O Certinho e o Desleixado (Capítulo 30)
Finalmente, depois de um dia de cão, pude ir pra casa. Sai da sala sozinho, já que a Mari ia pra casa e o Joca ia no dentista. Fui em direção ao estacionamento e o Duda já me esperava no carro. Entrei e me sentei no banco do carona.
- E aí, como foi o primeiro dia de aula? - ele perguntou.
- Foi normal... e o seu, como foi? - perguntei, enquanto ligava o som do carro.
- Foi estranho, me senti meio deslocado. - ele respondeu.
- Hum.
Consegui sintonizar uma estação de rádio e tocava a música Moments, do One Direction.
- Você não respondeu o que eu te perguntei hoje mais cedo. - Ele disse.
- Eu aceito. - eu respondi. Sentia meu rosto queimar, tinha quase certeza que eu estava vermelho como um tomate.
- Hum. Legal. - ele respondeu.
Eu queria ser um avestruz e enfiar minha cara no chão pra nunca mais sair. Eu estava namorando com meu meio irmão.
- E agora, o que a gente faz? - ele perguntou.
- Não sei, eu nunca namorei antes. - falei, rindo.
- Nem eu. - ele riu.
- Como assim? - perguntei.
- É, no máximo fiquei enrolado com alguma guria, mas nunca namorei porque nunca me senti apaixonado. - ele disse.
- E agora, você se sente apaixonado? - perguntei.
- Muito apaixonado! Inclusive não me sinto apaixonado só agora, me sinto apaixonado desde o momento que te vi dormindo no meu quarto - ele respondeu, parando o carro.
Nós demos um beijo incrível, talvez o melhor que já demos até hoje. Era um beijo apaixonado, um beijo calmo em sem malícias. Nos beijamos até perdermos o fôlego.
- Assim você me mata, hein Arcanjo? - falei, suspirando.
- Se você morrer eu morro junto - ele respondeu.
- AI QUE DOCE, sai fora! Odeio melosidade. - falei. Nós rimos.
Fomos em direção a nossa casa e fomos almoçar, apenas eu e ele. Ficamos conversando coisas aleatórias durante o almoço e depois fomos tomar sorvete. Voltamos pra casa e dormimos os dois, juntos, agarradinhos e de conchinha ahahahah. Acordamos já era noite, por volta das 20 da noite, estava morto de fome.
- Amor, acorda! - falei.
- Hum? - ele respondeu.
- Tá na hora da janta. - me vesti e fui em direção ao banheiro. Comecei a escovar os dentes e ele chegou por trás, me encochando e mordendo meu pescoço. A imagem da carinha de sono dele que aparecia no espelho me deixava louco. Ele escovou os dentes e fomos em direção a cozinha. Quando chegamos, todos estavam a mesa. Meu pai, a Marta, meu irmão e sua namorada. Eu e o Duda nos sentamos e eu olhei pra ele. Aquela era a hora, eu não queria mas esconder o que eu era de mais ninguém.
Meu irmão percebeu o clima tenso e ficou olhando perplexo pro seu prato. Era uma mania dele.
- Pai, Marta, eu tenho que falar uma coisa. - falei.
O Duda deixou a comida de lado e observou atentamente a situação.
- Eu estou namorando! - falei.
- Que bom, meu filho! Quando vamos conhecê-la? - meu pai perguntou.
- Então, vocês já conhecem - o Duda interrompeu. - Sou eu. - Ele continuou.
Galera, mil desculpas pelo capítulo pequeno, viajei pra São Paulo pro nascimento do segundo filho do meu irmão e acabei me acomodando e deixando todos os trabalhos da faculdade pra última hora. Também não vou poder agradecer os comentários individualmente hoje, então um muito obrigado a todos que comentaram! Vou postar o próximo capítulo hoje de madrugada ou amanhã de manhã bem cedo. Não deixem de comentar, darem sugestões e tudo mais! Um grande abraço.