Ler aquela mensagem me incomodou profundamente, pois querendo ou não ainda tinha sentimentos pelo Carlos. Eu já tinha entendido que a nossa oportunidade havia passado, agora cada um seguiria seu caminho. Fiquei olhando fixamente aquela mensagem até ser surpreendido pelo Lipe me envolvendo em um abraço aconchegante.
Lipe - Por que não me acordou para tomar banho junto com você?
Eu - Você dormia tão bonitinho, não queria te incomodar.
Lipe - Da próxima vez me acorda, amor.
Eu - Acordo sim. Vai tomar banho enquanto eu peço algo para comer.
Saí do banheiro e fui me trocar. Tratei de apagar aquela mensagem para evitar futuros problemas. Ter um desentendimento com o Lipe por causa do Carlos era a última coisa que eu precisava. Quando o Lipe saiu do banheiro somente de roupão foi ao meu encontro na sacada, onde eu o esperava para comer. Em suas mão havia uma pequena caixinha preta.
Lipe - A noite foi tão maravilhosa que acabei me esquecendo de um pequeno detalhe.
Eu - O que é?
Lipe - Isso!
Ele levantou da cadeira que havia sentado e se ajoelhou ao meu lado.
Lipe - Aceita namorar comigo?
Eu sorri ao ver sua expectativa pela minha resposta.
Eu - Aceito! Você me ganhou, Lipe.
Ele colocou o anel no meu dedo e eu fiz o mesmo no seu, selamos o momento com um beijo. Enquanto ele comia eu ficava admirando a fria manhã ensolarada que fazia. Me permiti refletir sobre como a minha vida havia mudado em tão pouco tempo. Perdi o meu primeiro amor de forma trágica, depois de algum tempo na profunda solidão pensei que havia encontrado novamente outro, mas por minha total culpa deixei escapar a oportunidade. Agora eu estava ao lado do Lipe, mais uma chance que me foi dada para ser feliz. Desta vez faria de tudo para não desperdiçar esta chance. Fixei meus olhos no Lipe enquanto ele degustava seu café, admirando o quão especial ele havia se tornado para mim. Se eu falasse que o amava perdidamente estaria mentindo, mas o enorme carinho que eu tinha por ele me fazia querer tentar.
Lipe - Um tostão pelo seus pensamentos.
Eu - Só estou pensando em como a vida muda repentinamente.
Lipe - Essa é a graça da vida, ser imprevisível.
Eu - Eu arranjei um namorado filósofo.
Lipe - Quem me dera, sou um reles mortal que externaliza seus pensamentos.
Eu - Você fica tão sexy quando faz essa cara de pensador.
Lipe - Fico?
Eu - Sim!
Ele começou fazer caretas como se estivesse pensando em uma nova teoria revolucionária. Eu levantei e sentei em seu colo.
Eu - É um bobo mesmo, mas é o meu bobo.
Tivemos uma manhã cheia de carinho, curtindo um ao outro. Saímos do hotel próximo das três da tarde, fomos direto buscar o João na casa dos avós para passarmos o resto do domingo juntos. Ao chegarmos fomos recebidos pela dona Laura, enquanto o João assistia TV com o avô. O Lipe preferiu ficar no carro, pois não queria causar nenhum constrangimento.
Eu - Antes de chamá-lo, quero conversar um pouco com a senhora.
Laura - Faz tempo que você não aparece para conversarmos como antigamente. Você anda muito ocupado e esqueceu da sua sogra.
Eu - Jamais! A senhora sabe que a tenho com mãe. Em nome desse carinho que quero lhe contar uma coisa.
Laura - Meu filho, você é muito amado aqui nessa casa. Agora me conte essa tal novidade.
Respirei e disse de uma vez.
Eu - Estou namorando.
Ela me olhou surpresa.
Laura - Me conta isso direito.
Narrei de forma reduzida minha história com o Lipe, no final recebi um abraço onde pude sentir o carinho de mãe.
Laura - Só te desejo muitas felicidades, meu filho. Espero que traga ele aqui para conhecermos o mais rápido possível.
Após mais alguns minutos de conversa, peguei o João e desci para não deixar o Lipe esperar muito. A conversa com a Laura me deixou extremamente aliviado tornando meu dia ainda mais feliz. Sempre fui tratado com muito carinho pelos pais de Antônio e após a sua morte, esse carinho só aumentou. De certa formar a aceitação do meu relacionamento com o Lipe por eles foi algo que veio aumentar ainda mais a minha felicidade. Fomos os três para casa e curtimos o restante do domingo. Já à noite após o Lipe colocar o João na cama, ele fazia questão de fazer isso, nós deitamos na varanda para namorar um pouco.
Eu - Não precisava colocá-lo na cama.
Lipe - Eu gosto de fazer isso. Sabe! Meu sonho é ser pai, ter muitos filhos.
Eu - Você será um pai excelente.
Lipe - Enquanto os nossos não chegam vou treinando com o João.
Olhei surpreso para ele por impulso.
Lipe - Calma, amor! Isso não vai ser para agora, começamos a namorar recentemente.
Eu - Eu seria muito feliz em ter dezenas de filhos com você.
Ele me apertou em seu abraço e beijou o alto da minha cabeça.
Lipe - Te amo!
Eu - Eu também te amo.
Encerramos a noite com muito carinho e juras de amor.
As semanas passaram e o meu relacionamento com o Lipe estava cada vez mais firme, ele se mostrava um romântico nato. Dormia lá em casa sempre que podia, pois seu trabalho estava cada vez mais puxado. Ele era engenheiro civil e passava boa parte do dia visitando as obras da construtora, sem falar nas viagens que fazia esporadicamente. Apesar disso estávamos muito felizes juntos. Ele havia se tornado amigos do João, o que me deixava mais feliz ainda.
Foi durante uma de suas viagens, que dessa vez durou mais que de costume, que aconteceu uma situação um tanto desagradável.
Eu havia acabado de desligar o telefone, o Lipe havia ligado para desejar boa noite, quando alguém toca a campainha desesperadamente. Isso me irritou profundamente, pois o João já dormia. Ao abri tomei um grande susto quando um corpo caiu sobre mim. Depois de me recuperar vi quem era o ser, era o Carlos extremamente bêbado.
Eu - Meu Deus, Carlos! O que você está fazendo aqui?
O cheiro da bebida estava muito forte me fazendo enjoar.
Carlos - Vim te visitar.
Eu - Bêbado desse jeito?!
Carlos - Você fez isso comigo.
Ele chorava feito criança nos meus braços.
Eu - Eu? Me poupe, Carlos. Já está tarde e o João está dormindo. Por que você não vai atrás do seu noivo.
Carlos - Porque ele me deixou por culpa sua.
Eu - Vai se ferrar! Agora tudo que acontece na sua vida é culpa minha?!
Carlos - Desde que te conheci tudo que acontece na minha vida é por sua causa.
Ele começava a gritar no corredor. Meu medo era os vizinhos ouvirem, sem falar que já era mais de onze horas da noite.
Eu - Cala essa boca e para de fazer escândalo na minha porta, entra logo de uma vez.
Passei seu braço pelo meu pescoço e o ajudei a sentar no sofá. Ele cheirava a bebida e cigarro, provavelmente passou a noite enchendo a cara.
Eu - Fica aí que eu já volto.
Deixei ele resmungando na sala e fui pegar meu celular no quarto. Eu não ia enfrentar isso sozinho. Liguei para o Edu e expliquei o ocorrido, pedi que viesse mais rápido possível. Enrolei um pouco lá me cima para não ter que ficar muito tempo sozinho com o Carlos até o Edu chegar. Voltei para sala e ele não estava mais lá.
Eu - Onde você está, Carlos?
Ouvi um barulho na sacada. Fui até lá e o encontrei deitado na espreguiçadeira.
Eu – Pensei que tivesse indo embora.
Carlos - Não estou me sentindo muito bem.
Eu - Estou vendo. Desde que horas você está bebendo?
Carlos - A semana inteira.
Eu - Você é louco?
Carlos - Devo ser ou estou apaixonado.
Eu - Menos! Esse tipo "frágil" não combina com você e comigo isso não cola. Você ainda vai me arranjar problema com o Lipe por ter vindo aqui.
Carlos - Larga aquele mané, ele não foi feito pra você. Seu coração ainda é meu.
Eu - Eu mereço mesmo. Ter que aguentar papinho de bêbado a essa hora da noite. Vamos lá pra dentro, aqui está muito frio.
Ao me abaixar para ajudá-lo fui surpreendido por um beijo, pelo beijo que por tanto tempo eu havia esperado, mas que só me deu nojo. Ele me puxou com força me fazendo deitar sobre si e começou a me agarrar.
Carlos - Eu te desejo tanto. Penso em você todos os dias, no seu corpo, na sua boca.
Eu - Me solta, Carlos.
Apesar de estar bêbado ele ainda tinha muita força. Em um movimento rápido ele ficou em cima de mim enquanto beijava meu pescoço. Confesso que sempre desejei ter o Carlos novamente, mas aquilo só me despertou repulsa por ele. Com toda a minha força tentei fazer com que ele saísse de cima de mim, mas foi em vão. Ele estava machucando mais meu coração do que meu corpo com aquela atitude. De repente ele foi tirado subitamente e jogado no chão.
Edu - Seu desgraçado! O que pensa que está fazendo?
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Oi pessoal!
Como passaram esses dias? Estou bem graças a Deus. Curtindo um pouco as férias antes de voltar para o último ano da faculdade \o/
Está aí mais uma parte do conto pra vcs de todo o meu coração. Estou pensando em fazer uma espécie de "Você decide". O que acham?kkkk
Gente! Quanta mulher comentando o conto, nunca fiz tanto sucesso com a mulherada...kkkkkkkkkkkkkkk. Bjos lindas!
Quero fazer uma pequena homenagem a uma pessoa que conheci aqui e se tornou meu melhor amigo. Esses dias eu estava pensando e cheguei a conclusão que encontrei o meu Pedro, só que sem a parte do sexo...kkkkkkkkkk. Amigo! Vc sabe o quanto gosto de vc e agradeço a Deus por ter lhe conhecido. Te amo! Feliz dia do amigo para todos:)
♥ Priincessiinha ♥ - Até eu estou em dúvida de quem vai ficar com o Nando, pode ser qualquer dos dois ou até mesmo uma terceira pessoa. Obrigado pelo carinho. Bjos
Agatha1986 - Vai entender a cabeça desses homens. Se vcs acham que mulher é complicada, os homens não ficam muito atrás..kkkkkkk. Obrigado pelo carinho. Bjos
love31 - Obrigado pelo carinho. Bjos
*MARIAH* - Obrigado pelo carinho. Bjos
Ninha M - Obrigado pelo carinho. Bjos
cintiacenteno - Sério q pensou isso? Na verdade o sentimento do Lipe é verdadeiro, mas a questão é que o Nando ainda sente algo pelo Carlos. É aquela coisa de amor mal resolvido. Obrigado pelo carinho. Bjos
- Obrigado pelo carinho. Bjos
FabioStatz - Seu raciocínio está certo, mas ainda não sei com quem o Nando vai ficar. Obrigado pelo carinho. Bjos
Ru/Ruanito - Obrigado pelo carinho. Bjos
Fortinhooo Gostoso - Fico muito feliz com os seus coments. Obrigado pelo carinho. Bjos
diiegoh'- Obrigado pelo carinho. Bjos
CrisBR1 - Oh amigo...feliz demais por ver você aqui. Na verdade o Nando tem uma grande parcela de culpa pela situação. Se ele não tivesse medo de assumir o relacionamento com o Carlos no passado, isso tudo não estaria acontecendo. Obrigado pelo carinho. Bjos
EduEArthur - Obrigado pelo carinho. Bjos
stylo - Obrigado pelo carinho. Bjos
DW-SEX - Meu amigo. Como vc está? Obrigado pelo carinho. Bjos
Puzzle - Obrigado pelo carinho. Bjos
Drica Telles(ametista) - É uma pena termos chegado a este ponto, confiar desconfiando das pessoas. Eu ainda quero crer que existe bondade gratuita nas pessoas, sem esperar algo em troca. Querida! Um super abraço e muito obrigado pelo carinho. Bjos