A história de nós três - 01x04 - A recompensa

Boa Noite ... Então ... este conto não acho que não servem para aqueles curtem algo sexual. É um romance, uma história de amor e aprendizado com pitadas de romance gay. É bom relaxarmos e curtimos uma leitura leve. Para entender melhor a história basta clicar no meu nick que está acima e poderá conferir as primeiras partes. Por favor, comentem lá em baixo e dê sua nota aqui em cima. A participação de vocês é essêncial para mim.

- Fazer o quê?! Foi a coleta de sangue!! Eu tenho alguma doença doutor?!!!

- Não calma... pelo amor de Deus... é que eu... eu...eu gostaria de saber, se você aceitaria sair comigo? – disse ele ficando vermelho.

- Claro. – foi à única resposta que eu encontrei.

Depois do susto, conversamos mais um pouco e trocamos telefone, então segui para a minha casa. A primeira coisa que eu fiz foi deitar na minha cama, fiquei atravessado com a cabeça em direção à porta.

- Posso entrar? – pergunta Paulo.

- Desde quando você precisa de permissão?

- A partir do momento em que você virou herói. – ele disse se deitando ao meu lado.

- Paulo. – falei olhando para o teto.

- Oi?

- Eu te amo.

- Eu sei disso, você é obrigado a me amar.

- Não estou falando disso idiota. Eu estou falando que você sempre me ajudou e me defendeu. – falei deitando em seu peito.

- Mas agora você tá crescido e não precisa do seu irmão mais velho.

- Preciso sim. Sabe, com o caso dessa moça, pensei como a vida é curta. Temos que aproveitar os momentos com aquelas que nós amamos. – disse olhando para ele.

- Priscila?!! – nós gritamos juntos.

- Olha festinha particular? Esqueceram de mim foi? – perguntou pulando em cima de nós dois.

Realmente, eu tinha uma ligação de amor com meus irmãos. Não de amor carnal, entende, mas o amor em sua fase mais pura e cristalina. Creio que nós não fossemos irmão de sangue, seriamos amigos. Eu não ia descansar até encontrar os dois. Minha mãe me deu de presente, vários DVD's que mostravam nossa infância e adolescência. Eu e meus irmãos fomos sempre carinhosos uns com os outros, chegando até deixar as pessoas encabuladas.

Para minha surpresa no mesmo dia recebi a ligação do Mauricio. Combinamos um cinema no final de semana. No dia do encontro demorei horrores para escolher uma roupa. Meu irmão, que vivia mais no meu quarto do que no dele tentou me ajudar, ele era meu estilista profissional. Quando se tratava de enrolação o Paulo era medalhista, pegava a menina que ele queria no momento que ele queria.

- Não dá muita trela não. Faz o misterioso, estilo James Bond - Falou meu irmão deitado na cama.

- Hum rum. Ok, Paulo, vou aceitar dicas suas de relacionamento. Hum vejamos o seu namoro mais longo foi... deixa eu ver... ahhh é mesmo você nunca namorou. Seu periguete. - Falei jogando roupas em cima dele.

Cheguei no cinema no horário combinado, realmente queria causar boa impressão. Conversamos um pouco e fomos assistir ao filme, na verdade, eu nem lembro o nome do filme, ficava olhando para os lados. Parecíamos dois adolescentes, até que ele tomou coragem e pegou na minha mão. Resolvemos jantar e prolongar a noite maravilhosa. O Mauricio era inteligente, gato e super descolado. Ele me deixou em casa e demos nosso primeiro beijo. Foi mágico. Saímos outras vezes para nos conhecer e ele me pediu em namoro. Lógico que eu aceitei.

Os dias que se passaram foram de adaptação, havia uma nova integrante em nossa família, a Luciana. Era ela uma pessoa simples, doce e muito quieta. Eu sabia que por dentro ela ainda estava em pedaços. Passar o que ela passou, sem a ajuda de ninguém, não deve ter sido fácil, mas graças a Deus minha família maravilhosa estava ajudando nessa recuperação.

- Oi, com licença? – disse Luciana.

- Oi, Lu. Entra. – falei.

- Está muito ocupado? – perguntou ficando parada ao meu lado.

- Luciana. Você já está morando há quase um mês aqui. Você é de casa. Pode deitar aqui ao meu lado. – falei batendo na minha cama.

- Pedro. Eu preciso dar um rumo na minha vida. Vou arrumar um emprego. – disse ela. – Sei que tenho pouca experiência, mas sou jovem, tenho 20 anos. Que tipo de emprego acha que eu conseguiria?

- Lu. Se você quiser posso falar com meus pais, está chegando a época de natal e vão precisar de muita ajuda na empresa – falei.

- Pedro? O teu celular tá vibrando.

- Alô? Mauricio? Oi. Claro que gostei, sempre é bom sair com você, mas você tá me devendo uma revanche no futebol de sabão. Eu deixei você ganhar. Claro. Está marcado. – falei desligando o celular.

- Doutor Mauricio? Vocês estão saindo? – ela disse rindo.

- É Luciana, ele está de namoradinho novo. Eu preciso falar sério com esse doutor. – disse Paulo entrando no meu quarto e deitando do meu lado. – Preciso ter uma conversa séria com ele.

- Aff. Paulo vai arrumar uma namorada pra você também. – falei deixando ele deitar no meu ombro.

- Eu estou namorando – disse, batendo na minha testa.

- Ficar com perigueti não é namoro, ok. Priscila vem aqui no meu quarto!!! – gritei. – Desculpa Luciana, mais cedo ou tarde você iria descobrir que a família que te acolheu é de loucos.

Minha irmã entrou no quarto e se jogou em cima de Paulo. Parecíamos crianças ali, na verdade, o que eu amo na minha família é essa cumplicidade, não há maldade, eu acariciava o cabelo do meu irmão e sabia que ali não seria discriminado, pois, era algo genuíno. Foi a primeira vez que eu vi a Luciana sorrir e era legal incluir ela nesses momentos, eu sentia um carinho muito grande por aquela menina. Passamos a madrugada conversando, brincando com jogos de cartas e decidimos fazer um lanche.

Nesse dia, descobrimos uma das muitas qualidades da Lu. Ela era uma ótima cozinheira, e seus pratos sempre tinham um toque chic. Acordei de manhã com o braço da Priscila no meu rosto e o pé do Paulo em cima da minha barriga. A Luciana estava deitada no sofá, quando olhei para o relógio me desesperei, eram 13h. E eu havia combinado com o Mauricio que iriamos almoçar juntos. Corri até meu quarto e peguei meu celular, 14 chamadas não atendidas. Retornei a ligação, mas estava na caixa postal. Decidi tomar meu banho e ir ao encontro dele. Ao chegar no hospital vejo ele comendo sozinho no refeitório.

- Tem lugar para mais um nessa mesa? – perguntei.

- Sempre. Pode sentar. – ele disse puxando uma cadeira.

- Desculpa. Eu perdi a hora. Estava com meus irmãos e a Luciana e acabei...

- E como a Luciana está? – ele perguntou.

- Bem, a cada dia me impressiono mais com essa garota.

- Tem certeza que você é gay? – ele perguntou ficando vermelho.

- 100% - respondi.

- Gostaria de ir para um lugar mais tranquilo? – ele perguntou.

O Mauricio me pegou pela mão e me levou para um enorme corredor que ficava em uma ala afastada do hospital. Meu coração batia mais forte que um tambor, acelerado e ritmado. Confesso que quando se trata de relações intimas eu sou um verdadeiro bundão. Chegamos a um quarto, ele trancou a porta e me deu um beijo de tirar o folego. Ficamos nos beijando por uns 20 minutos e transamos ali no quarto do hospital.

Eu estava meio tenso, acho que foi o primeiro lugar estranho que transei na vida, a excitação do perigo misturado com o desejo pelo Mauricio me fez ter um orgasmo maravilhoso. Deitamos um ao lado do outro suados e cansados.

- Foi bom para você? – ele perguntou.

- Maravilhoso. – respondi, totalmente sem folego.

- Agora vem a parte mais difícil.

- Qual? – perguntei, olhando para ele.

- Conhecer as famílias. – ele explicou me abraçando.

- Mas você meio que conhece todos da minha família. – falei acariciando o peito dele.

- É. Eles conhecem o Doutor Mauricio. E não o Mauricio teu namorado.

- Claro vamos marcar sim. Mas aviso logo a minha família é meio pirada. – salientei.

*Se vocês curtiram, por favor comentem e votem no meu conto e ajudem a divulgar também para amigos e colegas. Agradeço vocês e boa leitura.

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