NYC #4

Um conto erótico de Marc
Categoria: Homossexual
Contém 1696 palavras
Data: 16/02/2014 01:49:49
Última revisão: 16/02/2014 02:46:52

Eu estava nervoso, esperando Luke numa esquina próximo à casa de Zac. Minha cabeça estava a mil, eu mal conseguia raciocinar direito, por que Zac fizera aquilo, o que ele queria comigo? Relaxo um pouco a cabeça e vejo o carro de Luke vindo, ao longe.

- Marc, o que aconteceu, você está pálido!

- Eu, eu... – eu mal conseguia falar, abracei Luke – Só me leva para a casa, por favor.

Ele não discutiu, viu que eu estava mal e fomos para meu apartamento. No caminho Luke passava a mão nos meus cabelos enquanto eu estava encostado no ombro dele, eu estava pensativo, distante, preocupado.

Quando chegamos eu fui direto tomar um banho, precisava relaxar, enchi a banheira e fiquei bastante tempo, tentando entender tudo o que tinha acontecido, pensando em um jeito de explicar tudo para Luke. Saí do banho e me enrolei em um roupão e fui para a sala, onde Luke estava com uma revista na mão. Entrei na sala e Luke se levantou instantaneamente, ele estava preocupado, mas não disse nada.

- Luke, preciso te contar o que aconteceu.

- Precisa mesmo! Estou aqui, nervoso, você está estranho – ele disse, com a voz ligeiramente trêmula – você nunca me escondeu nada, sempre foi completamente aberto comigo e agora está medindo palavras, o que houve?

- Eu, quer dizer, o Zac... – não havia como eu falar aquilo de uma forma mais sutil, Luke jamais iria aceitar – O que eu quero dizer é que Zac me beijou.

- O QUE?!

Luke, transtornado, deu um soco na mesa de vidro que se partiu em milhares de pedaços, eu fiquei assustado, não sabia o que fazer. Eu nunca havia visto ele daquele jeito, ele estava louco, não falava coisa com coisa, simplesmente andava de um lado para o outro sem rumo.

- Luke, me esc...

- Como isso foi acontecer? Por que você fez isso comigo? – ele disse, me interrompendo – Você gosta dele? VOCÊ AMA ELE?!

- Não foi nada disso Luke! – eu respondi, chorando – Quem você acha que eu sou? Acha que eu faria isso com você, acha que EU SOU ASSIM? Ele me beijou a força, eu não tive o que fazer.

Disse isso e saí correndo, me trancando no quarto. Luke me chamou mas eu fiquei chorando lá sozinho, e adormeci triste.

Eu acordei com uma baita dor de cabeça, era noite, fui me levantar da cama e parecia que minha cabeça ia explodir, tamanha era a dor. Eu precisava de um analgésico, fui até o banheiro e peguei um Advil, tomei.

Saí do quarto e Luke veio até mim.

- Me desculpe, por favor – ele disse, chegando próximo a mim, sem me tocar – mas o que você esperava que eu fizesse? Como você se sentiria se soubesse que eu beijei outro rapaz? Por favor, me entenda, eu confio em você, confio mais que tudo, me perdoe.

Meu coração estava apertado, Luke estava sendo fofo, como sempre era, mas ele tinha me magoado profundamente. Não respondi, fui até a porta da sala e saí do apartamento e falei.

- Vou comer alguma coisa na rua.

Ele nada respondeu, mas veio comigo. Eu estava faminto e precisava comer alguma coisa, fui a um bistrot perto do apartamento e me sentei no balcão do bar.

- Marc, pare com isso, vamos para uma mesa – pediu Luke, gentilmente.

- Um Martini, por favor – pedi ao bartender.

- Seus documentos, senhor – o bartender me pediu.

- FUCK! – respondi, irritado, saindo do bar – Sério isso?

Luke veio até mim, me segurando pelos ombros.

- Marc! Pare de me ignorar, por favor – ele estava visivelmente triste – me entenda, eu não fiz isso por mal, eu nunca esperaria que você fizesse algo assim comigo, me perdoe.

Eu olhei Luke nos olhos, ele estava com os olhos marejados de lágrimas. Eu olhei para ele e permaneci em silêncio, não estava sendo fácil para mim toda aquela situação, eu entendia que ele estivesse chateado, mas eu também estava. Chateado com Zac, por ter me beijado, chateado com Luke por ter reagido daquela maneira e chateado comigo mesmo, por ter acreditado em Zac!

Luke me segurou forte e me beijou, eu sempre amei os beijos de Luke mas naquele momento, a forma com que ele me segurava, o jeito com que me beijou me fez lembrar de Zac e eu fiz algo que me arrependo até hoje, dei um tapa em Luke.

- OMG! Me desculpe Luke eu, eu... – eu não sabia o que fazer, não havia nada a ser feito, Luke não dizia nada, só me olhava – é que foi, você, quer dizer o Zac me segurou assim quando me beijou e eu lembrei dele.

- Está tudo bem – Luke disse, calmo – não se preocupe.

Eu não me preocupava, mas chorei e caí nos seus braços, chorando como bebê. Luke me segurou e eu fiquei ali, chorando até me acalmar. Já havia uma plateia nos olhando, e eu sentia como se estivesse nu aos olhos das pessoas, tão frágil, tão exposto...

Luke pediu uma mesa, aos fundos do restaurante, e jantamos calmamente. O clima era tenso, não por Luke mas eu não me sentia confortável, o que eu havia feito era imperdoável, eu nunca deveria ter batido em Luke.

Fomos para a minha casa e dormimos, juntos, dessa vez com roupas. Dormimos na cama do meu pai, ele estava em Roma e a cama era maior, mais confortável para nós dois, meu corpo estava dolorido da noite anterior.

Quando acordamos fomos ao Starbucks tomar café da manhã e pedimos o de sempre, meu Latte com Muffin de Blueberry e Luke com seu Capuccino e, dessa vez, um Brownie. Minha cabeça ainda doía, provavelmente pelo estresse de toda a situação. Era um domingo, no dia seguinte eu teria de ir à escola, não aguentava mais estudar, queria terminar aquilo logo, ir para a NYU (eu não queria deixar NY para estudar) e me formar.

Luke disse que precisava ir para a casa, já havia dois dias que ele usava as minhas roupas, que não ficavam exatamente boas nele, já que eram poucas roupas minhas que serviam nele, e ainda assim a maioria ficava pequena. Nos despedimos, eu fui para a casa e liguei para Brigitte,

- Brigitte, eu preciso conversar com você, posso ir até sua casa?

- É claro que pode, aconteceu algo sério?

- Nada demais – eu disse – mas não dá para contar por telefone.

Peguei um taxi e fui até o apartamento de Brigitte em Lower Manhattan, bem próximo ao meu apartamento, cheguei lá e fui anunciado pelo porteiro, ela liberou minha entrada e eu fui, sem saber o que dizer exatamente.

- Oi Marc, você precisava me ver? - Brigitte disse, curiosa.

Como eu ia dizer aquilo? Não havia jeito fácil...

- ZACMEBEIJOU! – eu disse, sem nem respirar para falar – Brigitte, eu não queria, era, você sabe, quer dizer, você me entende...

- O que? Como assim Zac te beijou? – Brigitte perguntou, confusa – Você quer dizer que ele te beijou na boca?

- É LÓGICO BRIGITTE! Você acha que eu ia ficar assim, desesperado, se tivesse sido um beijo no rosto? – eu disse, indignado – É claro que ele me beijou na boca!

Brigitte me encarou por algum momento, analisando meu rosto, eu estava nervoso... Zac era ex namorado de Brigitte, e por mais que ela não quisesse mais ele, ela poderia ficar brava ou algo assim.

Para a minha surpresa, qual a reação de Brigitte? Ela começou a rir descontroladamente.

- Ele nunca beijou muito bem – ela disse, rindo tanto que eu quase não entendi – mas não precisava ficar tão consternado.

- Brigitte! Para de ser boba – eu respondi, rindo um pouco também – eu tive uma briga séria com Luke por causa disso!

Ela parou de rir e começou a me escutar com atenção, contei tudo o que tinha acontecido, nos mínimos detalhes. O que Luke tinha me falado, eu me trancando no quarto, o tapa no restaurante...

- Se eu fosse Luke você é que teria levado o tapa – Brigitte disse, censurando-me – afinal de contas quem insistiu nessa ideia boba de ficar andando atrás de Zac foi você. Além disso você seduziu Zac, conte-me qual foi o segredo.

- Para de ser boba! Eu não seduzi ninguém, Zac deve ter batido forte demais com a cabeça, não sabe o que está fazendo. – eu respondi, nervoso – Você sabe se ele estará na escola amanhã?

- Não conversei com ele, pra ser sincera eu nem tenho razão para falar com aquele babaca. – ela respondeu – Mas é bem possível que ele esteja sim.

- Ah não! Não bastasse metade daquela escola me perseguir para conseguir mais detalhes de Luke e eu, me fotografando até bebendo água, e agora ainda vou ter que aguentar um valentão brutamontes apaixonado por mim?

- Muitas meninas devem te invejar, Marc. – Brigitte completou – Você simplesmente conquistou dois dos partidos mais cobiçados da cidade.

Me despedi de Brigitte e combinei almoçar com Luke, eu queria estar junto dele a todo momento, sobretudo agora. Fomos a um restaurante italiano que eu não conhecia, mas que Luke disse ser ótimo. Entramos, era um tanto quanto engraçado, parecia um restaurante na Itália! As mesas, os músicos... as pessoas até falavam Italiano lá dentro!

Luke pediu um vinho tinto e duas taças.

- Eu ainda não tenho 21, posso ser preso – eu disse, relembrando a noite anterior.

- Sou um dos melhores advogados da cidade – ele respondeu – acho que posso livrar a minha cara.

Pedimos nossos pratos e almoçamos, aquele vinho estava me dando sono, eu estava até piscando mais lentamente. Terminamos nosso almoço e fomos para a casa de Luke, que era mais perto, seu pai estava em Winsconsin então conseguimos ter um dia mais tranquilo.

Deitei na cama de Luke, morrendo de sono, e fui me aconchegando para dormir. Luke veio ao meu lado, passando seu braço embaixo da minha cabeça, e lá ficamos.

Os dias que se seguiram foram bastante normais, eu evitava Zac na escola, Zac tentava a todo custo se aproximar de mim e volta e meia algum jornalista tentava alguma declaração minha ou de Luke sobre nosso envolvimento.

Meu pai ainda estava em Roma, nos falávamos quase diariamente, Kang ainda estava na África, deveria voltar nos próximos meses, e assim seguimos normalmente nossas vidas, até o lançamento da Z-Spoke, o evento em que eu e Luke assumiríamos nosso romance em público.


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Comentários

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Sua vida ta complicada hein.

E esse pesslal so sabe ficar em cima de voces pra conseguir alguma noticia . Eles nao tem outras coisas pra fazer ?

O luke agiu como tod namorado reagira.

Continua log ate mais.

Bjs.

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Desculpe, mais acho que o Luke ñ te devia desculpas alguma ja que ele agiu como qualquer namorado normal reagiria nessa situação.

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