Meu Querido David Cap: 2

Pessoal voltei com mais um capítulo para vocês. Fico muito grato pelas notas e pelos comentários. Respondendo á uma pergunta, o conto é sim real. Vamos á história.

Dessa vez, David, falou diferente comigo, bem manso e calmo com uma voz leve. Já que se tratava do irmão dele, eu não podia negar, o irmão dele era um garoto doente, tinha dificuldades para andar, tinha sopro no coração e diabete também. Dê-lhe uma nota de 100.

-valeu! -ele disse.

Depois disso voltamos para sala, era aula de química e a professora estava entregando as provas. Na prova valendo 10 eu tirei 6, que nota péssima, já o David tirou os 10 pontos, as notas dele era á maior da sala, ele era o aluno mais inteligente, era a sua capacidade que mantia a sua bolsa na escola. Por que se ele tivesse péssimas nota já teria sido expulso.

-aí cara, seu aniversário está chegando. -o meu amigo Tales falou em meu ouvido. -vai rolar uma festa?

Tales é o meu melhor amigo, ele alto, forte, olhos e cabelos negros e mulherengo. E a completar 17 anos no dia 13 de março, bem, nunca tinha feito uma festa e esse ano estava pensando em fazer uma em minha casa, aproveitando a oportunidade que a minha vó não estaria.

-pode deixar cara, vai ter um festão -eu disse.

A aula acabou e retornei para casa, como disse, a minha vó estava viajando e me encontrava sozinho. Estava bem chato lá. Me lembrei de David e de que tinha dado dinheiro para ele comprar remédio para o irmão, fui até lá conferir se ele havia comprado mesmo.

O David era um garoto pobre e morava no subúrbio de ipatinga, um lugar horrível para viver, era cheio de lixo e esgoto á céu aberto, tinha até mesmo ratos mortos no meio da calçada. Dê duas bate na porta.

-pode entra. -ouvi a foz dele.

Abrir a porta devagar e entrei, vi o bêbado do tio dele deitado no sofá com uma garrafa fazia de uísque na mão, todo sujo. A casa de David não era grandes coisa, os móveis era velhos e quebrados, as janelas faltavam vidro. Pelo menos a casa era bem arrumada, concerteza seria o David que a limpava.

Entrei em seu quarto e vi ele calçando o tênis em seu irmão mais novo, o irmão dele é uma gracinha, olhos e cabelo castanho igual ao David, baixinho, ele tinha 8 anos, Davi é o seu nome.

-há, é você! -David falou.

Uma coisa não deixe de reparar nos dois, anbos estavam chorando.

-aconteceu algo? -perguntei-lhes.

-não -David me respondeu.

-vou pra um orfanato -Davi deu uma resposta diferente.

Esse era o motivo deles estarem chorando, David gostava muito de seu irmão, que chegou até mesmo roubar a se protitui para poder ganhar dinheiro e compra os remédios para o mais novo. David pegou Davi no colo.

-vou ter que leva-lo até a comunidade -David disse.

-estou de carro, quer uma carona?

-não.

-aceitando ou não eu vou te levar.

Coloquei os dois no carro e dei partida, durante o percurso todo David não parava de olhar para o irmão, ele não queria perde-lo, mas infelizmente perdeu. Conversamos com uma mulher e veio despedida triste entre os dois.

-você disse que não e a me abandonar -Davi falou.

-eu não estou te abandonando, eu não tem como te sustentar, ficar no orfanato é melhor para você.

-mas eu não quero ficar.

Realmente me deu pena dos dois, o David sofria mais e não queria perder o irmão.

-tira ele da minha frente -David disse á coordenadora.

-venha Davi -a coordenadora falou.

A coordenadora retirou Davi bem rápido de onde nos encontrava, David não parava de chorar, primeira vez que vejo ele desse jeito, chorando, triste. Nos retiramos da comunidades.

-você já me ajudou, agora, pode sumir -ele falou.

Esse era uma coisa que eu mais odiava nele, mas ele não tem culpa de ser assim, vi que estava na hora de fazer uma coisa que eu nunca fiz. Leva-lo para mora em minha casa, isso é, se ele aceitar.

-David, aonde você vai?

-não é da sua conta.

-me fala aonde você vai -parei ele com a mão.

Com as lágrimas escorrendo do seu rosto ele o abaixou. Arrastei ele até um local fazio, sem ninguém, então eu o abraçei e ele também envolveu seu braço em minha cintura.

-sabe o que eu vou fazer? -ele me perguntou.

-não, o que?

-subi no alto de um prédio e me jogar de lá.

Eu me segurava com todas as forças para não dá uma surra nesse moleque, ele só falava idiotice. Me deu uma vontade de chorar quando ele disse aquilo, sabe por que? O David era capaz de fazer qualquer coisa para tirar a sua própria vida. Eu tinha medo de perde-lo. Deixei umas lágrimas escorrerem do meus olhos. Olhei nos seus olhos só para ele ver que eu também chorava.

-por que você está chorando? -ele perguntou.

Por todas as vezes que nos encontravamos ele não percebia o que eu realmente sentia por ele, era como se ele fosse cego, não percebia que o amava. Parecia não ter coração para amar outra pessoa, há não ser o seu irmão.

-porque me preocupo com você -lhe responde -sempre me preocupe com você e com o seu irmão.

Até o próximo capítulo galera!