Brutalidade - capítulo 9

Um conto erótico de EMYR
Categoria: Homossexual
Data: 13/10/2012 22:29:53

Capitulo 9 No tatame

Eu não sentia nada, era como se meu cérebro tivesse sido arrancado da minha cabeça, nem pensamento residual havia ali, durante o trajeto eu fiquei igual a uma estatua olhando para frente, desci do ônibus e me arrastei até em casa por puro instinto, a porta estava recolocada, com certeza André mesmo que cuidou disso, quando abri a porta eu vi que a bagunça da nossa briga também estava arrumada, tinha até uma vassoura nova. Eu voltei ate a porta e comecei a passar a mão nela, como se quisesse que a mão de Drezão se materializasse ali e tocasse a minha, quando finalmente a fechei percebi um pedaço de papel fixado na parte de dentro.

“Gil, o que nós sentimos um pelo outro é muito forte e descontrolado, aqui dentro de mim eu sei que é eterno, mas estamos despreparados agora, a cada passo tenho medo de fazer algo errado e acabar tendo seu ódio eterno. Por isso agora vou tomar a decisão mais difícil da minha vida, vou aceitar um treinamento que me ofereceram há algum tempo em outro país, ele pode demorar meses ou até anos, durante esse tempo quero que você continue sua vida, continue saindo e aproveitando, eu não consigo imaginar outro homem na sua cama, mas eu não quero que você se prive disso também, você é meu e quando nossos caminhos se cruzarem novamente espero estar mais seguro de mim e pronto para nos dar tudo que merecemos. Consertei sua casa, não quero lembranças minhas aqui quando você voltar, agora vou ver você na faculdade e logo mais meu avião vai partir, vou me livrar do meu celular, não porque tenho medo de você me ligar, mas porque tenho medo de ser fraco, não me tire do seu coração, você será sempre dono do meu.

André”

Eu fiquei horas ali, sentado no chão com as costas na porta, olhando para o pedaço de papel na minha mão, tentando achar linhas secretas escritas nele que me dissessem que aquilo tudo era uma piada, eu passei por três fases naquela tarde, negação (aquilo era um sonho e eu iria acordar), raiva (aquele filho da puta pulou fora na primeira briga real, na primeira crise, eu devia ter espancado ele com o cabo de vassoura), desespero (como ele queria apagar a imagem dele da minha casa, se todo lugar que eu olhava lembrava ele? E agora, o que eu ia fazer, estava sozinho ali), otimismo (eu sou jovem, cada porta que se fecha outras se abrem, é só ter paciência) e etc.

Mas a verdade era que ele tinha ido embora do país, e num país cheio de gente, eu me sentia abandonado e só. Respirei fundo e me levantei, meu minuto de desespero tinha passado, era hora de seguir em frente, e nada melhor do que começar com um banho.

Não tive estomago para almoçar, só olhar para a cozinha me causava revolta no estomago, pelo menos eu tinha algo para me concentrar, a aula de Reforço que tinha marcado com Wes. Sai de casa e peguei um ônibus, é estranho como quando eu quero afastar o meu pensamento de alguém qualquer besteira me faz lembrar dela. Decidi afastar esse pensamento e liguei para Natty.

“Hey, dona do lar, capricha na janta hoje, vou almoçar em casa.”

Ela soltou um riso cínico. “Contente-se com macarrão instantâneo, você é o melhor cozinheiro aqui em casa, melhor chegar mais cedo para cozinhar.”

“Pff, não entendo porque casar se a esposa nem cozinhar sabe...”

“Ele não casou comigo pelos meus dotes culinários, babaca.”

“Sua puta, sem comentários sobre sua vida sexual sem graça.” Dito isso desliguei na cara dela, pode não ter parecido, mas isso não foi uma briga, silenciosamente ali dissemos um ao outro como nos amávamos, eu acho.

Quando desliguei o telefone respirei fundo, nada como uma animada conversa com quem realmente te ama para te lembrar que o mundo continua girando mesmo quando seu coração parece parar (sim, eu estava na fase na qual achava que André nunca me amou).

Quando cheguei ao endereço de Wes percebi que era no mesmo condomínio de Ivan, fala sério.

Na guarita de entrada falei com o porteiro e ele ligou para a casa de Wes para confirmar minha visita. Quando ele voltou recebi a má noticia de que Wes não estava em casa, eu olhei em direção a parada e respirei fundo, eu realmente deveria matar aquele playboy. Quando estava indo em direção ao ponto de ônibus recebi uma ligação, era Wes, com certeza iria me dar uma desculpa qualquer.

“Olha Wes, se você não queria...” eu comecei bruscamente.

“Onde você está?” sua voz parecia urgente, ele estava com raiva.

“Estou na frente do seu condomínio.”

Um breve silencio e senti quando ele respirou aliviado. “Eu estou na frente da sua casa, vim te buscar, me espera ai que eu estou indo, vou ligar dando autorização para você entrar.”

“Quando você fizer planos comigo, Wes, me avise antes, ok?” ele deu uma risada e desligou.

Poucos minutos depois o porteiro liberou minha entrada, fui até a casa onde morava Wes, como o condomínio era gigantesco e casa de Ivan ficava bem afastada para meu alivio.

A mansão onde Wes morava era uma obra moderna de arquitetura, com ângulos afiados e vidros, era de uma cor clara, tipo cinza gelo, bem formal, me passava a sensação de ser muito bonita, mas sem vida.

A empregada veio me receber na porta, eu fui simpático mas ela não pareceu entusiasmada, me levou até os fundos e indicou uma cadeira de ferro pesada em estilo antigo, sentei por lá e esperei, olhando para o imenso campo gramado que constituía os fundos da mansão, completamente desprovido de flores ou arvores, com tanto espaço, quanto desperdício.

Eu decidi ler algo enquanto esperava, não percebi a aproximação de alguém até que escutei sua voz afiada no meu ouvido.

“E quem seria você?”

Quando virei em direção a voz vi uma mulher alta, magra, bem conservada, com um corte de cabelo curto e castanho, um rosto severo que na mesma hora me lembrou Wes. Mas Wes sorria sempre, essa mulher não.

“Eu sou Gilson, sou o professor de reforço do Wes, que eu resumo que seja seu filho?”

Estendi a mão para ela, mas ela nem sequer registrou, seus olhos pareciam que iriam arrancar a pele do meu rosto para analizar mais profundamente.

“Wesley não precisa de reforço, e não acho que você está a altura de dar aulas para meu filho, você não é mais velho que ele, aposto.”

Eu comecei a tentar retrucar quando ela novamente me interrompeu. “Voce pode ir embora agora, está dispensado.”

Ui, essa doeu. Mas antes que eu pudesse tomar alguma atitude vi Wes caminhando em nossa direção a passos largos, ele não ouviu a conversa, mas já deveria saber do que se tratava.

“Mãe! Deixa ele em paz!”

Ela se virou para olhar para ele e sua expressão pela primeira vez mostrou alguma emoção, ela poderia parecer severa, mas obviamente amava o filho.

“Ora, Wes, eu tenho visto o quanto você está se dedicando ao curso, você não precisa de um professor de reforço, e se precisar eu tenho contatos de mestres com ótimas referencias!”

“Não, mãe. E Gil não é só meu professor, ele é...” ele deu uma pausa e olhou para mim, seus olhos me devoraram, ele parecia querer saber se eu estava inteiro. “Ele é meu amigo.”

“Amigo? Meu filho, por favor...”

Ela agora estava exasperada, suplicando para o filho.

“Quer saber Gil, vamos estudar em outro lugar, a casa da minha mãe parece ser muito boa para ela permitir nossa presença aqui.” Ele pegou pelo ombro e me empurrou pelo gramado em direção ao portão de entrada. Quando olhei para trás para me despedir da mãe de Wes ela me atirou um olhar de puro ódio que me fez mudar de ideia.

Já no carro esperei Wes falar alguma coisa, depois que estávamos a uma distancia segura do condomínio ele finalmente soltou, com uma voz preocupada.

“Desculpa a cena com Verinha, Gil, não a leva a mal, ela só é superprotetora.”

“Eu entendo Wes, ela parece ter muito orgulho de você.”

“Não cara, ela me sufoca, não vejo a hora de sair de casa.”

Eu sorri. “Isso é o sonho de todos, hehe.”

“É, deve ser... Tá tranquilo se formos para sua casa?”

“Não é melhor a biblioteca, tem mais recursos lá.”

“Não cara, tô sem cabeça para estudar, precisamos conversar, você está com uma cara horrível.”

Eu cruzei os braços e afundei o banco do passageiro, que ótimo, falar sobre o que eu quero esquecer.

“Olha cara, eu sei que você deve estar tentando ignorar tudo, afinal, qualquer separação é seguida de dor, mas é bom conversar com um amigo.”

Eu olhei para ele, quando foi que Wes passou a ser meu amigo, mas a verdade era que eu me sentia seguro para falar com ele. “Ok, você sabe onde fica minha casa.”

E foi tudo que eu falei durante o trajeto, ele colocou uma musica e o estilo dele era parecido com o meu, curtiamos rock leve, eu quase morri de ri enquanto ele tentava cantar algo em inglês. Foi a primeira vez que sorri de verdade naquele dia e e ele me olhava com uma expressão de satisfação.

Já em minha casa eu preparei um lanche para nós, algo relacionado a suco natural e sanduiche natural, Wes adorou, enquanto sentávamos na sala para comer ele mandou.

“Anda, desembucha ae cara.”

Eu olhei para ele fingindo desentendimento. Wes revirou os olhos.

“Anda cara, o que aconteceu entre você e seu rolo?”

Então contei toda a historia para ele, omitindo as partes picantes e o tempo todo ele me olhava atentamente, absorvendo cada pedaço de informação.

No fim ele estava com os braços abertos no encosto do sofá, era uma visão, ele estava de bermuda e camiseta regata, a parte superior de seu tronco era enorme e muito definida, musculo para todo o lado. Suas pernas não eram grossas, mas eram igualmente definida, o cara não deveria ter um grama de gordura no corpo, e seus olhos, eram sinceros e gentis, apesar de toda a brutalidade que seu corpo demonstrava, os olhos pareciam estar na pessoa errada.

“Gil, na minha opnião você está melhor assim, sem esse cara. Se ele fugiu de você é porque ele não te levava a serio, não se preocupava com seus sentimentos, dá pra ver em você que você é diferente, é uma pessoa que qualquer um quer construir a vida junto, esse cara não tinha força para te manter ao lado dele, você merece alguém melhor.”

Nesse ponto ele já não olhava mais para mim, olhava ao redor, então se levantou e foi olhar melhor a casa. Eu fiquei sentado no sofá oposto, ele estava errado, André era forte até demais ele poderia sim ter me mantido ao se u lado, ter construído uma vida para nos dois, não era essa sua promessa, mas então ele se foi e me deixou só, e eu me sentia quebrado.

“Cara, sua casa é demais, isso aqui é um vídeo game? posso jogar?”

Eu apenas sorri, o cara morava em uma mansão e achava minha casa ótima?

“Sério, brother, tua quitinete parece realmente uma casa, é acolhedora, a minha casa é muito fria, desconfortável.”

Pensei comigo mesmo ‘sei... ’.

Ficamos conversando e jogando vídeo game até a noite, eu gostava da companhia de Wes. Estava escurecendo então decidi ir para a academia antes de ir encontrar Nando e Natty.

“Wes, eu acho que vou para a academia agora...”

“E tu acha que eu vou te deixar sozinho, tenho uma ideia melhor, você vai para minha academia.” Eu olhei para ele e pensei um minuto, então decidi que ir em um lugar diferente ia me fazer bem.

Chegando na academia percebi que era um dojô, tinha sim uma pequena área de musculação e aparelhos para ginastica, mas a maior parte dela era tomada por dois tatames, um ringue para lutas de boxe e uma área nos fundos para treinamento de lutadores, com saco de areia e outros aparatos para treinamento.

Wes entrou e conversou um pouco com a loirinha da recepção, ela era pequena, linda e gentil, com um lindo sorriso no rosto. Enquanto eu admirava a academia, era diferente das que eu tinha frequentado antes, tinha um ótimo ambiente.

Logo Wes veio até mim e me empurrou para dentro, pois antes estávamos na recepção.

“Ué, não preciso cadastrar ou algo do tipo?”

“Se você quiser malhar aqui eu vou curtir muito, mas comigo você não precisa de matricula não.”

Fomos até uma sala nos fundos com chuveiros e armários, de um armário ele tirou um quimono branco enquanto ele colocou nele mesmo um quimono personalizado preto.

Confesso que custou todo autocontrole para que eu não olhasse para Wes enquanto ele trocava de roupa, e por um instante achei que ele estivesse fazendo de proposito, demorando demais para se vestir, quando olhei para ele já estava vestido, e o cara era uma visão, o quimono realmente destacou junto a sua pele, ele tinha uma ar relaxado mas ao mesmo tempo ameaçador, era como um leão descansando.

Ele olhou para mim como se estivesse esperando, e quando ele sorriu revelando os dentes eu entendi, ainda estava com meu quimono na mão, olhei para os lados em pânico, eu ia ter que me despir na frente dele.

“Relaxa, eu não quero te ver pelado...” fez uma pausa e molhou os lábios com a língua. “Tem um banheiro ali, pode usar ele brother.”

Quando voltamos para o maior tatame do centro já havia alguns alunos esperando, alguns homens e algumas mulheres, só então percebi que Wes era o professor. Eu me juntei ao grupo e me apresentei, segui-os através do aquecimento, como eu era novato (eu tinha praticado jiu jitsu com um amigo anos atrás, então não me lembrava de muita coisa) Wes foi meu parceiro no aquecimento, e ele realmente era competente, sabia retirar o máximo dos seus alunos. Quando o treino começou eu preferi sentar e observar, pelo menos nessa primeira aula, eu já tinha me decidido a me inscrever nas aulas com Wes.

Que engraçado, até alguns dias atrás ele queria que eu fosse o professor dele, agora eu queria o contrario.

Eu fiquei observando Wes através da aula dele enquanto pensava que minha primeira impressão sobre ele tinha sido completamente errada, mas eu me perdoei logo, o cara se portava de uma maneira diferente em cada ambiente que frequentava, era um playbozinho na sala de aula, maduro com a família, atencioso com os amigos e profissional no tatame, sortuda a guria que conquistasse seu coração. Às vezes ele olhava para mim e sorria, outras ele explicava um movimento qualquer olhando para mim. Ele não precisava me conquistar, já tinha me apaixonado pelas aulas dele.

Fui retirado dos meus pensamentos por um som de pancada ritmada vindo de algum ponto atrás de mim, quando me virei para checar meu coração congelou.

Na área de treinamento não havia mais ninguém àquela hora, somente uma pessoa ainda treinava, chutando com força e ritmo um saco de areia vermelho pendurado no meio da área, estava sem camisa e usava uma luva preta e um short ou cueca boxer, para mim não havia diferença, colado ao corpo. Quando ele chutava dava para ver cada musculo do seu corpo tencionar, ele era grande e forte e eu tive pena do saco que ameaçava explodir com as pancadas. Seu rosto estava concentrado e o suor escorria em gotas pela testa, com o cabelo farto negro grudado na cabeça.

Ele era bom de instintos, quando sentiu alguém olhando para ele sua cabeça virou na minha direção eu vi os olhos verdes fixarem em mim, sem quebrar o contato do olhar ele deu mais um ultimo chute violento no saco de areia, dessa vez eu tive certeza que o pobre coitado iria ceder. ele sorriu, aparentemente tinha causado a impressão que queria.

Eu não quebrei o contato com olhar, não iria ceder, Ivan era um animal perigoso, eu tinha eu ser cuidadoso ao lidar com ele.

Ivan veio em minha direção, desamarrando e removendo as luvas, de cabeça baixa. Eu não olhei em direção a Wes, não iria procurar ajuda, iria lidar com Ivan sozinho, eu estava ao lado do tatame, nessa hora todos praticavam e Wes estava praticando com um aluno na outra ponta do tatame. Ivan parou ao meu lado, como se tivesse observando o treino, mas eu não quebrei o contato visual, mesmo que ele não estivesse olhando para mim.

“Quero falar com você lá fora.” Ele disse e saiu, eu considerei por um minuto e então segui ele, tinha muita coisa mal explicada nessa historia.

Quando o alcancei estava na recepção, a loirinha estava ausente. Ele estava sentado em um dos dois sofás de couro branco que tinham na recepção, eu parei na sua frente e cruzei os braços, esperando que ele começasse.

“Foi muito bom aquele truque da noite da festa, quase cai quando tentei seguir você.” Ele me olhou, seus olhos estavam brilhando, imitando uma falsa felicidade. “olha, tenho que admitir, você é diferente do que eu pensava, quando primeiro olhei para você achei que era só um viadinho qualquer, que quando eu puxasse alguns botões seus você faria tudo o que eu quisesse, claro que a primeira coisa que fiz foi tirar seu macho de perto de você no inicio da festa, achei que você fosse seguir ele como um cãozinho ou dar um escândalo.”

Nessa hora o interrompi. “E como você sabia quem eu era, o que eu representava para o... seu amigo?”

“Ah, ele me disse tudo, desde a primeira vez que te viu na academia, o bananão acredita cegamente na nossa amizade e ele sabe que eu fodo umas bichinhas por ai de vez em quando.” Então ele me olhou de cima a baixo, molhando os lábios. “Ele me disse TUDO sobre vocês dois.”

“Continua.” Eu falei entre os dentes.

“Então, mas você infelizmente não fez nada do que eu previ, então eu deixei André nos braços daquela morena, sabe, ele sempre foi gamadão nela, mas é claro que ela nunca deu bola pra ele, eu então paguei ela para distrair ele a noite toda, mas mesmo assim ele continuava procurando você, então disse para ele que eu tomaria conta do namoradinho dele, que eu queria conhecer o namorado do meu melhor amigo e o bananão acreditou. Fiquei seguindo você de longe, esperando você cometer um erro, mas nada, nem quando o mané te ofereceu meu pó você recusou, você é irritante, sabia?” antes que eu pudesse responder ele prosseguiu. “Então eu pedi para uma vadia qualquer te empurrar dentro da piscina.” E eu tenho certeza que ela fez exatamente isso, quem não iria querer agradar um homem lindo e poderoso como Ivan.

“Eu fui na sua frente e tranquei todas as portas de cima, deixando só a do meu quarto aberta, minha ideia era seduzir você lá dentro e fazer André nos flagrar, ele iria ficar puto com você, e comigo, mas iria me perdoar depois, eu seria uma inocente vitima de um viadinho fogoso e infiel, mas você fugiu, a principio eu fiquei feliz, ou você faria escândalo pelo que eu fiz e ninguém iria acreditar em você, logico. Ou você iria fazer escândalo por ver a morena se atirando no seu macho, mas você simplesmente fugiu. Alguns minutos depois, conforme o combinado o André veio atrás de você. Eu achei que meu plano tinha falhado, mas acontece que você deixou algumas roupas comprometedoras no meu banheiro.” Ele balançou as sobrancelhas, fazendo uma cara de safado.

“E então você disse para o André que eu tinha assediado você.”

“E ele caiu como um patinho. Quando eu disse que tinha te mandado embora ele começou a beber como um louco, e depois eu deixei ele ir atrás de você, achei que ele terminaria o serviço e mataria você depois da pilha que eu coloquei nele, mas aquele banana não faz nada certo.”

Então sua expressão mudou, ele ficou com raiva, vermelho de raiva.

“Ele foi embora, por sua culpa, seu merda, você afastou ele!”

Ele estava descontrolado e avançou para cima de mim. Antes que ele me alcançasse eu joguei o rosto para frente e devolvi, com o mesmo tom de raiva.

“Não fui eu, foi você, você machucou e confundiu ele até ele não ter outra alternativa, você mandou ele embora.”

Então ele parou, me olhou meio confuso e minha ficha caiu.

“Não era eu quem você queria aquela noite, se André te contou tudo mesmo sobre mim ele te contou o quanto me amava, ele te contou o quanto eu amava ele, o quanto nós fazemos bem um ao outro, você teve medo disso.”

Foi como se eu tivesse dado um tapa na cara dele, suas mãos caíram ao lado do corpo e recuou um passo, eu avancei um.

“há quanto tempo? Há quanto tempo você ama o Drezão, Ivan?”

A raiva voltou ao seu rosto, mas ele não se moveu para me atacar. “Não chama ele assim, eu criei esse apelido para ele.”

“Por isso ele estava sozinho, por isso ele estava tão abandonado, você tinha mantido ele numa prisão, você afastou todos que tentaram tomar o que você achava que era seu não é Ivan, anda, me diz!”

“N-não. Você é louco, sai de perto de mim.”

Ele balançava a cabeça, ele ainda não havia assumido seu amor pelo melhor amigo.

“Você ficou desesperado quando eu comecei a namorar ele não foi? Quando André começou a ignorar seus conselhos, suas precauções?”

“Você não merece ele, ninguém merece.” Agora ele me encarou, falando entre os dentes, estávamos discutindo ali, mas em tom baixo.

“Sabe o que o André merece, Ivan, alguém que complete ele, que não tenha medo dele, que deixe ele ser livre para ser o que só o André é.” Um nó se formou na minha garganta, meu peito se apertou e lagrimas ofuscaram minha visão. Ivan ficou assustado ao olhar para mim. “Ele merece alguém que diga para ele que o ama, que confesse isso para ele e nenhum de nós dois fez isso, nenhum de nos dois foi homem o suficiente para isso Ivan.”

“O que? Como...”

“Admite Ivan, diz em voz alta o que você sente pelo André.” Ele recuou e encostou-se à parede atrás dele, olhou nos meus olhos e viu que eu não iria ceder até ouvir o que eu queria ouvir. Colocou as mãos cobrindo os próprios ouvidos, obviamente em negação.

“Não, olha para mim Ivan, isso vai matar você, e você está matando o André, causando mal a ele, e machucando nós três.” Eu estendi a mão e toquei no rosto dele, forçando-o a me encarar. “Deixa sair, quando o monstro sair do armário ele vai ficar menos assustador.”

Uma lagrima escorreu dos seus olhos, seus lábios tremiam, somente a parede atrás dele mantinha-o em pé, a falta do André pesava nele tanto quanto pesava em mim, mas ele não tinha o mínimo equilíbrio para lidar com a situação. Enquanto ele tentava falar e engasgava com as palavras eu balançava a cabeça, dando suporte a ele.

“Eu... amo... meu Drezão.” Mas enquanto ele falava sua expressão mudava, como se fosse uma iluminação, uma visão, me doía ver siando dos lábios dele as palavras que não tinham tido a oportunidade de sair dos meus. Suas mãos seguraram as minhas, com força, mas ele não olhava para mim, olhava para um ponto qualquer, ele estava em outro planeta, lentamente seus olhos me focaram, procurando algo em meu rosto.

“O que tá acontecendo aqui, Gil? Algum problema?” era Wes que acabara de entrar na recepção, quando me virei para falar que estava tudo bem Ivan saiu e sumiu na noite. Olhei para a porta de saída e me perguntei se deveria seguir ele, ou pelo menos sentir pena dele, a resposta foi não, que os demônios dele o consumissem.

Quando me virei em direção a Wes ele já estava encima de mim.

“Você tá chorando Gil, o que aquele imbecil fez?” ele passou o polegar na minha bochecha, limpando a lagrima enquanto sua mão grande segurava meu maxilar.

“Nada Wes, essa conversa machucou mais ele do que a mim.” Seu polegar agora acariciava meu rosto, seus olhos pereciam pesados e ele parecia se inclinar sobre mim, achei que ele fosse me beijar, mas de ultima hora percebi que ele queria me abraçar, então encostei minha cabeça no seu ombro, aproveitando o contato humano.

“Eu não quero te ver chorando meu brother, segue em frente, eu quero você como meu amigo, quero que você seja importante para mim, alias, você já é.”

Eu apertei mais ainda o abraço, eu precisava escutar aquilo, precisava do calor de um amigo.

“Obrigado Wes, você já é meu amigo, já é importante para mim também.”

Foi quando o movimento dos alunos vindo em direção a recepção fez com que nos afastássemos lentamente. Depois que todos saíram e tínhamos trocado de roupa estávamos na recepção quando eu me toquei que não havia mais ninguém na academia.

“Wes, quem vai fechar isso aqui, não estou vendo mais a recepcionista.”

“Eu dispensei ela mais cedo, eu vou fechar.”

Eu olhei para ele curioso, então as peças encaixaram. “Você é o dono?!”

“Claro, cara, você é meio tapado às vezes viu.” Wes disse em tom irritado. “Meu pai me deu o galpão, e eu decidi abrir um negocio aqui, como eu entendo desse assunto eu reformei o lugar e instalei a academia aqui, curtiu?”

Eu tinha que admitir, o ambiente era único, o que mais faltava eu descobrir sobre Wes, cada hora ao lado do cara era uma surpresa nova. “meus parabéns, Wes, isso aqui é perfeito.”

Ele me olhou com um sorriso infantil, eu falei sinceramente e ele percebeu, essa academia era o orgulho dele.

Nos dirigimos em direção ao carro, então tive uma ideia.

“Wes, uns amigos me convidaram para jantar na casa deles agora, topa ir comigo?”

Ele me olhou como se eu tivesse dado o doce mais gostoso da vida dele.

Mais tarde naquela noite enquanto estávamos todos ao redor da mesa, comendo o jantar que eu e Wes acabamos tendo que fazer, eu olhei para meus melhores amigos todos ali reunidos, Wes, Nando e Natty, e apesar do meu coração pesar por André, o amor que eu sentia por ele pulsar pelas minhas veias eu senti que eles poderiam me ajudar a suportar a dor, enquanto André não voltasse, porque eu sabia que ele iria voltar.


Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive emyryz a escrever mais dando dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Entre em contato direto com o autor. Escreva uma mensagem privada!
Falar diretamente com o autor

Comentários

Comente!

  • Desejo receber um e-mail quando um novo comentario for feito neste conto.
08/01/2016 22:34:25
Curtindo muito!!
26/02/2013 00:59:49
Nossa estou super envolvido na história!!!
25/02/2013 05:40:16
Nossa estou super envolvido na história!!!
07/01/2013 15:46:34
Bom demais...
15/10/2012 09:54:58
Nem tenho mais o que dizer haha..10.
15/10/2012 00:50:05
10...
15/10/2012 00:27:06
So sad.
14/10/2012 22:13:06
14/10/2012 22:13:04
Perfeito
14/10/2012 18:17:41
Muito bom, adoro seus contos depois de tanto tempo lendo, resolvi comentar, parabéns, nota 10 sem a mínima duvida.
14/10/2012 14:04:20
Surpresas são tão incertas. Conto cada vez melhor cara!
14/10/2012 12:57:24
Incrível o dom que você tem, cara. Sua história é muito boa e dá pra se perder horas lendo todas as partes. Parabéns e continua logo. Ah, foram 4 fases, tá? Rs
14/10/2012 11:42:12
Uau!!!! Tudo é bem escrito e original e, teu jeito d narrar os fatos é inovador. Parabéns. O Wes é perfeito, além d atencioso e cuidadoso, mas o Drezão é o oposto, impulsivo, bruto e, isso as vezes é bom. Quanta indecisão, mas o Wesley combina melhor contigo ;)
14/10/2012 11:18:17
Eu poderia frescar fazendo o cara super crítico, que acha tudo ruim, pra poder brincar contigo Emyr (desde que vi este teu nick pensei em perguntar, tu assisti Merlin?) mais, sinceramente, amei o seu conto. Como todos senti a falta do Drezão, e sei que ele vai voltar. O capítulo anterior foi a primeira fuga e na nossa conversa você disse que teve outras duas. O que ficou deste capítulo foi a sua força e o Ivan bitch safada... se quer o homem pra si luta limpo, desgraçado. Mesmo o Wes sendo gostoso e o carinho que você sente por ele sinto que, com ele, é mais friendzone mesmo.... Ei, mas agora, falando sério, não some assim não. Saudades deste teu conto. Todo dia eu confiro pra ver se tem nova postagem, pela demora tu merece ZERO. Mas, pelo conto, que não tem apenas o caráter do erotismo, mas também uma relação sincera. Uma relação em que as pessoas realmente são pessoas e não máquinas de sexo. Um conto que figura como um conto e não uma "adaptação " pra filme pornô... minha nota é....
14/10/2012 09:12:59
ah nao...quero q o André volte, vcs sao perfeitos juntos!!!!
14/10/2012 08:07:01
maravilhoso
14/10/2012 04:19:02
Cara nem precisa dizer o quanto eu sou seu fã, e de Brutalidade, e vc ja sabe minha opiniao como sempre, concordo plenamente com amores_juniores. Bjs do Pablo ;D Torcida #Pegaowes
14/10/2012 03:40:06
#voltaAndré rsrs
14/10/2012 02:54:07
Muito top fera. Esse conto já é o melhor que eu leio. Sério, não tenho nem como digitar aqui a satisfação que sinto lendo 'brutalidade'. Gil, Drezao e Wes (e agora até o Ivan) são personagens singulares. Acho a história muito original. Valeu, grande abraço.
14/10/2012 01:15:41


estupro esposa contos eroticossexx não adianta corre cunhada.conto erotico de fazenda cavalgadaBrasileiras lesbicas trazando gostozo com lesbi r-x asbusetinha piquinhaxnxxCalsinha molhada"saindo pelo cALÇÃO" CONTOS GAYcontos com visita ela se descuidou do vestidocontos eroticos malv comendo as interesseiraporno de coroucom novinhascontos eróticos meu marido me fez de escrava numa das nossas fantasias e eu ameiporno mulheres com alta preção no cu jogs bosta longebeceta melecada fazeno barulinho fudenoas novinhas do Alto do Mateus quebrando o c***** dando o c*****sobrinha coriosa parte xvideosporno mimnha filha e tao novimnha que nem petelho naceu aimdacontos minha mae no meu colome vinguei dele sendo puta dos quatroconto erotico de velho safado chupando putaconto erotico a irmandade da anacondaconto erotico cu arrombado fisting coroa gaycommtos eroticosmi filhacontos neta da minha vizinhamulher adora ver o marido ser fudidoshorts jean adoro usar fio dental afeminado contosConto erótico chupa bucetavideo belmiro o caseiro caralhudoflagrei as jogadoras de volei transando ate gosarRihanna novinha tentando dar o c* virgem para o padrasto mas não aguenta de dois choraporno doido chochotinascontos eroticos 18conto mamadeira do papai pornove porno co ome cumeno amante e a filha da amantePornomocambicano carinhosocopilado dormindo de conchinha com a mae pornodoidoWww flagrou a esposa sendo arrombada buceta peluda buraco grande e arrombada .conto realContos eroticos mamae filha rola grosso do papaiflagras escolas picantetatinhasexocontos de sexomarido bebadovídeos pornô certinho não quero nenhum errando dando errado por favor obrigadaxvideos rabuda "entiadinha" dando bem safada e putinhafiumeporno minisaia encoxadacasa dos contos eroticos com sobrinhos chupador de buceta/texto/201301547lėsica porno fondenoirma disse q n cu n e pecado incestoConto erotico me fazendo de escrava para o meu proprio filhoxvideos cliente dotado fica com pau duro durante exame e a depiladora acaba não resistndocontos eroticos primeiri orgamos com meu irmaovideos de sexo omém desmaia mulheinocente pedio pra o primo e busca a namorada dele quando chego no caminho fudeu a bucetinha inxada da namoradinha do promo inocente Xxxvideos.d.loura.tuBinada.c.irmao./texto/20110510Sou coroa casada os mulekes rasgaram minha calcinhacontos eroticos malv comendo as interesseirawww.casa dos contos erotico adultério emcasa.comsexo ! ! tresloucado ♥♡ gostosacontos eiroticos leilaporné só sorriso da b***** dentro do ônibus e não percebe pornôminha mae deu cu meu amago xvidiosvideo porno transando mexendo se esfregando fazendo coceira dentroesposa serviciada casa dos contos eroticoswwwxxvideo filhinha desesperadaxxvideos filho fode a nãe no dia das mães porno freeensinei meu filho a transarmotorista uber estupra piranha contos eróticoscontos eroticos infopormo com amazinhaavídeo de sexo pornô garganta hipertrofiada engolindo monstro hiper dotadomulher dá o pintinho para o homem e mulher gostosinha peladinha gostosinha gostosinha cheirosinha da bundinha gostosinhazoofilia gravida dogscorno faz minete a coroacontos eroticos o velhinho e a gestanteamor sexo sem penetrarmamaes com shortinho folgado entrando na vara porno/texto/200906611/votosVer mulheres deitada com a buceta sem calcinha e a bertinha saino galacontos heroticos meu pai sádico judia da mame e irmawww.padrastre cebrando o cabaso da filha e da maê xvideo.com.brContos e relatos incesto 12anod minha vó me ensinou a gostar de cu e buceta pirocudiConto hotwife/texto/202108787