Continue Agarrando-se aos 16 - 6

Um conto erótico de Walmir Paiva
Categoria: Homossexual
Data: 18/09/2012 05:09:39
Assuntos: Homossexual, Gay

• 6 – A viagem

Não importa o que aconteça, acredite, primeiramente, em seu amor para com o próximo.

...

Era segunda-feira e todos os animadores se preparavam para a viagem ao Rio de Janeiro. Eu estava ansioso. Iriamos passar uma semana na Cidade Maravilhosa apenas conhecendo alunos de todas as partes do país e em meio a apresentações e feiras de conhecimento. Graças à muita insistência de minha parte, papai desistiu de matricular o Rafael na mesma escola onde Eu estudava. A manhã inteira Eu passei com uma pontada de esperança esperando que o José chegasse e ainda pudesse conversar comigo. Eu ainda queria saber toda a verdade, mas dessa vez esperaria ele falar. Ele respeitou a minha primeira vez, ele merecia também um voto de confiança.

Na hora do ônibus sair fora uma choradeira só. Sofia abandonou a equipe de animadores, por causa de sua gravidez, deixando o cargo de capitão vago, Marcos não queria deixar o Acácio ir embora (O que gerou uma briga entre eles) e Celina, a todo instante, nos mandava, Acácio e Eu, tomarmos cuidado.

Ao deixar as bagagens no porta-malas, subimos para o ônibus e fomos conversando a viagem inteira. Acácio estava ao meu lado e sempre puxava assunto. Assunto esse sempre relacionado ao José. Infelizmente, Eu não tinha resposta para todas as suas perguntas, e Acácio percebia isso e sempre me apoiava. Dava-me seu ombro amigo. Ao menos Eu poderia contar com alguém nessa viagem. Foram dois dias de viagem de Pernambuco até o Rio. Divertimo-nos muito em cada parada que passamos. A viagem, por um lado, era cansativa e, por outro lado, tinha sido bem animada. Hospedamo-nos em um Hotel comum, nada muito luxuoso, porém espaçoso e aproveitamos o local para ensaiarmos a nossa coreografia, dessa vez “Eye Of The Tiger” da banda Survivor era a nossa aposta para vencermos. Vencermos? Não. Não havia competição dessa vez, explicou nossa treinadora. Era apenas uma amostra onde dançaríamos por cinco dias e mais nada.

O dia passava tranquilamente e Acácio e Eu aproveitávamos o sol que aquela cidade fazia. Era ótimo. Era único. Estar em outra cidade, outro estado, me fizera super bem. Ao contrário de Acácio que passou o dia com a cara fechada. O motivo? Ah! O motivo tinha nome e Eu conhecia muito bem. Marcos.

– Algo se passa em sua cabeça, Acácio? Não quer compartilhar comigo? – Perguntei sendo o mais amigável possível.

– Como você já sabe, Marcos e Eu brigamos por causa da minha viagem. E o que Eu menos queria era estar aqui e brigado com ele. Eu não sei nem o que ele está fazendo nessa hora.

– Então por que não liga para ele?

– Eu não vou dar o braço a torcer, Walmir. Não agora. Ele que estava errado, ele que me peça desculpa.

– Não estou dizendo que é para ligar para ele e pedir desculpas. – Nessa hora ele olhou para mim como se não estivesse entendendo nada. – Estou dizendo que você deve ligar para ele e contar da viagem... Dizer que está com saudades...

– Plantar verde para colher maduro. – Ele completou.

– Isso mesmo.

Acácio ligou para Marcos e acabou que eles se entenderam. Segundo Celina, Marcos não estava fazendo nada demais. Pelo contrário, se comportava na medida do possível. Eu aproveitei a ligação feita por Acácio e fui falar com a Celina e depois com a Sofia me informando que José já estava estudando, porém, não trocava nenhuma palavra com ninguém. Estava sempre calado e de cara fechada. Pior que o José do começo do ano. Essa informação fez-me entristecer. Não era bem aquilo o que Eu queria ouvir. E o pior, Eu não estava lá para consolá-lo.

Por fim, no final da noite, marcamos, Acácio, os animadores e Eu para sairmos em uma balada. Não sabíamos nem andar pela cidade, mas acharíamos uma boate a qualquer preço. E, no fim das contas, achamos o que mais esperávamos. O espaço era grande, bonito e bem movimento. Alguns caras ainda tentaram se engraçar para o meu lado, porém, Eu não queria saber de ninguém. Não queria saber de nada. A única certeza que Eu tinha, até então, era que Eu queria me acabar de dançar na pista. Que tipo de dança? Todos os tipos. Mas, como já era de se esperar, tocava mais Funk que qualquer outro ritmo. Lembro-me de que, naquela noite, dancei as músicas do Latino e dos MC’s Caralho a quatro (Não é nome de MC, mas sim um termo de dizer que foram músicas de vários MC’s). Só saímos da boate porque alguns dos lideres de torcida foram expulso por estarem sarrando com umas garotas na frente de alguns seguranças. No final da madrugada, rimos com tudo o que havia acontecido. Os garotos da torcida são realmente engraçados e... Ah! Os únicos animadores gays eram Acácio e Eudias passaram-se rápido e Eu já estava com vontade de voltar para a minha terra. Claro que antes visitei vários pontos turísticos e comprei roupas para mim e para o José. Ah José... Meu Gigante iria fazer dezenove anos no dia de 23 de setembro. Comprei vários smokings do mesmo modelo e de cores diferentes. No total foram três smokings; um preto com azul, outro preto com vermelho e o outro preto com dourado. Todos bem brilhantes, porém nada chamativo. Eu já previa que ficaria um mimo nele. Aliás, não há roupa que fique feia em meu homem.

...

Enfrentamos, na volta para a casa, três dias de viagem longa e cansativa. Como não sou bobo nem nada, já havia pedido para a minha mãe organizar o aniversário do José em nossa casa, em nosso jardim. Logo de inicio Eu não queria, mas, enfim, Sofia e Celina iriam ajudar minha mãe com todos os preparativos.

Ao chegar em casa, no dia 22 de setembro, Eu só queria saber de dormir. Era de tarde ainda quando Eu me higienizei e fui direto para a cama. Sequer dei-me o trabalho de ligar para José.

Quando o sol caia e a noite teimava em aparecer, liguei para José convidando-o para ir à Praça da Cidade, prontamente ele aceitou, mas Eu não vi empolgação em sua voz. Ele parecia triste com algo. E o pior, Eu não sabia o que se passara.

Por volta das 17h45min quando Eu cheguei à praça, avistei Sofia, Plinio, Marcos, Acácio, Celina e seu namorado. Todos juntos conversando numa “roda de amigos”.

– Oi pessoal! – Cumprimentei a todos com certa timidez.

– Olá Walmir! – Falaram em um coro.

– Alguém viu o José?

– Aquele serve? – Perguntou Plinio apontando em direção as minhas costas.

Ao virar-me, Eu apenas não acreditava no que meus olhos viram. José estava totalmente diferente. Ele trajava uma blusa apertada gola “V” preta com branca formando listras na horizontal e uma bermuda branca sarouel com uma sandália de couro também branca. Mas Eu não me impressionei pelo jeito com que ele estava se vestindo, impressionei-me com os brincos nas duas orelhas dele (O que o deixou bastante charmoso), e uma tatuagem em seu braço que Eu não pude ver o que era. Pude notar, também, o cavanhaque que agora o deixava bem mais másculo e mais gostoso. Eu apenas não conseguia acreditar naquilo.

– Grandão!!! – Exclamei enquanto corria ao seu encontro.

Sem pudores, José abraçou-me e beijou-me na praça na frente de todo mundo.

– Estas diferente. – Tentei falar em meio aos nossos beijos. – Estas mais bonito, Gigante.

– Você gostou, meu anjo? Ainda bem. – Ele falou aliviado. – Pensei que você reprovaria.

– Eu nunca reprovaria nada que você faz. Porque Eu te amo. – Eu falei e o beijei, porém ouvi vários falsos pigarros. Eram nossos amigos.

– Vai comer aqui ou vai levar pra casa? – Perguntou Celina debochando de nosso comportamento.

– Vou levar para casa. – José falou rindo e me beijando. – Pra minha ou para a sua?

– Para a sua. – Eu falei sem querer deixar provas do que estava acontecendo.

Despedimo-nos de nossos amigos e entremos no carro dele. José acelerou e saiu cantando pneus no meio da praça.

– Vai com calma, Grandão! – Falei com certo medo.

– Não dá. Estou muito tenso.

Aquela palavra fora a minha deixa. Comecei a mordiscar, de leve, sua orelha e sua nuca, porém com cautela para que ele não desviasse o olhar da estrada. Aos poucos fui descendo por todo o seu corpo até chegar à sua bermuda. Desabotoei os quatro botões que guardavam o seu píton e por fim puxei o que a cueca escondia. Que saudades que Eu tinha de sentir aquele membro em minha boca, em meu corpo... Enfim, sem algum pudor o pus na boca, o que fez José soltar vários gemidos, enquanto ainda dirigia.

– Caralho, Baixinho! – Ele exclamava urrando. – Que boca gostosa. AHHHHHHHHHHHHHH. SIIIIIIIIIIIIIIIIII. Que delicia. Ohhhh! Ohhhh!

Eu nada falara, apenas continuava o que estava fazendo, pois estava bom para mim e aposto que também para ele. Eu engolia sempre o que podia, e às vezes reversava entre as bolas e o corpo de seu pênis. Quando chegava à cabeça do monstro, Eu acariciava com meus lábios e beijava. Por fim, José pôs as mãos em meus cabelos e começou a forçar, não muito. E mais uma vez Eu tentava engolir seu mastro por completo, porém só ia até a metade. Comecei a masturba-lo enquanto dava leve mordiscadas em sua bolas. Quando pus a sua jeba na boca, senti as fortes jatadas, cinco no total, inundarem a minha boca. Foi tanto leite que chegou a melar o corpo de seu pênis, porém Eu fui insistente e chupei seu mastro até deixa-lo totalmente limpo.

Ao levantar minha cabeça, consegui visualizar o rosto com José com um ar de satisfação enorme.

– Me dá um beijo agora! – José ordenou-me e assim Eu fiz. Nem percebi que estrava em frente a sua casa.

Nosso beijo fora selvagem e com bastante amor. Era como se não fizéssemos aquilo há bastante tempo. Em um ato reflexo, José jogou-me no banco de trás e tirou minha calça. Porém, antes que ele me penetrasse, percebi que ele não estava protegido.

– Para José! – Gritei enquanto ele mirava aquele monstro em minha entradinha.

– O que foi, Baixinho? – Ele perguntou preocupado.

– Sem camisinha não dá. Já disse isso.

– Porra, Baixinho! Onde Eu vou comprar camisinha numa hora dessa?

– Não tem dentro da sua casa?

– Não! – Ele respondeu alterado saindo de cima de mim e cruzando seus braços.

– Me desculpa, Gigante?! – Eu implorei desapontado. – Eu sinto muito. – Eu havia percebido que a raiva havia tomado conta do tesão e desci do carro.

Antes que Eu pudesse entrar em sua casa ele me puxou pelo braço.

– Baixinho me desculpa! Eu sou um grosso mesmo. – E do nada ele desferiu um soco na parede. – Já é a segunda vez que tento te comer sem camisinha. Desculpe-me, meu amor.

Eu não respondi. Apenas o beijei e fomos para o quarto. Não houve mais nada aquela noite. Apenas dormimos um virado para o outro com as testas e boca coladas uma na outra.

...

“A felicidade me acertou como um trem nos trilhos.” – “Dog Days Are Over”, Florence and The Machine


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Comentários

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kkkkkkkkkkk adorei o MC caralho a quatro....mas e verdade eu que moro no Rj sei, funk aqui é direto msm

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puxa... queria saber como você escreve tantos contos sem tornar nenhum deles cansativo? #PERFEITO

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Eh o José já tá melhor... Amanhã vou me abordar bem cedo pra ser o primeiro a comentar o seu conto que tá cada vez melhor..:-)

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Muitooooo bom José mando um abraço pro Walmir.

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Poxa vida eu preciso de uma pessoa que faça aniversario no dia 23 de setembro pra gincana, e quando eu encontro, ela mora longe pra caramba.kk o sorte a minha. Bem o conto ta otimo como sempre, eu gosto cada vez +. Abração... To aguardando o proximo capitulo.

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mtu bom…

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A história está ficando incrível. 10

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que lindo vcs dois

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Nao vejo a hora de ler a continuacao, to curioso para saber o que vai rolar nessa festa.

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o cconto de vcs esta cada vez melhor. espero anciosa pelas emoções do seu aniversário josé.

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está muito bom.

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Bom dia pessoal :D Hoje o Baixinho me deixou postar o episódio. Espero, sinceramente, que gostem. Pode até ter ficado pequeno, mas no próximo vocês irão se emocionar. Minha festa de aniversário foi cheia de surpresas. Beijos à todos.

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