Um amor diferente II
Olá, bom, antes de continuar o conto quero agradecer a todos os comentários no conto anterior. Obrigada!
Vamos lá...
Meu coração acelerou quando meus olhos bateram com o dela e parei meus movimentos de dança em câmera lenta rs. Andressa cumprimentou todos, ela segurava uma das mãos da menina que estava mais linda que quando a vi pela manhã. Foi ai que descobri o nome dela: Maíla. Lindo nome, não? Pois é...
Andressa logo puxou Daniela para dançar e deixou a Maíla comigo e Túlio. Quer dizer, só comigo, porque Túlio só se preocupava em beber e beber. Ela olhou para mim e sorriu mostrando dentes perfeitos (nem preciso contar como fiquei, né?!). Depois do sorriso, ela veio em minha direção chegando mais junto e falou gritando para que eu pudesse ouvir:
- OIIIIIII.
- OIIIIIII. – tive que responder no mesmo tom, pois a musica estava muito alta.
- ME CHAMO MAÍLA, PRAZER.
- OI, SOU...
- CLARICE.
Ela não deixou que eu completasse a frase e falou meu nome como quem já me conhecesse. Fiz uma cara de surpresa, e mesmo com as luzes, pude ver que ela corou quando percebeu. Para disfarçar (ou não), ela falou que iria buscar uma bebida para ela e perguntou se eu gostaria de uma, balancei a cabeça dizendo que não e levante o meu copo que já estava na mão, e comecei a rir quando percebi que ela também trazia um copo na mão (e ele ainda estava cheio rs), ela corou novamente, ficando sem graça e dando um sorriso bobo. Aquela menina tinha alguma coisa que mexia comigo. Só não sabia o que.
Apesar do som alto, conseguimos conversar. No inicio, timidamente, mas depois de um tempo, a conversa foi transportada até o ouvido. Pude descobrir algumas coisas como: ela tinha 21 anos, estava no primeiro ano da faculdade de engenharia da computação e trabalhava na lanchonete do pai que era com quem morava para segurar as pontas na faculdade e estava solteira.
A conversa estava tão boa que nem percebemos que o dia já estava amanhecendo. Passamos a noite toda conversando, dançando e bebendo. Ela era muito atenciosa e dançava muito bem. Já tinham poucas pessoas na pista,quando decidimos ir até uma mesa com sofás grandes. Daniela, Andressa e Túlio nos acompanharam e nos jogamos mortos e alcoolizados nos sofás. Olhei para Maíla que estava do meu lado com o rosto um pouco perto e os nossos olhos se cruzaram. Agora mais claro, aquelas sardas de perto me encantavam mais.
- Suas sardas são realmente lindas. – falei um pensamento em voz alta.
- obrigada. – ela sorriu e pude perceber que ela era tímida, com qualquer coisa ficava sem graça e vermelha. – você é amiga da Andressa há muito tempo? -completou mais uma vez para disfarçar a vergonha.
- não muito, mas saímos com alguma frequência e você?
- A conheço há bastante tempo.
- a sim – Olhe para Daniela que já me olhava fixamente com um sorriso malicioso.
- você quer mais uma bebida? Posso pegar para você. – voltei meu rosto tão rápido que fiquei próximo do dela.
- Não obrigada, ainda tenho aqui.
Pela primeira vez, queria conversar com alguém que tinha conhecido na boate ou em festas, porque geralmente só ia para me divertir mesmo. Ela parecia procurar um assunto para conversamos, mas não encontrava o que a deixava extremamente agitada, e quando não tinha o que falar, decidiu falar da vida dos outros. Rsrsrsrs
– nossa, a minha amiga está muito afim da sua.
- é... Quem não fica afim da Daniela, não é?
- ela é muito bonita, mas tem pessoa melhores. – ela me olhou por uns segundo, e aquele olhar fez meu coração acelerar. O que estava acontecendo comigo? Dei um sorriso sem graça e um grande gole na bebida forte que já estava quente. Foi quando decidi que era hora sim de beber outra coisa. Então fomos para o bar.
Túlio estava jogado em um sofá completamente bêbado, brincando com um copo. Ele tentava ver alguma coisa, levantava, balançava, colocava mais perto e depois mais longe (era muito engraçado. Kkkkkk Até hoje quando lembramos disso, rimos MUITO), Daniela e Andressa se beijando/se comendo no outro e Maíla e eu no bar conversando e bebendo. “Ela é uma ótima garota” pensei comigo mesmo.
Já estava completamente claro quando Daniela me chamou para irmos embora. Me despedi da Maíla e trocamos números de celular. Fomos os últimos a sair da boate, eu estava MORTA.
Passei o sábado todo na cama, aproveitei que estava chovendo como sempre e dormi o dia todo. Umas 17h55 meu celular tocou e era um SMS de um numero não registrado.
“Foi muito bom te conhecer, adorei seu jeito, adorei você. Espero que possamos sair mais vezes. Beijos e se cuida. Maíla”.
Fiquei completamente gelada, li e reli aquele SMS umas mil vezes, e a cada vez, tinha um sorriso amarelo estampado no rosto.
Continua...