Em busca da Felicidade (03)

Capítulo 3

Obrigado pessoal pelos comentários. Como já disse, esse conto já esta todo escrito, sei que irei decepcionar em algumas partes, mas ele já esta montando. Existem diversas maneiras de contar uma história, a história será a mesma, mas o ritmo vocês é que irão ditar.

Vou tentar também diminuir o tamanho dos capítulos, sei que estão longos demais.

Obrigado pelos comentários, Geo, Olavo, Stahn, Perola, docinho, Alanis, Diiego, Jeeh, Gatorr e todos os demais leitores.

João – Por favor, duas caipirinhas de morango.

Esperando sua bebida, escuta uma voz gostosa e familiar atrás de si:

“ Confesso que achei que não iria te encontrar tão cedo”

João vira-se e confirma o que seus pensamentos já tinham lhe informadoFernando estava parado com as mãos na cintura olhando fixamente para João que perdia seu olhar diante daquele rapaz que não era lindo, mas que tinha o dom de transformar sua presença, sua áurea, em algo lindo.

João não era o superman, mas durante os 15 segundos que ficou olhando para Fernando, seus olhos fizeram uma varredura total, naquele belo exemplo de homem.

Fernando era um rapaz simpático, poucos anos mais velho que João, cabelo curto e preto, tinha 1,80e 78k, corpo branco, com pelos nos lugares certos e quantidade exata, tinha um sorriso encantador, era o tipo de pessoa que parecia estar sempre feliz.

Fernando – E ai cara, blz?

João – Nossa, como vai? To bem e você?

João – Surpresa te encontrar aqui cara.

Fernando – As vezes venho balançar os esqueletos. Dizia rindo

João – Se todo esqueleto fosse lindo assim, eu ia querer viver no cemitério, pensava João.

Alias, para pensar bobagem e falar bobagem, João era mestre, só que algumas coisas só poderiam ficar em seu conciente.

Fernando – E você? Ta sozinho?

João – Vim com a galera do meu curso, devem estar por ai dançando ou de pegação com alguém.

João – Ai o escravo aqui, veio pegar bebida pros bonitões.

Fernando – Você é uma figura cara, fala cada coisa.

João – Sorte sua, se fosse contar meu problemas, você iria chorar. Diziam João rindo, Fernando também caia na gargalhada.

São apenas interrompidos pelo garçom que entrega as caipirinhas.

Fernando numa rapidez inesperada,:

Fernando – Poxa, como você adivinhou meu gosto. Já pegando um dos copos e levando a boca, mas parando antes e pedindo um brinde.

João o acompanhou e ficaram ali conversando.

João – pobre Cíntia, sua caipirinha já era, ria sozinho.

Fernando era um cara bem agradável, sempre com bom humor, nem de longe lembrava aquele leão furioso que estava jogado em cima de João, quando ambos caíram no parque.

De repente, Fernando levou sua mão até o rosto de João:

Fernando – E o machucado? Como esta sua boca?

João sentiu uma descarga elétrica em seu corpo, não entendia o pq de tanto frescura, era só um cara atraente e simpático, e que estamos tendo uma conversa agradável, não vamos namorar, transar e nem casar, acorda mane. Dizia a si mesmo.

João – Ah cara, não foi nada, só um corte superficial, também ninguém mandou eu entrar na fila do beiço 10 vezes né, dizia rindo.

Fernando – Você é uma figura cara.

João era branco, mas seus avós eram negros, seus pais eram brancos, mas herdou algumas características um pouco mestiças. Era branquelo, pois nunca tinha tempo de tomar sol, mas exibia pernas peludas, parecendo um tapete e o peito fechado com pelos grossos, que dava uma vontade de se aconchegar e ficar abraçado.

O papo estava muito descontraído, só conversavam amenidades e bobagens que os faziam rir, não dando abertura para que um conhecesse mais intimamente a vida do outro.

Em determinado momento o silencio imperou, a musica que até então estava agitada mudou para algo mais calmo.

Na verdade, João era um cara muito carente, forte por fora, mas com uma necessidade absurda de atenção, carinho e proteção. E pelo pouco que ele conhecia Fernando, ele sentia isso. Não estava acostumado das pessoas agirem com ele, assim como Fernando agia, como se ele fosse um cara legal e importante, que merecesse ser ouvido. Isso já era o suficiente para João se encantar por Fernando.

A musica tocava ao fundo e João começou suar em bicas, não sabia mais o que falar, até que foi salvo pela Cíntia, lhe pagando uma sessão por ter deixado-a na pista com a boca seca.

Cíntia – Meu lindo, você foi colher os morangos e fabricar a vodka?

João – É que encontrei um amigo, acabei que ficamos de papo aqui, até esqueci, foi mals.

Cíntia olha para o lado e percebe a presença de Fernando.

Cíntia – Seu cachorro, você tomou minha bebida, indo pra cima dele.

João – Calma Cíntia, ele só...

Fernando levanta Cíntia no alto, dando um grande abraço e beijando seu rosto.

Fernando – que saudades de você gata. Olhavam-se como velhos conhecidos.

João – vocês se conhecem?

Fernando – A Cíntia é uma grande amiga, conhecemos na época da faculdade, num churrasco de outro amigo.

João – Ah legal, achei que ela tinha sido atropelada também. Diz rindo.

A musica rolava solta, Cíntia já tinha ido ao encontro do noivo, Gilson e Willian já tinham se arranjado e Taís e Camila queriam ir embora. João e Fernando conversavam em um local mais reservado, onde a musica não atrapalhava muito.

João – E ai?, cadê sua galera?

Fernando – Estão por ai.

João – Cara, não quero te atrapalhar, pode voltar pra la, com eles.

Fernando – Relaxa, daqui a pouco eles pintam por ai.

Taís – João, estamos indo embora, você vai ficar?

João vendo que tinha sobrado, achou melhor ir.

João – Acho que sim, vou aproveitar a carona de vocês, até pq os 03 devem ter coisas melhores pra fazer, não vou empatar eles.

Fernando – É cedo cara, da mais um tempo ai

João – É que...Fernando o interrompeu.

Fernando – Fica tranqüilo ai, te dou um carona depois.

Taís – Blz, então ta tudo acertado, beijocas e juízo rapazes.

João – Juízo é o que mais eu tenho, queria aprender a perdê-lo. Pensava consigo mesmo.

A conversa entre os dois fluía muito bem, como se fosse grandes amigos.

Fernando – Nossa cara, curto essa musica, vamos la pra pista.

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João adorava dançar, mas até nisso era solitário, era um péssimo par de dança, mas dançar sozinho não tinha problema, era só sacudir o corpo de deixar o ritmo da musica te levar.

Cíntia também dançava ao lado dos dois rapazes, juntamente com seu noivo, estava super animada, mas o tempo foi passando e realmente era a hora de ir embora.

João – Cara não quero ser chato, mas tenho que ir mesmo, mas fica de boa, consigo um táxi rapidinho .

Fernando – Cara, se falei que te levaria embora, vou te levar embora, sossega o facho ai.

Fernando – Só vou ali cumprimentar um amigo e já vamos, blz?

João – blz, vai la.

João – Cíntia, vou nessa, o Fernando vai me dar uma carona.

Cíntia – Beijão amigo, obrigado por tudo, a noite foi ótima.

João – Blz, nos vemos na segunda, beijão, até mais Léo.

Fernando não era rico, tinha um carro de trabalhador, mas arrumadinho. Chegando na porta do meu prédio, adereço, dando lhe um aperto de mão, já virando pra sair, sinto sua mão direita firme, me segurando o braço.

Fernando – Espere.

João – olho pra ele, será que agora acontece que nem nos filmes, vai rolar um beijo. Claro que não é mane só pq o cara é agradável com você, você já acha que ele quer namorar se ligar João bundão.

João – acordei novamente do meu transe, Oi?

Fernando – Calma cara, você nem me passou me celular.

João – Ri, claro cara, anota ai.

Fernando – Blz meu, fica assim então. Dando uma piscadinha para João.

No sábado, apesar da ressaca, João estava muito feliz, não só pelo encontro com Fernando, mas por ter se divertido com os amigos. Botou um som alto e encarnou a faxineira, afinal, ele ainda esta longe de ser um cara rico.

Embora não admitisse pra si, o Fernando mexeu com ele, ele ainda estava tentando separar o que é carência, do que é interesse afetivo, amor, tesão. Lembrando daquele rapaz, João se masturbou no chuveiro, e gozou como a muito tempo não fazia, mas logo depois voltou a realidade. João, va com calma, na pior das hipóteses você acabou de conhecer um grande amigo.

Na segunda-feira, durante o intervalo em seu curso, Cíntia conversava animada.

Cíntia – Pessoal foi muito boa a balada de sexta, devíamos fazer isso mais vezes.

Willian – Claro galera, ou então armar algo la em casa.

Cíntia – E ai João, de onde você conhece o Fernando?

João contou como o conhece e perguntou:

João: e vocês, de onde se conhecem?

Cíntia: Ele é namorado de da uma amiga, nos conhecemos em um churrasco.

João ouvia aquelas palavras e foi nítida sua decepçãoContínua....