O amigo do meu irmão #16 (O evangélico e o stripper...)
*Narração do Diogo.
-Como vai Diogo? – Perguntou o pai do Rafael.
-Bem, e o senhor? – Disse eu sem sair de frente da porta.
-Poderia estar melhor, eu posso entrar? – Perguntou ele.
-O Rafael não esta em casa.
-Eu sei, eu vim falar contigo e com ele, eu posso esperar. – Disse ele.
-Entre, por favor! – Disse eu dando espaço.
-Oi rapazinho, qual seu nome? – Perguntou ele todo sorridente olhando pro meu Davi.
-Davi! – Disse meu bebê com aquele sorriso que me derrete. – Quem é você?
-Filho vai ver TV lá no seu quarto, depois o papai vai lá ver com você! – Disse eu antes que o pastor começasse a encher a cabeça do meu bebê com asneiras.
-Ahh, mas eu estava vendo aqui!
-Vai! – Disse eu, ele pegou sua tigelinha com balas e foi pro quarto, ele estava só de cuequinha, andando e mexendo aquela bundinha seca dele kkkk’s.
-Seu filho? – Perguntou o pastor sentado-se no sofá, eu me sentei na poltrona do outro lado da sala.
-Meu e do Rafa!
-É um menino lindo, eu soube que vocês tinham um filho, eu queria muito conhecer meu neto, meu único neto! Davi... Nome lindo! – Disse ele.
-Obrigado. – Disse eu, ficou um silencio constrangedor na sala.
-Eu quero te pedir desculpa. – Disse ele, eu o encarei e dei uma risadinha.
-Pelo o que? – Perguntei eu ironicamente.
-Por ter separado você do Rafael, eu achei que vocês só queriam “sem vergonhice” um com o outro, achei que vocês só estavam de fornicação e lascívia, mas agora vocês tem uma família, estão casados pelo o que eu ouvi falar e estou muito orgulhoso do meu filho. – Disse ele.
-Pastor, eu não tenho ressentimento do senhor ou raiva do passado, não é comigo que o senhor tem que se desculpar, e sim com o seu filho!
-Eu sei, mas você ama o meu filho e eu os distanciei, meu filho sofreu muito! Ele ficou na casa dos meus pais, meu pai me disse que ele chorava a noite inteira e que tinha medo dele tentar contra a própria vida ou ficar depressivo! Eu também sofri, ver meu filho sofrendo e pensar que aquilo é o melhor pra ele era uma ilusão, afinal eu sabia que ele era feliz contigo e que ele é assim, Deus fez daquela maneira.
-Quem dera o senhor tivesse essa mentalidade naquela época, nós não teríamos que passar por tudo aquilo, mas sabe? Eu tenho que te agradecer, ter passado por tudo isso me tornou forte, me fez mais forte! Me tornou esperto o suficiente pra ganhar meu próprio dinheiro, forte o suficiente pra cuidar do meu filho e depois voltar aos negócios! – Disse eu, eu falo isso pra todos os meus garotos que tem que se esconder de uma família preconceituoso, que tem se esconder de uma sociedade homofóbica, pra todos os meus garotos que tem medo de ser eles mesmo, aos meus garotos que são oprimidos, ridicularizados ou agredidos, sejam fortes! Afinal, se aceitar é o primeiro passo, vocês são fortes o suficiente pra lidar com isso tudo! São fortes o suficiente pra se aceitarem, mesmo que todos te virem as costas, mesmo que todos te abandonem você tem você mesmo! Porque eu e você sabemos o quanto você é forte.
-Obrigado por me receber na sua casa, eu posso, conhecer meu neto? – Perguntou ele.
-Olha... Sinceramente eu... – Quando eu dizer ele me interrompeu.
-Por favor, ele é meu único neto! Sei que não é de sangue, mas eu o amo, mesmo sem conhecê-lo!
-Pastor, eu realmente não tenho rancor do senhor, mas não quero que o senhor encha a cabecinha do meu filho com os dizeres da bíblia sobre homossexualidade ser pecado, ser errado ou dizer que os pais dele vão pro inferno só por se amarem! – Disse eu o encarando, eu não sei de onde eu tirei tanta coragem.
-Eu entendo, mas eu nunca faria isso e eu não sou mais pastor.
-Eu sinto muito por isso. Mas depois do que você fez pra separar o Rafa de mim, eu não consigo confiar em deixar você se aproximar do meu filho e eu juro por Deus que se você fizer algo contra o meu filho ou contra o meu marido, pode ter certeza que eu viro um leão quando mexem com a minha família! Eu posso até ser preso, mas você NUNCA mais vai mexer com a família de ninguém.
-Olha aqui Diogo, eu jamais faria algo contra meu filho ou o meu neto!
-Engraçado você dizer isso, há anos atrás você fez! Mandou seu filho pro outro lado do Brasil só pra punir ele, por amar alguém! – Disse eu.
-Eu não o puni, na verdade eu pensei apenas que ele estava se “aproveitando” de você! Achei que ele só queria se divertir, se é que você me entende? – Não acredito que ele esta dizendo isso pra mim.
-Eu te entendo sim, e você pode perceber que ele se “divertiu” tanto comigo kkkk’s Que até se casou né? E ainda temos um filho, isso que é diversão né?
-Pois é... – Disse ele sério. – Diogo, eu não vim aqui pra discutir, eu só vim pra conversar com você e com meu filho, e conhecer o meu neto!
-E eu acho isso ótimo. – Disse eu. – Aceita um café past... Marcos?
-Claro, obrigado Diogo.
-Ok, você gostaria de jantar com a gente?
-Vocês não esperam o Rafa?
-Não kk’s Eu e ele temos um trato, quem chegar em casa primeiro faz a janta, ele me ligou e disse que esta preso num engarrafamento na Av. Brasil, nós aqui em casa servimos a janta sempre no mesmo horário por causa do Davi, quero dar janta pra ele cedo, pra ele poder ir dormir cedo também!
-Isso é ótimo, você precisa de ajuda? Afinal, fazer a janta e passar café é meio complicado!
-Na verdade, o café já esta pronto, eu coei a pouco tempo! – Disse eu indo até a cozinha e o levando comigo, nós nos sentamos no balcão e tomamos o café enquanto eu ficava vigiando as panelas.
-Diogo, eu fico feliz em ver que meu filho esta vivendo em um lar com amor, que tem uma família feliz e que tem um homem como você ao lado dele, obrigado por estar cuidando tão bem do meu filho, e do meu neto também!
-Ohh, eu não esperava isso, de nada! – Disse eu.
-Me desculpe por tudo e...
-Marcos, vamos passar uma borracha em tudo isso ok? Vamos deixar o passado no passado e viver o presente! – Disse eu.
-Pai, a comida esta pronta? – Disse Davi entrando na cozinha, meu sogro abriu um sorriso de orelha a orelha quando o viu.
-Não, já esta com fome? – Disse eu sentando ele no meu colo.
-Uhum! – Disse ele olhando pro pai do Rafa.
-Filho, esse aqui é o seu avô, o pai do seu pai Rafael!
-Eu tenho outro avô? – Disse ele com cara de espanto.
-Tem, outro avô e outra avó!
-Tudo bem Davi? – Disse o pastor apertando a mãozinha do meu Davi. – Que aperto de mão forte kk’s.
-Tudo vô. – Disse ele com toda a sua inocência.
-Sabia que teve um Davi há muito tempo atrás que era um menino como você, mas que salvou seu povo derrotando um gigante e se tornou Rei! – Disse ele, eu precisei mexer a panela, então coloquei meu filho no colo do avô dele.
-Obrigado. – Disse Marcos demonstrando sua emoção, eu sorri e fui mexer a minha panela, eles ficaram conversando e eu olhando e pensando no quanto a inocência do meu filho pode acabar com esse conflito de anos.
-Amor, cheguei! Trouxe aquele vinho que você gosta e... – Disse o Rafa entrando na cozinha, mas quando viu o pai, sua expressão mudou. – Pai? Esta fazendo o que aqui?
-Vim conversar contigo meu filho. Eu e sua mãe sentimos muito a sua falta.
-Conversar, depois de tudo que você me fez passar, do que você fez eu e o Diogo passar?
-Rafael, eu já conversei com o seu pai e decidi passar uma borracha por cima de tudo aquilo, passado é passado meu amor. – Disse eu, ele me encarou e depois encarou o Davi que estava prestando atenção em tudo kk’s.
-Vamos conversar na sala, pai. – Disse ele, seu pai se levantou e eles se dirigiram a sala, meu menino estava me ajudando a terminar a arrumar a cozinha eu pus a mesa e fiquei os esperando.
-Rafa, Marcos, a comida esta pronta! – Disse eu, quando entrei na sala os vi abraçados, isso é um ótimo sinal. Comemos como uma família, conversar e rindo, foi realmente um jantar de trégua.
Seu pai foi embora e nós ficamos na sala vendo TV, Davi estava dormindo no meu colo.
-E então? Como foi a conversa com o seu pai? – Perguntei eu com a cabeça apoiada em seu ombro.
-Melhor do que eu esperava, ele me disse que esta arrependido de tudo e pediu pra nós irmos almoçar lá semana que vem! Você vai?
-Claro, afinal, meu amor! Eu adoro uma boca livre kkk’s – Disse eu, ele sorriu e me deu um selinho*Narração do Rafael.
Eu tinha acabado de acordar, nem abri os olhos, estiquei meu braço a apalpei a cama ao meu lado procurando por ele, mas não achei, abri meus olhos e vi o quarto vazio, me levantei e fui procurar meu amor, cheirei seu travesseiro e o cheiro do meu amor invadiu meus pulmões, sentir seu cheiro me dá a melhor sensação.
Eu entrei na cozinha e lá estava ele só de cueca colocando água no fogo pra coar o café. Eu cheguei por trás dele e o abracei envolvendo meus braços em sua cintura, dei um beijo na sua bochecha e sussurrei em seu ouvido.
-Bom dia. – Ele sorriu e se virou, me envolveu em seus braços e me deu um selinho.
-Bom dia amor! – Disse ele me dando um selinho e me apertando em seus braços, nossa pele se tocando, me da uma sensação tão boa, é tão gostoso sentir seu calor.
-Porque isso agora? – Perguntei eu.
-Pra mostrar o quanto eu te amo meu branquelo amarelo! – Disse ele me dando outro selinho, não que ele não seja carinhoso, mas é que ele sempre acorda meio “lento” sabe? Parece que ainda esta dormindo kkk’s Ou quando não acorda de mau humor kk’s.
-Kk’s Eu adoro quando você fica assim, mas se você puder... Me ame depois que escovar os dentes! Kkk’s – Disse eu rindo, falei isso pra provocar ele.
-Idiota kkk’s – Disse ele me dando um soquinho no braço.
-Eu passei no quarto e nosso filho estava dormindo abraçado com o travesseiro, muito fofo! – Disse eu.
-“Nosso filho”, não é estranho dizer isso?
-Pois é, as vezes eu olho pra aquele pinguinho de gente e penso, “será que estamos sendo bons pais? Será que damos contos de cuidar dele?” e sim, estamos cuidando bem do nosso menino, ele é um menino tão especial, tão alegre sabe? – Disse eu, ele me abraçou e eu pude sentir seu cheirinho, que eu amo.
-Meu pai, esta chateado contigo! – Disse ele arqueando uma sobrancelha.
-Ué por quê?
-Porque você nunca mais foi lá, ele disse “Cadê meu sexto filho?” kkk’s
-Teu pai é como um pai pra mim também! Primeiro por ele ter feito uma obra de arte dessas! – Disse eu envolvendo sua cintura com meus braços*Narração do Diogo.
Eu estava no trabalho, estava quase largando do serviço, eu tentava ligar pro Rafa, mas o telefone estava desligado, decidi ligar pra um amigo seu do trabalho.
-Fala Diogo! – Disse ele com a voz feliz.
-Eaê Paulo, o Rafa já saiu do trabalho?
-Ele não te contou? – Disse ele com a voz receosa.
-Contou o que?
-Ele esta no hospital, ele...
-Hospital?! Como assim?! – Disse eu o interrompendo, ele me deu o endereço, eu sai do trabalho com a cabeça fervendo, sentia minhas têmporas latejando, peguei um taxi e corri pra lá.
Eu fui o caminho inteiro com o coração na mão, cheguei ao hospital e assim que entrei o avistei, lá estava ele na sala de espera, só tinha ele ali, com os cotovelos apoiados nos joelhos, de cabeça baixa e com as mãos atrás da cabeça.
-Rafael! – Disse eu em pé, quando me viu ele arregalou os olhos.
-Amor, o que você... – Quando ele terminou um homem de terno o chamou.
-Senhor Rafael, podemos conversar? – Disse o homem parando ao seu lado. – Eu sou o delegado Farias.
-Claro, esse é meu marido Diogo. – Disse ele, o delegado estendeu a mão e eu apertei.
-Senhor Rafael, me explique exatamente o que aconteceu! – Disse ele se sentando ao nosso lado.
-Desde o começo? – Disse ele, meu Deus, que merda aconteceu.
-Sim, por favor.
-Bom, esse homem é meu colega de trabalho, ele sempre deu em cima de mim mesmo eu dizendo que sou casado e que amo meu marido, eu SEMPRE consegui desviar das suas investidas. – Disse ele estendendo sua mão e segurando a mão, ele entrelaçou seus dedos aos meus. – Eu nunca tive nada com ele, que fique claro, nunca nem conversei com ele, só pra dizer que não queria nada com ele, teve um dia que eu acertei um soco no olho dele de tão irritado que eu já estava com as investidas dele, mas hoje ele passou dos limites, entrou no meu carro, parecia drogado! Ele entrou vestindo um sobretudo, tirou e ele ficou só de cueca dentro do meu carro! – Quando ele disse isso meu coração disparou.
-OQUE?! – Disse eu tirando minha mão da dele.
-Senhor, contenha-se, por favor! – Disse o delegado, eu já estava bufando de raiva, eu tive vontade de socar o Rafael.
-Ele entrou no meu carro, ficou só de cueca e começou a dizer que poderíamos viver um romance escondido e essas coisas, tirou um monte de pílulas do bolso do seu sobre tudo e tomou, ficou tonto e desmaiou dentro do meu carro, eu fiquei nervoso e chamei a ambulância. – Ele me olhou e tentou passar a mão em mim, mas eu me afastei dele.
-Rafael, fale a verdade, vocês não tinham nada? Ele soube dar seu numero de celular de cor! – Disse o delegado o encarando.
-Eu juro pela vida do meu filho, eu nunca tive nada com ele!
-No bote o MEU filho no meio dessa merda! – Disse eu socando o braço dele, eu ia quebrar todos os ossos do corpo dele, mas o delegado me tirou de cima dele.
-Amor, entenda...
-Não me chame assim! – Disse eu indo até o bebedouro.
-Rafael, diga a verdade será mais fácil pra você! – Disse o delegado.
-QUE MERDA, eu nunca tive nada com aquele garoto, ele é LOUCO! LOUCO ouviu? Ele que tinha que estar sendo interrogado, não eu! Ele entrou no meu carro e se drogou lá dentro pra me fazer passar por tudo isso, pra me ver separado do meu marido.
-Então me faça um favor, diga ao seu amiguinho que ele conseguiu! Eu só vou passar naquela casa pra pegar as minhas coisas e as do meu filho, pode levar seu “amiguinho” pra lá! Hoje mesmo eu e MEU filho vamos sair de lá! – Disse eu indo em direção ao estacionamento e ele veio atrás de mim.
-Amor, eu...
-Não fala nada ok? – Disse eu, fomos em direção ao seu carro em silencio, ele abriu e eu entrei, fomos o caminho todo em silencio, eu nem olhava pra ele, só olhava pra janela e sentia as lagrimas rolando pelo meu rosto.
-Por favor, Diogo, não chora, eu não fiz nada daquilo! Você me conhece amor, sabe que eu jamais te trairia, estamos juntos há quase sete anos e em todo esse tempo eu NUNCA te dei motivos pra desconfiar de mim!
-Por favor, não fala nada, eu não quero ouvir a sua voz! – Disse eu sem olha-lo, ele bufou e dou um soco no volante.
“Eu posso nunca entender o porquê de tudo isso!
Sempre te dei o meu melhor, mas...
Eu tentei, tentei perdoar isso...
Mas eu estou cheio de ressentimento.
Sempre me lembrarei de como me senti
Como se eu não fosse bom o suficiente
Como se não pudesse fazer isso por você
E seu amante pudesse.
E é tudo porque você mentiu
Amava você mais que nunca
Mais do que minha própria vida
Te dei a melhor parte de mim
Eu me sacrificaria por você
E é tudo porque você mentiu.
Sei que ele era atraente
Mas eu estava aqui primeiro
Estou do seu lado há seis anos
Eu merecia isso?
Ser tratado dessa maneira por você, você...
Sei que deve estar pensando: “O que há de errado com ele?”
Eu estive chorando por muito tempo
O que você fez comigo?
Costumava ser tão forte
Mas agora você levou a minha alma
Estou chorando...
Não consigo parar de chorar...
Não consigo parar de chorar!
Você podia ter me dito
Que você não estava feliz
Sei que você não queria me machucar
Mas olhe o que você fez comigo agora
Eu vou olha-lo nos olhos
E ver se ele é metade de mim, ele não deve ser nem metade mim!
Como você pôde mentir?”
Nós paramos em frente à escolinha, eu coloquei os óculos escuros e desci pra pega-lo.
-Pai, você demorou! – Disse ele, eu o peguei no colo e apertei seu corpinho em meus braços.
-Como sempre né filhote? – Disse eu forçando um sorriso, ele me olhou com os olhos serrados, como se estivesse me analisando, colocou suas mãozinhas em meu rosto.
-Você esta chorando? – Perguntou ele.
-Não filho, o papai só esta cansado! – Disse eu, ele novamente me olhou daquela forma, colocou novamente suas mãozinhas em meu rosto e tirou meus óculos e viu meus olhos marejados, eu sem querer deixei escapar uma lagrima, ele a secou com seus dedinhos, ele me fez chorar mais ainda. – Desculpa filho.
Nós entramos no carro e eu o coloquei na cadeirinha, ele nos contava seu dia e eu tentava prestar atenção no meu menino, mas sempre que eu ouvia a voz do Rafa meu coração apertava. Chegamos ao estacionamento do prédio, eu e o Rafa tentávamos agir naturalmente apenas pelo nosso filho, não queria que ele percebesse nosso “desentendimento”. Subimos o elevador em silencio, eu percebia que o Rafa estava me olhando, mas eu não conseguia olhar pra ele, chegamos no nosso andar, coloquei meu menino no chão e abri a porta.
-Pai, vou tomar banho! – Disse ele jogando sua mochilinha “Max Steel” num canto e tirando seu uniforme, deixando uma trilha de roupa até o banheiro, eu abri o chuveiro pra ele, fechei a porta e fui em direção à sala, onde meu marido estava, talvez se torne ex-marido.
-Podemos conversar agora? – Disse ele.
-Fala. – Disse eu em pé, ele se levantou e ficou na minha frente.
-Diogo, eu jamais conseguiria tocar outro alguém, jamais conseguiria te trair e depois olhar em seus olhos, beijar seus lábios ou te tocar, e o pior, eu jamais conseguiria conviver com essa culpa e conviver com o nosso filho se eu fosse infiel contigo! Você conhece, sabe que eu jamais te dei motivos pra isso! Você acredita em mim? – Disse ele.
-Um lado de mim veio disposto a pegar minhas coisas, meu filho e ir embora! Deixar você livre pra trepar com quem quiser! Mas outro lado ainda acredita em você, mas pode ter certeza que os dois lados te amam, eu te amo. E sei que tudo isso pode ser um mal entendido. – Disse eu o abraçando, ele me envolveu em seus braços, me apertou quase que me prendendo nele, como se tivesse medo de eu partir.
-Eu tive tanto medo de você sair da minha vida, de você levar nosso filho junto, tive tanto medo de perder vocês, tanto... – Ele começou a chorar, meu coração ainda doía, mas eu preciso acreditar nele, preciso dar um voto de confiança, afinal, ele nunca me deu motivos pra isso.
Continua...
Hoje eu ia responder os comentários, mas estou muito cansado, to quase pegando no sono em cima do teclado kkk’s Tanto que estou postando o conto super tarde, eu geralmente posto depois das 00h00min.
Todos que leem meu conto, os que comentam e até os que não comentam! Obrigado por lerem meu conto, por apreciarem minha arte, porque é isso o que eu posso oferecer a vocês, obrigado do fundo do meu coração, vocês me dão força e inspiração pra escrever! Beijos e Abraços... :*
Deixe sua nota, um comentário e muito obrigado por ter lido o meu conto! XOXO ♥