Nossa Essência - Capítulo 04

Um conto erótico de Matheus N
Categoria: Homossexual
Data: 30/09/2014 15:00:19

Bem, eu estava conversando com um amigo ontem a tarde, e de repente um assunto pessoal apareceu. Ele me falava sobre sua vida, sobre os últimos acontecimentos e sobre a sua primeira vez, então, como uma forma de vocês me conhecerem melhor, resolvi comentar sobre a minha, e não, não foi um conto de fadas e também não, não foi maravilhoso. Vamos as vias de fato.

Quando eu tinha de treze para quatorze anos, meus pais, juntamente comigo, descobriram minha sexualidade. Na época foi um choque tanto para eles quanto para mim, pois eu nunca cheguei a me perguntar o porquê de eu me sentir diferente dos outros garotos. Eu me lembro de que essa época foi um inferno para mim. Entrei em depressão, não podia mais sair, não podia mais usar a internet, ou seja, não foi uma situação de completa aceitação, não foi uma situação agradável.

Certo dia, quando eu acabei ficando sozinho em casa num domingo a noite, resolvi entrar no Bate Papo, que era um site que eu usava na época para conhecer gente nova. Nesse domingo a noite, acabei conhecendo um cara chamando Alexandre (Nome Verdadeiro). Ele tinha 28 anos e morava no meu bairro. Conversamos um pouco, falamos sobre a vida, sobre o que eu curtia e coisas do tipo, sendo que eu nunca havia feito sexo em minha vida, a não ser o famoso ‘Troca Troca’ com meus amigos. E por fim de papo, resolvemos marcar de eu ir à casa dele no dia seguinte. Segunda feira de manhã eu saí de minha casa, caminhei por quase dez minutos e chamei por seu nome no portão de sua casa. O gritei por quatro vezes, até que ele aparece na porta, usando apenas uma cueca branca e óculos de grau. Ele abre o portão e me convida para entrar.

Não me lembro muito da decoração de sua casa, mas sei que ele tinha um cachorro branco e grande, no qual fiz um pouco de carinho. O segui então para seu quarto. Ele se sentou na sua cama e eu fiz o mesmo. Enquanto ele mexia em seu notebook, eu ficava pensando na aventura que eu teria dali para frente. Claro, na época eu era um garoto inocente que havia acabado de descobrir sua sexualidade. Na época eu era um garoto que achava que ninguém iria me fazer mal. Eu achava que a vida era colorida e um mar de rosas, e eu dou graças a Deus por nada de ruim ter acontecido comigo.

Conversamos por um tempo, falamos sobre amenidades da vida, quando ele me pergunta se iríamos ficar apenas na conversa, e o que eu fiz em seguida me surpreendeu. Eu cheguei perto, tirei seu pau para fora da cueca e o coloquei na boca. Na época eu não pensei em nada, apenas me deixei levar. Eu sentia um gosto meio salgado e amargo, típico de quem passa algumas horas sem banho, mas eu não me importei. Continuei a chupar seu pau branco com cerca de dezoito centímetros, até que ele me para. Ele se levanta e tira toda a cueca. Diz que queria me comer sem camisinha, mas eu não queria. Ele então foi ao seu guarda roupa, pegou um preservativo, colocou em seu membro, pegou um lubrificante e passou em mim. Ele então mandou eu me deitar de barriga para baixo, então eu fiz. Eu o senti entrar de uma vez em mim, causando câimbra em todo o meu corpo. Foi completamente desconfortável. Doeu muito e eu não sentia o mínimo de prazer. A única coisa que eu senti naquele momento foi seu corpo esmagando o meu e seu pau me machucando.

Depois de um tempo eu comecei a sentir um cheiro ruim, e eu descobri que vinha de mim. Na época eu não fazia a menor ideia do que era um Enema (Chuca), o que ocasionou o famoso “Cheque”, ou seja, ele se sujou com minhas fezes (Merda Ou Bosta, como preferirem). Ele ficou enojado, disso eu tenho certeza, e eu nem sei se ele realmente chegou a gozar. Tudo o que sei é que ele saiu de dentro de mim rapidamente e foi ao banheiro jogar a camisinha fora, e o que fez logo em seguida nem me surpreendeu... Ele me mandou embora com a desculpa de que tinha que trabalhar, e como eu era inocente na época, acreditei. Vesti então minha cueca vermelha, meu short roxo e minha camisa rosa da puma e sai, ele nem me acompanhou até o portão. Pode parecer cena de filme, mas fui embora debaixo da chuva, mas fui com um sorriso no rosto.

Alguns de vocês podem conjurar e julgar errado o que eu fiz, principalmente ele. E sim, por um lado ele estava errado, afinal de contas, eu tinha treze anos e ele vinte e oito, mas eu fui por vontade própria porque estava com raiva de meus pais e de tudo o que haviam me falado. Eu queria olhar na cara deles sabendo que eu havia feito sexo com um homem mais velho e que eles não faziam ideia de que isso tinha acontecido. Até hoje eu não me arrependo de ter feito o que fiz, apesar de saber que poderia ter sido perigoso para mim.

Desde aquele dia, nunca mais vi o Alexandre, não que eu tivesse o procurado ou me importado, mas até hoje eu consigo me lembrar do gosto de seu pau em minha boca e de como foi desconfortável ter seu membro dentro de mim, mas mais uma vez, eu não me arrependo...

Sabe. O motivo de eu ter comentado isso com vocês é o fato de muita gente jurar de pé junto que sua primeira vez foi perfeita. Pois bem, a minha não foi, e geralmente a de ninguém é. Esqueçam o quarto coberto com rosas. Esqueça o champanhe. Esqueça a música e ambiente romântico. Geralmente não é assim que funcionam as coisas... Esqueça que você não irá sentir dor. Esqueça que não será desconfortável. Esqueça tudo o que aprendeu em histórias fofas e meigas, porque o sexo real não é como o pintado por ai. Você não irá acordar feliz, sorrindo, de braços abertos e dando bom dia aos pássaros. Você irá acordar com um pouco de dor, com desconforto, mau hálito e provavelmente um pouco sujo de sangue, porque sim, pode acontecer de você sangrar. Tudo bem, me chame de mal amado, de rancoroso e de pessimista, mas são os realistas que não se fodem por ai. São os realistas que sabem onde pisar e a onde não ir. Pessoas que fantasiam de mais, que acham que tudo irá dar certo, geralmente são as que mais se fodem na vida, então de nada, mais um conselho que dou a vocês, fiquem longe das irrealidades.

Bem, era isso que eu queria falar hoje. E para quem acha que tudo o que eu falei é mentira, fode-se, eu não me importo. No mais, espero que possam curtir o capítulo de hoje. No próximo eu volto com alguns agradecimentos e falando sobre seus comentários. Então é isso, fiquem com o capítulo quatro de ‘Nossa Essência’.

Obs 01: P3dror!ck - Me desculpe pela demora em te retornar. Eu li os seus contos, mas confesso que li com um pouco de pressa, mas vou arranjar um tempo e ler com calma. Essa semana eu ainda lhe dou o retorno, eu prometo.

Obs 02: K.B - Eu vou ler seus contos e te dou o retorno nessa semana também, provavelmente até sábado. Me desculpe por não ter te avisado antes, e se puder, deixe seu e-mail para contato, pois fica mais fácil falar com você.

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Nossa Essência - Capítulo 04

Eu estava sentado atrás de Diego. Fazíamos uma pequena prova de Geografia. Respondia a questão nove, que era sobre fenômenos da natureza. De longe eu podia ver Letícia passando algumas respostas para Pedro. Ela me pega olhando e sorri, voltando a passar as respostas sem que o professor substituto perceba. Quando o tempo da prova estava prestes a terminar, a professora chega, atrasada. O professor sai da sala e sorri para ela, que retribui com um obrigado. Ela se senta e nos assiste terminar as provas. Vinte minutos depois ela recolhe todas. Alguns dos alunos começam a chamar a mulher de doida, louca. Eu sem entender nada, pergunto o motivo a Diego, que estava na minha frente.

- É porque ela fala algumas coisas estranhas. Disse a nos uma vez que era sensitiva e que podia prever as coisas. A sala pegou ainda mais no meu pé quando ela falou que eu era importante, muito importante para algo. Que eu era o escolhido. Desde este dia eles me importunam ainda mais, mas pararam quando comecei a andar com você... Obrigado. – Ele sorri para mim, e então retribuo.

Realmente ela era diferente. A mulher fechou os olhos e começou a olhar para a sala de olhos fechados, com as mãos esticadas. Percorreu alguns alunos, até que parou suas mãos em minha direção. Ela parecia ter se concentrado ainda mais. Fecha os punhos e caminha até mim, desviando perfeitamente das mesas. A mulher era um ninja. Não é possível. Ela para em minha frente a abre os olhos.

- Ao contrário de Diego, você já foi preparado para o que está por vir. – Ela olha no fundo de meus olhos. Senti todo meu corpo se arrepiar. – Eles já falaram com você... – Ela para por alguns segundos e me olha, expressiva. – Você já está pronto... Em uma semana, tudo começa... Em seus aniversários de dezoito anos, tudo se inicia... Tomem cuidado. Nem todos são bons. – De repente é como se ela tivesse acordado de um transe, voltando ao normal, como se nada tivesse acontecido. Eu e Diego nos olhamos, sem acreditar, tentando entender, enquanto ela escrevia algo no quadro.

A aula daquela mulher já havia acabado e aquela história ainda martelava minha cabeça enquanto Diego, Pedro, Letícia e eu caminhávamos em direção ao ginásio, onde teríamos aula de Educação Física. Seria a primeira vez que pisaria lá depois de todo o ocorrido.

Diego e eu éramos zoados por Letícia e Pedro, que faziam barulhos fantasmagóricos, falando que éramos especiais e que víamos gente morta. Tudo o que pudemos fazer era gargalhar. Entramos pela porta dupla e a maioria dos alunos já estava lá. Nos quatro nos sentamos perto do professor, que também era novo, e para falar a verdade, muito bonito. Eu podia ver as meninas o comendo com os olhos. E sim, acabei de confirmar minhas suspeitas. Peguei mais dois jogadores olhando para ele disfarçadamente, e o capitão do time de futebol era um deles. Eu sabia, mas fiquei calado e não comentei com o Diego.

- Bem, turma, todos de pé. – O professor se levanta. Eu acompanho o olhar dos dois jogadores seguindo seus músculos. – Vamos dividir a turma em dois times. Michel, você será o capitão de sua equipe. – Percebo Michel sorrir em contentamento. O quão conveniente seria o capitão do time de futebol da escola ser o capitão do time da sala? – Pedro, você será o capitão do outro time. Podem escolher os jogadores.

Vejo Michel escolher seu amigo caixa, o que eu beijei outro dia. Pedro escolhe Letícia, claro. Michel escolhe outro jogador de seu time e Pedro me escolhe, escolhendo Diego e outros logo em seguida. O time de Michel era obviamente mais forte, mas o de Pedro não era de um todo, ruim. Eu jurava que jogaríamos futebol, esporte no qual era uma negação completa, mas fiquei muito feliz quando descobri que jogaríamos Voleibol. No tempo em que estive na Suécia, joguei bastante. Meu tio me matriculou em um clube e aprendi alguns esportes, e Voleibol era o que eu mais me saia bem. Cada time foi para um lado diferente da quadra. Era estritamente proibido fazer saques e arremessos fortes por causa das meninas. O jogo deveria ser levado na calma e tranquilidade.

O time de Michel ganhava. Pedro e eu éramos os únicos de nosso time que havia feito pontos. Eu me preparava para receber a bola vinda de Michel, mas ele a sacou muito forte, e quando me acertou, acabei caindo. Eles marcaram um ponto, mas tiveram que nos dar a vez quando um de seus jogadores sacou para fora. Peguei a bola e fui para linha de saque. Se Michel queria guerra, ele teria uma. Joguei a bola para cima, pulei e bati minha mão forte, mais foi tão forte que a senti queimar. A bola foi rápida em direção a Michel, acertando sua coxa. Ele não grita ou expressa dor, mas eu sabia que havia machucado. Ele sai de seu lado da quadra e vem em minha direção, quase mancando. Ele para bem a minha frente, me encarando com raiva.

- Olha o que você fez! – Ele grita e levanta o short, mostrando o hematoma vermelho em sua coxa torneada.

- Eu gosto de pernas peludas... – Eu digo casualmente e depois lhe dou um sorriso. Vejo Diego rindo com Pedro e Letícia.

- Desgraçado! Você machucou minha perna!

- Eu posso lhe fazer uma massagem... – Olho diretamente em seus olhos e o percebo corar. Que merda é essa? – Tenho ótimas mãos... – Coloco minha mão na coxa dele, mas ele logo trata de tirá-la de lá.

- Você é louco... – Ele diz e sai andando em direção as arquibancadas, para descansar, mas minutos depois volta.

O jogo se inicia novamente. Os times acabaram empatados. O professor parabeniza a todos e nos manda para o chuveiro, já que ainda teríamos aula e os professores não eram obrigados a respirar 'murrinha' de marmanjo velho.

Eu peguei minhas coisas no armário e fui acompanhado de Pedro. Diego se recusou a ir. Ao entrar no vestiário, os caras me olham. Começam a dizer que não queriam que os vessem pelados, que os atacaria, e por ai vai. Vou até onde a maioria estava. Tiro minha camisa, desço meu short branco e tiro minha cueca boxer preta, ficando nu na frente de todos. Eles me olham, não acreditando no que eu havia acabado de fazer. Caminho pelado por entre eles e entro debaixo do chuveiro, o ligando logo em seguida. Viro de frente e encaro Michel, que me olhava. Me ensaboo lentamente, olhando para seus olhos verdes. Ele parecia ter raiva de algo. Alguns dos caras acabaram por não tomar banho devido a minha petulância, mas Michel, Pedro e outro cara que eu não conhecia, ficaram. Pedro foi o primeiro a se despir. Entrou no chuveiro ao meu lado sem se importar. Ficamos conversando enquanto Michel e o outro tiravam suas roupas.

- Se tu olhar pro meu pau, eu acabo com sua raça. – O cara que eu não conhecia diz ao tirar a roupa. Dou uma leve olhada sem que ele perceba e dou um sorriso.

- Se tivesse algo para ver... – Pedro e eu caímos na gargalhada. Se ele não tivesse me ofendido, eu permaneceria calado, mas ele me atacou primeiro.

- Viado! Pode falar o que quiser, mas eu sei que quer chupar meu pau. – O vejo balançando o membro para mim. Que absurdo.

- Esse ai quer chupar todo mundo. – Michel diz ao abrir o chuveiro. Parecia ter se acalmado.

- Eu não sou você Michel. – Digo na lata dele, o que o faz olhar para mim, novamente nervoso.

- Eu vou te descer o cacete uma hora dessas! – Ele grita e eu observo Pedro sorri ao meu lado– Dou a ele um sorriso safado, o deixando ainda mais vermelho de raiva. – Mal posso esperar Michel.

Pedro e eu acabamos de nos banhar e colocamos nossas roupas, caminhando para a sala. Eu podia sentir Michel me fuzilar com os olhos a medida que eu saia do vestiário. Entramos na sala e nos sentamos. Contei a Diego que vi Michel pelado e que o material era ótimo e ele corou, envergonhado até o último fio de cabelo. Ri da cara dele e voltamos a prestar atenção na aula de História. Tempo depois vejo Michel entrar na sala, na companhia do outro cara que havia balançado o pau para mim. Sorri para ambos e comecei a fazer os exercícios passados pelo professor. Olhei para trás por um motivo de força desconhecida e vi Michel beijando a Júlia. Eles me flagraram e me olharam com cara feia, fazendo um gesto obsceno. Fiz cara de nojo para eles e me voltei para frente, mas eu sabia que isso não iria ser deixado para lá.

- Está de olho no meu macho? – Júlia me pergunta de uma forma tão escrota, que tudo o que consegui fazer foi rir dela. Eu me virei para trás e respondi, morrendo de vontade de falar que Michel gostava do mesmo que eu.

- Seu macho? – Dou uma gargalhada. – Júlia, querida, minha flor do campo... – Faço questão de ser falso com ela. – Não, não estou de olho em seu macho. Confesso que o ver tomando banho me deixou com uma ponta de inveja de você, mas não estou cobiçando seu homem.

- Você viu o Michel pelado? – Ela pergunta, incrédula.

- Sim. Algum problema? – Digo na maior naturalidade possível.

- Como é que é? – Ela se levanta. – Repete!

- Sim Júlia, eu vi o Michel pelado... – Eu olho para o Michel e mordo o lábio inferior, provocando-o sem Júlia notar. O cara realmente era bonito, apesar de ser um escroto. Não tinha como negar que ele mexia com meus hormônios.

- Seu viadinho do inferno! Você não sabe com quem está se metendo!

- Não? – Me levanto e cruzo os braços sobre meu peito. – Então me conte... Quero que me deleite com sua explicação... Vamos! – Bato palmas e olho para ela, que se encolhe. – Conte. Temos que voltar para a aula que você insiste em atrapalhar, querida.

- Seu... Seu... – Ela estava furiosa.

- Viado... Bicha... Boiola... Bambi... Se for me chamar de algo semelhante, poupe suas palavras. Não me importo com o que sai da sua boca, que é tudo merda, mas... Enfim. Você pode se sentar ao lado de seu Deus Grego e prestar atenção na aula? Está tão interessante...

Deixo Júlia bufando e volto a prestar atenção na aula. Eu jamais me deixaria estar por baixo novamente. Não levaria mais desaforo para casa. Meu tio me ensinou a nunca me deixar ser humilhado por ninguém, nem que por isso tenha que humilhar os outros. Me ensinou também a sempre ter a última palavra quando alguém se dirigir a mim dessa forma. Eu tinha que sair ganhando, caso contrário, seria passado para trás e mais uma vez seria humilhado. Sim. É o extremo, mas é o necessário também.

A escrota da Júlia sai da sala, apressada, com raiva, batendo a porta. Diego olha para mim, e quase com um sussurro, diz que estou ferrado. Confesso que me preocupei, levemente, mas voltei a não me importar logo em seguida. Vejo-a adentrar a sala na companhia do diretor, que me olhava com cara feia. Ele pede licença ao professor e começa a se pronunciar.

- Eu gostaria de saber o que está acontecendo aqui! – Ele grita. E olha, foi uma surpresa. Não esperava por isso, mas também não seria o primeiro a me pronunciar.

- Esse vi... O Yuri! – Júlia grita. – Ele fica me humilhando na frente de todo mundo. – Que menina inconveniente.

- Senhor Yuri, tem algo a dizer? – Ele diz, irônico.

- Sim, Senhor Diretor. – O trato na mesma ironia. – Sim, tenho.

- Então venha até a frente e se explique. – Se ele queria me humilhar, não conseguiria. Eu vou até ele e me coloco ao seu lado. – Pode começar.

- Por onde quer que eu comece Senhor Diretor?

- Pode começar me explicando o porquê de estar discutindo com a Júlia.

- Bem, vejamos. Eu estava quieto no meu canto, e acidentalmente olhei para trás e a vi com Senhor Michel, se beijando. Fizeram um gesto muito feio para mim e depois a Júlia me acusou de estar de olho no macho dela... Não sei de onde ela tirou isso.

- Isso é verdade Júlia? – Ele pergunta.

- Ele mostrou a língua para mim! – Ela grita. Acho que havia voltado dez anos no tempo, quando eu ainda estava no ensino fundamental, onde a tia puxava a orelha de quem mostrasse a língua para o amiguinho.

- Me desculpe Júlia... Não sabia que ficaria tão ofendida... Tocou-me o coração...

- Viu! Ele esta sendo insolente!

- Yuri! – O diretor me repreende. – Vamos parar com o sarcasmo. Estamos tentando ter uma conversa civilizada. Pelo amor de Deus! Você está no último ano de escola!

- Bem. Parece que voltei no tempo e me encontro no pré-escolar.

- Viu diretor! – Essa Júlia...

- Pode me explicar isso Yuri! Já! – Autoritário ele...

- Eu não sou obrigado a escutar merda e me abaixar para gente escrota. Fraqueza é motivo para eles montem em cima.

- Ele está me fazendo sofrer Bullying! – Sério Júlia? Serio mesmo?

- Júlia, Bullyin é tão começo de século... Além do mais, a escola não se importa com isso.

- Como é? – O diretor se vira para mim, possesso.

- Vai me dizer que se importa? Todos os dias vejo alunos saírem de sua sala, alunos que foram reclamar a respeito e o senhor não fez nada. Vejo esse pessoal escroto da sala incomodar alunos, cuspir em alunos, e o senhor não faz nada. Não me venha dizer que se importa. Faz vista grossa para tudo. E você Júlia, não se faça de boa moça. Já vi você e seu “Macho” aprontando muito com os outros. Não finja ser algo que não é.

- Sua bicha! Viado! Isso é Bullying sim!

- Olha... Se eu resolvesse cometer Bullying com você Júlia, saberia o que é realmente sofrer. Dizer verdades não é agressão. Você disse que eu sou viado, uma bicha, e eu digo que você é uma vagabunda, uma meretriz. Viu? Estamos trocando gentilezas.

- Yuri! – O diretor grita comigo mais uma vez. – Na minha sala, agora! Vou suspender você!

- Não, obrigado.

- Você ofendeu uma aluna!

- Sério? Nem percebi. Estava tão ocupado prestando atenção no que ela dizia a meu respeito que nem notei. Eu a chamei de que mesmo? Não me recordo...

- Você me chamou de vadia! – Grita Júlia, do fundo da sala.

- Não sou apenas eu quem te chama disso. O diretor terá de levar a escola toda à sala da diretoria se esse for o motivo. Eu pelo menos tive a coragem de dizer na sua cara. Uma mulher como você não merece meu respeito. Então por favor, senta ai vai. Fica calada que você ganha mais. Não desça mais o nível, que já está nas portas do inferno.

Eu me sento, como se nada tivesse acontecido. Os olhares retornam a mim, surpresos. O diretor me encara com fúria, mas se dá por vencido e sai da sala. A porta quase se quebra quando ele a bate. Leva alguns minutos para que a aula se reinicie. Voltamos a copiar o que o professor passava no quadro.

A última aula chega. Percebo a professora que os alunos chamam de louca entrar. Todos pareciam surpresos. Ela se senta e diz aos alunos que o professor de química estava doente, e que o substituiria. Ela entrega a todos uma folha com alguns exercícios. Quando ela chega perto de Michel, percebo que os alunos a chamam de louca mais uma vez. Me viro e a vejo de olhos fechados, com os punhos na direção de Michel. Estranho a situação. Ela aperta os olhos e se aproxima ainda mais deleNão é possível... Vocês deveram ficar juntos quando o dia chegarTudo faz sentido agora... Suas datas comemorativas... Seus aniversários... 29 de fevereiro... O dia em que tudo muda... – Ela acorda o transe e pergunta por que de estarem olhando para ela.

Como se não pudesse ficar mais estranho. Três pessoas que nasceram em 29 de fevereiro no mesmo lugar. Olho para trás em vejo Michel me olhando, sem acreditar em nada. Nos encaramos por alguns minutos e voltamos a nossas atividades. De canto de olho vejo Pedro e Letícia rindo. Olho para eles e dou um enorme sorriso.

O tempo passa rapidamente. A aula já havia terminado e já estava quase chegando em casa. Eu pensava no que havia acontecido na sala. Não conseguia chegar a nenhuma conclusão. Sim, eu havia nascido no dia 29 de fevereiro, mas em minha certidão de nascimento e identidade, constava que eu havia nascido um dia antes. Meu pai havia me explicado anos atrás que era para evitar confusão e que ele e o cartório optaram por ser assim, mas ainda não entendia o fato de Diego, Michel e eu termos nascido no mesmo dia. Era uma situação, digamos, meio bizarra. Entro em casa e vou direto para o banheiro tomar banho. O dia foi exaustivo.

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Mais uma vez, obrigado por estarem me acompanhando. Peço desculpas pela minha demora em responder seus e-mails, é que realmente minha semana vem sendo um pouco puxada e estressante. Mas hoje eu já comecei a responder alguns, então...

No mais, tenham uma ótima semana. Sábado posto outro capítulo, provavelmente na parte da manhã, e espero que possam me esperar até lá... Um forte abraço para todos vocês. Até sábado.

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Ps: Voltando ao começo da postagem de hoje, como foi a primeira vez de vocês?


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Comentários

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14/02/2016 19:30:01
Voltei a esse conto e, relendo os comentários, verifiquei meu erro: leia-se assexual em vez de assexuada (rs).
26/06/2015 19:32:26
Perfeito!
23/01/2015 14:49:27
10!!
03/11/2014 23:42:29
:D
05/10/2014 17:10:38
Theus, demorei, mas cheguei. Amei seu relato acerca da sua primeira vez. Especialmente no mundo gay, no geral a primeira vez não tem muita coisa de romântica não. Difícil arrumar logo de cara, um relacionamento estável, o namorado que vc sonhou, aquela pessoa que de quem vc gosta, é pouco provável que goste de vc tb. Enfim, gay é uma raça muito sacrificada mesmo, mas talvez eu tenha boas notícias. A segunda vez pode ser um pouquinho melhor, a terceira pode te surpreender...rsrsrsQuanto ao conto, devo dizer que ele já superou todas as cotas de barraco e a gente adora. Hahahahahaha. Me identifico bastante com esse deboche do Yuri. Hahaha. Dos meus. Que estranha coincidência une Michel, Yuri e Diego?Serão eles E.T' s disfarçados? HahahaSó a nível de curiosidade inútil, geralmente quando a pessoa nasce no dia 29 de fevereiro, os cartórios registram como se ela tivesse nascido em primeiro de março.Parabéns Theus! Adorando acompanhar sua história.
01/10/2014 22:33:04
Esse conto é uma facada em minha ''carreira'' aqui na CDC, simplesmente perfeito. Desde Amor Grego até meu ultimo conto agora, com certeza não chega a ter riqueza de conteúdo como seus últimos 2, espero ansioso pelo próximo capitulo. (Victor)
01/10/2014 15:16:30
A minha primeira vez não foi nem um pouco parecida com o que eu imaginava... Eu não era tão novinha quanto você, Matheus, já tinha 17... e fazer sexo era a coisa que eu mais queria no mundo. Então pintou a oportunidade com um garoto um pouco mais novo que eu (que provavelmente era virgem também). Foi legal, mas não foi nada muito diferente ou mais prazeroso do que masturbação... Como você sabe, eu já tinha uma mentalidade bastante pervertida nesta época e muita "experiência" teórica... então eu achei a minha primeira vez baunilha demais!
01/10/2014 15:10:47
Este capítulo foi maravilhoso, adorei as provocações do Yuri, ele arrasou! Bullying é uma questão que sempre mexe comigo, tanto porque sinto uma indignação natural contra qualquer tipo de injustiça como pelo fato de eu mesma já ter sido a vítima favorita das "brincadeirinhas inocentes" de meus colegas de escola. Só que eu fui beeem mais agressiva que o Yuri... ele até que pega leve... Estou ansiosa pelo próximo capítulo!
30/09/2014 23:32:06
*potencialmente
30/09/2014 23:31:10
Cada vez mais envolvida nesse conto! Yuri se fortaleceu mesmo! Ansiosa pelo próximo! Sobre a primeira vez, realmente,as pessoas que idealizam muito acabam se decepcionando mais. Quanto a mim, sou uma assexuada potencial mente biafetiva. Tive apenas uma experiência lésbica, mas apenas por ter me envolvido sentimentalmente. Não senti nada. Eu também acho que há muita propaganda fantasiosa em relação à primeira vez. Beijinho e até o próximo!
30/09/2014 20:32:35
Bom leia meu conto que voce ira descobrir.continua logo por favor bjs meu email e kayo barbosaWhts
30/09/2014 18:58:37
Bom como já disse minha primeira vez foi dolorisa,o cara foi bruto,e não se preocupou com meu prazer,sangrei e fiquei sentando dela por alguns dias,mas foi necessário pra meu conhecimento sexual.O conto esta perfeito o Yuri esta sendo meu herói quem dera eu ter essa coragem de encara e enfrentar esses babacas que nos atacam só por gosta do mesmo sexo.Tu escreve muito bem nos cativa e nos prende a leitura de um bom conto. E to vendo que vai vim muito mistério envolto a esses três gorotos, o que será que à entres eles uiii que coriosidade!Com certeza iremos espera por mais um capítulo no sábado. Abraço.
30/09/2014 18:08:41
Bom demais, hoje o capítulo foi espetacular. Abração.
30/09/2014 17:31:15
O conto tá perfeito. Minha primeira vez foi com o cara q eu gostava, só que foi horrível, sem camisinha sem nada kkkk quase morro de tanta dor no dia. Vc escreve muito bem. Beijinhos
30/09/2014 17:28:41
Perfeito. E a minha primeira vez não foi horrível, mas também não foi um conto de fadas, foi simples.
30/09/2014 16:29:01
Adorei e por favor leia mesmo!
30/09/2014 16:27:38
a minha primeira vez foi pessima , isso mesmo foi horrivel o carinha sò pensou nele no seu prazer.sangrei durante quatro dias. tbm penso como voce. não existe prazer na primeira vez de ninguem. .quanto ão conto estou impressionado com a mudança do iury.não deixa ninguem pisar nele nem mesmo nos seus amigos.ele é um personagem forte.como todos o seus personagens acho que eles tem um pouco de voce..beijo seu lindo
30/09/2014 16:09:24
Yuri, está arrasando ao mostrar para seus antigos algozes que ele não se intimidará, e que se forem o ofender, tb terão o troco e este diretor, se fazendo de três macacos, para não ter que se indispor com os mais populares, rídiculo, estou curiosa para saber se o Michael será do bem ou do mal, mesmo ele relutando em assumir a sua homossexualidade, sinto que ele e o Yuri ainda terão muitos debates,rs, ainda mais com as coincidências da data de aniversário, que para muitos têm um significado mistico. Anjo, arrasando com este jeito debochado do Yuri, parabéns. Bjs.


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