Porque eu me lembro, de tudo muito bem (Parte 15)
Ola amados leitores, obrigado por cada palavra que vocês escreveram no conto passado, obrigado mesmo.
Bem, gostaria de dizer a vocês que estamos chegando ao final do conto, e que mesmo não tendo acabado ainda, eu ja estou com uma saudade de vocês :(
Eu poderia te dizer os milhares de planos que eu fiz para as nossas vidas, eu poderia te dar todo o meu amor, mais você preferiu por dispensa-lo.
O nosso último quarto de hora havia chego, eram 4 da manhã, eu observei o Matheus por alguns instantes pela minha janela. Então desisti de olha-lo e fiquei no meu canto ate as 6 da manhã. Realmente, os dias foram passando e antes a união que tínhamos ia se esgotando, quase nunca conversavamos, quase nunca olhavamos diretamente um ao olhar do outro. Era, fui em uma festa de ano novo aqui na minha cidade com meus amigos e um outro que servia comigo no exército, então, como no dia daqui a algumas horas ele entraria de serviço, resolvemos da festa ir posar no quartel, chegando lá dormimos um pouco, e o Mairon foi dar entrada no serviço, e eu me arrumei para ir pra casa da minha mãe. Estava sentando no banco próximo a porta, quando o Matheus entrou, cumprimentou a todos e a mim também. Não falamos sobre nada, ele estava se arrumando e já estava saindo para ir pra casa, quando falei:
_ Matheus, você vai pra casa?
_ Sim Carlos, porque?
_ Tem como você me dar uma carona ate ali no centro?
_ Então vamos.
E ele foi indo na minha frente, ele entrou, abriu a porta do passageiro, então entrei. A sensação do perfume doce da namorada dele logo me invade, o banco estava quase que deitado, entao perguntei?
_ Porque você anda com esse banco quase deitado?
_ É minha namorada que deixa ele assim.
Decidi não mexer. Ele ligou o carro, mais hesitou, procurou com a mão por debaixo do banco, e tirou alguma coisa coberta por um pano, logo notei se tratar de um tablete de maconha, então, ele novamente se abaixa e guarda o tablete debaixo do banco, enquanto alguma coisa me dizia para abrir a porta e ir sozinho pra casa. Então, ele engata a marcha e começa a ir, pergunta novamente aonde é que eu quero ficar, e vai indo devagar em direção ao portão. No portão, geralmente, todos os carros devem ser revistados, então eu começo a rezar baixo, e pela primeira vez eu soube o que era ter medo estando ao lado dele. Paramos o carro, descemos, o sargento revista dentro do porta malas, revista nos bancos trazeiros, enquanto agora meu coração vai a mil. Revista por cima dos bancos e diz que estamos liberados. Entramos no carro e saímos, Matheus estava com um semblante diferente, um semblante que a cada dia que passava eu reconhecia menos, agora, alem de maconha ele cheirava pó, e os comentários eram de que ele havia influenciado a sua namorada a usar também. Fomos seguindo pela rua, 8:30 da manha, primeiro dia do ano, e o dia estava chuvoso, com uma cor cinza, ele foi seguindo por uma rua em que ficaria longe para eu ir ate a minha casa, pois havia dito á ele que não precisava me levar ate em casa, mais ele disse que não haveria problemas, me levaria ate lá, expliquei aonde eu morava e fomos indo. Não conversavamos, hiamos por todo o caminho calados. Eu olhei para fora, com a janela erguida, e olhei para ele, e pensei: Cada vez que eu olho para você, eu dificilmente consigo dizer algo. Então olhei novamente pela janela, e no silencio me batia então, que eu amava ele. E ele tiroucoa olhos da direção e olho pra mim, que agora estava encarando ele, e todas as vezes que ele me olhava, eu poderia ir à loucura, mais eu nao dizia nada, porque eu prefiriavficar sozinho do que perder ele.
E tudo o que eu realmente queria fazer é estar perto de dele, mais eu estava muito cansado para lutar. E desde o primeiro dia, por todo tempo, não havia nada que eu pudesse fazer para isso passar, e agora eu poderia pensar em um milhão de coisas, mais eu nunca mais diria.
Ele chegou na frente da minha casa, nos despedimos, e eu fiquei parado na calçada olhando ele se afastar. E eu estava ali ao seu lado durante todo o ano, e depois acordamos e vimos que o ano havia acabado. Faltavam 10 dias para que ele desse baixa no exército, e eu ainda ficaria por mais um mês e vinte dias.
Entrei em casa, deitei na minha cama e por lá fiquei. Aquele dia foi um dia de lagriamas, e eu agradeci a Deus por ele não estar aqui, para me ver assim. Mas numa caixa debaixo da minha cama, tem uma carta daquele dia, 10 meses atrás, que ele não leu ate hoje.
Por hoje é tudo pessoal. Espero que tenham gostado.Comentem e deem a suas notas.