja o que for.

Aquelas palavras me fizeram pensar que no fundo, Roberta tinha uma ideia do que se passava em minha vida, mas não queria arriscar um palpite e me afastar de vez. Ela sempre foi muito boa em saber pelo que as pessoas estavam passando.

– Tudo bem – disse sacudindo a cabeça.

Roberta me soltou mais uma vez e eu corri porta a fora em completo desespero para o meu quarto. Lucas não estava lá, pois os pais dele já o tinham levado para casa àquela altura e dei graças a Deus por isso. Éramos colegas de quarto a dois anos, mas não estávamos nem perto de sermos conhecidos que dirá amigos! Mas isso era completamente culpa minha. Nas primeiras semanas de nossa convivência, ele tentou puxar assunto e ser meu amigo, mas eu o desprezava e dava-lhe inúmeras patadas até que ele finalmente me largou de mão. Hoje somos apenas dois estranhos que dividem um quarto.

Tranquei a porta e me joguei n cama para chorar. Roberta mexeu comigo com aquela demonstração de afeto. Eu afastava as pessoas e elas logo desistiam de mim, mas ela não fez isso. Ela lutou para se aproximar e estava conseguindo. Tudo bem que o interesse que ela tinha por mim era por um tipo de afeto que eu não podia lhe dar, mas ainda assim eu sentia que ela queria realmente me ajudar e isso já bastava.

Senti o cheiro do casaco de Dylan e pensei no quão patético eu era. Um garoto destroçado que se derretia todo por um pingo de carinho. Foi assim com Bernardo, com Dylan e agora com Roberta. Quando foi que eu me tornei esse garoto carente e desesperado por atenção que me sujeitava as mais horríveis humilhações? Confesso que odeio o que Jair e Izac fazem comigo, mas por que eu nunca fiz nada durante todos esses anos? Eu vivia dizendo para mim mesmo que era por sentir medo do que Izac faria e de que Jair me faria me passar como louco, mas a verdade é que eles me davam atenção mesmo que de uma forma deturpada. Mas ainda assim eram minutos que eu sentia que minha companhia era necessária. Claro que eu tinha atenção de minha mãe, mas eram tão escassas devido ao seu excesso de trabalho que não eram o suficiente. Eu precisava de mais e conseguia com Jair e Izac.

Eu era um garoto quebrado por dentro e precisava de ajuda.

No dia seguinte eu fiquei no quarto a maior parte do tempo. Não havia som nenhum dentro do meu quarto e por isso eu podia escutar tudo lá fora. Garotos subiam e desciam as escadas animados com a festa junina e em certa hora do dia pude ouvir uma música pop tocando alta em um dos quartos próximos ao meu. Não era o meu tipo preferido de música, mas a batida animada me tiraram um pouco do meu estado de letargia. Me levantei e fui até o banheiro onde deixei a água quente e o sabão fazerem o seu trabalho. Sai do chuveiro e parei em frente ao espelho embaçado acima da pia. Passei a mão sobre o vidro frio para limpa-lo e percebi que eu estava péssimo. Meu rosto estava inchado de tanto chorar e meus olhos estavam vermelhos como se eu estivesse com conjuntivite.

– Você está uma merda – debochei da figura no espelho com um sorriso débil em meu rosto.

Saí do banheiro e tornei a me deitar na cama, porém sem me dar ao trabalho de me vestir. Acho que cochilei algumas vezes, pois anoiteceu muito rápido. Foi quando meu celular tocou. Olhei o número e quis joga-lo na parede, mas ao invés disso atendi.

– O que foi? – disse deixando claro que não estava com paciência.

– Por que não veio para casa? – ele chorava enlouquecidamente – Estou com saudade do meu irmãozinho.

– Eu precisava de um tempo longe – falei sem me abalar com seu estado mental catastrófico – Precisava de mais tempo longe de você!

Queria dizer “vocês”, mas achei que denunciaria meu envolvimento com Jair.

– Eu preciso de você, porra! – ele falou um pouco mais alto – Aquela puta daquela minha namorada não está me satisfazendo! – eu nem sabia que ele estava namorando – Preciso do meu irmãozinho aqui!

– Sinto muito, Izac – falei – Mas essa semana vai ter que se virar na punheta.

– Eu vou te buscar, Ian – ele disse – Te levo em um motel e depois te deixo na escola.

– Não, Izac! – gritei – Hoje não!

Ouve um momento de silencio do outro lado da linha o que me deixou assustado por um momento. Será que meu irmão estava em casa? Provavelmente sim e trancado em nosso quarto cheirando minhas cuecas enquanto se masturbava. Eu já o peguei fazendo isso duas ou três vezes.

– Me desculpe, Ian? – pediu chorando ainda mais que antes – Eu não devia ter te ligado, mas eu estou com muita saudade!

– Não devia ter me ligado mesmo! – disse desligando o telefone.

Desta vez não chorei, pois não conseguia mais. As lágrimas do meu corpo haviam secado por completo. Achei que ele iria retornar a ligação, mas isso não aconteceu. Meu aparelho permaneceu naquele silencio mortal de antes.

Um forró começou a tocar alto vindo do ginásio e eu soube que a festa junina tinha começado. Me levantei da cama, vesti uma calça jeans velha, uma camiseta preta do Evanescence e tornei a vestir o casaco de Dylan. Olhei pela janela e não havia ninguém lá embaixo, pois provavelmente estariam todos no ginásio. Sai do quarto e fui em direção a piscina onde imaginei que estaria sozinho, mas me surpreendi ao ver que haviam alguns jovens trajando roupas quadriculadas e maquiagem de forma que imaginei que ofenderia o pessoal da roça. Eu deveria ter ido embora, mas senti o cheiro forte de maconha e vi uma garota com um copo de plástico na mão que imaginei ser algum tipo de bebida. Não foi exatamente o que eu imaginei para a minha noite, mas se a bebida e o baseado me ajudassem a esquecer meus problemas por alguns minutos, eu estava disposto a tentar.

– Onde pensa que vai? – um garoto gorducho com o rosto cheio de espinhas me barrou na entrada do vestiário. Eu o conhecia de vista, pois éramos da mesma turma e assim sabia seu apelido.

– Deixa eu entrar, cara de Chokito – pedi tentando manter meu tom de voz animado e assim ele não percebesse que eu estava um caco.

– Mete o pé o viadinho gótico! – ele disse cruzando os braços diante de mim – Aqui é só para convidados.

– Deixa de ser babaca, porra! – falei franzindo o cenho – Só quero um baseado!

– O que está acontecendo aqui? – um garoto magro e alto chegou com um brownie nas mãos. Seus olhos estavam vermelhos e ele sorria alucinado.

– O gótico quer entrar, Leonardo – Cara de Chokito disse com um sorriso triunfante.

– Foi mal amiguinho, mas essa é uma festa particular – Leonardo explicou com a voz lenta devido a maconha e a bebida.

– Se não me deixar entrar eu vou contar da sua festinha para o diretor– ameacei aquele garoto estranho.

Leonardo deu uma risada e foi acompanhado pelo Cara de Chokito.

– Garoto o Diretor está sabendo! – ele debochou – Ele até que foi mais barato que o antigo diretor!

– Nada como um bom suborno – Cara de Chokito completou – Agora dá o fora garoto. Ninguém quer seu tipo por aqui estragando a festa.

– Dois idiotas! – falei me virando para ir embora.

Foi quando o vi sentado na beira da piscina bebendo em um copo de plástico com uma garrafa de vodca quase intocada ao seu lado. Meu coração disparou com a visão de Dylan trajando aquela fantasia de caipira. Ele estava lindo como sempre e isso me deixou sem folego.

– Oi! – ele disse ao se virar e me ver.

– Oi – respondi me aproximando dele sentindo meu rosto queimar sabendo que ele deveria estar da mesma cor do casaco – Tudo bom?

– Melhor agora – ele disse de forma galante – Quer um copo?

– Quero – falei sorrindo e me sentando ao seu lado.

Dylan tirou uma lata de Coca-Cola de trás de si e despejou metade em um copo vazio que estava por baixo do dele e completou o resto com o liquido transparente da garrafa de vodca. Dei um gole sentindo uma ardência gostosa em minha garganta.

– Vejo que gostou do casaco – ele reparou com um sorriso iluminado.

– Eu devolveria antes, mas não sabia onde era o seu quarto – falei corando ainda mais.

– Acho que deveria ficar com ele – Dylan sorriu – Ficou lindo em você.

Sorri me lembrando da conclusão que cheguei mais cedo a respeito de mendigar atenção.

Ficamos ali bastante tempo com Dylan me contando histórias engraçadas sobre seus amigos e sobre sua família. Me surpreendi quando ele me contou que era americano, pois ele não tinha qualquer sotaque. Ele também me contou que namorava um garoto a pouco tempo e que ele se chamava Théo. O nome não me era estranho então ele me contou que ele é colega de quarto de Bernardo e irmão do seu ex. Ele não se ateve muito a isso e eu fiquei feliz, pois não queria que ele ficasse lembrando do ex-namorado.

– E você está namorando? – ele indagou gentilmente.

Olhei para a garrafa de vodca que agora estava na metade e me perguntei o que deveria responder. O álcool não ajudou em nada nessa parte, pois tornou meu raciocínio mais lento.

– Sou solteiro – respondi após um longo período de silencio enquanto forçava as engrenagens do meu cérebro a funcionarem.

– Um garoto lindo como você? – ele acariciou meu rosto com as costas da mão – Não acredito que não tenha encontrado ninguém.

– Talvez já tenha encontrado – disse olhando os olhos castanhos de Dylan e percebendo logo em seguida o quão carente em bobo devo ter soado.

Dylan sorriu de maneira meiga e gentil daquela forma que príncipes encantados sorriem para suas princesas. Sua mão direita desceu da maçã direita do meu rosto até o meu queixo a fim de me conduzir até ele. Não resisti em nenhum momento aquela aproximação. Fechei os olhos e senti os lábios macios e quentes de Dylan nos meus. Nossas bocas se moviam frenéticas e ardentes enquanto Dylan me segurou pela cintura e eu passei meus braços ao redor do pescoço daquele garoto lindo. Nossas bocas se incendiavam e eu não pensava em mais nada a não ser em como aquele beijo era diferente do todos os que eu já havia experimentado aquela semana. Com Roberta não havia desejo e com Bernardo não havia reciprocidade, mas com Dylan havia essas duas coisas e ainda mais.

Nos beijamos diversas vezes entre um copo e outro de vodca passeando pelo campus da escola. A bebida tornava tudo confuso e conturbado a medida em que o forró foi engolido por uma música do Bon Jovi que me lembro de ter escutado no quarto de Bernardo na terça-feira, mas acho que a embriagues tornava tudo mais confuso, pois não parecia ser a voz de Jon Bon Jovi, mas ainda assim era uma voz melodiosa que fazia jus a canção What do you got.

Não sei bem em que ponto chegamos ali, mas quando percebi estávamos e frente a cabana do zelador nos beijando freneticamente. Dylan passava as mãos por meu corpo enquanto eu gemia e bebia vodca diretamente pela garrafa. Deixei-a cair na estrada quando dei o ultimo gole e entramos. Dylan tinha os lábios em meu pescoço quando me pressionou contra a mesa e abriu o zíper do meu casaco vermelho. Ele o tirou com habilidade e me virou de costa. Sentia seu pau duro sarrando minha bunda. Eu gemia conforme suas mãos levantavam minha camisa e a tiravam sentindo aquele membro duro como rocha em minha bunda que eu empinava. Dylan arrancou minha camisa e me inclinou sobre a mesa do zelador. Ele começou a beijar minhas costas com desejo enquanto eu rebolava minha bunda em seu pau.

Foi quando de repente tudo desandou. As imagens de como Jair me inclinava daquela forma e de como Izac beijava meu pescoço vieram à minha mente como um soco forte que me deixou sem equilíbrio. Lágrimas brotaram dos meus olhos e um choro convulsivo começou.

– O que aconteceu? – Dylan indagou com a voz trôpega devido a bebida – Eu te machuquei?

– Eu não consigo fazer isso – disse entre lágrimas – Não consigo!

– Tudo bem, Ian – Dylan disse sem saber exatamente o que fazer – Está tudo bem.

Não estava, pois podia ver Jair em cima de mim me fodendo como se eu fosse uma puta de zona. Podia sentir seu cheiro e até mesmo ouvir sua voz em meu ouvido. Mas não era só ele que estava ali. Podia ver também meu irmão mais velho depositando seu peso sobre meu corpo e me usando como um boneco de trapos do qual ele se divertia e depois descartava.

– Me deixa em paz! – gritei com as imagens e minha cabeça – Vai embora!

– O que eu fiz? – Dylan estava confuso e não era por causa da vodca.

– Sai daqui! – gritei mais uma vez.

Foi quando Dylan saiu perplexo me deixando sozinho naquele lugar escuro. Peguei minha camisa no chão e a vesti seguida do casaco. Me sentei no mesmo canto escuro que costumava me sentar durante as reuniões e fiquei pensando em como aqueles dois me destruíram. Eles acabaram com a minha inocência e me causaram marcas que durariam o resto da minha vida miserável. Eu queria que Jair nunca tivesse me encontrado no banheiro naquele dia em que tomei coragem para tirar minha vida. Se não fosse por ele eu estaria livre de tudo. Ou talvez ele nunca tivesse me encontrado e eu estivesse morto sofrendo a tortura eterna no inferno. Nunca havia pensado desta forma, mas fazia sentido. Eu estava morto e aquela era minha punição eterna por ter tirado minha vida.

“O início de mais uma noite é anunciada,

Pelo uivo da angústia e pelo rosnar da agonia...

Preso novamente estou em lembranças e sentimentos

Que com o passar do tempo eram para serem esquecidas,

Mais todas noites me atormentam, me deixando sem saída...

E aqui estou eu de novo, quase à beira da loucura,

Sem opções tento lutar, mais me falta força...

Força que um dia tive, mais que hoje não passa hesitação...

Tentando salvar a mim mesmo como se tudo fosse logo acabar...

Mais, por mais que eu tente me livrar é impossível...

Noite longa que parece não acabar,

Tentando devorar minha alma com sua fome assassina,

Fome insaciável, sofrimento insuportável,

Acho que não vou aguentar...

Enfim, mais uma noite se finda, e com ela minha agonia

E num rápido momento de paz, sem esperança apenas espero

O sussurro do início da noite dizendo-me...

Seja bem-vindo ao inferno.”

Li esse poema na internet uma vez. E ele resumia exatamente como eu me sentia agora. Eu estava vivendo no inferno a anos e não havia percebido. Por isso não lutava e nem tentava mudar nada. Era uma sensação angustiante que só me deixava cada vez mais na merda.

Droga de vodca, pensei. Era óbvio que aquilo não era o inferno e eu não estava morto. No inferno não haviam pessoas boas como Bernardo, Roberta e Dylan. No inferno só havia tormento e dor, mas esses três me davam conforto e o carinho que eu precisava para não desistir de viver. E acho que isso estava começando a se transformar na força que eu precisava para reagir contra tudo aquilo de ruim que acontecia comigo.

Ouvi vozes disformes e até gritos vindos do lado de fora da cabana do zelador. Me levantei rapidamente tendo que me segurar na mesa para não tornar a cair. Ainda estava muito tonto da vodca. Caminhei trôpego até a porta e quando a abri encontrei Dylan no chão e dois garotos ao longo, mas minha visão duplicada e embaçada me impedia de saber quem eram.

– O que aconteceu? – indaguei a Dylan que estava deitado com um fio de sangue escorrendo pelo canto da boca.

...

Primeiramente gostaria de pedir desculpas para aqueles que eu quase matei do coração com o capítulo anterior, mas em minha defesa eu gostaria de dizer que eu deixei pistas o tempo inteiro de que o estupro de Pedrinho era um sonho. Primeiro foi a surpresa de Ian com a atitude de Jair que se tornou muito agressivo e invulnerável aos inúmeros golpes de Ian. Depois tiveram as reações completamente fora de sintonia de Pedrinho. O garoto ficou apavorado e feliz do nada rsrsrs. Houve também o fato do recepcionista não ter feito nada e nem sequer ter visto o Ian. E as algemas que Pedrinho pegou na cama? O que diabos elas estavam fazendo lá? Sem falar que do nada o Pedrinho passou de alegre a assustado sem motivo aparente além de causar pânico em Ian. Tentei deixar essas pistas para que vocês ficassem tranquilos e em dúvida se aquilo estava acontecendo mesmo, mas acho que fui sutil demais. Me desculpa mesmo por quase matar vocês. Mas ainda vou fazer isso algumas vezes. rsrsrs.

Muito obrigado a todos pelas palavras motivacionais, pois elas me ajudaram bastante. E podem ficar tranquilos, pois nunca vou mudar um capitulo já escrito ou mesmo alterar o rumo do meu conto por comentários de pessoas que esperam uma história de amor adolescente. Fazer isso seria um desrespeito aos que acompanham e se identificam com a história e comigo mesmo já que eu estaria traindo a história que eu acredito ser boa.

Pode ser que o conto não esteja ao gosto de todos, mas vou me manter firme até o fim apesar de críticas, pois considero-as como uma forma de aprendizado. Basta comparar meu primeiro conto no site que se chama “Caminhos para o paraíso”. Ele não está nesta conta e sim em outra que perdi a senha. Creio que eu tenha evoluído na qualidade da história, escrita e no desenvolvimento psicológico dos personagens. Lá eu já usava do artificio de contar a história por mais de uma ótica, mas não creio que era tão bom em fazer isso quanto agora. E foi graças as críticas que eu fiquei com medo de fazer um final que eu achava bom para a história e por isso acabei lançando dois finais. Um que eu queria desde o início e outro que eu sabia que seria mais apreciado pelos leitores. Conclusão? Me senti traído, mas continuei fazendo isso por muito tempo. A primeira vez que tive coragem de contar uma história do meu jeito foi em My little brother, mas ainda assim fiquei com um pé atrás com o final. Sinto que fui totalmente honesto comigo em Apaixonado pelo Diabo e o final foi sem dúvida o que eu considero o melhor até agora entre meus contos publicados.

Agradeço a todos que leem o meu conto e espero que tenham gostado de mais esse capitulo.

Até o próximo galera!


Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Little Dany a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Entre em contato direto com o autor. Escreva uma mensagem privada!
Falar diretamente com o autor

Comentários

Comente!

  • Desejo receber um e-mail quando um novo comentario for feito neste conto.
04/05/2016 18:44:27
Cara o seu conto e d+ eu nao sei pq algumas pessoas deixaram de ler. Eu amo muito essa historia e espero q nao tenha menos de 60 cap pq a historia e muito boa. E por favor nao demore a postar. Ps: aquela primeira sena do cp 30 foi crueldade da sua parte com todos nos kkkkkkkk
04/05/2016 18:39:50
02/05/2016 11:46:38
Nossa eu amo esse conto!!! Comecei a ler ontem e só não virei a noite lendo, pq preciso acordar cedo, mas hj já tratei de terminar de ler os capitulos já escritos. Pfv não abandone esse conto, sei que varias pessoas deixam de ler por um motivo ou outro, mas são varias as que assim como eu estão viciadas nessa narrativa. Não mude nada, nem o seu jeito de escrever e nem os erros de português, que para mim já são como uma característica sua, quase um charme. rsrsrs
02/05/2016 00:10:39
ATÉ QUE ENFIM BERNARDO E DANI SE ENTENDERAM , APESAR DE EU ACHAR O DANIEL UM SONSO ELE FAZ BEM AO MEU LINDO BERNARDO OUNT ♥ AIIII FIQUEI TRISTE PELO IAN DE ELE NAO TER CONSEGUIDO POIS DÁ PRA VER QUE ELE GOSTA DO DYLAN E DYLAN FOI FOFO COM ELE GOSTEI , QUE SERÁ QUE ACONTECEU QUE DYLAN ESTA CAIDO ? AI AI AI NÃO DEMORE E SAIBA VC É O is the best e sou SEU FÃ NUMERO 1
01/05/2016 21:02:46
PENA QUE DYLAN NÃO CONSEGUIU FAZER AMOR.
01/05/2016 12:33:14
-Oiá! o capítulo foi bem leve em consideração ao antigo ( 👐 gracias) por isso. Está incrível a trama, quero saber se ele já ta acabando ou falta muita coisa, porque realmente ta muito bom pra terminar. Faz mais um capítulo pro fim de semana.🙏 pfvo. Abraços.
01/05/2016 10:35:33
Ah, pelo amor de Deus né? O Ian tá ali do lado e coincidentemente a única parte que ele escuta é o final pra ele não saber a pessoa que o Dylan realmente é 😒.
01/05/2016 10:17:34
Faço das minhas as palavras de Yukeee 👏👌
01/05/2016 03:26:24
Muito bom querido, realmente acho que todos acharam que o que acontecia compedrinho era real, mas saber que foi um sonho apenas depois deixou mais marcante, excelente como sempre, volta logo 😍😍😍😍
01/05/2016 02:54:57
Deuus... Continua logo! E realmente quase morri com a história do Pedrinho, mas enfim posta logo... Detesto esperar pelo próximo cap kk
01/05/2016 02:50:26
Fantástico


conto erotico troca de namoradasfime de cavalo mule pornodesviginando dua maninhaXvideos gay enfiando abobrinha cabeçuda no cugostósinhas pornocoroas londrinense tarada bem próximoconto erotico.lockdown maecontos eroticos.virei viadinho do barbeiroxvideos gero pede acabesa e estrupa sogratia gostosa nova se masturbado para provocá o sóbrioCasa dos Contos fui pedrinho pepeca com a menininhaporno demeno esfregano abuseta decasinha na rolashopar moto fazer campo grande ms/texto/2009101095Fudendo a prima ela pidiu arego mais eu nao deixeicontos eroticos com viuvas ricas e mulheres sedutoras ricascontos eróticos fui visitarminha madrasta novinha e comi elavidios travetis nao aguetaoela cagou no meu pau conto eroticocoletsnia gozando nos pemtelhos xvideocontos eiroticos leilapornminha irmã me pegou engatada no meu cachorro contoscontos eróticos de LED que gostam de consoloconto minha hisoria dupla penetacao com janete e betoPorno gratis xvideos rola grosso no cu celado no bairroxvideofiadoprovoquei papai com roupas trasparente e ele me fode com muito tesao e com forcaContos eroticos, tio desgraçado me arrombouvide o porno vovo trezeno comconto erotico peido e mijoo loiro da cicatriz q eu amo parte 11Contos eróticos! Dog gigante engatou e mim e eu sangreicontos eroticos su muiro pausudo minha esposa esta com a boceta froxaxvdio chinezarvideos de velhos picudo fudendo bonzinho gays amadoresvidio porno kuasi q a novinha nao aguentatiraramos a roupa contos lesbicosfilho medico vai examinar o cu da mae e acaba em sexo inseto/tema/corno%20menagecontos: consegui convencer minha esposa ao culckoldingXVídeos m*********** a b***** a esfihasconto erotico consolo, plug anal e segurando xixix10videopornoxvidios homens do pau grande metendo com pressão e elas debruço e gozando dentrocontos eroticos chupando bucetahomens cacetudos de saojosedoscamposXVídeos 49 melhor para o pau do café crescer no XVídeosX video maê fas boguetixxxxvidio funder confuso atem cagarcontos eroticos sessentona do quadril largo e bunda enormea buseta e bundao maio dk mundo e peitomenina novinha sentido jatos de porra do pai pauzudoxx vidio virgem sim discabacar sozinhavideo porno esposa pede para o marido traser um amigo para forder sutosporno pesado com etiadasconti erotico de corno narrado por mulher yotubcontos gay viadinho aproveitando do molequeporno a moleirona pistoludo pondo tudo no cuzinho da coroa e marido filma ela gemendo e fechandominha filha mestruou-contos eroticos de incestosContos desverginada novinha pelo ginecologistamulhe da buceta grade fudeno com cavalo noviha de chote cutoporno filho fodendo a mae gostosamente 2minutoscontos eroticos - an american taleo piercing da minha irma contoa mulher dando furingo a mulher dando o cu para o homemcontos eroticos malv comendo as interesseiraconto marido comeu meu cuhomen tirando cabaço da novinhs fazendo escandaloconto narceja porra/texto/201203125conto erótico Eu e o meu marido no bar da perdiçãoXVídeos escaninho de vocêcontos eroticos malv comendo as interesseiracasos de zoofiliadona de casa sendo castigada por negros tarados pornodoidoa policial gostoza sendo fodida aforsa pelo bandido pirocudo xxxxvidiostia viu seu sobrinho de mau duro contosXvideo comeu o cu da sogra bu Cetonvideo porno estorcada pagecontos da cona esporradamulher novinha transando com jumento jumento emocionada com cocohomossexualidade e voier