Verdade Ou Consequência (Capítulo 12)

Um capítulo atrás do outro... Espero que gostem de ambos...

Estou trabalhando como burro em meu novo conto. 18 capítulos já estão prontos, mas como eu já disse no primeiro capítulo deste conto, só postarei quando tiver terminado. Enfim. Cada capítulo deste novo conto tem aproximadamente 11 páginas, ou seja, é um pouco grande, na verdade é do tamanho de alguns que vemos aqui na casa, como 'Egeu' do nosso querido Lord D. E uma coisa eu já falo, não esperem romance. Não vai ter. Será realmente um conto erótico. Enfim. Agora vou postar mais um capítulo para vocês. Fiquem bem, e comentem.

CAPÍTULO 12:

- Acho melhor a gente voltar. – Ana diz ao perceber que Oliver viu Júlio e Olivia se beijando apaixonadamente.

- Não. Eu... Eu estou com fome. Vou comer alguma coisa.

Oliver caminha até a mesa, seguido por Ana. Júlio perde completamente seu sorriso ao perceber a presença de Oliver.

- Até que em fim hein! – Pablo diz. – Dormiu mais que a cama hoje é?

- Sim. – Oliver encarava Júlio.

- Então vamos comer. To morrendo de fome...

Todos tomavam café. Oliver não conseguia engolir nada. Sua mente girava em torno de Júlio. Ana segurava sua mão por debaixo da mesa, tentando o deixar tranqüilo, mas não estava adiantando.

- Você deve ser o Oliver! O viado não é? – Diz Olivia em um tom arrogante.

- O que? – Oliver acorda do transe.

- Você é o Oliver?

- Sim... – Oliver responde.

- Meu nome é Olivia. Sou a namorada do Júlio.

- Eu fiquei sabendo. – Oliver olha para Júlio, que vira o rosto.

- Você sabe que não é correto seu estilo de vida não é? É pecado. Deus não gosta de viados.

- Sério que você vai tocar nesse assunto? Você acabou de conhecer o cara agora! – Diz Ana em tom áspero

- Eu só estou falando a verdade. Não há perdão se não há mudança. Simples assim.

- Eu tenho certeza que se Jesus voltar, ele preferiria andar em meio aos gays e lésbicas a que pisar na igreja, um lugar cheio de hipocrisia e mentira. – Ana rebate Olivia. Oliver permanecia calado.

- Como ousa a falar mal da igreja. Isso é uma injúria! – Olivia parecia revoltada. Ninguém falava nada.

- Injúria. Sei. Bem. Deus odeia os homossexuais então, vamos falar assim. Na verdade Deus ama os que cometem assassinato, os que roubam, os que traem. Deus ama principalmente aqueles pastores que pedem absurdos em dízimos. Não, me enganei. Deus ama os pedófilos, aqueles padres que abusam de crianças dentro da própria igreja. Deu ama esse tipo de pessoa e despreza os homossexuais, que não querem nada alem de respeito e amor. Vê se te enxerga sua cega. Pelo amor de Deus. Por um acaso você já ouviu falar em algum homossexual abusar de criança ou estuprar alguém? Aposto que não. Então cala a droga dessa sua boca é se dê ao respeito ok.

- Eu não vou discutir com uma pagã. Esse seu amigo o qual defende, deveria seguir o exemplo de Júlio e eu. Amar uma mulher. – Olivia diz e beija os lábios de Júlio. Um beijo demorado.

- Me dêem licença. – Oliver diz ao se levantar da mesa. Lágrimas brotaram de seus olhos ao ver o beijo.

- Oliver! Espera. – Ana corre atrás de seu amigo.

Oliver ia em direção a outra casa do sítio, onde havia passado a noite com Júlio. Ana corria atrás dele, mas Oliver não parecia querer esperar. A angustia apertava seu peito de uma forma brutal, como se estivesse esmagando seu coração.

- Está doendo... – Oliver chorava muito.

- Calma. Vai passar Oliver.

- Faz parar, por favor. Faz desaparecer. Eu não quero sentir. – Oliver cai ao chão.

- Ai meu Deus. Não fica assim caramba. – Ana estava apavorada.

- Ele tem namorada Ana. Nos tivemos uma noite maravilhosa ontem e ele vai para os braços dela. Eu quero ir embora daqui.

- Tá, nos vamos. Mas tenta se acalmar.

- Eu falei a mim mesmo que nunca poderia me apaixonar depois de tudo. Nunca mais. Mas não está funcionando. Eu quero morrer Ana.

- Não diz isso. – Ana dizia enquanto arrumava as malas. – Nos já estamos indo!

- Foi tão especial ontem. Estar com o Júlio. Como ele fingiu que nada aconteceu? Eu não entendo...

- Ele é um idiota Oliver. Apenas isso. E como eu sou sua amiga tenho direito de te falar umas verdades... Porque motivo tu transou com ele? Você tem merda na cabeça seu idiota? Por um acaso é burro? Pelo amor de Deus Oliver! – Ana gritava com Oliver, que mantinha a cabeça baixa.

- Eu sei que eu não deveria, mas quando ele me beijou... Eu esqueci tudo, Ana...

- Você o ama e sabia que ele era hetero. Você deveria ter o mandado embora. Sem beijo, muito menos sexo. Ai que vontade de dar uma na sua cara. Pelo amor de Deus. É muita burrice em uma pessoa só.

- Eu sei... – Oliver chorava.

- Qual o problema de vocês dois hein? – Diz Júlio ao entrar rapidamente e fechar a porta.

- Qual o seu problema hein cara. Vaza daqui. Você não está vendo a merda que você fez! – Ana fala. Oliver chorava.

- Eu fiz? Vocês discutiram com a Olivia. Ela ta mal lá dentro!

- Sério. É por isso que veio aqui? Eu jurava que era porque você tinha feito sexo com o Oliver ontem a noite, e hoje, alem de nos apresentar sua “namorada”, fingiu que nada aconteceu. – Ana falava com raiva em sua voz.

- Seu viado filho da puta! Tu contou para ela? – Júlio avança para cima de Oliver, mas nada faz.

- Você é patético Júlio. Eu ia dormir aqui com ele você esqueceu? Eu estava voltando para o quarto quando vi você o agarrando na porta. Se toca. Some daqui!

- Eu não vou sair. Vocês têm que pedir desculpas para a Olivia. Eu não volto para lá sem vocês dois!

- Então você vai morrer aqui. Eu não vou me desculpar.

- Por favor, Ana. Vamos acabar logo com isso. – Diz Oliver ainda com a cabeça abaixada.

- O cacete que não! Eu não vou me desculpar com aquela puta! Eu não estou arrependida... A gente pede desculpas quando sentimos arrependimento. Por mim, eu dava uma na cara daquela Meretriz da Babilônia

- Então vocês estão indo embora? Vai sobrar lugar para mim e Olivia dormir. Bem abraçadinhos. Aos beijos... – Júlio parecia querer provocar Oliver.

- Por favor, Júlio. Eu te imploro. Não fala isso. – Oliver pediu.

- Por quê? Ta com ciúmes é? Isso é muito patético!

- Mas e o que aconteceu ontem Júlio? – Oliver chorava de frente a Júlio.

- O que aconteceu ontem é que eu tava com tesão e você era o pedaço de cu a disposição para eu me satisfazer. A propósito. Você é péssimo de cama Oliver. Não sei como você vai arrumar um namorado sendo assim, desse jeito. – Júlio faz cara de nojo.

- Porque você está fazendo isso comigo? – A voz de Oliver era angustiante.

- Vê se te enxerga viado de merda. Ontem foi só sexo! Eu amo a Olivia. E se tu abrir a boca para ela, eu não respondo por mim entendeu?

- Júlio. Não faz isso comigo... – Oliver se ajoelha ao pés de Júlio, que o empurra.

- Você é patético Oliver! Sujo! Imundo! Imbecil!

- Eu preferia ter morrido quando eu...

- Você cala a porra dessa sua boca Oliver! Não ouse a falar isso! – Ana levanta Oliver do chão o puxando fortemente pela camisa e logo em seguida lhe golpeia na cabeça. – Se você falar isso mais uma vez eu dou uma na sua cara você me ouviu? Isso já passou. Você falou que ia esquecer!

- Eu...

- Vai calar a boca! – Ana sacode Oliver.

- Porque o viado ta chorando hein?– Júlio pergunta com ironia.

- Não é da sua conta seu imbecil de merda. Agora sai da minha frente. – Ana diz ao pegar a chave do carro em cima da mesa e seguir puxando Oliver pelo braço.

- Essa é a chave do meu carro Ana. Devolve agora!

- Você não teria esquecido aqui se não tivesse vindo aqui ontem. Perdeu!

- Você me devolve essa chave ou eu...

- Vai o que? Contar para todo mundo sobre o que aconteceu ontem? Acho que não. Então fecha essa desgraça de boca se não eu abro o bico entendeu seu filho da puta?

- Do que me chamou? – Júlio dá dois passos para frente, encarando Ana, que o peitava.

- Filho de uma puta! Você ouviu bem. Não finge seu bastardo. E mais. Se você magoar Oliver mais uma vez, eu não respondo por mim. Você não o conhece o tanto que eu o conheço, então, se você falar algo errado com ele de novo, tu me paga. Escutou? E mais. Tu vai falar com todo mundo que Oliver caiu e desmaiou, e que o estou levando ao hospital. Caso contrario você sabe o que vai acontecer não é? – Ana estava furiosa, mas falava calmamente.

- Como eu vou voltar para casa?

- Se vira. Manda aquela puta da sua namorada dá pra um caminhoneiro qualquer e consiga uma carona. Ou você mesmo pode dar esse cu seu.

Ana e Oliver entram no carro, que logo dá a partida. Oliver ainda chorava. Ana estava preocupada com ele. Oliver chorava muito, mas ela entendia. Ele era muito frágil, fraco emocionalmente, e o fato de ele ter tocado em certos assuntos, deixou Ana ainda mais preocupada.