Os garotos da Academia - P8: O mundo Caiu - Penúltimo

Olá pessoal, primeiramente gostaria de agradecer pelos comentários aqui no site e também às mensagens no skype e whatssApp, sem brincar devo ter umas 60 novas amizades por lá, então já peço desculpas se não consigo dar atenção à todos, até porque a maioria das mensagens são durante o dia, e como agora trabalho à noite, durante o dia durmo profundamente hahaha. Assim que finalizar a série quero poder ler os contos de vocês, pois ou escrevo, ou leio, o tempo aqui é curto por demais. Peço desculpas se o capítulo ficar curto mas é que hoje estou triste pois levei um pequeno pé-na-bunda durante uma discussão assim que acordei. Mas vamos lá!

CAP8:

Cheguei ao seu lado, o sol ainda pouco iluminava o mundo, mas foi o suficiente pra ver que dormiu ali chorando, pois havia areia jogada pelo vento grudadas em seu rosto formando o caminho que as lágrimas percorreram. Eu não me conformava como era lindo, seus cabelos balançavam de um lado pro outro conforme as ondas traziam aquela brisa leve e fria. Sentei do seu lado, minha mágoa já havia passado, ou grande parte dela, pensei comigo: nossa briga foi por ciúmes, eu não perdoaria se o motivo fosse traição, então pra que prolongar isso tanto né.

Comecei a passar a mão no seu rosto, ia limpando lentamente a areia em torno de seus olhos, seu celular começou a tocar e ele acordou assustado. Ao atender percebeu que eu estava ali e meio sem entender tudo aquilo começou a conversar com sua mãe, como o volume do celular dele é alto, pude ouvir que eles iam até a praia de maçaguassu visitar um conhecido de seu pai que era corretor e ofereceria uma vaga pra ele em uma de suas unidades do qual era dono. Ao desligar olhou pra mim.

L. Desculpa meu amor, queria que fosse tudo apenas um pesadelo, desculpa

F. Xiuuu - fiz bem baxinho colocando o dedo indicador nos seus lábios fazendo-o parar de falar - esquece isso meu amor, porque quero esquecer.

No momento seguinte fui em direção à sua boca e comecei dando um leve beijo, ao qual ele correspondeu prontamente, seus braços passou pela minha cintura e eu passei o meu próximo ao seu pescoço, e ali começamos um forte e longo abraço. Ele desaguou chorar, percebia que ele estava se sentindo muito culpado, a sua falta de confiança era nítida, ainda apresentava receio ao me tocar com medo que eu novamente me afastasse assim que lembrasse do ocorrido na noite anterior.

F. Feliz ano novo - disse baixinho em seu ouvido.

L. Feliz ano novo minha vida - retribuiu com uma voz doce e olhando em meus olhos.

F. Vamos caminhar um pouco, dizem que caminhar no primeiro dia sua vida vai pra frente.

L. Hum virou fazedor de simpatias?

F. Fazedor de simpatia? Omg

L. É, não sei o nome hahaha

Já que seus pais não se encontravam, não nos importamos de ir de mãos dadas. Caminhando lentamente pela areia molhada aproveitavamos ao máximo aquela sensação de liberdade. Chegamos às pedras e ali pegou um pedaço de galho pequeno desenhou um coração grande e escreveu na areia batida amor infinito, amor eterno e se sentou ali dentro, não resisti e tirei uma foto com seu celular, e depois indo ao seu encontro sentei atrás encaixando minhas pernas na dele e repousando meu queixo no seu ombro. Ficamos ali vendo o dia nascer por completo e a neblina da serra ir se dissipando.

De volta à pousada, tomamos um banho juntos onde pude contemplar àquele delicioso corpo. Rolou oral de ambas as partes e uns amassos gostoso. Na cozinha nos viramos pra tentar arrumar algo pra comer, acabamos fazendo um omelete com queijo bacon e calabresa, e engraçado que ficou bom, a parte da tarde passamos na rede que tinha no quiosque comendo uma porçãozinha e tomando uma cerveja pois logo à noite voltaríamos para nossa cidade. Ali mesmo já combinamos como seria nosso fim de semana e até o filme escolhemos. Acabamos saindo umas horas mais cedo que seus pais, a viagem foi tranquila pois pegamos a serra de Taubaté a tardinha, que é uma otima maneira de se livrar da tamoios em volta de feriado. Se alguém já viu, sabe como é lindo ali e como a estrada é antiga, e de tão antiga é muito íngrime, fazendo meu carro sofrer ao ponto de esquentar muito, então resolvemos parar num acostamento. Ali a vista era bela, não se via mais o mar, apenas montanhas e vales, descemos do carro e sentamos num gramado ao lado de uma placa de trânsito esperando um tempinhu pro carro se recuperar. Lucas então pegou seu violão e começou a tocar pra mim Apenas uma canção de Amor, sua voz suave combinava com a música, e na última frase que dizia vim aqui só pra dizer, que eu sou louco por você, e eu retribui com a mesma frase dizendo que era louco por ele também. Nesse meio tempo começou à escurecer e rumamos pra casa, chegamos com quase 5 hrs de estrada, mas como tinha a cia dele foi ótimo, ele vinha disputando com o vocalista que cantava no rádio e eu ria o percurso todo.

Final de semana seguinte chegou e aproveitamos ao máximo, shopping, cinema, motel. Todos os dias encontrávamos Leonardo na academia mas Lucas foi passando por cima de seu ciúmes, porém um dia intimamos o garoto dentro do vestiário.

F. Leonardo, posso saber porque você falou tudo aquilo?

Leo. Eu estava bebado, tinha saído com meus amigos pra comemorar a vespera e enchi o caneco. - Lucas só ouvia

F. Se não tem a noção da merda que fez, eu sempre te tratei com respeito, até quando neguei a ter algo sério com você fui educado, e quem é você pra tomar liberdade pra vir falar de amassar meu carro, você magoou a mim e à ele, de hoje pra frente você meça suas palavras e cria vergonha na cara e se assuma viado e pára de enganar aquela coitada, vai atrás de um macho pra você, vá ser feliz.

Ele corou e não disse mais nada, saí com aquele gostinho de revanche cumprida, da academia fui com meu amor tomar um suco natural e aproveitar o restinho de noite pois no dia seguinte voltaria ao trabalho.

Por falar em trabalho fui transferido na semana seguinte pro 3o turno, tendo que trabalhar durante as madrugadas, isso claro, fez com que eu tivesse que adaptar todo meu horário, mas nada que atrapalhasse meu namoro.

Lembro até hoje, no dia 20 de janeiro recebi uma ligação do Lucas, chorando ele disse que precisava me encontrar. Fui ao seu encontro o mais breve possível, sua aparência estava abatida, correu entrar no carro e pediu pra eu ir pra uma rua sem saída. Chegando la, imediatamente me abraçou e começou a chorar muito, eu perguntava o que era mas ele não conseguia falar, abraçando-o e passando a mão em seus cabelos pacientemente esperei ele ter condição. Alguns longos minutos se passaram até que ele começou.

L. Amor eu te amo tanto, mas tanto - e chorava.

F. Pelo amor de Deus o que foi amor?

L. Meu pa, meu, meu pai - e soluçava

F. Que diabos tem seu pai, ta com doença? Falaaa!

L. Sabe aquele amigo da praia? - fiz que sim com a cabeça - então, ele contratou meu pai pra trabalhar.

F. Tá, que bom, mas o que isso tá te incomodando tanto?

L. É em Cuiaba, ele vai levar todos nós

Meu mundo caiu.

Galera, como eu disse, hoje seria pequeno, não to muito legal. Bjs pra vocês!