O Internato – XXVIII
Capitulo vinte e oito
Amor verdadeiro
Bernardo
– O Daniel vai ser chamado para o time principal – Lorenzo disse naquela tarde de segunda quando ambos estávamos embaixo da arquibancada assistindo ao treino de natação – É o melhor nadador da escola.
– Eu sei – disse olhando o garoto que eu amava dar braçadas intensas e graciosas de um lado ao outro da piscina – Ele tem talento.
Lorenzo tirou os olhos de seu caderno onde desenhava um hotel tenebroso entre as montanhas. Olhou para mim de uma forma estranha, como se tentasse ler meus pensamentos.
– Você ainda gosta muito dele – afirmou com o tom de voz frio.
– É tão óbvio assim? – indaguei dando-lhe um sorriso tímido.
– Está estampado na sua cara – falou retribuindo o sorriso – E ele ainda gosta de você. Deu para ver no olhar dele na sexta-feira.
– Eu sei que ele gosta, mas eu o magoei muito – falei me lembrando daquela terrível noite quando lhe contei da traição – Ele nunca vai me perdoar.
– Imagino as coisas horríveis que ele tenha lhe dito quando descobriu, mas ele estava com raiva na hora. Você deveria tentar falar com ele. Eu os vi aqui várias vezes e nunca vi um casal tão apaixonado. Não deixe isso acabar assim.
– Eu tenho medo dele me rejeitar – disse passando a mão por minha franja atirando dos meus olhos.
Lorenzo deu uma risadinha e voltou a desenhar seu hotel, agora ele fazia plantas podadas em formatos de animais.
– Vou dizer algo que já disse inúmeras vezes ao Ian – ele falou desenhando um menino brincando no parquinho do hotel próximo aos animais de planta – O medo existe, mas precisamos enfrenta-lo se quisermos viver. Por quanto tempo você vai permitir que isso domine sua vida e o faça afundar cada vez mais na própria tristeza? Lute pelo que você quer.
Lorenzo agora começava a pintar o hotel com seu lápis dando ao desenho a aparência de uma foto em preto e branco. Era um desenho bonito, mas eu sabia que tinha um significado sinistro por trás daquele lugar entre as montanhas e o garoto que brincava no parquinho próximo aos animais de plantas aparadas. Foi quando percebi que os animais estavam em uma posição ameaçadora para com o garoto como se fossem saltar sobre ele a qualquer momento.
– O que está desenhando? – indaguei ao perceber o tom de terror sobre o desenho.
Lorenzo sorriu com a pergunta.
– É o Hotel Overlook do livro o Iluminado – falou sombreando o telhado – Na cena em que Danny está brincando no parquinho e os animais de arbusto o atacam.
– Eu não lembro disso no filme – falei procurando tal cena na minha memória, mas não lembrava nem mesmo dos animais.
– Por que o filme não adaptou nem oitenta por cento do livro – falou – Um livro incrível e um filme medíocre.
– O livro sempre é melhor – disse me lembrando das vantagens de ser invisível – Faz parte.
O treinador soou o apito me chamando a atenção. Me virei para a piscina e vi Daniel pulando na água acompanhado de dois alunos. Meu ex-namorado nadava bem mais rápido que ambos os garotos e chegou ao outro lado da piscina, girou e voltou nadando de costas. Ele ganhou e saiu da água. Marcelo e Théo, que estavam sentados na arquibancada, comemoraram.
– Você roubou! – disse um garoto moreno e cabelos raspados a máquina um – Pulou antes do apito!
– Deixa de ser maluco, João! – Daniel falou de forma debochada – Você que é lento igual a uma tartaruga!
João empurrou Daniel o fazendo cair no cão de mármore da piscina batendo a cabeça com força. Um punhado se sangue misturado a água tingiu parte do cabelo de Daniel.
– Para a diretoria agora! – O treinador gritou para João que parecia atônito com o que tinha acabado de fazer – E está expulso do time! Vá chamar a enfermeira, Vinicius.
O tesoureiro da escola disparou em direção a enfermaria enquanto Daniel tentava se levantar, mas o treinador o impediu colocando sua mão sobre o peito nu de Daniel.
Eu queria ter ficado ali sem que ele me visse, mas era como pedir para o sol não brilhar pela manhã. Era Daniel quem estava ferido e não outro garoto qualquer. Ele precisava de mim assim como eu precisava dele. Corri em desespero tentando chegar nele, mas fui impedido por Marcelo que me segurou pelo braço.
– Eu preciso vê-lo – falei com lágrimas escorrendo pelos meus olhos – Preciso saber se ele está bem!
– Ele precisa ficar longe de você! – Marcelo disse sem me soltar– Você só vai atrapalhar.
– Eu te dou notícias dele – Théo falou de forma amigável – Mas agora você precisa ir.
Olhei para Daniel que ainda estava deitado no chão de mármore e depois para Théo e sabia que ele tinha razão. Eu só o deixaria mais agitado e ele poderia piorar.
– Só me mantenha informado – pedi e ao ter meu braço livre, sequei as lágrimas – Por favor.
– Eu prometo – olhei nos olhos azuis de Théo e vi que ele falava a verdade.
Abracei meu antigo melhor amigo que recebeu minha demonstração de carinho com uma pontada de surpresa, mas retribuiu. Naquele momento eu senti que Théo não estava sendo falso quando disse que poderíamos voltar a ser amigos. Pude sentir que ele estava tentando esquecer tudo para que sua vida pudesse ser feliz. E eu podia sentir sua felicidade. Théo estava em paz.
– Obrigado – sussurrei.
Naquela noite não acompanhei Lorenzo para nossa reunião na cabana do zelador. Apenas voltei para meu solitário dormitório e aguardei notícias. Elas vieram em forma de mensagem no whatsapp. Ele está bem, foram só dois pontos na cabeça. Agradecia Deus ao ler a mensagem de Théo. Mais ainda assim não consegui dormir.
– Estava pensando em irmos a festa junina juntos – Giovana me disse aquela manhã enquanto levávamos nossas bandejas de café da manhã para a mesa que costumávamos sentar.
– Tradução: Ninguém te convidou – disse me sentando.
– O Patrick me chamou – Gi revirou os olhos enquanto desencapava seu canudo e o mergulhava no suco de morango ao leite.
– Ao menos alguém te chamou – disse brincando com minha salada de frutas sem a mínima vontade de come-la.
– Ouvir dizer que o Dylan iria te convidar – Giovana falou dando uma risadinha sarcástica.
– Ele que nem venha com essa palhaçada – disse retribuindo o sorriso.
Olhei para minha melhor amiga me sentindo bem como não me sentia a um bom tempo. As vezes ela tinha o dom de me fazer sentir assim. Pensei em todas as vezes em que Giovana me ajudou falando sempre o que eu precisava ouvir e não aquilo que eu queria. Em todas as vezes em que ela me sacudiu para que eu acordasse para a vida. Se aquilo não era ser amigo, eu não sabia o que era.
– Ele não é maluco – ela respondeu bebericando seu suco – Mas o que acha de irmos juntos?
– Acho que vai ser divertido – disse.
– Bom dia amores! – Théo colocou a bandeja ao meu lado e sentou-se me avaliando de cima a baixo – Desligou o modo gótico?
– Não me senti muito à vontade com aquelas roupas – falei com sinceridade – mas gostei da ideia de pintar as unhas – disse lhe mostrando as unhas pintadas de azul – Acho que combina comigo.
– E com uma Drag Queen também – zombou de forma amistosa – Daqui a pouco está se travestindo todo.
– Eu iria ficar lindo amor – disse sorrindo.
– Fico feliz que sejam amigos novamente – Giovana comentou – Vocês nunca deveriam ter se separado.
Olhei para Théo e percebi que pela primeira vez em muito tempo nós estávamos conversando sem qualquer tipo de ressentimento mágoa. Éramos apenas dois amigos como no dia em que nos conhecemos.
– E espero que seja sempre assim – Théo segurou a minha mão.
– Eu também – falei sorrindo para ele.
Ian
Entrei na cabana do zelador e ela já estava lá como sempre. Era a primeira a chegar e a última a sair. Talvez gostasse dos momentos de solidão no escuro enquanto escrevia poemas em seu caderno. Ou talvez ela apenas gostava dos momentos a sós par que pudesse refletir sobre sua vida ou algo parecido já que dividia o quarto com Irina e nunca conseguia um momento de paz.
– Oi – disse me sentando em um canto escuro da cabana para que ela não conseguisse me ver, mas ela sempre conseguia.
– Aconteceu de novo. Posso ver em seus olhos – disse com a voz baixa quase que em um sussurro – Vai me contar agora?
Olhei para Roberta que tinha o rosto envolto pelo usual capuz negro. Seus cabelos dourados escapavam por ele dando-lhe uma aparência ainda mais misteriosa assim como seus olhos azuis que brilhavam intensamente até mesmo sobre a mais fraca luz.
– Não aconteceu nada – menti lutando para manter as lágrimas que tentavam escorrer por meu rosto a medida que eu me lembrava do que houve depois da festa de Pedrinho.
A forma nojenta como Izac veio até mim e se satisfez me deixava com vontade de vomitar. Odiava aquilo mais que qualquer coisa do mundo. Serrei os punhos com a lembrança e franzi as sobrancelhas. Queria bater em algo ou em alguém. Talvez isso ajudasse a extravasar os sentimentos ruins que eu sentia.
– Isso que você guarda ai dentro vai te destruir aos poucos, Ian – Roberta falou – Me deixe te ajudar.
– Vai encher o saco de outro! – falei me levantando do chão – Ou talvez você precise de um namorado para te comer. Talvez assim você deixe de tomar conta da vida dos outros.
– Vai ser assim então? – ela indagou cruzando os braços – Vai continuar agindo dessa forma agressiva?
– Não vou ficar para porra de reunião nenhuma hoje – falei abrindo a porta da cabana – E nem pense em vir atrás de mim por que eu não estou a fim de conversar com você.
– Como quiser, Ian – ela disse voltando a atenção para o caderno – Mas saiba que sua atitude só afasta as pessoas e um dia você vai precisar de alguém.
Não respondi e apenas passei pela porta batendo-a com força. Caminhei pelo campus da escola sem rumo. Apenas andava de um lado para o outro passando pela quadra coberta, prédio principal e a piscina onde um dos alunos era atendido pela enfermeira. Eu conhecia aquele garoto, era Daniel. Ele tinha um corte na cabeça e a enfermeira fazia um curativo e ao ajudava a levantar. Procurei em volta para ver se achava Bernardo, mas ele não estava ali. Foi quando ao longe eu vi Lorenzo sair por debaixo da arquibancada e ir em direção a escola. Sabia que ele gostava de assistir aos treinos de natação, mas imaginei que ele ficava sobre a arquibancada como qualquer um e não escondido nas sombras. Achei aquilo interessante, mas não dei muita importância. Continuei andando e acabei em uma parte isolada no terreno da escola onde quase ninguém ia, pois não havia nada lá além de uma laranjeira.
Sentei-me aos pés da arvore e fiquei olhando o sol se pôr atrás da escola. Era bonita a forma como o sol poente escondido atrás da escola projetava longas sombras negras sobre o terreno irregular e cheio de grama da escola. Alguns alunos andavam de um lado por outro sempre em grupos. Eles eram felizes e tinham uma vida da qual se orgulhar, mas eu era apenas um cara fodido. Queria voltar para casa munido de um fuzil e acabar com Jair e com Izac, mas não tinha coragem. Sabia que minha mãe e Pedro iriam me odiar por isso. Afinal de contas quem acreditaria que o excelente pai de família e o filho prodígio eram na verdade dois filhos da puta que abusavam do garoto depressivo e problemático? Acho que todos iriam penar que eu estava inventando aquilo para chamar a atenção. Afinal de contas fazia sentido.
Ás vezes eu penso que se meu pai ainda estivesse aqui, minha mãe nunca teria se relacionado com Jair e a cabeça de Izac não seria uma bagunça. Talvez eu também não fosse essa pessoa triste que com uma enorme raiva homicida crescendo dentro de mim. Não lembro muito do meu pai, pois ele faleceu quando eu tinha três anos. Na verdade eu tenho apenas uma lembrança de nós no seu carro indo para algum lugar do qual não me lembro. Sua música preferida tocava no rádio e ele cantava a plenos pulmões enquanto eu tentava acompanha-lo. A música era Dezesseis do Legião Urbana. Minha mãe dizia que meu pai era um grande homem. Que amava seus filhos e sua esposa. Faria tudo para manter a família unida e segura. Mas como dizia uma outra música de sua banda preferida, Legião Urbana: “Os bons morrem jovens”. E um câncer no cérebro o levou. O nome da música era Love in the afternoon.
– Está com frio? – uma voz chamou minha atenção. Ergui os olhos e um garoto branco de com cabelos e olhos castanhos me olhava de forma simpática. Eu já o tinha visto antes na escola.
– Um pouco – disse ao perceber que havia escurecido e eu tremia.
O garoto despiu-se do seu moletom vermelho com capuz e me entregou. Olhei para ele estranhando tanto seu ato de bondade como o simples fato ele estar dirigindo a palavra para mim.
– Pode pegar – ele falou com um sorriso lindamente divertido.
– Mas e você? – indaguei olhando-o nos olhos castanhos brilhantes.
– Eu estou com um pouco de calor – falou dando de ombros – E também te achei bem bonito.
– Bonito? – indaguei como uma criança carente.
Peguei o casaco daquele garoto e o vesti sentindo seu perfume amadeirado. O tecido era macio e quente me causando arrepios. Ele sentou-se ao meu lado em uma proximidade intrigante.
– Bem bonito aliás – repetiu com as bochechas corando – Me chamo Dylan.
– Ian – respondi corando.
– O que faz aqui tão longe? – indagou com aquele tom de voz doce.
Dei uma risadinha me espantando com a forma como parecia abobado.
– Gosto de vir aqui para pensar – falei tentando soar indiferente – E você?
– Gosto de correr antes de ir para a cama – falou. Foi quando percebi que ele usava um short e um tênis de corrida – Faz bem para o corpo. Por falar nisso, eu tenho que ir andando. Tenho que dar mais uma volta na escola antes do sinal tocar. Foi um prazer te conhecer, Ian.
Ele se levantou e começou a correr.
– O seu casaco! – Gritei para ele.
– Depois você me devolve! – ele gritou de volta – Até mais!
Ele acenou para mim e eu acenei de volta. Era estranho que pela primeira vez um garoto parecia ter se interessado por mim. Um garoto bonito e gentil que não tinha nada a ver com minha família problemática.
Théo
– Só quero saber quando você vai me chamar para ser seu par na festa junina – indaguei enquanto penteava meu cabelo naquela noite.
– Sabe que eu acho essas festas bobeira – Marcelo disse sem desviar os olhos de seu livro.
– Deixa de ser estraga prazer – disse colocando a escova na pia – Vai ser divertido.
– Claro que vai! – Marcelo revirou os olhos – Quem não gosta de se vestir de jeca com um chapéu de palha ridículo e uma maquiagem tosca? Sem falar que isso é perpetuar um estereótipo negativo.
– Deixa de ser chato, Marcelo – disse me deitando na cama ao seu lado.
Ele colocou seu livro na pesa de cabeceira e se postou sobre mim me roubando um beijo intenso e apaixonado.
– Vou te mostrar quem é chato! – Seus beijos foram descendo de minha boca para o pescoço me arrancando gemidos baixos de prazer.
Marcelo passou as mãos por meu corpo até os quadris onde puxou minha camiseta para cima e a arrancou de meu corpo. Seus lábios percorreram meu peito enquanto minhas mãos vorazes passavam por suas costas tirando sua camisa.
– Eu te amo – Sussurrei entre um gemido e outro.
– Eu também te amo – Marcelo falou tirando minha bermuda.
Ele tirou a dele revelando seu pênis de dezoito centímetros ligeiramente curvado para a esquerda. Segurei seu membro rígido sentindo suas veias salientes pulsando em minha mão. Ficamos de joelhos na cama e nos beijamos colando nossos corpos nus um no outro. Nossos paus se uniram e eu os envolvi com minhas mãos tocando punheta para ambos. Marcelo gemia e mordia meus lábios com muito desejo.
Desci meus lábios por seu corpo forte e rígido daquele garoto, apreciando cada curva de seus poucos músculos. Minha boca chegou em seu umbigo e com um beijo, Marcelo se curvou de tesão. Olhei para ele de baixo para cima deixando transparecer todo o tesão que sentia em meu olhar. Marcelo sorriu de forma safada e eu abocanhei seu pau. No início chupei somente a cabeça protuberante daquele membro rígido, mas logo meu tesão aumentou e eu passei a engolir toda a dimensão daquele pau gostoso.
Marcelo gemia baixinho para que ninguém nos quartos ao lado escutasse e aquilo me deixava ainda mais louco. Fiquei de quatro para chupa-lo melhor e ele agarrou minha bunda com tanta força que me doeu de uma forma divinamente gostosa. Marcelo massageava minhas nádegas com tesão e começou a introduzir seu dedo médio em mim. Comecei a gemer com seu caralho na boca e o dedo no meu cu. Marcelo inseria e retirava o dedo me deixando louco de desejo. Eu segurava a colcha da cama com força para evitar que eu gritasse.
– Chupa meu cu – pedi com a voz esganiçada pelos gemidos.
Marcelo então saiu da minha frente e ergueu minha bunda para que ficasse empinada. Apoiei minha cabeça em um travesseiro e deixei que ele fizesse o trabalho. Marcelo beijou minha bunda e depois colocou a língua em meu cu que latejava querendo aquele homem dentro de mim. Ele puxou minhas pernas para o lado, para deixa-las mais abertas e introduziu a língua em meu cu. Eu gemia enlouquecido. Tinha esquecido como aquilo era bom.
– Quero te comer – Marcelo falou.
Apenas sacudi a cabeça permitindo. Marcelo então foi até sua mochila e tirou um tubo de lubrificante denunciando que ele já estava planejando aquilo. Abriu e passou aquele creme gelado no meu cu que piscava. Passou mais um pouco em seu pau e apontou para meu cu. Houve um pouco de resistência no início, mas logo ele não desistiu. Continuou a me penetrar até que toda a sua cabeça entrasse e depois toda a extensão daquele membro maravilhoso.
– Me come seu filho da puta! – quase gritei quando ele começou as estocadas gentis – Me come com força!
Marcelo então deu um tapa na minha bunda e aumentou a intensidade. Me comia com ignorância me deixando louco de desejo. Me xingava de piranha, puta entre outras coisas enquanto seu pau entrava e saia do meu cu que pedia cada vez mais dele dentro de mim.
Ele deitou na cama e eu sentei por cima dele. Comecei a cavalgar sentindo uma ardência deliciosa conforme seu pau entrava e saia de meu cuzinho. Marcelo segurava minha bunda com força enquanto nos olhávamos com tesão. Ficamos assim um bom tempo até que ele anunciou que iria gozar.
Sai de cima de sua piroca e voltei a chupa-lo com intensidade. Marcelo gozou fartamente em minha boca me fazendo apreciar o sabor amargo e quente daquele liquido espeço. Era tanta porra que parte escorreu por seu pau, mas eu fiz questão de lamber tudo e engolir. Marcelo olhou para mim com um olhar safado e eu engatinhei até ele o beijando. Comecei a me masturbar e gozei em sua barriga. Deitei-me aio seu lado logo em seguida.
– Quer ir comigo na festa junina? – ele indagou arfando.
– Quero – respondi apoiando minha cabeça em seu peito nu.
Marcelo beijou minha cabeça de forma terna enquanto passava suas mãos fortes em minhas costas nuas.
– Eu te amo muito, Théo – sussurrou.
– Eu também te amo, Marcelo – respondi – Sempre amei.
Achei que eu amava Dylan, mas o que eu senti por ele não chega aos pés do sentimento que eu tenho por Marcelo. Aquilo sim era amor verdadeiro. Igual ao que Bernardo sentia por Daniel. Um amor irracional que nos arrebatava desta vida e nos levava a um universo onde somente os dois amantes existem. Era assim que eu me sentia com Marcelo e provavelmente era assim que Daniel e Bernardo se sentiam quando estavam juntos.
– No que está pensando? – Marcelo indagou afagando minha cabeça com a ponta de seus dedos.
– Em amor – murmurei – Em como eu te amo e em como Daniel e Bernardo se amam.
– E a que conclusão chegou? – perguntou com sua voz doce de veludo.
– Que nós erramos quando nos separamos da primeira vez – falei acariciando sua barriga suja de gozo – E que talvez Bernardo e Daniel estejam cometendo o mesmo erro. Mesmo com a traição. Eu vejo nos olhos de Bernardo o quanto ele se arrepende. Ele está perdido sem o Dani. Hora está com aqueles góticos, hora conosco, mas a maior parte do tempo ele está sozinho sem saber quem é. Isso é triste.
– E o que pretende fazer? – Marcelo beijou minha cabeça.
– Falar com Dani – respondi beijando seu peito – Também vejo o quanto meu irmão sente falta dele. Ambos estão sofrendo muito sem o outro. Eles nasceram para ficarem juntos e agora eu vejo isso.
– Espero que esteja certo.
– Eu também – falei.
Marcelo voltou a afagar minha cabeça até que eu adormeci.
...
Bem gente, sei que ultimo capitulo foi bem pesado e deve ter sido um sofrido de ler. Fui muito sofrimento de uma vez, mas eu precisava contar a história desse novo personagem. Espero que vocês gostem do Ian assim como gostam de Daniel, Bernardo e Théo.
Espero que tenham gostado de mais esse capitulo e até o próximo.