Amor Incondicional ? Cap.6
Cap.6
- Me promete uma coisa ? - pediu ele.
- O que ?
- Que você não vai parar a sua vida por causa dele - falou, colocando as Mãos dele sobre as minhas -você tem amigos. Você tem a mim... Se ele não quer continuar a ser seu amigo, problema dele. Você tem outros amigos fiéis - falou, com os olhos brilhando enquanto olhava pra mim.
- Obrigado pelo apoio Michel - falei, bagunçando o cabelo dele, fazendo ele sorrir.
- Quer sair comigo ?
- O que ?
- Sei lá. Ir ao cinema... Se divertir. Vamos ?
- Michel... Eu... - ele me interrompeu.
- Não aceito não como resposta. Estarei na sua casa às 19hrs.
- Mas... - ele não deixou eu responder. Deu um beijo no meu rosto e saiu andando. Definitivamente eu não sentia nada por ele além de simpatia. Mas era uma grande verdade que ele estava se comportando como um cavalheiro.
TEMPO DEPOIS
Quando cheguei em casa, me sentei em uma cadeira ao lado da janela. E fiquei lendo um livro, como uma forma de me distrair. Por longos minutos olhava a janela ao lado, me lembrando dos dias em que ficávamos conversando através das janelas lado a lado. Meu coração doía, de tão apertado que estava. Doía muito mais o fato de não ter mais meu melhor amigo. Doiam os meus sentimentos. Doía a minha mente, com a frequente dúvida sem resolução.
MINUTOS DEPOIS
O horário que Michel havia marcado se aproximava, e eu decidi me arrumar para o tal encontro. Não estava muito animado, mas vi ali uma forma de me divertir um pouco e esquecer por algum tempo aquele acontecimento. Vesti uma camisa azul, com uma grande estampa no meio e um jeans que eu gostava bastante. Coloquei um tênis azul, e então fiquei esperando. Não demorou muito e recebi uma mensagem sua.
Estou aqui fora...
Desci as escadas e quando sai, vi ele parado, escorado num carro.
- Olha só, você está lindo ! - falou, vendo eu me aproximar.
- Valeu, você também está - ele vestia uma camisa de mangas compridas, bem colada ao seu corpo e uma calça jeans.
- Vamos ?
- Sim... Vamos
TEMPO DEPOIS
Ao chegar lá, me animei um pouco. Mas ao mesmo tempo em que tentava me empolgar, a sensação de tristeza batia novamente a minha porta. Parecia que tudo havia sido colocado milimetricamente para me fazer lembrar dele a cada minuto. Parecia que todos os gerentes o conheciam, e haviam exposto tudo o que ele gostava nas vitrines. Eu não parava de lembrar dele.
- Olha, que Skate bacana ! - dizia, parando numa loja - você sabe andar ?
- Não...
- Oba, então eu posso ensinar... Qualquer dia desses ensino você a andar de Skate...
- Ou seja, você vai rir muito dos meus tombos
- Kkkkk nem tanto.
Fomos até a bilheteria e ele escolheu um filme de comédia.
- Aqui está ! - falei, tirando o dinheiro para pagar o ingresso.
- Não precisa, eu pago - falou, entregando uma nota.
- Mas eu não quero que você pague... - ele riu.
- Acostume-se - pegamos os ingressos e fomos comprar algumas guloseimas - eu gosto de pagar as coisas para as pessoas que gosto...
TEMPO DEPOIS
Na sala do cinema, enfim eu consegui me distrair um pouco. O filme era bem engraçado e me arrancava muitos sorrisos.
- Você viu isso ? - perguntava eu, rindo.
- Vi... - não demorou muito e eu percebi que ele me olhava - o que foi ?
- Nada. É bom ver você sorrir... - dizia, brincando com os meus dedos. Instantaneamente ele me deixou envergonhado. Michel tinha esse defeito. Era extremamente desinibido. Me deixava envergonhado e surpreso com suas atitudes. Era corajoso. E se mostrava um ótimo garoto.
- Pare de olhar pra mim e vamos ver o filme ! - ele riu, voltando a se concentrar no filme.
TEMPO DEPOIS
Perto das 23hrs, ele estacionou novamente o carro na frente da minha casa. Olhou pra mim, sorriu. Me envergonhou novamente.
- Da próxima não vou deixar você pagar tudo pra mim !
- Já disse que você deve se acostumar... - olhou a distância para a casa - creio que sua mãe já deve estar preocupada, é melhor você ir.
- Sim... - abri a porta do carro, e quando estava prestes a sair, ele me puxou novamente e me abraçou.
- Obrigado por fazer a minha noite legal. Você é importante pra mim, Gabriel... - de longe, vi o rosto de Pedro nos olhar. Fazia uma cara feia indescritível.