Um amor duplamente proibido II (parte 23)

Um conto erótico de H. C.
Categoria: Homossexual
Data: 06/07/2014 07:11:20

Sinceramente, eu adoro chegar aqui e vê que tem comentários, fico muito feliz ao lê-los. Bom, primeiro que o Rafael realmente já andou pela terra varias vidas, o nosso semi anjo renasce sempre, reincarna sempre, mas não vou explicar porque ele faz isso... por enquanto, ao menos... Segundo, nem todas as encarações o Rafael foi 'bom', certa vez ele nasceu em uma ilha, corria pulava, era uma criança normal e salvável, mas ai ocorreram uma série de problemas... Na verdade isso daria um conto 'rápido, quem sabe eu conte qualquer hora, a questão é que ninguém da ilha ficou para contar história, apenas três alguns sabiam... Enfim, eu estou querendo dizer que o Rafael teve várias vidas onde ele foi mal, teve sim algumas que ele encontrou com o Lucas e teve outras onde ele consegui viver uma vida completamente 'comum'. Quanto a aparição do senhor, bem, ele deve voltar a entrar em sena, mas como ele diz: o divino não deve intervir nos assuntos mortais... Sem mais delongas, ao conto!

Parte 23

Depois daquela conversa voltei para minha sala e pensei no que fazer, o resto da manhã eu fiquei perdido em pensamentos. Talvez eu devesse deixar o Rafael antes que seja tarde demais. Será que já não era tarde demais? Eu gosto do Rafael, disso eu tenho certeza. A questão era: até que ponto eu gostava dele? e, será que valia a pena uma vida sem Rafael?

Quando sai ele estava me esperando no portão, quando me viu abriu um sorriso de orelha a orelha. Eu não pude deixar de sorrir. Ele me deu um abraço e entramos no carro. La dentro ele pegou minha mão. E começou a dirigir. Pela primeira vez eu percebi que o carro dele era completamente diferente de qualquer carro que eu já tivera entrado. Haviam vários painéis digitais e varias outras coisas. Se eu não estivesse com a mente cheia de medos, eu perguntaria o que são todas aquelas coisas.

Rafael – você está quieto, o que ouve – ele disse. Há... Aquela voz me enlouquece.

Eu – nada não, só estou pensando algumas sobre algumas coisas que ouvi sobre você – hei... Por que eu falei? Eu não queria falar – desculpa, não queria dizer assim...

Rafael – tudo bem, as pessoas sempre falam de mim – ele pegou o caminho mais longo para a minha casa e dirigiu bem devagar.

Eu – não sei...

Rafael – olha, eu gosto de você como jamais gostei de alguém. Prometo que vou falar a verdade – ele falou isso apertando minha mão e eu sabia, de alguma forma sabia, era sério, ele me falaria a verdade por mais que ela causasse dor.

Eu – me contaram que você está envolvido com o que aconteceu com um tal de Bernardo, na sua escola, é verdade?

Rafael – sim. Eu fiz aquilo com ele – eu engoli em ceco. No fundo eu queria que ele negasse, mesmo que mentisse.

Eu – porque você fez aquilo?

Rafael – não é que eu não queira te dizer, mas simplesmente aconteceu, quando dei por mim já tinha acabado, eu lembro que e mudei nesse dia, me senti melhor, mais forte, mas confiante.

Eu – você deixou aquela menina da escola, sua namorada, louca? Você teve algum envolvimento?

Rafael – eu fiz isso também. Antes que você pergunte por que, bem, ela estava muito grudenta e não agüentou quando terminamos, ela me deixou irritado e eu tive de dar um jeito nela.

Eu – tentaram se vingar de você. Você matou mesmo aqueles caras?

Rafael – sim.

Eu – e os outros, o que você fez?

Rafael – é melhor você deixar para lá, falar sobre isso é complicado, tem muita história que precisa ser cotada para você entender, então outro dia eu te digo, ta?

Eu – porque você simplesmente não deixou para lá? Você não sente culpa?

Rafael – no dia em que o Bernardo passou dos limites e achou que podia me tocar, eu mudei, como já disse. A mudança aconteceu na minha cabeça, daí para frente eu não senti mais remorso, culpa, dor, nada de ruim. Na verdade, muitas coisas boas eu também deixei de sentir.

Eu – quer dizer que você só quer me usar? Você não sente nada por mim? – uma lagrima desceu pelo meu olho. Ele parou o carro na frente de casa, estendeu a mão para limpar a lágrima e sorriu para mim, com aqueles olhos lindos.

Rafael – não, quando olhei para você no dia e que o seu amigo derrubou meu suco, foi bem parecido com o que aconteceu com o Bernardo. Uma mudança. Eu acho que já fiquei apaixonado naquele momento, dês de então eu travo uma verdadeira batalha na minha cabeça para saber o que eu devo fazer. A minha única certeza é que eu te amo.

Dito isso ele me beijou. Instantaneamente eu travei, mas à medida que ele tocava em mim eu fui relaxando e me entreguei. A língua dele explorava a minha boca com um desejo vorás, eu podia sentir o sabor dele. Era muito gostoso, paramos aos poucos. Minha cabeça fervilhava de dúvidas e eu tinha que sair de perto dele para poder pensar, eu não queria que o beijo acabasse, não queria me distanciar dele... Nunca mais, eu o... Amava... “amor”... Eu não duvidava mais. Abri a porta e sai. Ele saiu pelo outro lado e já ia me seguindo.

Eu – para, eu preciso de um tempo para pensar, longe de qualquer influencia. Amanhã nós nos falamos novamente.

Rafael – ta bom – ele olhou para o chão com ar de triste, como uma criança que os pais proibiram de sair de casa para brincar co os amigos. Tive que me segurar parra não dizer que ele poderia ficar.

Minha mãe estava com os olhos vermelhos de tanto chorar, acho, ainda soluçava. Meu pai estava triste, também. Eles estavam à sala, e logo que me viram meu pai me mandou sentar.

Eu – aconteceu alguma coisa... Olha, se é o Rafael, eu...

João – não filho, não tem nada a ver com seu namorado – espera ai, eles sabem? A Ana tinha razão, só nos não vimos.

Eu – então o que é? – falei meio vermelho.

João – lembra que sua mãe mandou fazer um monte de exames antes do acampamento.

Eu – lembro, foi quase uma semana de ‘idas ao médico’.

João – ela pegou hoje eles.

Eu – mas eu não tenho nada, na verdade eu estou melhor que nunca.

João – não filho, você não está bem, você é bem crescido para saber logo, não vou mentir – ele tomou fôlego – Você esta com câncer.

Continua...

É, a historia não deve demorar, com o Lucas prestes a morrer... Bem, mas tudo pode acontecer, não é mesmo?... Cometem critiquem e deixem suas duvidas. Ao final, atribuam uma nota. Até a próxima!


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Comentários

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08/07/2014 12:52:22
Como assim doente???? Logo agora que as coisas estavao se acertando, mas vai dar tudo certo
08/07/2014 00:09:25
Assim, você é um ótimo, perfeito, espetacular escritor. Fiz essa conta especialmente para poder comentar aqui. Vou acompanhar você sempre. ;) Continua logo ;)
07/07/2014 21:27:31
É H. CDescobri qual é o seu poderDe enfartar as pessoas com as palavras. Você é mau sabia disso? Pessoas assim vão pro inferno heinnnão comentei antes porque tava sem internet ta?
06/07/2014 18:10:58
Nossa não esperava por essa...
06/07/2014 16:28:28
Pocha :(
06/07/2014 15:56:23
Ho Gosh, agora o bagulho ficou serio. Não demore para postar.
06/07/2014 13:01:18
Mas sei que você guarda mais surpresas nesse conto e que essa história dele morrer faz parte de algo maior.
06/07/2014 13:00:31
Ah não, o Lucas não pode morrer não.
06/07/2014 07:55:25
Bom eu admito isso me pegou de surpresa, eu realmente não esperava por essa tanto que até agora estou com uma expressão pasma em minha face, mas como eu bem já disse seu conto é totalmente imprevisível e complexo, sendo assim não irei tirar nenhuma conclusão e irei aguardar ansiosamente para saber como a historia ira se seguir e é claro torcendo pra que de tudo certo, sabe uma coisa que eu gosto muito em seu conto é a complexidade do mundo que vivem nossos dois personagens principais, pois apesar de não estar explicito eu sei que a todo um universo em torno dessa historia com seus acontecimentos que seguem independente dos protagonistas, eu tento imaginar um pouco desse universo com algumas pequenas dicas que você da e é claro que eu só consigo ter um pequeno vislumbre do que deve haver em sua mente, orem mesmo assim é impressionante o que eu consigo ver, bom vou encerrando por aqui só queria pedir caso der poste mais um capitulo amanha pois estou louco pra saber o que vai acontecer, bom beijos e xau. Atenciosamente Neto.


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