Apaixonado pelo Diabo - XXII

Capitulo vinte e dois: Festa

Davi

Duas semanas depois do que ocorreu na delegacia, Lucas voltou para a escola. Ele tentava não me olhar, mas as vezes ele não podia evitar assim como eu. Olhava aquele que um dia me fez sentir-me tão bem que nada no mundo importava. Me lembrava de nossos beijos e de nossas declarações de amor com nojo. Sentia meu estomago se revirar ao me lembrar de seu toque quente em meu corpo frio.

– Posso ir no banheiro professora? – Indaguei demonstrando a ânsia de vomito – Estou passando mal.

Ela me permitiu e eu corri para o banheiro mais próximo. Normalmente eu iria naquele meu banheiro particular ao lado da sala dos professores, mas eu não conseguiria ficar naquele lugar sem desabar novamente. Havia chorado todos os dias desde que terminei com Lucas e não queria chorar na escola. Pelo menos não naquele momento.

Em casa a situação estava no mínimo estranha. Meus pais sabiam que eu era gay, me aceitavam e não faziam qualquer comentário maldoso sobre minha orientação sexual. Esse era o meu sonho, mas não era esse o problema. Não omiti nenhum fato daquilo que ocorreu na delegacia para eles e eles me agradeceram por isso. Contei da traição de Lucas e o que fiz com ele no motel. O que acontece, é que meus pais queriam processar o Delegado Figueiredo enquanto eu só queria que toda a situação fosse esquecida. Discuti feio com meu pai a respeito disso, mas no final ele aceitou minha decisão embora passeasse pela casa de cenho franzido.

– Davi! – Meu irmãozinho correu para me abraçar no momento que me viu descer do carro na madrugada.

Ao vê-lo corri em sua direção também e nos abraçamos com tanto amor que começamos a chorar ao mesmo tempo. Daniel não conseguia dizer nada e nem eu, mas não precisava, pois nenhuma palavra no mundo poderia expressar a imensidão do amor que sentimos um pelo outro.

Dona Vilma disse a nossos pais que Daniel não saia da janela do quarto de Miguel, no segundo andar, na esperança de nos ver chegar. Disse que tentou faze-lo comer e brincar para distrair a cabeça, mas o menino recusou tudo querendo apenas esperar pela família. Daniel tinha outras coisas a acrescentar a história como o fato de Dona Vilma ter falado com ao telefone com uma das vizinhas a Dona Adelaide, que eu estava sendo preso por que fiz alguma merda muito grande e que Daniel tinha confirmado tudo! Ela também se esqueceu de contar que ficou comentando dentro de casa que sempre soube que eu não prestava e que me fazia de santinho, mas desde que eu era criança, ela sabia que eu seria problema. Omitiu também que ficou indagando a Daniel sobre qual era o motivo da minha prisão e que não iria dizer a minha mãe que tinha lhe contado. Minha mãe ficou furiosa com ela e foi tirar satisfação. Ela gritou com a vizinha no meio da rua o que fez com que todos os outros vizinhos fossem ver o que estava acontecendo. Eu e meu pai tivemos de ir busca-la na rua, pois estava se expondo demais.

A dois meses, a professora de biologia, passou um trabalho para ser feito em dupla. Eu olhei para Gabi e ela olhou para mim nos comunicando silenciosamente que iriamos faze-lo juntos. Não sei se alguém lá em cima está de sacanagem com a minha cara ou se o diabo não estava satisfeito com tudo aquilo que já tinha me feito por que aquela maldita daquela professora resolveu sortear as duplas e como eu sou um cara sortudo, Lucas e eu fomos sorteados juntos.

– Professora, eu falei com a Milena e ela não se importa de fazer o trabalho com Lucas. Posso fazer com a Gabi? – Indaguei ao final da aula.

– O intuito do sorteio é faze-los se aproximar de pessoas que vocês não tem muita intimidade – ela argumentou – Você e Lucas tinham bastante sintonia, mas de uns tempos para cá se distanciaram e talvez essa seja a chance para se reaproximarem.

– Eu não vou posso fazer o trabalho com ele professora – insisti – Me deixe trocar por favor.

– Por favor professora – Gabi interveio – Eles namoraram e depois...

– Não me importo com o que aconteceu entre vocês dois – ela interrompeu Gabriela – Vocês terão de resolver isso e trabalhar em equipe para me entregar o trabalho e essa é a minha palavra final!

Saímos da sala de aula revoltados e resmungando sobre como a professora era idiota e incompreensiva. Percebi que Lucas me esperava no portão da escola, mas o ignorei ao menor sinal de que ele quisesse falar comigo e fui embora o mais rápido que pude na companhia de Daniel.

– Podemos fazer o trabalho na minha casa se quiser – ele se sentou ao meu lado no recreio se aproveitando que Gabi não havia ido à escola por conta de uma consulta médica que tinha – Pode ser na sexta depois da aula.

Fechei o livro de biologia que foleava instantes antes e simplesmente me levantei da mesa de madeira do pátio, mas ele veio atrás de mim e se postou em minha frente. Ele sorria como se estivesse tudo bem entre a gente. Seu olhar era o mesmo olhar animado, bondoso e carismático do dia que o conheci o que contrastava com o olhar furioso que conheci na delegacia.

– Eu sei que tivemos algumas diferenças, mas estou querendo recomeçar com você – ele propôs como se não fosse nada demais.

– Diferenças? – indaguei sentindo aquele ódio mortal que guardava dentro de mim desde aquela noite e que estava louco para deixar explodir em cima dele – Você me traiu! Me humilhou na frente dos meus vizinhos e da minha família! Você me fez de otário e agora vem me dizer que tivemos “algumas diferenças”. Que eufemismo fodido esse seu!

– Eu errei Davi. Reconheço isso e te peço perdão novamente, mas temos que deixar isso de lado se quisermos entregar esse trabalho.

– O trabalho vai ser o seguinte! – Disse com chama nos olhos – Eu faço o meu e você faz o seu. Prefiro levar um zero a ter que ser seu parceiro.

O empurrei e fui embora para o banheiro que evitei durante todos aqueles meses desde que terminei com Lucas. Me tranquei na cabine, me sentei no vaso sanitário e desabei em lágrimas, mas não lágrimas de tristeza e sim de raiva por ele reduzir tudo aquilo que fez comigo a “algumas diferenças”. Eu o odiava mais ainda por falar comigo como se tivéssemos apenas tido uma leve discussão. O odiava ainda mais por me fazer tocar nele novamente e me fazer sentir aquele peito rígido que tanto desejei. O odiava mais ainda por me fazer buscar um lugar para poder chorar. E o odiava ainda mais por esse lugar ser o banheiro que estava impregnando de lembranças de Lucas.

No último mês, todos falavam sobre festa de Thiago e que este ano seria melhor que no ano passado, pois desta vês ele estaria completando dezoito anos e seu tio rico daria uma festa para ele. Não fui na sua festa no ano anterior, pois ainda estava mal pela morte de Eduardo, mas ouvi os comentários de que a festa tinha sido incrível. Me lembrava também da festa de Thiago no ano antes da morte de Eduardo, aquela à qual Eduardo e eu fugimos de casa para ir e nossos pais foram atrás de nós. Não ficamos mais que três horas na festa, mas me lembro de termos nos divertido como nunca. Era uma terça-feira quando decidi sair da escola e pegar o ónibus para ir ao Madureira Shopping. Eu estava sentado no banco mais alto olhando pela janela no ônibus quando ele parou em Engenho de Dentro e eu o vi embarcar. Arthur olhou para mim e entreabriu a boca. Pode ver que ele hesitou um pouco em continuar quando acenei para ele e lhe indiquei um lugar vazio ao meu lado. Porém ele optou por me ignorar.

Normalmente eu deixaria para lá afinal eu nem conhecia aquele garoto direito, mas senti algo diferente que me impulsionou a levantar quando o ônibus deu partida e eu me dirigi ao seu lado e me sentei.

– Oi – disse sem graça – Já faz muito tempo.

– Verdade – Respondeu com o tom de voz indecifrável.

Ele olhou para mim de relance e seus olhos azuis se encontraram com os meus castanhos fazendo meu rosto corar.

– Você está muito bem – Disse a ele me referindo ao fato que nos últimos sete meses, ele tenha crescido bastante.

– Você também está ótimo – ele devolveu a gentileza revelando que sua voz tinha ficado uma ou duas oitavas mais grave embora ainda mesclasse com aquele tom infantil que tinha quando o vi pela primeira vez – Como tem passado?

Não sei se consegui esconder a surpresa ao vê-lo corar um pouco com a pergunta, mas sei que não consegui conter o meu sorriso.

– Muito bem – respondi sem saber se era realmente verdade, pois apesar de eu estar recuperando minha vida e meus amigos, eu ainda tinha de ver Lucas todos dos dias – E como você está?

– Estou levando – respondeu com sinceridade fitando os dedos aos quais ele estalava – Me desculpa pelo que lhe disse na delegacia. Não queria que sentisse pena de mim.

– Você precisava desabafar – falei me lembrando da vida daquele garoto e de como ela era cheia de dor – Não precisa de desculpas.

– Eu peço desculpas também por ter dormido nos seus braços – ele disse corando ainda mais – Mas eu estava exausto.

– Shiii – disse segurando suas mãos as quais ele estalava os dedos. Devo confessar que me senti estranho com isso, pois tive aquela mesma sensação de que poderia superar qualquer dificuldade. Senti também seu corpo próximo ao meu e tive de resistir a vontade de beijar aquele garoto – Não precisa se desculpar – disse sem me lembrar exatamente sobre o que falávamos.

Arthur me olhava profundamente nos olhos como se estivesse hipnotizado e ao contrário de mim, ele não resistiu e se inclinou lentamente em direção a mim repousando aqueles lábios gentis nos meus. Aquele foi de longe o beijo mais suave que recebi em toda a minha vida. Ele se afastou de mim e continuou a me olhar como se procurasse por algo familiar em meu rosto que o fez me beijar, mas pelo seu olhar de incompreensão, eu pude ver que ele não encontrou.

– Me desculpe – pediu novamente – Não sei o porquê fiz isso.

– Sem problema – respondi revelando um sorriso de orelha a orelha que fez Arthur gargalhar me fazendo acompanha-lo logo em seguida – Você vai para onde?

– Eu tenho uma consulta perto do Madureira Shopping – ele respondeu.

– Eu vou para lá – lhe disse com um sorriso – Nós poderíamos almoçar no shopping para nos conhecermos melhor.

– Eu adoraria – ele disse sorrindo. Seu sorriso era lindo, mas ao julgar pelo tremular de seus lábios, ele não devia fazer isso a muito tempo.

E foi assim que nós começamos a nos relacionar. Depois de sua consulta, ele me ligou e eu o esperei na porta do shopping depois de ter comprado a camisa de Thiago. Nós almoçamos em uma pizzaria e conversamos sobre diversas coisas exceto sobre o que fez com que nos conhecemos. Arthur gargalhava sempre que eu dizia algo engraçado e eu achava lindo. Depois ele me confessou que não ria a algum tempo por causa dos problemas na casa dele aos quais ele não quis se aprofundar. Depois fomos juntos para casa e eu o deixei na porta de sua casa e nos despedimos com um beijo.

Não seria exagero nenhum dizer que passamos horas no Whatssapp aquela noite conversando sobre banalidades e sobre nosso próximo encontro que aconteceria na sexta-feira. Quando contei para Gabi o que havia acontecido, ela ficou um pouco receosa por se tratar do ex de Lucas, mas ela também disse que ele parecia ser um bom garoto. Conclusão: ela não apoia e nem reprova nossa relação. Apenas me pediu para ter cuidado.

Na sexta, nós fomos ao cinema e não vimos o filme, pois nós só nós beijávamos. Devo confessar que ele até tocou uma punheta para mim discretamente. Depois eu lhe deixei em casa novamente e fui recepcionado pelo pai de Arthur que pareceu gostar de mim embora Enzo me olhasse emburrado ao lado de seu próprio namorado. Mas com ele eu me resolveria depois. O importante é que naquela noite eu pedi Arthur em namoro e ele aceitou.

Quem não estava muito feliz com isso era Lucas. Como Thiago era amigo tanto meu quanto dele, Lucas ficou sabendo que eu estava namorando Arthur e estava puto e sinceramente eu estava pouco me fodendo para ele. Ninguém mandou ser babaca de desprezar nós dois.

– Você vai na festa comigo amanhã? – Indaguei a Arthur quando estávamos em minha casa naquela noite logo depois dele conhecer meus pais.

– Lucas vai estar lá? – Ele indagou brincando com uma mexa de seu cabelo loiro como fios de ouro.

– Acho que sim, mas sinceramente eu não me importo – respondi com tanta sinceridade que Arthur sorriu – Quero mais que ele se exploda.

– Eu também, mas não sei se estou pronto para vê-lo – disse com a voz melancólica se sentando na cama.

– Você ainda sente algo por ele? – Indaguei temendo a resposta.

– Não sei Davi – Apesar de magoar, gostava da sinceridade de Arthur mais que qualquer coisa – Ele me magoou muito e não sei se estou pronto para vê-lo.

– É disso que tem medo? – Perguntei – Tem medo dele despertar sentimentos ruins em você?

– Eu só não quero estragar a festa para você – Arthur se virou para me olhar.

Eu me sentei na cama e o envolvi com meus braços de forma que pudesse beijar seu pescoço e apoiar meu queixo em seu ombro.

– Você vai se sair bem – encorajei – E caso se sinta desconfortável, eu estarei lá com você. Você não está mais sozinho.

Arthur se virou e me beijou com carinho.

Arthur

Cheguei a pensar que nunca mais encontraria alguém que me fizesse sentir bem novamente, mas aqui estava eu na companhia de Davi em uma festa. Quem diária? A festa era na Barra da Tijuca, na casa de um tio rico do amigo de Davi. O pai de Davi nos levou de carro até a festa e disse que nos buscaria no final. Nós entramos na enorme casa de mãos dadas e demos nossos nomes para o segurança que nos deixou entrar. Davi pediu para que Thiago colocasse meu nome na lista de convidados para que eu pudesse vir no mesmo dia em que me pediu em namoro. Notei que assim que o pai de Davi deixou o local, um carro conhecido estacionou e por um momento eu tive medo, pois era um caro igual ao que Alexandre havia entrado antes, mas o homem que saiu dele era completamente diferente.

– Está tudo lindo! – Gabi exclamou assim que entramos no enorme quintal onde as mesas se despunham de forma organizada no enorme jardim da casa. A festa estava toda decorada com as cores preto e prata que eram as cores preferidas de Thiago e várias pessoas já haviam chegado.

Nós nos sentamos em nossa mesa por um tempo e curtimos um tempo juntos até que Thiago chegou e Davi me apresentou a ele. Ele pareceu ficar feliz em me conhecer.

– Então esse é o famoso Arthur! – Ele disse apertando minha mãe – Ouvi falar muito bem de você!

Claro que ele havia ouvido falar de mim já que era amigo do meu ex e do meu atual. Thiago ficou um tempo conosco, mas logo se dirigiu até outros convidados para entretê-los também. Davi e eu nos beijávamos quando ele chegou. Lucas nos olhou e seu rosto ficou vermelho de raiva ao presenciar aquela cena. Enquanto meu coração doía sobre sua feria mal cicatrizada. Lucas se afastou de nós e ficou desaparecido grande parte da festa. Ao contrário do que pensei, vê-lo não me trouxe de volta qualquer sentimento que me fizesse querer voltar para ele. Vê-lo novamente só me trouxe de volta aquela mágoa que ele avia causado e aquela ferida no meu débil coração que aos poucos voltava para o lugar. Não sai correndo como achei que sairia. Não chorei como achei que choraria. E para mim isso foi uma vitória.

Davi e eu dançávamos quando tocou uma música de Ed Sheeran, Thinking Out Loud. Davi e eu nos aproximamos e dançamos coladinhos aproveitando cada momento que estávamos juntos. Eu me sentia nas nuvens, mas não como das outras vezes em que estive alheio a tudo e a todos ao me redor. Acho que o que sentia antes era a idealização de um relacionamento de contos de fadas que não existe na vida real. Bom, pelo menos eu não acredito que exista mais. Me lembrava que nas primeiras vezes que olhava para Lucas, eu via um príncipe encantado perfeito e que com ele eu seria feliz para sempre, mas depois de tudo o que passei eu não vejo mais isso. Quando olho para aquele lindo garoto de olhos castanhos na minha frente, eu não vejo um príncipe e sim um ser humano cheio de falhas e de qualidades. O olhava e via que agora estávamos felizes e curtindo a companhia um do outro, mas isso poderia não durar muito. Ao invés do para sempre, eu acreditava no hoje.

Repousei minha cabeça sobre o peito de Davi que recostou sua cabeça sobre a minha enquanto nossos braços nos envolviam e à música nos embalava delicadamente para a serenidade do amor que acabara de despertar entre nós dois. Me peguei pensado se Lucas não era apenas uma artimanha do destino para que nós nos conhecêssemos e nos apaixonássemos, mas talvez tenha sido tudo apenas uma coincidência terrível. Nós poderíamos ter pulado toda a parte do Lucas e termos nos conhecido no ônibus. Mas será que ele falaria comigo ou seriamos mais dois passageiros cujas vidas se cruzaram brevemente? Muito provável que sim, pois Davi só falou comigo pois já me conhecia. Lucas tinha sido um mal necessário em nossas vidas.

– Vocês têm mesmo que ficar se esfregando na minha cara? – Lucas gritou com a voz enrolada devido a embriaguez.

– Nos deixe em paz, Lucas – Davi disse com a voz raivosa – Você está bêbado!

– Vai se foder seu viadinho de merda! – Ele berrou fazendo todos olharem para nós – Eu tentem ser seu amigo, mas você cuspiu na minha cara! Eu te amo cara! Te amo e você fica se esfregando com o meu amor na minha frente.

– Acho que você bebeu demais – Thiago chegou até ele e tentou puxa-lo pelo ombro.

Lucas se esquivou dele e o socou no rosto e perdeu o equilíbrio logo em seguida caindo sentado no chão.

– Voltem para mim – Lucas começou a chorar e pela primeira vez desde que o conheci, eu o vi desmoronar.

Comecei a correi em direção à rua com Davi em meu encalço. Eu chorava cada vez mais conforme aquela ferida mal cicatrizada era cutucada com uma faca ardente.

– Arthur! – Davi me alcançou e me abraçou pelas costas – Eu estou aqui com você! Você não está aqui sozinho.

Ele dizia, mas não conseguia me acalmar, pois a dor latejava em meu peito e me tirando o ar.

– Dói muito – eu disse em um murmúrio.

– Eu sei que dói – ele disse com a voz chorosa. Foi quando eu percebi que não era o único a chorar ali. Davi também chorava demais. Chorava por sua própria ferida mal cicatrizada – Eu também sinto bem aqui – Ele colocou a mão no próprio peito bem por cima do coração – Dói muito. Mas eu sei que não estou sozinho nessa. Assim como você não está.

– Davi... – gemi.

Nossos olhos se cruzaram e nós nos beijamos apaixonadamente o que fez com que a dor do meu peito fosse aliviada. Senti meu corpo se curar aos poucos conforme nossos lábios dançavam uns nos outros de forma tão inebriante que me fez esquecer por um minuto que Lucas existia.

– Eu te amo – me peguei dizendo para Davi mesmo que achasse cedo demais.

– Eu também te amo – ele respondeu.

– Mas que lindo – ouvi uma voz assustadoramente conhecida vinda de trás de mim. Me virei e vi Alexandre com mais três homens e um deles era o homem estranho que vi saindo do carro mais cedo.

– A-a-alex? – balbuciei olhando para meu irmão maníaco que sorria e brandia uma arma.

– Estou seguindo você a tanto tempo maninho – ele falou com orgulho – Só esperando você estar vulnerável o suficiente. Diga Adeus a vida!

Antes que ele pudesse puxar o gatilho, Davi me empurrou me fazendo cair no chão junto comigo. Olhei rapidamente para Davi e vi que ele estava desacordado e em seu abdômen havia um ferimento a bala.

...

E o final está chegando pessoal! Espero que gostem!


Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Little Dany a escrever mais dando dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Entre em contato direto com o autor. Escreva uma mensagem privada!
Falar diretamente com o autor

Comentários

Comente!

  • Desejo receber um e-mail quando um novo comentario for feito neste conto.
14/05/2016 13:11:02
😭
31/12/2015 18:31:52
NOSSSAAAA QUE DESESPEROOOOOOOOOOO , PRECISO LER O FINAL , MAIS SAIRA TUDO BEM TENHO CERTEZA
15/09/2015 19:54:15
Voltem para mim!! Kkkkk não e possivel que so eu ri?!
24/05/2015 12:38:45
Viado que que isso ai que medo, estou horrorizado e morrendo de rir com a cena do Lucas na festa kkkkkkkkkkkk o Alex chegou fudeu tudo!
24/05/2015 12:11:30
desculpe nao comentar ontem logo que voce postou, é que o demonio me mandpou dormir! fazer o que? a casa é mais dele que minha! adorei o cap, sabia que eles ficariam juntos, lucas ´pe um escroto, morri dele bebado! alexandre tem que morrer!
24/05/2015 05:59:18
Eu já imaginava alguns dos acontecimentos do capítulo de hoje, e ainda assim estou surpreso. :'(
24/05/2015 05:30:29
:(
24/05/2015 03:39:40
N mate o davi sua vadia. <3 nd de morte não. ;-;
24/05/2015 03:38:00
N mate o sabia sua vadia Linda <3
24/05/2015 00:16:27
continue rápido meu coração vai parar, ai meu deus que ansiedade... Será que o davi morre? maldita duvida...
24/05/2015 00:15:49
Tenso..
23/05/2015 23:58:29
fantastico.o.capitulo.de.hj


contos cdzinhaeu quero mulher tem pinto comendo viado que amanhece a tempinho comendo vi antes vídeo pornô vídeocasa dos contos eroticos a maninha cabaço ai maninho tira ai aiComtos erotica's ninfeta mestada adoramdo/texto/201801354/denunciafilha deixou no colo e deixou ecitado xvidiobucetao preto babando muito líquidotransei com meu corno com a buceta cheia de porra de outro contotravesti virgem falando que ele colocou tudocupabuceta e leva rolada/texto/201209767contos eróticos traguei o peido delahomem da rolona família inteira numa razão mulherlactofilia blog/texto/200907770contos eiroticos leilapornConto erotico de mulher que chorora muitocorno xxx veibidor trasparentemae de filho gozando muito com brutamonte e corno filmando xnxxcontos contos eróticos de gay dando para o pastorpai brochou filho comeu a mae/texto/20160964conto erotico netinhacontos eróticos de gey que foram estupradoXxxvidios mãe escuta o filho fundendo e ela quer tambemChupapicavidios contos eróticos em fábricacontos eróticos analgostosa chifrando corno com seguranças na festa contos eroticosxvidio denguinho analrelato eróticos trote calouroscontos eróticos de mulheres se vingando de rivalCONTO SEXO CALCINHA FIO DENTAL DA "PASTORA"mulher evangélica sendo comida a força por 2negros super bem dotadocasos amad chama irm pra bate ponheta e gosa favela cariocaMeu marido virou a minha putinhaloirinha de 18 anos com a b***** raspadinha grelo arrepiadocontos eroticos casada q pau em tambaba e fala pra maridowattpad enteado gay chupando o pau do padrasto musculosoSexo animal cachorro emrola pito na bucetinha da puda taradonaenteada amostrando peitao p o pai na frente da mãecontos eróticos meninos meia calça:carolzinha santos baixinha ruiva gostoza fodenocontos fui arromnada e estpu semdo pelo igo do meu maridoporno.socu.epeitos.glande.pinto.enormeconto erotico me viram.no mato e me comeramgay contos molestadolais minha enteada da xoxota apertadinha contosquero ver as evangelicas toda nua e peladinha vigen pernas a bertas peito de fora durinhomtk contos eroticos coisas do destino capitulo 1pornô dois negão chega na porta de uma mulher com cheque de r 1000jogando videogame no colo do tio conto eroticoa gozano fortemulher mais griluda gordas wbbconto erotico gay vovo deu leite pro netinhocontos eroticos ganso e mulher cntos homo wattpadconto comi cu da cracuda/texto/20110886contos gay uma viagem inesquecível para o novinhoxvideos mãenao acreditonissoCONTO EROTICO FILHO CARALHUDO ARROMBA MAE TODA NÕITEcontos sissyconto eroticos cdzinha hormoniovideos de porno hem arpmbando.a buceya da mulherFotos d cdzinhas enrrabadascontos eroticos filha engravidouContos garoto musculoso me arrombouContos picantes de safadas peguei minha vô dando pra pisudo contos eroticos: minha mulher prenhaapaixonado por dois brutamontes da faculdade 12