Amando O Cara Errado 14

Não sabia que era possível ser tão feliz assim. Eu to que é só sorrisos. Xande é... Maravilhoso. “Maravilhoso” é a palavra que vem a minha cabeça quando tenho que descrevê-lo. Maravilhoso e meu! Meu namorado! Nem preciso dizer que estou nas nuvens, né?

Acordo no dia seguinte com ele me beijando. Sim, com um dia de namoro... Ou melhor, horas de namoro, eu já dormi com ele. Digo, na casa dele. Ele pediu pra eu ficar com uma carinha tão linda que não pude dizer não.

Eu – Bom dia.

Xande – Bom dia bebê.

Diz por cima de mim, me beijando novamente.

Eu – Que horas são?

Xande – Cedo. Bem cedo... É que não consegui dormir direito.

Eu - Por que? O que houve?

Xande – Sabe... Meu namorado gato dormindo do meu lado... Tirando meu sono...

Eu – A é?

Xande – Como vou conseguir dormir e se só consigo pensar em te agarrar?

Eu riu.

Xande – Não é pra rir. Olha como você deixou o “Xandinho”.

Ele pega minha mão e põe sobre sua cueca, me fazendo sentir o seu membro duro.

Caralho! “Xandinho” é modéstia dele, não tinha nada de “inho” naquilo.

Ele me olha com um sorriso safado e me agarra.

O clima ta esquentando... E escutamos batidas na porta.

Nossa, o susto foi tão grande que me levanto bruscamente e acabo caindo da cama.

Marta – Xande, não vá se atrasar pra aula.

Xande – Tá mãe, já to acordado.

Ele dizia entre risos. Risos de mim obviamente.

Xande – Você ta bem?

Ele dizia me ajudando a levantar.

Eu – Sim, sim... Eu vou pra casa tomar banho e me arrumar pra aula...

Sabem, eu queria muito que a Dona Marta não tivesse aparecido. Queria fazer cento e cinqüenta mil sacanagens com o Xande, mas... Mas, a gente começou a namorar ontem. Pode parecer muito “princesinha garotinha idiota”, mas eu quero que minha primeira vez com ele seja especial. Sexo por sexo com caras aleatórios eu já fiz bastante, mas nunca com alguém que fosse especial pra mim.

Pensando por outro lado, a interrupção da mãe do Xande, foi uma coisa boa.

Depois que me arrumo, vou pra porta de casa esperar por ele, que logo vem.

Xande – Tudo pronto Luke?

Eu – Sim.

Digo sorrindo.

Xande – Nossa, você sorrindo a essa hora da manha?

Eu – Hm... Tenho os meus motivos.

Xande – Posso saber quais são seus motivos?

Eu – Na verdade, é motivo, um apenas... Você.

Digo envergonhado.

Ele segura minha mão e fala.

Xande – Você é razão dos meus sorrisos desde o dia que te conheci.

E me dar um selinho rápido.

A rua em que moramos não é movimentada, mas mesmo assim, melhor não arriscar.

Eu – Mesmo quando eu quebrei teu telefone?

Digo quebrando o clima “meloso”.

Xande – Não, não. Aquele dia eu queria te arrebentar.

Ele diz rindo alto.

Eu – Graças a Deus que não bateu. Olha o tamanho desses braços! Acho que teria morrido.

Xande – Relaxa que agora esses braços serão usados apenas pra te proteger, te abraçar, te agarrar...

Diz novamente com aquele sorriso safado.

Eu – Vamo logo!

Subo na moto e “partiu” faculdade.

Como saímos de casa cedo, quando chegamos na faculdade, nossa classe ainda estava vazia. Fomos aos nossos lugares habituais, que agora eram no fundo da classe, onde só nós ficávamos. Vocês a cada novo semestre, mais pessoas desistem. Grande parte do “Esquadrão Idiota” e do “Exercito de Vagabundas” tinha desistido ou trocado de turno, curso... Enfim, tava bem tranqüila.

Mas não pensem que porque sentamos lá no fundo, deixamos de prestar atenção nas aulas.

Xande – Luke...

Eu – O que?

Xande - ... Como a gente fica? Digo... Quanto ao Status.

Eu – Não to entendendo o que você quer dizer.

Xande – Assim, a gente ta namorando. Eu sei disso e você sabe, mas digo, e os outros? Temos que contar pra eles?

Ele pergunta confuso.

Eu – Não... Nosso relacionamento é algo só nosso Xande. Ninguém precisa ficar sabendo. Mesmo assim, é tudo muito novo, pra você e pra mim também. Eu já saí com alguns caras, mas você é meu primeiro namorado. Ninguém sabe sobre mim, nem meus pais.

Xande – Não sei como minha mãe reagiria... Não que a forma que ela reagisse fosse me afastar de você, mas não queria deixar ela triste. Você e ela são meu mundo, desapontar um de vocês seria pior que a morte.

Eu – Tua mãe é muito bacana Xande. Tenho certeza que ela vai entender, não esquenta com isso...

Após isso, o resto dos alunos começaram a chegar e nós mudamos de assunto.

Começou o período do semestre que eu mais odeio: Os seminários.

Tenho muito, muito ódio! Pra piorar seriam duplas. Se em grupo já ruim, imagina só duas pessoas!

Como desgraça pouca é bobagem, meu parceiro é o Junior. Juro que não tive culpa, foi o professor que escolheu. Tentei questionar, mas não deu em nada.

Nem preciso falar como o Xande ficou, né? Passou a aula toda calado. Eu tentava puxar assunto, mas ele não respondia ou respondia friamente.

Porra! Eu não pude fazer nada. Não foi minha escolha. Se pudesse, claro que faria com ele! Não é justo ele ficar com raiva de mim, me tratar dessa forma por algo que vai alem das minhas vontades.

Também não falei mais nada.

Quando voltamos, ele pega o capacete da minha mão e entra em sua casa sem falar nada.

Eu penso em ir pra casa, mas decido confrontá-lo. Também entro em sua casa e sigo pro seu quarto.

Ele estava trocando de roupa.

Tava tão magoado que nem ligo pro seu corpo ali, semi nu na minha frente.

Xande – O que?

Ele diz com o mesmo tom frio.

Não é querendo passar a imagem de fraco, mas eu tava querendo chorar. Eu nunca fiz o tipo chorão, mas sabem, quando a pessoa que a gente gosta começa a tratar a gente com desprezo... Dói.

Eu – Vai ser assim mesmo? Você vai ficar me tratando dessa forma por algo que eu nem tive culpa?

Xande – Mas não fez nada pra impedir!

Eu – Não fiz nada? Eu falei com o professor, mas ele não deixou eu mudar de parceiro!

Xande - ...

Eu – É só a porra de um trabalho Alexandre!

Eu falo bravo.

Ele fica encarando o chão.

Xande – “A porra de um trabalho” que você vai fazer com o cara que você gosta...

Ele resmunga baixinho.

Eu – Um dia... A gente ta namorando só a um dia e você já desconfia de mim...

Xande – Eu não...

Eu – Como é que isso pode dar certo Alexandre?

Xande – Não, não chora... Me perdoa. Eu to agindo feito idiota. Mas me entende, essa situação é difícil pra mim. Eu sou muito ciumento e já te vi chorando por aquele babaca Luke!

Eu – Isso foi a muito tempo Alexandre! Ele é um amigo, mais nada!

Ele seca minhas lagrimas.

Xande – Me desculpa. Não fica assim.

Ele me abraça.

Eu – O que eu te disse ontem, foi pra valer. Nem todos os ‘Juniors’ do mundo fariam isso mudar.

Xande – Eu sou um merda mesmo! Mal começamos a namorar e já te fazendo chorar.

Ele diz triste.

Xande – Eu te disse que sempre estrago meus relacionamentos... Você vai acabar se cansando de mim... Como todo mundo.

Ele me solta de seu abraço, senta na cama.

Fico de joelhos em sua frente.

Eu – Alexandre, olha pra mim!

Ele me encara com aqueles belos olhos cheios de lágrimas.

Eu – Eu te amo. Eu nunca vou me cansar de você. Você é meu, pra toda vida. Lembra o que você me prometeu aquele dia no meu quarto, apos a festa da Raquel?

Xande – Prometi que não iria te abandonar, nunca.

Ele diz ainda triste.

Eu – Isso mesmo! Agora eu te prometo isso Alexandre. Eu nunca vou te abandonar, nunca! Eu sei das suas dificuldades, você foi bem honesto comigo sobre isso. Nós vamos trabalhar isso, vamos crescer, juntos! Agora nunca mais duvide do amor que eu sinto por você.

Quando acabo de falar, ele desaba. Me abraça e fica chorando com a cabeça no meu ombro, se desculpando.

Muitos podem achar estranho um cara gigante, másculo, com cara de mal chorando feito criança, mas eu acho lindo esse jeito mais “sensível” do Xande.

Eu amo demais meu ogro. Amo... Mesmo que ele não tenha me dito isso também.

Continua.

Tau, Fred12, Ru/Ruanito, Ivy SB, A&M, ale.blm, hyan, Guiinhoo, Vi(c)tor , LC..pereira, Kreebys,

LucasBH, Maluco Apaixonado2, Martines, PraQueNome, ¥¥david¥°, JUJU_gordinha_sapeca, grande abraço queridos.

Como disse na parte anterior, novo capitulo, no próximo sábado.

Não esqueçam de votar e comentar e até a próxima!