É ele, não eu! - 6

Um conto erótico de Potter
Categoria: Homossexual
Contém 3938 palavras
Data: 29/05/2013 20:19:03
Última revisão: 30/05/2013 12:56:03

Se existia um ser humano mais feliz do que eu, nós iríamos travar uma luta mortal. Eu conheci o mundo do sexo ainda moleque, fiz de tudo um pouco, mas só quando tive o prazer com alguém do mesmo sexo é que me senti completamente satisfeito. Não era necessário o sexo em si, um simples toque, uma palavra mais sacana, um abraço apertado, ficar deitado de conchinha na cama, só isso já era o bastante, e era só isso que eu estava tendo.

Nos conhecemos em Janeiro, nos reencontramos em Março, e em abril a nossa relação estava quase sólida, só faltava o pedido oficial que não demorou a chegar.

Aconteceu na casa da avó do Fe. Sua família tinha noção do que acontecia, e minha chegada junto com ele e sua família deu a certeza. Fui bem recebido por quase todos, Rodrigo já tinha feito a minha caveira para alguns parentes. Muita comida, muitas histórias, muitos barulhos de grilos e muito amor. Era aquele o momento e eu não desperdicei. Com direito a aliança, declaração e joelho dobrado, eu fiz o meu pequeno chorar, e se declarar pra mim, sua família ficou emocionada, em boa parte, e o meu pedido foi aceito, era só um pedido oficial de namoro, um compromisso que eu iria levar a sério e que, não tinha duvidas de que, seria recípocro.

Não nos deixaram dormir juntos, o que, sinceramente, não adiantaria de nada, eu e Fe não estávamos transando mais, foi só aquela vez e ele tinha medo, sabia que eu não o machucaria muito, a dor era inevitável, mas não aconteceria tão cedo e eu o respeitava por isso. Tentei argumentar, pedir e conversar, mas ele estava irredutível, então resolvi dar tempo ao tempo, com calma ele me procuraria. Não é que não acontecia nada, eu não agüentaria, e nem ele. O sexo oral que ele me fazia era incrível, naquela vez na praça ele conseguiu engolir minha piroca inteira, não aconteceu de novo, mas aos poucos ele foi tentando e já conseguia gozar direto na garganta dele sem precisar fica forçando, havia uma posição certa pra isso, é claro, com ele deitadinho na cama com a cabeça pendurada pra fora dela, era só que carinho e devagarzinho que ele engolia tudo, nas primeiras vezes ele não conseguia engolir, sentia nojo e eu sempre gozei em abundancia então boa parte escorria pra fora, algumas vezes saia até pelo nariz (eu não estou exagerando, não riam de mim). Eu não deixava por menos também, retribuía a altura, mas ele não era muito fã de um “bola gato”, preferia um cunete, coisa que eu era expert, e como era delicioso chupar aquele furinho, que já havia fechado quase que totalmente, já que fazer sexo anal é que nem aprender matemática, tem que praticar. Lambia ele todinho e era retribuído da mesma forma, meus dedos passeavam por seu corpo e os seus dedinhos passeavam pelo meu, apesar de estar com um cara na cama eu admito que era e sou preconceituoso, no dos outros é refresco no meu é pimenta, e o Fe conhecia o meu limite e não fazia questão, até lhe questionei sobre o assunto e a resposta que obtive foi que “ele se sentiria estranho fazendo sexo anal num cara” melhor pra mim.

Vocês devem estar se perguntando qual foi a reação da minha família ao descobrir toda essa história, então eu vou lhes contar, por que foi à partir daí que a nossa história começou a virar um trem desgovernado.

Minha família se negou totalmente a aceitar a minha escolha, fui proibido de voltar em casa e se fosse a sampa estava proibido de visitar qualquer parente, até de ver o meu maninho, com quem eu sempre fui muito chegado, fui impedido de falar. Se eu fosse um adolescente eu teria entrado em desespero, mas eu era adulto, formado, com casa e emprego, não dependia da minha família, mas você saber que está sozinho, quase órfão é terrível, é uma sensação que nem o maior amor do mundo consegue preencher já que são amores totalmente diferentes e eu amava a minha família.

O campeonato de MMA que Diego participaria estava se aproximando, seria no fim de Julho, todos os funcionários da academia que quisessem ir pra Sampa assistir poderiam ir. O Fe iria, seria durante as férias e próximo ao seu aniversário, iriam ele, a Ju e a Rita, nova namorada do Diego. Minha relação com o Diego havia melhorado bastante depois que ele percebeu que meu lance com o Fe era realmente sério, tanto que ele me convidou para ir como seu ajudante pessoal e um de seus treinadores, mas eu não poderia, se eu fosse iria querer encontrar minha família e poderia acontecer um briga séria. Fe insistiu, chorou, fez drama, implorou às vezes eu até ameaçava ir só pra dizer que havia desistido e o ver implorando de novo, eu achava lindo, muito loco isso né?! Depois de ter minha resposta definitiva de que não iria, meus planos foram mudados drasticamente.

Duas semanas antes da ida do pessoal recebi uma ligação desesperada de meu irmão, ele disse que meu pai havia pegado dinheiro emprestado com um agiota e que não estava conseguindo pagar, a divida havia se tornado uma bola de neve e se tinha como eu ajudar, me pediu chorando que eu fosse em casa que tanto ele, quanto minha mãe e minhas tias. Avisei que iria pra SP a trabalho e passaria por lá. No outro dia comprei a passagem, avisei pro Fe e pro Diego a minha situação e uma semana depois partimos.

No hotel em que nos hospedamos Diego nos obrigou a dividirmos o quarto com a Ju, a contra gosto dela também que iria ficar de vela. Houve mais uma semana de treinos e o campeonato começou, como era de se esperar Diego venceu e ganhou o cinturão. Foi festa atrás de festa. Logo que tudo passou havia chegado a hora de ver minha família, eu estava completamente nervoso, tinha decidido que ia sozinho, mas Fe fez questão de me acompanhar, “eu vou estar sempre com você” foi o que ele me disse. Pegamos uma única mochila, colocamos algumas roupas (decidimos deixar tudo no hotel e levar somente o necessário) e partimos.

Ao chegar na rua em que eu havia crescido e me criado, e saber que estava proibido de passar por ali, as lágrimas foram inevitáveis, fui abraçado pelo meu anjinho que me deu forças pra continuar andando. Ainda abraçados chegamos ao portão da “vila” em que eu morei, como disse anteriormente eu cresci em um quintal divido por quatro famílias, lá estava eu, com medo de tocar a campainha.

Assim que tomei coragem e toquei a campainha o portão foi aberto por minha mãe que estava chorando e que ao me ver chorou mais ainda, tentei me segurar, mas era a minha mãe, ela era uma das únicas pessoas que eu não tinha vergonha nenhuma de chorar na frente. De repente fui puxado de seus braços por minha tia Ana e logo depois por minha tia Carmem. Fui andando abraçado as três e me esqueci, quase que completamente, que eu não estava sozinho, voltei meus olhos para trás e Fe estava nos seguindo com um sorriso de emoção no rosto, ele estava feliz por eu estar feliz. Na parte de trás do quintal havia um espaço fechado somente com um teto, onde havia uma grande mesa que usávamos para almoços de domingo quando todos nos reuníamos. O resto de minha família estava lá, ao me ver todos ficaram apreensivos, olhando de mim para o meu pai e de meu pai pra mim. Ele não me cumprimentou, nem sequer se levantou, eu já esperava por isso, mas doeu.

-O que eu disse sobre você vir aqui? – disse-me ele.

-Fui eu que pedi pra ele vir – disse meu irmão, que estava sentado ao seu lado.

-Você o que?

-Pai, não é hora de brigar. O Lipe me disse o que estava acontecendo. Me deixe ajudá-lo, depois eu vou embora de vez.

-Eu não preciso da sua ajuda, seu viadinho de merda. – disse cuspindo essas palavras em cima de mim – o que você quer moleque? – disse virando-se para o Fe que estava atrás de mim.

-Pai esse é o Fernando, que eu falei com vocês – disse fazendo ao máximo para segurar minha vontade de ir embora.

-Então é você seu pivete, que levou meu filho para o inferno?

Eu perdi a cabeça, voei em cima do pescoço dele e disse:

-Você me impediu de vir aqui, me renegou e me humilhou, mas você não vai dizer um aí dele. Você está me entendendo?

-Meu filho, por favor, solta ele – disse minha mãe.

Ao olhar em volta foi que percebi a merda que eu tinha feito, a mesa estava virada, toda a minha família tinha se afastado, minha mãe estava sendo amparada por minhas tias e eu estava no chão, por cima de meu pai o enforcando, era a primeira vez que eu o afrontava, nunca havia feito isso, a educação que recebi me impedia de fazer qualquer coisa que o desagradasse e essa era a segunda.

-Jonathan, não – era o Fe, ele estava com lágrimas nos olhos e as mãos sobre as minhas tentando tira-las do pescoço de meu pai – não importa o que aconteceu, o que ele te disse ou o que você está sentindo, deixa a raiva sair.

-Mas ele te ofendeu...

-Não me interessa o que ele acha, não me interessa o que qualquer um deles acha, é por você que eu estou aqui, pra cuidar de você.

Aquilo foi a senha para eu soltá-lo e liberá-lo de meu peso. Assim que sai de cima de meu pai, Fe puxou levantou uma cadeira que estava caída no chão e me fez sentar, o mesmo fez com meu pai, o levantou do chão e o pos sentado, nada foi dito, ele se dirigiu a uma geladeira que ficava encostada na parede, próximo a mesa e dela trouxe água, deu a mim, meu pai e minha mãe, todos o olhavam, em nenhum momento suas lágrimas pararam de cair. Ao entregar o copo a minha mãe que estava em prantos ela lhe agradeceu por ter me feito parar, ele a abraçou e um pouco surpresa e sem graça ele retribuiu o abraço. Fe se dirigiu a meu pai e lhe deu mais um copo d’água, ele apenas o olhava enquanto chorava, meu irmão estava ao seu lado acalmando meu pai que estava em choque, nunca ninguém havia batido de frente com ele. Fe então se dirigiu a mim e me abraçou, eu estava tremendo e ele começou a me acalmar, cantando baixinho no meu ouvido “Monomania” da Clarice Falcão.

Aos poucos fomos nos recompondo, meus tios e primos começaram a arrumar tudo e logo começaram a explicar tudo o que estava acontecendo, Fe continuava sentado no meu colo, ele tentou sair, mas eu achei melhor ele continuar ali, meu pai não tirava os olhos de nós dois e isso estava me irritando, na verdade, todos estavam nos encarando, com exceção do meu irmão que parecia não se importar com o fato de seu irmão mais velho estar agarrado com um garoto quartoze anos mais novo.

A merda era grande. Meu pai havia pegado mil e quinhentos reais emprestado com agiotas pra pagar uma divida de jogo, como não conseguiu pagar na data ela havia pulado para quase cinco mil. A minha revolta era grande, eu tinha os mil e quinhentos, eles podiam ter me pedido, mas o orgulho e a “vergonha” de meu pai eram maiores. Ele não pensou nas conseqüências e agora eles estavam sendo ameaçados, todos eles, meus avós, tios, primos, meu irmão e minha mãe. A coisa ia ficar pior porque era naquele dia o ultimo dia para meu pai pagar toda a divida e os caras já haviam ligado avisando que iam passar as 16:00h para receber e o a hora se aproximava. Todos estavam botando a cabeça pra funcionar, ninguém tinha esse dinheiro. Mil e quinhentos eu tinha, mas cinco mil. Fe logo se prontificou, disse que possuía uma conta com dinheiro depositado que era só pra ele, mas àquela hora seria difícil, o banco ficava longe e quando chegássemos lá poderia já estar fechado, fora o fato de o seu Antonio ainda controlar sabiamente o dinheiro que o Fe gastava. Se do nada sumisse cinco mil reais ele teria sérios problemas com o pai. O lado bom dessa opção é que minha mãe e minhas tias e alguns poucos outros ficaram realmente emocionados com o fato do Fe querer ajudar, até meu pai relaxou um pouco.

Ficamos tanto tempo pensando que nem percebemos a hora. Pouco mais de 16:00h a campainha tocou, todos ficaram apreensivos. Minha mãe foi abrir a porta, o que eu achei um absurdo, meu pai tinha feito a cagada ele é que tinha que arcar com as conseqüências. Assim que ela abriu a porta entraram seis homens e um garoto, o que vinha na frente estava bem vestido, camisa social branca, calça preta, sapato social, usava um relógio de prata e óculos escuros, era negro e bem alto, maior que eu e tinha uma barriga grande, os outros faziam seu estilo, um pouco menos arrumados, mas todos de óculos escuros e uma coisa em comum, um certo volume na lateral de suas calças, todos estavam armados. O garoto era negro também, altura mediana e um pouco fortinho, usava roupas de marca e tinha um sorriso doentio no rosto, dentes muito brancos e usava um cordão de ouro, estava todo de preto com exceção da calça que era branca, devia ter uns 19 anos no máximo.

Todos se aproximaram da mesa e percebi na hora que o garoto do sorriso doentio, abriu ainda mais o sorriso ao ver o Fe e, impressionantemente, abriu ainda mais ao ver que o Fe estava no meu colo e com a mão por dentro da minha blusa. Fe também percebeu, pois tratou de tirar a mão e se apertar ainda mais a mim.

-Boa tarde! – disse o homem negro que entrou primeiro – esse é realmente um ótimo dia, não!? – disse cumprimentando a todos.

Todos responderam com um boa tarde apreensivo, a situação era realmente apavorante.

-Já tem o meu dinheiro, Carlos? – disse perguntando ao meu pai.

-O prazo foi pequeno, eu não consegui tudo, se você puder me dar mais alguns dias eu juro que te pago tudo e mais um pouco.

Minha mãe estava ao lado de meu pai, um pouco mais a frente, era uma cena deplorável, aquele homem que havia me criado pra ser o maior machão, pra saber me virar sozinho e que a pouco tinha me humilhado por eu estar amando um homem, estava agora se escondendo atrás da barra da saia da esposa.

-Mais tempo? Tu enlouqueceu? Quer morrer? Quer que a tua família morra? Tu sabe que eu faço isso, e depois taco fogo nessa merda toda aqui e te deixo vivo pra morrer queimado.

-Não, por favor. Ele vai lhe pagar, nos dê só mais alguns dias Cigano, por favor, (Cigano era o apelido do agiota negro) – minha mãe dizia entre lagrimas.

Cigano explodiu.

-MAIS UNS DIAS É O CARALHO, VAI ME PAGAR E VAI SER AGORA, NEM QUE SEJA COM A VIDA.

Eu não devia ter ido ali e principalmente, não devia ter levado o Fe ali, era só nisso que eu pensava, era coisa de família, ele era minha família mais não pertencia a essa, pertencia a família do coração, a família da vida inteira.

-Pai, a gente pode conversar? – disse o garoto.

-Conversar agora, Beto? Eu te trouxe aqui pra ver como se faz, não pra ficar me atrapalhando.

-Você tá alterado, enquanto a gente conversa você se acalma. Vai ser rápido.

Cigano pensou por um momento e resolveu ir ver o que o filho queria. Ninguém falou nada, me levantei com o Fe e o levei para um canto afastado e disse o mais baixo que consegui.

-A gente vai sair daqui e nada vai acontecer – disse quando vi que ele estava tremendo de medo.

Ele não conseguia responder, o abracei forte e ele abraçou a mim o mais forte que conseguiu.

Cigano retornou com o filho e se virou para o meu pai.

-Quanto você tem? – perguntou.

-Só mil reais – disse meu pai de cabeça baixa.

-Meu filho teve uma idéia e eu vou acatar. É um pedido, o aniversario dele é sábado agora e esse vai ser o presente que você, vai dar pra ele – se virou para o filho e deu um grande sorriso e disse – você vai me dar esses mil reais – o alívio foi geral, por pouco tempo – mas aquele ali – disse se virando para o Fe – vai vir com a gente.

A confusão estava armada. Eu voei em cima do moleque. Como ele ousava mexer com o meu garoto? É obvio que eu não consegui chegar nem perto dele, os seguranças de Cigano me seguraram e me jogaram no chão, aos pés do garoto que ria da minha audácia.

-Você não vai tocar num fio de cabelo dele, seu merda – disse isso e senti a dor. Cigano me acertara um chute na barriga, ouvi os gritos de minha mãe e minhas tias e o choro do Fe, que consegui ver de relance, era amparado por Lipe que também chorava.

-Como você se atreve a insultar meu filho? Como você ousa tentar bater nele – e outro chute, ele então se a baixou e me deu um soco na boca que me arrancou sangue, pegou no meu pescoço e virou meu rosto pra cima.

Fe então começou a querer se soltar de Lipe, tanto forçou que conseguiu. Correu em minha direção e conseguiu driblar os capangas de Cigano, correu até nós dois e se jogou entre nós dois. Cigano ainda segurava em meu pescoço quando Fe pegou em sua mão e chorando pediu.

-Por favor, para. Por favor, solta ele, não machuque mais ele, por favor – por incrível que pareça Cigano me soltou, e parecia um pouco atordoado com o pedido dele.

Assim que ele me soltou Fe se atirou sobre mim, mas não pra me abraçar, mas sim para ver o quanto eu estava machucado. Levantou minha camisa e verificou o corte em minha boca. Em vez de eu ficar preocupado em acalmá-lo eu senti raiva, raiva por ele ter me defendido. Eu era o alfa entre nós dois, eu deveria ser o forte e protegê-lo. Que tolo eu fui. O afastei de mim e ele não entendeu nada, me pus de pé e o deixei ali no chão, retornei ao lugar que estava e lá fiquei. Fe se levantou, disse “obrigado!”. Beto ainda estava com aquele sorriso no rosto. Cigano então segurou Fe pelo pulso e olhou no fundo dos olhos dele, minha raiva triplicou e eu me dirigi para perto dele de novo. Peguei-o pelo outro pulso e o puxei, Cigano não o soltou.

-Você escolhe, eu já disse as opções. Ou ele vem comigo para ser, do meu filho e meu, brinquedinho – o desgraçado também estava de olho nele? – ou todos morrem e eu levo ele assim mesmo – Cigano disse tudo com calma, não era mais uma opção, o Fe ia, ele estava hipnotizado com o meu garoto.

Fe só chorava e começou a pedir para se acalmarem que ele conseguiria o dinheiro, disse que a família poderia quitar a divida, mas a história, agora, era outra. Dava pra ver que ele não queria mais o dinheiro, ele nem ligava mais pra ele, agora o Fe era o seu maior desejo. Eu não podia deixar isso acontecer.

-Vocês têm 20 minutos. Os mil reais mais quatro dias conosco. Mil por cada dia – disse sem desviar por um segundo os olhos do Fe.

O soltou e se virou para a porta. Levei o Fe de volta para junto de minha família e minha mãe o puxou para um abraço e começou a acalmá-lo. Levaram-no pra dentro e me juntei a meu pai e meus tios para conversar e decidir o que fazer. Entregar o Fe estava fora de cogitação.

Quando o tempo se esgotou Cigano voltou com seu filho e seus capangas, minha mãe voltou trazendo o Fe. Eu estava arrasado, agora quem chorava era eu. Meu pai se levantou e virou-se para Cigano, tirou do bolso da camisa os mil reais e disse.

-Pode levar o garoto – e se sentou.

Quando ele disse isso meu irmão começou a protestar, minha mãe empurrou o Fe para trás dela e ele começou a chorar desesperadamente. Beto sorria ainda mais, até os capangas de Cigano sorriam, menos ele, que estava imóvel, mudo. Fe correu até mim e eu não tive coragem de olhá-lo nos olhos.

-É mentira, não é? – disse chorando – você na vai me entregar pra eles, a gente se ama. Você disse que ia me proteger, que nunca mais ia me fazer sofrer – ele estava agarrado a mim me puxando, tentando fazer com que eu o olhasse – por favor meu amor – meu coração se quebrou.

-Fe – disse chorando e ainda sem olhá-lo – faz isso por mim. Se você for com eles, ninguém vai morrer e vão ser só quatro dias, você está comigo e todos sabem disso – o pus de pé – ninguém vai vir atrás da gente. Domingo vai ficar tudo bem, nós estaremos juntos de novo.

Ele estava incrédulo, mudo e paralisado. Ele tinha que entender, era minha família, eles estavam sendo ameaçados de morte, até o Fe estava em perigo. Partia-me o coração fazer aquilo. Eu só queria segurá-lo e sair correndo dali, ou então enfrentar todos eles, mesmo que isso me matasse. Mas era impossível.

-Peguem ele – disse Beto em tom de ordem.

Cigano estava imóvel, acho que aquela cena também o estava machucando, ele permaneceu o tempo todo imóvel. Como Cigano não disse nada os capangas vieram, tiraram o Fe de mim e o arrastaram, ele não se moveu, se deixou levar. Minha mãe gritava para soltá-lo enquanto era segurado por meu pai, o mesmo aconteceu a minhas tias que eram seguradas por meus tios e seus filhos, meu irmão tentou ir atrás e eu o impedi. As últimas coisas de que me lembro eram os gritos, Cigano deixando a casa calado e a cara de incredulidade, medo e decepção do meu menino. Ele me chamou de meu amor e eu o entreguei para ser devorado pelos lobos.

O carro saiu e eu soltei meu irmão, que se virou me deu um soco e saiu correndo atrás do carro, a pesar de ter menos impacto e ele ser menor e mais fraco que eu, aquele soco doeu, doeu porque foi dado com raiva, eu e meu pai éramos os heróis dele e de repente nos tornamos os vilões.

Me ajoelhei no chão, coloquei minhas mãos no rosto e comecei a chorar. Minha mãe virou a mão na cara de meu pai.

-CANALHAS! – gritou e saiu seguida por minhas tias.

Todos estavam em choque, e ficamos piores ainda com a verdade, sim, verdade, que minha mãe disse. Mas logo o Fe ia voltar. Quatro dias e eu o teria de volta em meus braços, cuidaria dele e nunca mais o faria sofrer. Dessa vez seria diferente. Eu tinha esperanças que seria...

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Desculpem a demora. Eu não tive tempo pra escrever e acabem correndo um pouco com a história, era exatamente isso que eu queria, mas pretendia fazer com mais calma, só que não deu.

Me desculpem se ficou um pouco confuso.

Bjs!


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Comentários

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aqui na cdc tem muitos autores, eu particulamente tenho uma lista com + ou - uns 15 autores qui eu cosidero os melhores, vc era um deles nao e mais.(IDIOTA!!!).

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vc si drogol? Fomo cocaina? Ressovel bebe antes de posta? Fala serio a historia tava perfeita, vc so pode ter surtado ou alguem invadio sua conta e postou esse capitolo RIDICULO...(to decepcionado. Conselho exclui essa parte e escreve outra!!!...)

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Me senti mau lendo essa parte do conto espero q no proximo isso nao continue e muito forte

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Caraca velhoooo, não consigo externa toda a minha indignação, chateação e tristeza, você escreve tão bem, mas tão bem, que eu estou com muita raiva de você, sinta-se honrado com todos esses insultos que foram destinados a você, isso significa que mesmo que sua história seja fictícia você consegue despertar varios sentimentos nos seus leitores, e pode ter certeza que isso e ser um autor de verdade, não deixe que opiniões venham interferir no que você já tinha planejado, continue nós surpreendendo e despertando em nois todos esses sentimentos! E no proximo me agradeça pela nota! haha

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Fiquei em choque! Como diria meu marido: amor de cu é rola. isso lá é amor? depois eu cuido dele? espero que o Fe se apaixone pelo seu algoz e deum pé na bunda desse panaca. sem mais!

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Olha nunca fui de xingar ninguém não, mais você é um imbecil,nogento,um FDP nossa como fiquei com raiva de você. Quem deveria ir era seu pai foi ele que fez a divida ele é um cretino e espero de coração que o irmão do Fe e o Diego quebre a sua cara... E o Fe nunca mais olhe para você , fique com o retardado do seu pai... Pois você é igual a ele. Me desculpe é o que penso. Seu conto esta 10...

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seumostro como vc pode deixar o fe ser levado assim,filho da puta

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Gente, lembrando que o escritor - Potter10 - e o Jonathan são pessoas diferentes. As notas foram muito injustas para um texto tão bem elaborado.

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Seu canalha,babaca,imbecil,desgraçado,arrombado,maldito, TOMARA QUE DIEGO TE QUEBRE SEU NOJENTO FDP MANO QUE VC SOFRA SEU IMUNDO TIRA O FE DO RIO E ENTREGAO DE BANDEJA PARA SER ESTUPRADO? MANO QUERO QUE TU MORRA PEGUE UMA DOENÇA. FE TOMARA QUE VC FIQUE BEM E NÃO VOLTE COM ESSE NOJENTO AMBICIOSO foi mal pelo desabafo até agora eu te apoiava! to chorando de raiva q vc e seu pai se fodam N10

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Mathz, não tinha solução por que o Cigano queria o Fe, ele está hipnotizado com a beleza dele, mas não sintam raiva dele, o Beto é que é o problema... Eu avisei que vocês iam sentir raiva do Jonathan. Continuem comentando pra eu poder decidir o final.

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paspalho como pode fazer isso com o fê seu paquiderme,parasita,

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Cara desculpa mais vou desabafar, deixar fazer isso com o Fe foi monstruoso, uma canalhisse q só, estou até agora sem acreditar q vc fez isso, para min isso foi atitude de quem só pensa em si mesmo, uma atitude deploravel, só estou torcendo para q o Fe se sai bem dessa e q nunca mais volte a olgar para tua cara e que o Diego e o irmao do Fe te espanquem. MONSTRO. Desculpa o desabafo mais é sincero a revolta.

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Poha velho, criei uma conta só para te chingar, seu Filho da Puta como você deixa isso acontecer com o 'Fe'.

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Cretino! Fiquei incredulo com a boca de confusão em que o Jonathan meteu o Fê, é sério, tô louco. O pior foi o calhorda do pai dele que decidiu tudo e, aposto eu, sem nenhum remorso.

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To chocado, como o beto eh um filho da puta. Quero a morte dele e do pai do jonnthan tambem. To furioso com eles. Continua logo.

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Ficou realmente confuso, é meio estranho ou difícil entender que não haviam formas de evitar que levassem o garoto.

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