Evan, O Escravo do Rei 3 parte 2
Parte 2
Pela primeira vez em muito tempo Max estava saciado. Toda sua vida o alpha havia sido consumido por uma fome que não se saciava e que ficou pior quando seu lobo acordou. Em nome dessa fome ele havia cometido muitas atrocidades.
Mas em meio à confusão que era o quarto de seu matêe essa manhã ele se sentia finalmente saciado, com vontade de repetir o prato, mas saciado afinal. O colchão ainda estava no chão, os pedaços da cama voaram longe, durante a noite madrugada e um pedaço da manhã ele havia conseguido transar com seu matêe diversas vezes, conforme seu pai havia dito a muitos anos antes era necessário depositar seu sêmen muitas vezes dentro de seu matêe para garantir sua submissão total pois o sêmen de um lobo, especialmente um alpha era capaz de tornar qualquer parceiro submisso e complacente. Deveria ser algo natural, visto a dimensão monstruosa de seus membros, não seria necessário tudo isso se seu matêe fosse um lobo, mas humanos eram mais difíceis de serem quebrados. É claro que seu velho pai nunca imaginaria que o matêe de seu filho fosse um homem, ele deveria estar se revirando no tumulo nessa altura.
Ao seu lado seu pequeno matêe se aninhava em seu peito, Evan não admitiria, mas estava em paz naquele momento, tendo ele próprio satisfeito uma fome que o assolava há tempos, agora a força do elo pesaria sobre Evan.
Max ainda não estava completamente conformado com a situação, em ter um parceiro masculino, e ainda por cima humano, que não entenderia as dinâmicas da matilha. A verdade era que ele se lembrava bem da época em que esteve sob a maldição, as noites tórridas passadas na cama de Evan, o esforço que ele fazia todas as noites para tentar alcança-lo, a dor que era se separar dele sem aviso. Nos últimos dias da maldição Max começou a relembrar de sua real vida, mas já era tarde, ele próprio estava viciado em Evan. Depois de recuperar a forma humana a culpa pelos seus atos o devoravam por dentro, preconceito herdado de seu pai.
Max até mesmo desejou secretamente que Evan morresse, seria melhor lidar com os remédios para controlar a loucura depois do que um humano caminhando pelo castelo.
Mas Evan sobreviveu, e o odor que ele exalava estava enlouquecendo Max, ao ponto dele caminhar sem perceber durante a noite até sua porta, se não fosse por Melissa e Dior para acalma-lo com certeza ele já teria tomado Evan a muito tempo.
Mas ele tinha bolado um plano, Max iria cumprir seu dever com a matilha, teria herdeiros, então estaria livre para tomar seu matêe. Tudo veio abaixo quando Melissa não se provou forte o suficiente para superar o elo. E o pior, Evan estava no quarto ao lado, toda noite, Max podia sentir sua dor pois o elo o permitia livre acesso aos pensamentos de Evan. Ele escutava Evan gritar em sua cabeça sempre que ele começava a penetrar Melissa, não sendo sua matêe a penetração era quase impossível, ela não reagia ao seu sêmen tão bem quanto o doce Evan.
Max se torturava pensando em como eram deliciosas as noites na cama de Evan, finalmente ir até o fim com alguém sem correr o risco de mata-lo no processo, mais do que isso, Evan era não só receptivo, ele completava Max em todos os sentidos. Os sons que Evan fazia quando era beijado, quando tinha seus lábios vermelhos ao redor de seu pau, quando Max o tinha empalado, todas essa situações resultavam nos mais doces gemidos de Evan, ele se submetia ao alpha dentro de Max, o levava além, sempre recebia o que Max tinha para dar pedindo mais. O controle de Max se esvaiu no dia anterior, quando ao entrar no banheiro se deparou com Evan tomando banho. A maneira como a agua descia pelo seu corpo, os movimentos que a esponja fazia em sua pele, deixando para trás uma trilha de espuma, como Max odiou e invejou aquela esponja. Ver Evan através do box era totalmente erótico, ele via e sentia o cheiro de Evan, mas não podia ver seu corpo inteiro, pois estava embaçado pelo vapor no vidro do box.
Quando Evan saiu Max acabou mais uma vez se frustrando, como ele não podia perceber os sinais que ele enviava, se Evan tivesse acesso a sua mente como Max tinha a sua teria visto todas as perversões que Max planeja fazer com ele naquele banheiro. Mas ele não podia fazer isso e ao invés de enxergar e se submeter ao alpha ele o agrediu, tomado de simpatia pela provação de Melissa. E quando Max não conseguiu, mais uma vez, copular com Melissa a frustração chegou ao limite.
A matilha dividia as mesmas opiniões de seu pai, agora que o elo estava solidificado não havia mais volta, Max não abandonaria Evan, merda, até pensar em não dormir na mesma cama que seu matêe embrulhava lhe o estomago. Mas agora tinham uma batalha diferente a travar, principalmente com Dior, que era extremamente protetivo com Melissa e a julgava parceira adequada apenas para o alpha. Dior seria realmente um problema, ele não somente era forte, ele era também carismático, contando com lealdade de muitos membros da matilha.
E matava Max que ele ainda não tinha criado coragem o suficiente para beijar Evan novamente.
Max ainda estava pensando e calculando como iria fazer quando sentiu o corpo de Evan enrijecer contra o seu, seu pequeno amante despertara. Max esperou para ver sua reação, era tão fácil ler Evan, e os odores que ele exalava, seu medo inicial, sua confusão, curiosidade. As mãos de Evan percorreram suavemente o corpo de Max, ele queria rir como uma criança, mas se segurou enquanto Evan deveria pensar que ele ainda estava adormecido.
Eu estava envolto no calor de Max, era a primeira vez que acordava com ele ao meu lado, quando tentava me lembrar do porque havia me decidido a deixar de lado meu amor por ele não conseguia me lembrar. Tudo o que me importava era que ele estava ali comigo, eu estava com a cabeça apoiada em seu forte e cabeludo peito. Enquanto seu braço me envolvia possessivamente. Carregado por um desejo mais forte do que eu explorei seu peito e tórax com minha mão livre, até perceber as manchas brancas de porra seca. Só então atentei aoi fato de que o quarto estava em frangalhos, nada tinha sobrado em pé, ate o armário tinha uma das portas pendendo. O quarto cheirava a sexo, o lençol jogado ao lado no canto da parede estava no meu campo de visão, e eu vi manchas vermelhas. Sangue! Como na primeira vez, mas eu não sentia dor, na verdade meu corpo se sentia mais forte do que nunca, minha ereção pressionando contra o quadril de Max era prova absoluta disso.
Eu tinha medo da reação de Max, eu tinha medo da reação de todos ali.
O meu deus!!! Melissa!!! Eu dormi com o seu esposo, eu trai ela. Minha cabeça começou a pulsar, meu estomago revirou. Eu agora era igual a Pablo, eu era tão baixo quanto ele, a memoria horrível de entrar no quarto e me deparar com meu namorado na cama com meu patrão me atingiu em cheio, eu era igual agora, eu era sujo como eles. Melissa não merecia aquilo tanto quanto eu não merecia aquela traição na época.
Eu tinha que sair dali, o mais rápido possível, com elo ou sem elo eu precisava sair daqui.
Antes que eu me movesse Max se levantou em um salto, o que me fez rolar para outro lado, tentei me levantar para me defender, com certeza Max havia recobrado a consciência e se arrependido, eu não iria apanhar por conta de sua fúria.
Mas Max estava de costas para mim, nú em pelo. Pela porta do quarto um vulto branco e amarelo irrompeu. Dior estava em fúria, olhou para mim atrás de Max, ainda sentado no colchão e para Max nú em sua frente, tentando bloquear sua visão de mim.
“Como você pôde Maximilliam? Melissa não merecia isso.” Dior estava descontrolado, aos berros.
“Cuidado Dior, eu entendo seus sentimentos, mas mantenha a compostura, posso ser seu amigo, mas ainda sou seu alpha.” A voz de Max continuava normal, fria, mas ainda assim demonstrava ameaça.
“Ela te deu tudo! Noite após noite eu escutei seu sofrimento! Mesmo assim ela seguiu em frente, para te ajudar, para ajudar o clã! E você a largou pra se amancebar com esse... esse... arrgg!!!”
Então o pouco controle de Dior esvaiu-se, ele avançou para cima de Max.
Eu entrei em pânico. Max não pareceu querer atacar seu amigo, eu poderia perder minha alma gêmea ali. A adrenalina explodiu em meu corpo.
Antes que eu me levantasse apara lutar o ar ficou escuro ao meu redor, duas manchas apareceram do nada, um de cada lado, então do que parecia ser um buraco negro Melissa e salvador emergiram, eu dei um passo para trás assustado. Os dois me olharam confusos, então a gritaria de Dior e Max chamou a atenção dos dois.
Max não estava acreditando. Dior tivera mesmo coragem de ataca-lo. Não, corrigindo, Dior estava tentando atacar Evan, Max era apenas um obstáculo. Max poderia facilmente subjugar o amigo, mas como fazer isso sem mata-lo era outra coisa completamente diferente.
Convenientemente Salvador e Melissa entraram no quarto e contiveram o gigante viking. Dior nunca se atreveria a machucar Melissa, sempre fora assim, desde que eram crianças.
“Levem esse imbecil daqui, antes que eu mate ele! Na verdade eu quero todos vocês fora daqui, só ousem voltar Quando eu os convocar!” a voz de Max ecoou pelo quarto, sacudindo todos os presentes, que sentiram o efeito do comando do alpha. Salvador pareceu tentar argumentar, mas Max perdeu o ultimo pingo de paciência e invocou os portais que mandariam todos para longe dali, para a sede do clã na cidade.
Sobrou apenas Max em pé, encarando a porta e Evan, sentado no colchão. Max tinha ciência da respiração pesada e ofegante de Evan, aquilo tudo havia sido uma experiência chocante para seu matêe ainda inexperiente no mundo sobrenatural.
Max não tinha ideia do que fazer, apenas que tinha que ter um tempo livre para lidar com o elo, e encontrar uma maneira de conciliar sua relação com sua matilha.
O cheiro do medo de Evan atingiu em cheio Max, a adrenalina que acumulou em Max durante a luta precisava ser extravasada.
Quando Max se virou para Evan seu membro já estava totalmente ereto, seus olhos estavam escuros de tesão. Ele caminhou até Evan e o pegou nos braços, o som que Evan soltou fez seu pau dar pinotes no ar e babar mais, Max quase o possui ali novamente, mas era hora de colocar a casa em ordem, no corredor ele parou e pensou nas opções, não levaria Evan para o quarto que havia divido com Melissa, não seria justo com nenhuma das partes envolvidas, mas o único quarto livre e digno era agora o aposento real. Nem ouve muito o que pensar, nos seus braços Max carregava seu ômega, era exatamente no aposento real que ele se apossaria do que era seu por direito, em todos os aspectos. E de todas as maneiras possíveis.