Um Sábado Qualquer.
Sábado, um sábado à noite. Onde estou? Estou em casa, com portas e janelas fechadas, sentado sobre minha cama tentando escrever algo sobre a vida, sobre a vida que se vive la fora, sobre a vida que falta aqui dentro. Olho, espero, respiro, mas ela não vem, não me vem uma pontinha sequer de inspiração, de vontade, de tesao para escrever. Há, como eu queria colocar esse furacão que é a vida na ponta de uma caneta, desvendar seus caminhos, seus segredos, seus prazeres. Que meus textos fossem cama para os doentes, abrigo para os sem teto, uma companhia para os solitários. Mas nada. Não há nada na tela, não há nada no quarto, não há nada dentro de mim. Levanto-me e vou à sala, abro meu uísque, encho o copo e viro por completo. Repito a façanha mais umas três vezes. A minha dor, seja o que ou quem fosse, morreria afogado em álcool, ou pelo se embebedaria comigo para fazermos algo melhor do que atazanar o outro. Sentei no sofá e liguei a TV, é incrível o se passa, se não estivesse vendo diria ser impossível alguém ganhar dinheiro para fazer tanta escrotisse, dinheiro, droga, dinheiro, deveria fazer algo a respeito, já estava sem grana ate para comprar bebida. Nesse monologo mental ouvi a campanhia tocar, estranho, pois não recebi a ligação do porteiro e não estava a esperar ninguém. Fui devagarzinho e olhei no olho-magico, era a vizinha, a vizinha do apartamento de cima, a vizinha do apartamento de cima com uma garrafa de vinho nas mãos. Espere um minuto, disse enquanto procurava alguma roupa pelo chão.
- Ola!
- Oi vizinho, estava la em casa sem nada pra fazer, então decidi terminar essa garrafa de vinho, me acompanha?
Já tinha a visto duas ou três vezes, lembro que a primeira fora no elevador, estava ela e seu noivo quando entrei. De imediato ela fitou-me por um segundo e disse:
- Eu te conheço de algum lugar... Humm... Espere um pouco, você é o escritor, Antonio Vergara, isso, isso mesmo, meu deus, Antonio Vergara no meu prédio!
Não era acostumado com essas coisas, havia me mudado a algumas semanas, mas nunca, em lugar algum alguém se empolgara tanto com a minha presença.
- Eu adoro teus livros, tu é um dos meus escritores favoritos, meu deus, o que esta fazendo aqui, conhece algum morador?
- Eu moro aqui, me mudei a alguns dias...
- há, nossa, você morando no meu prédio, parece um sonho, e serio isso?
Sua animação continuou ate chegar no meu andar, fora difícil sair do elevador, tive que prometer mil autógrafos para que me deixasse em paz, tudo bem, reconheço, embora ela fosse linda o histerismo me assustou um pouco. E agora ela esta aqui, sozinha e com uma garrafa de vinho na mao.
- Claro, entre, vamos dar uma utilidade a isso, sente-se ali, vou procurar as taças para tomarmosAqui, segure, deixe-me servi-la.
- Nossa, quem diria que um dia estaria tomando vinho com Antonio Vergara...
Dizia isto olhando em meus olhos enquanto lhe servia. Há, a vizinha, a vizinha sentada em meu sofá com um roupão de dormir, nada que ofuscasse a sua beleza, ou melhor, nunca a vira tão linda.
- Então, o que faz em casa num sábado a noite?
- meu noivo viajou, foi para porto alegre e me deixou sozinha...
- A negócios?
- Sim, ela trabalha numa empresa farmacêutica, parece que abriram uma filial por la, vai precisar ficar por uma semana...
- Nossa, acho a vida engraçada...
- Como?
- Acho engraçado homens irem para o fim do mundo buscar ouro enquanto a jóia mais bela esta em casa...
- Eu sabia que iria adorar conversar com você... Tenho que admitir, fico ate nervosa...
- Não fique, venha, tome mais vinho...
Viramos vários copos falando sobre varias coisas, mas sem nunca desviar o olhar, seus olhos negros me prendiam, me provocava, seu sorriso era leve como uma brisa, sua pele clara como a verdade.
Levantei-me e lhe servi mais um pouco do vinho, mas antes que pudesse sair ela segurou-me pelo braço e disse:
- Eu estou com fome...
- Claro, eu posso pegar algo pra ti...
- Tenho fome de você, Antonio, comida não vai me saciar, acredite, eu já tentei, meu desejo é você, o teu corpo... Te quero dentro de mim!
Disse isto se levantando e soltando o roupão. Nossa. Como a vizinha é linda. Vestia uma camisola de seda negra que mal lhe cobria o corpo, suas coxas a mostra, seus seios a saltar em minha face, não hesitei, beijei-a com força, pressionava seu corpo para junto do meu, sentia sua pele macia, cheirosa, tudo em meus braços. A levei para o quarto sem parar de beijá-la. Ao pé da cama ela afastou-se um pouco e, com a ponta dos dedos, tirou a alça da camisola que veio ao chão, trazendo a luz aquela maravilha da natureza. Enquanto tirava minha camisa ela já se abaixara e, de joelhos, abriu o zíper da minha calça. Como ela era gostosa, meu pau latejava de tesao quando ela o segurou e começou a beijá-lo. Lambia a cabeça, ia ate a base e voltava, sua língua macia, sua boca quente, aquela mulher me enlouquecia. Logo estava com ele completamente em sua boca, ela sabia o que estava fazer. Nos deitamos e logo comecei a beijar seus peitos, eram enormes, minhas mãos não os cobriam, seus mamilos completamente rígidos, seus gemidos eram maravilhosos. Fui descendo beijando cada ponto, sua barriga, suas pernas, sua virilha, foi quando parei e olhei. Merda. Que xota mais linda, toda molhada, escorrendo ate o cuzinho. A vida é boa. Logo ela segurou minha cabeça e a pressionou contra seu corpo, me afogando em seu mel que beberia ate a ultima gota. Como ela se retorcia, gritava, dizia para não parar. Eu me lambuzava, queria era mais, enfiei dois dedos devagarzinho, ela ia loucura gritando que estava a gozar, então falei:
- Diz para mim o que tu quer? Diz tua vadia, pede a minha piroca, pede, manda eu te arrombar, anda, só vou meter quando tu pedir....
- Mete, anda, mete essa piroca, arrasa minha xota seu puto, mete em mim, anda, mete com força, me arrebenta!
Então a puxei para a beirada da cama e comecei a meter. Forte. Delicia. Seu calor, sua umidade, meu pau deslizava. Segurava sua perna contra meu peito, metia cada vez mais forte enquanto lambia a ponta dos seus dedos. Ela gemia se contorcendo, segurava seus peitos, apertava os bicos, éramos animais totalmente entregues ao prazer. O suor transbordando por nossos corpos, a respiração ofegante. Ela me olhou e disse:
- Goza, vai, goza em mim, eu já li seus livros, sei que você gosta, você quer , eu sei, mete e goza em mim seu puto, anda, com força, mete!
Há, que mulher, senti que ia gozar e acelerei cada vez mais, nossos corpos batiam palmas para tamanho prazer, ate que gozei, gozei como a tempo não gozava, enchi sua xota da minha porra.
- Toma sua vadia, não era isso que você queria, toma minha porra, sua puta...
Terminei exausto. Fui ofegante ate a sala e busquei o vinho e as taças, voltei e sentei-me ao seu lado. Bebíamos nos olhando nos olhos, nos provocando e preparando para a noite que apenas começava...