Acordei por volta de meio-dia e ao abrir os olhos percebi que estava sozinho na cama. Levantei e comecei a pegar minhas roupas que estavam em cima da cômoda, até que Robert chegou:
Robert: Bom dia! Por que você tá se arrumando já? A noite foi ruim assim?
Eu: A noite foi ótima. Só tava me arrumando porque acho que já tenho que ir embora. Você deve ter um monte de coisas pra fazer e tals.
Robert: Se você não se incomodar queria ficar com você hoje.
Eu: Claro, vou só ligar pra minha mãe e avisar que vou chegar mais tarde.
Sai do quarto e liguei pra minha mãe. Por incrível que pareça ela nem perguntou muita coisa e disse que estava tudo bem. Desliguei o telefone e reparei em tudo ao meu redor. A mesa estava linda, café, leite, bolo, pão. Robert chegou e apontou para a cadeira onde me sentei. Tomamos café relembrando sobre a festa e sobre a noite da minha primeira vez. Descobri que ele estava fazendo faculdade de direito na mesma faculdade que eu passei pra fazer psicologia. Terminamos o café e voltei pro quarto pra me vestir. Ele veio e me abraçou por trás, beijando meu pescoço. Eu me virei e o beijei com muito carinho.
Ficamos nos beijando por um tempo até que eu disse:
Eu: E o que você pretende fazer comigo hoje?
Robert: Por mim poderíamos ficar nos beijando o dia todo, mas acho que você não iria gostar muito – ele deu um sorriso gostoso que me fez rir – então a gente podia almoçar fora e depois assistir um filminho aqui. O que você acha?
Eu: Por mim tá ótimo. Eu queria tomar um banho, posso?
Robert: Você pode tudo. Vem cá.
Ele me levou até o banheiro, onde tirei a roupa e liguei o chuveiro. Meu ânus ainda estava dolorido, mas o prazer que senti na noite anterior foi compensador. Não demorou muito e vejo Robert entrando pelado no banheiro e, posteriormente no box. Ele simplesmente entrou e me abraçou. Um abraço calmo, que me transmitiu uma paz incrível.
Ficamos nos abraçando e ele me ensaboando até que desliguei o chuveiro, me sequei e fomos assistir tevê.
Fomos almoçar num restaurante que tinha perto, comi pouco já que tinha tomado café a pouco tempo. Quando acabamos de almoçar conversamos sobre nossas famílias. Robert me contou que seu pai morreu há 4 anos e que sua mãe morava no interior com seus dois irmãos, que se mudaram quando ele se formou na escola onde estudava, mas como ele conseguiu bolsa na faculdade ele resolveu ficar. Contei sobre minhas vontades no futuro e ele me ouvia atentamente. Em meio ao papo ele colocou a mão por cima da minha, sobre a mesa. Não sei o que aconteceu, mas tirei a mão de baixo da dele e fiquei morrendo de vergonha. Ele pagou e voltamos pro apê dele. Assistimos ao filme em seguida e ele se sentou longe de mim.
Conversávamos normalmente sobre tudo, menos sobre o que rolou entre a gente.
O filme acabou e ele pediu uma pizza pra gente. Comemos e disse que era hora de ir embora. Trocamos telefones e ele se despediu de mim com um abraço meio que distante. Não aguentei e disse:
Eu: Tá tudo bem Robert? Desde que a gente voltou você tá estranho.
Robert: Nada não, só achei que você num tava muito a vontade quando fico próximo de você.
Eu: Se você tá falando sobre o que aconteceu no restaurante eu só te peço desculpas. Eu só me assustei com sua atitude porque nunca me trataram com tanto carinho como você tá fazendo.
Robert: Eu respeito você. Não se preocupe que eu não pretendo te obrigar a fazer o que você não fica a vontade. Tchau
Ele me deu um selinho e fechou a porta. Fui pra casa pensando se eu tinha feito errado e perdido um cara fantástico como o Robert. Não me perdoaria se mais uma vez perdesse alguém que eu realmente queria.
Cheguei em casa e quando ia abrindo a porta ouço alguém me chamando. Era Marcio correndo pra chegar ao meu lado...
Agradeço mais uma vez a vocês que estão lendo, curtindo e, principalmente comentando meu conto. Espero que estejam gostando e procuro melhorar a cada dia. Até o próximo...