Um passado não tão distante (história x06)

- Nossa, me desculpa, você está bem?Sim, estou. (Eu)

- Me desculpa, de verdadeNão precisa se desculpar, estou bem. (Eu)

- Prazer, me chamo Fernanda. (Fernanda)

- Sei bem quem é você, estudamos na mesma sala. (Eu) - “Será que ela não reparou em mim? Será que ela sabe ao menos meu nome?”

- É, eu sei, você é a Daniele né? (Fernanda)

- Sim, como você sabe? (Eu) – “Ela não só lembra de mim como também sabe meu nome, ela reparou em mim” {sorriso bobo}

- Como eu sei? Simples, além de você ter peitado a Lúcifer no meio da sala de aula, você virou o assunto principal fora dela. Sei também que é a garota mais conhecida da escola por ser a estrela do time de futsal e por ser a maior pegadora do Barbosa Lima. (Fernanda)

- Danosse, botasse um detetive na minha cola foi? (Eu)

- Não precisei disso, as fofocas naquela escola correm. (Fernanda)

- Por falar em escola, tá matando aula heim mocinha? (Eu)

- O sujo falando do meu lavado. Meu vôlei dia de sexta é sagrado, não perco por nada. Quer jogar? (Fernanda)

- Nem vai dar, meu esporte é com os pés, não sei jogar vôlei e não vou arriscar machucar minhas ferramentas de trabalho. (Eu)

- {gargalhada} Mano, tu é muito cafajeste sabia? (Fernanda)

- Sim, eu sei, escuto isso todo santo dia. Vai lá jogar, vou ficar te assistindo. Faz um ponto pra mim que no final do jogo te pago uma água de coco tá? (Eu)

- Ainda bem que tu não falou que pagaria uma água de coco por cada ponto que eu fizesse. (Fernanda)

- Eita, tá se achando heim? (Eu)

- Não é só você que manda bem no esporte sabia? (Fernanda)

Virou as costas e correu de volta para o jogo enquanto eu subia novamente ao quiosque e pegava outra água de coco. Que coincidência absurda era aquela de eu encontrar aqueles olhos verdes justamente no dia e no mesmo lugar que resolvi matar aula? Que peça era aquela que o destino estava me pregando? Voltei para a areia, acendi um cigarro e sentei. Realmente a garota era boa no que fazia, jogava muito bem, mas confesso que não estava prestando tanta atenção nos seus movimentos e sim no seu corpo, que corpo perfeito era aquele por debaixo de um top e um shortinho? Estava mesmo babando, mas fui tirada do meu transe com outra bolada, só que dessa vez fui mais rápida e coloquei a mão na frente para me proteger. Já olhei rindo pra ela que veio na minha direção toda sem graça.

- O que você tem de boa em jogo, tem de mira também sabia? (Eu)

- É, já me falaram isso, ainda bem que a pelada acabou. (Fernanda)

- Vem, vamos pegar sua água de coco. (Eu)

- Depois de te dar duas boladas tu ainda acha que mereço mesmo uma água de coco? (Fernanda)

- Merecer não merece, mas sou uma garota de palavra, vem. (Eu)

Antes de subir para o quiosque Fernanda parou em um dos chuveiros para tirar a areia do corpo. Quase que tive um ataque cardíaco quando ela me entregou sua mochila e tirou o short, e entrou debaixo d’água. Aquela água escorrendo e levando embora a areia enquanto ela passava as mãos em seu corpo estava me dando um tesão filha da puta. Saiu debaixo do chuveiro, abriu a bolsa e tirou de dentro uma toalha e se enrolou para absorver um pouco da água para em seguida voltar a vestir o short. Seguimos para o quiosque e pedi duas águas de coco (deu pra perceber que amo água de coco né?) e sentamos em um dos banquinhos para conversar um pouco, mas na verdade conversamos muito sobre tudo. O tempo voou e quando nos demos conta já era quase quatro horas, precisávamos voltar pra casa. Perguntei onde ela morava e ela apontou para o prédio da frente. Que ótimo, pensei que iria poder passar mais tempo com ela. Me conformei, me despedi e segui em direção a minha parada de ônibus com o sorriso mais idiota do mundo.

Por um momento eu me vi com a Fernanda naquela mesma praia, num fim de tarde andado de mãos dadas, brincando de jogar areia uma na outra, observando o por do sol e tomando água de coco... ESPERA AI, que pensamentos eram aqueles? O que estava acontecendo comigo? Será que eu estava dando defeito? Fernanda era só mais uma garota gostosa que eu pretendia levar pra cama. Afastei aqueles pensamentos da minha mente (contra minha vontade) e fui embora. Assim que cheguei em casa liguei pra Amanda, ela atendeu no terceiro toque.

- Fala me chupa. (Amanda)

- Ow sapatão do caralho, tu vai fazer as unhas hoje à noite de novo ou será que podemos ir ao Moeda pra tomar uma gelada? (Eu)

- Cerveja, mulher e amigos? To dentro com certeza. (Amanda)

- Ótimo, vou tomar banho e me arrumar. Chama o povo ai e me fala o horário por sms tá? (Eu)

- Pode deixar, daqui a pouco a gente se encontra então. (Amanda)

Precisava me distrair e com meus amigos isso sempre acontecia, independente do tamanho que fosse o problema, sempre nos divertíamos a beça quando íamos ao Moeda. Tomei meu banho, coloquei uma calça jeans qualquer, uma regata branca coladinha e meu all star. Minutos depois recebo um sms da Amanda dizendo que Renato e Felipe não iriam porque os pais do Renato tinham viajado e eles iriam aproveitar o final de semana, mas que Rebeca, Juliana, Patricia e Bruna (prima da Amanda) tinham confirmado e que já estavam a caminho do bar. Respondi sua mensagem, tomei um banho de perfume, coloquei o cigarro no bolso e sai. Aquela noite prometia, iria me jogar nos braços da mulherada, precisava extravasar com meus amigos e esquecer um pouco aqueles olhos verdes.

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Bom galera, fiquei com remoço por ter abandonado vocês por tanto tempo, então resolvi postar dois capítulos para vocês. Será que agora estou perdoada? Espero que sim né?

Enfim tive o meu primeiro contato com a Fernanda gente, ÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊ \Õ/

O que será que vem por ai heim? Comentem bastante gente, em breve estarei postando de novo tá? AMOOOOOO vocês com força viu? Por favor, não me abandonem. Beijos da sua Daniê *--*