Nunca dei meu cu! Só emprestei... (14) CAPÍTULO FINAL
Estávamos sentados na varanda. Os quatro, inicialmente em silêncio, mergulhados ainda nos momentos de intensos prazeres vividos anteriormente. Meu pai e eu nos olhamos, nós estávamos bem mais confortáveis, já que não era a primeira vez que, para nós, intimidades e troca de prazeres, eram normais em nossas vidas, e mesmo a participação de outros parceiros não era novidade... Mas para Berg e seu pai, certamente, aqueles instantes provocaram intensas e decisivas mudanças em suas vidas. Era natural, portanto, que se mostrassem constrangidos e inseguros sobre o que viria em seguida... como passariam a se verem.
Entre nós quatro havia, porém, um ponto duvidoso em comum: como conduzir, a partir dali, nossas relações?
De minha parte, as experiências anteriores – desde o início imaturo da minha vida sexual com meu pai – haviam me dado suporte: sensibilidade e discernimento; para entender que sexo e amor podem andar de mãos dadas – que o é Idea –; mas podem ser experimentados separadamente, sem culpas, desde que haja maturidade entre todos envolvidos... sejam os que se amam, sejam os que transam. Neste aspecto, a infidelidade não ganha espaço... e a lealdade é o pilar que sustenta as relações. A verdade, portanto, deve sempre está sobre a mesa... clara, visível aos olhos de todos.
O silêncio foi quebrado por seu Olavo:
_ Não fica nem bem para um pai de família dizer isso... mas devo confessar que estou com muito medo de voltar para casa. E olha que não sou de esquivar-me diante de problemas. Não mesmo! E medo, eu só lembro de ter sentido quando estive dentro de aviões... Medo da morte, na verdade... ou de como ela chegará para mim. [Sorriso] Mas... neste momento... não posso negar que estou sentindo! Só de imaginar que entrarei e em casa e terei que enfrentar a...
Meu pai interrompeu:
_ Desculpa, Olavo... mas sua esposa não precisa ficar sabendo do que aconteceu. Quando casamos, assumimos uma vida partilhada, mas não devemos matar ou prender a nossa vida individual! Nem você e nem ela... Portanto, o que aconteceu lá em cima, pode ficar no domínio da sua vida individual... Às vezes, para o bem e permanência de uma relação, é preciso tomar uma atitude dessas...
_ Não... Não! Não me refiro a isto... Concordo com você. E sempre agi assim. Se não acrescenta, não ponho em jogo! Na maioria das vezes, em casos assim, o quer não soma... subtrai! Então eu deixo de lado...
_ [Risos] É verdade! E isso não é ser sincero. É ser cruel!
_ [Risos] Pois é... Ela ficou chocada e, pior: muito decepcionado por eu ter ficado tranqüilo diante da declaração do Berg! E irada, revoltada, quando eu desaprovei sua ordem para ele retirar-se da nossa casa!
_ Bem... até a primeira reação, a depender do esclarecimento dos pais e do tipo de relação que eles estabelecem com seus filhos, ainda dá para entender. Afinal, falta informação adequada para a maioria das pessoas. E o que chega até elas é com base em doutrinas religiosas – que sabemos, deturpam o que está mais que evidente, em prol de uma “lei” passível de interpretações tantas quantas são as religiões que foram se formando ao longo dos anos.
Eu acrescentei:
_ Isso sem falar do que as pessoas foram acumulando em suas mentes quanto as imagens, os exemplos relacionados aos gays... principalmente na televisão: evidenciando uma postura feminina misturada a de um palhaço... Ou seja: não chega nem a ser feminina! Ser gay, muitos desinformados acreditam, é um doente ou um safado, ou as duas coisas; que quer ser mulher e que tem sua vida voltada, exclusivamente, para o sexo... daí, se um gay se aproxima de um homem não-gay, seu interesse é, não no homem em si, mas no cacete que ele tem entre as pernas! Um gay não tem nenhum outro interesse na vida... apenas trepar! Náo estudam, não trabalham, não pagam conyas, não ficam doentes, não sofrem, não se divertem, não ajudam ao próximo, não se decepcionam... Não amam!
Berg disse:
_ Mas eu também pensava assim até bem pouco tempo! Eu só identificava um gay quiando ele era cheio de frescuras, falava com aquelas vozes forçadas, cheio de trejeitos, andavam se rebolando... Eu até [Risos] chamava de “mulherzinha”! E eu nem, queria papo com nenhum! Se um gay se aproximasse, eu saia voado...
_ Por quê?
_ Ora, Cadu... Eu pensava logo que ele fosse querer pegar no meu pau... e mais! Todo mundo falava que se o cara transasse com um gay, ele viraria gay também! E ia querer se vestir de mulher, se rebolar... ficar igualzinho!
_ Filho, e se você agia assim... como foi que você percebeu que era gay?
_ Hoje, pai, eu tenho certeza que sempre fui! Copmo eu disse, eu achava que ser gay era ser daquele jeito como eu via... cheio de afetações! Eu nem relacionava sentimentos a essas pessoas... só sexo. Então, as atrações que eu sentia por um colega, por exemplo, nunca me fizeram associar à homossexualidade! Eu não sentia vontade de ser mulher, não queria me vestir e nem me comportar como aqueles gays que eu via na televisão, na rua, no colégio... Logo, eu nem cogitava ser gay. Pra mim, era normal! Eu só vim me tocar, quando um professor falou sobre a homossexualidade na escola... explicou que havia gays bem evidentes, mas a maioria não era... e que não era um crime ou uma aberração da natureza... mas apenas uma diferença no campo da sexualidade – que era apenas um dentre tantos campos que formam um ser humano... E no fim, ainda disse que era gay!
_ Ele se declarou na sala de aula, Berg? Oh cabra escroto!
_ Foi Cadu. Mas ele pagou um preço alto por isso. Os alunos saíram de lá com essa forma diferente de ver o gay, mas chegaram em casa e comentaram... Como os pais não possuíam aquelas informações, automaticamente ligaram a explicação do professor à uma possível justificativa para a “safadeza”, a “promiscuidade”. O “pecado” dele. Teve até quem achasse que ele estava, tipo “preparando o terreno” para, mais tarde, fazer os alunos caírem em suas cantadas, ou “fazendo propaganda” para atrair mais adeptos!
Seu Olavo concluiu:
_ E foi colocado no olho da rua! Os pais exigiram! Caso contrário, retirariam seus filhos! Eu lembro bem dessa história! Coitado! Era um excelente profissional! Não era filho?
_ Pô! Era o melhor professor! Ainda lembro do jeito dele no dia que ele deu a última aula. Na verdade, a metade da aula, pois ficaram umas mães no corredor, cada uma com seus filhos... Não entrariam enquanto ele estivesse lá! Ele ficou tão humilhado, morto de vergonha, quase chorando... Falou umas coisas e em seguida saiu... e as otárias aplaudiram! Mas o legal foi que nenhum dos filhos acompanhou!
Meu pai, completou:
_ E é por isso que muitos pais sofrem quando descobrem que o filho é gay! Não é nem por conta das suas vidas sexuais, mas por imaginarem que eles passarão por situações como esta. Educa um filho com todo o carinho e dedicação, paga os estudos pensando em seu futuro, vê o filho se formar e torce para seu sucesso profissional... ai, de repente, fica sabendo que ele passa por uma situação humilhante como esta!? Isso quando não é agredido fisicamente! Quer dizer: você, como pai, procura de todas as formas não tomar atitudes violentas durante a criação do seu filho... Mas um sacana se acha com esse direito! [...] É difícil! É muito difícil! Não sofre só o filho... Sofrem todos aqueles que têm amor por ele. Nenhum pai quer ver o filho sofrer! Nenhum!
E Berg aproveitou para falar sobre sua experiência:
_ Esses medos, eu senti todos. O senhor não queira saber como foi difícil reconhecer-me gay. Aconteceu a partir das explicações dadas por esse professor que se declarou em sala. A primeira coisa que senti foi raiva dele – porque parecia que as coisas que ele falava eram direcionadas a mim. Assim... como se ele dissesse aquelas coisas para eu me sentir um gay... sem que eu fosse... entende? Depois, alguns alunos foram falando sobre pessoas que eles conheciam e que passavam por aquilo... Aí a ficha caiu! Cheguei a ficar tonto! Tive vontade de correr e me esconder...
Seu Olavo passou a mão na cabeça de Berg, e ele continuou...
_ Eu não me conformava... Não! Não! Não! Eu não quero! Eu não posso! Meus pais vão me rejeitar... terão vergonha de mim! Meus amigos vão me odiar, xingar, isolar... Claro! Era assim que nós agíamos com os outros... Então eu passaria pela mesma coisa! A única saída era me esconder. Criar um Berg fictício... Um Berg acima de qualquer suspeita – que seria admirado pelos amigos, que daria muito orgulho aos pais... E assim eu fiz! Só que ao criar esse personagem eu comecei a ter raiva de mim, e mais raiva ainda de quem era gay e era assumido. Eu pensava assim: “Esses bostas deveriam todos fazer o mesmo que eu! Saber-se gay, mas fingir ser alguém que agradasse a todos!”. Seria mais fá fácil viver!
Eu, então, opinei:
_ Mais fácil? Você considera mais fácil viver o que faz os outros felizes, mas você, não?! Atuar da hora que acorda até a hora que vai dormir... Sempre preocupado em não dar bandeira, sempre com medo que a máscara caia e descubram quem está por trás dela? É mais fácil? Numa constante angústia, como se estivesse prestes a ser desmascarado... Todos os dias... Todos os minutos... Ser infeliz simplesmente para que os outros sejam felizes... Nem pensar! Por que alguém precisa fazer isso? Ora, ora...
_ Hoje eu penso assim, Cadu... Mas antes, não! [...] O tempo foi passando e eu acabei me acostumando com aquelas mentiras... Chegou ao ponto de eu mesmo acreditar nas histórias que eu contava! [...] Para a minha turma, eu era o pegador, o garanhão... comia todas as meninas... E sabe qual era a verdade? Nunca comi nenhuma! Nunca, ao menos, fiquei nu com uma mulher perto de mim! Tinha momentos que vinha aqui! [Dedo indicando o pescoço] E sabe o que me doía mais? Mentir para o Frank! Porra, cara! O cara era como um irmão pára mim... Ele chegava para me contar segredos, para desabafar... Confiava cegamente em mim! E eu...
_ O que importa, filho, é que você criou coragem e pode, enfim, ser você mesmo! Você é jovem, tem toda a vida pela frente! Você deve se orgulhar por ter caído em si e chegado a conclusão que viver o que os outros querem não é viver!
_ Mas não foi bem assim, pai! Eu não decidi isso porque concluí que viver daquela forma era babaquice e deveria ser verdadeiro para mim e para os outros...
_ Você vai continuar enclausurado?
_ Não... o que quero dizer é que, para mudar a postura...
Berg vira-se para mim e segura minha mão. Continua...
_ Para pôr para fora o verdadeiro Berg, eu precisei conhecer o amor. Eu nunca tinha sentido algo tão forte por ninguém... Na verdade, eu até já tinha me conformado em jamais experimentar o amor... Mas aí... sem que eu esperasse... comecei a olhar o Cadu de um modo diferente... E comecei a sentir sensações que eu nunca tinha sentido... ou sentir de modo diferente... É como se uma vidada em preto e branco, passasse a ter cores... E o engraçado é que não era alguém que eu tivesse conhecendo naquele instante... Não! Eu passei a enxergar o que eu apenas via. E aí, bastou a primeira transa para eu acordar... Acordar, não! Nascer!
Os olhos de Berg brilhavam mirando os meus. Sorrimos todos, e então, aproximei meus lábios aos dele. Trocamos um beijo breve, mas cheio de carinho. Seu Olavo nos olhava com nítida emoção... E foi nesse clima que ele soltou:
_ É preciso que a vida siga a diante, que tenhamos paciência e dê ao tempo, o tempo que ele necessita para entendermos certas coisas que nos acontecem e que não encontramos explicação. Se tivermos atenção, o tempo a tudo dá respostas!
Meu pai, assim como eu e Berg, paramos para escutar o que ele dizia... Meu pai perguntou:
_ Sobre o que você fala, Olavo?
_ Sobre tudo... sobre a vida... sobre mim... sobre esse momento... [Respirou fundo] Hoje eu estou, enfim, tendo respostas, explicações... enfim, entendendo algumas coisas que me aconteceram no passado... Durante mais de vinte anos, noite após noite, ao deitar minha cabeça no travesseiro eu fiz a mesma pergunta: “Por quê?”... [...] Agora eu sei!
Nossas atenções se direcionaram para seu Olavo. Ele baixou a cabeça e começou:
_ Eu nasci em Cachoeira dos Braga. Naquela época ainda não era município. Era uma vila... distrito, talvez.
Meu pai o interrompeu:
_ Eu morei numa fazenda de lá. Mas já era município. Mas não nasci lá... moramos por algum tempo... toda a minha família... e depois viemos para cá.
_ Certo! Quando nasci não era município, depois se emancipou. Quando me entendi por gente, já tinha status de município....
Berg, impaciente...
_ Continua, pai...!
_ Pois bem... Eu já namorava sua mãe, mas eu era bem novinho... devia ter uns quinze anos! Era costume namorar e casar cedo. Os namoros eram muito vigiados, não havia a menor chance de ter intimidades... aí, para acabar com aquele lenga-lenga, a gente acabava casando logo...
_ Então, pai, vocês casavam para trepar... não era por amor!
_ Pode ser.... Em certos casos era isso mesmo!
Meu pai entrou...
_ Acho que eram as duas coisas!
_ É verdade... Eram as duas coisas! [...] Mas nós - eu e sua mãe – não falávamos em casamento... Eu sentia que faltava alguma coisa, sabe? Sempre aquela sensação de incompletude... de vazio... Não sei! Numa certa noite, quando sai da casa dela e ia rumo a minha, começou uma chuva... Em questão de segundos, essa chuva engrossou, no céu... relâmpagos fortes... uma atrás do outro! Os trovões pareciam anunciar que o mundo estava acabando... E minha casa ainda estava distante. Olhei para o lado e vi a velha casa dos Pereira.
Meu pai falou:
_ Eu sei! Conheci essa casa! Era um casarão abandonado, caindo os pedaços... já não havia portas, janelas... Eu sei bem!
_Exatamente. Era essa casa mesma! [...] Corri para dentro dela! Precisava me abrigar... ainda não estava completamente encharcado! [...] Se fora da casa estava aquele tempo fechado, escuro... Imagine dentro dela! Fiquei bem próximo a porta. Rapaz, levei um susto! O maior da minha vida! Escutei: “Que chuva, heim?”
Todos rimos.
_ Quando olhei... era um rapaz, sentado num canto assim... próximo à abertura da janela. Não pude ver direito, mas ri em direção àquela silhueta... e então, ele se levantou. Foi então que eu pude vê-lo, pois a abertura da janela, agora, permitia! Ele tinha a pele mais morena que a minha, a altura igual mais ou menos a minha... Enfim, se aproximou, estendeu a mão... correspondi... e começamos a conversar.
_ E o senhor não o reconheceu? Uma cidade tão pequena...
_ Não. Nunca o tinha visto. [...] No decorrer daqueles instantes, um turbilhão de coisas iam acontecendo dentro de mim... Pouco a pouco ficávamos mais próximos... Mas nada era intencional! Ríamos, conversávamos coisas como se nos conhecêssemos desde meninos... Foi uma coisa muito louca... De repente, estávamos nos beijando e rolando por aquele chão cheio de poeira e folhas secas... E a chuva caindo... E a chuva caindo... O beijo ia ficando mais quente, respirávamos profundamente... Quando dei por mim, sentia o vento frio na minha bunda... Estávamos nus. Nem preciso dizer o que aconteceu, não é?
Perguntei:
_ O senhor nunca tinha transado? Foi ali sua primeira vez?
_ Foi minha primeira e mais linda transa! [...] Parece coisa de cinema! Gozamos juntos: eu, ele e o céu! Os trovões e os relâmpagos se manifestaram como se fosse uma celebração por aquele instante. Nunca esqueci!
_ E depois, pai?
_ Depois ficamos ambos sem saber o que fazer... Calados. Vesti minha roupa... ele também. Olhamos um para o outro e já ia saindo... com chuva e tudo... quando ele me segurou pelo braço. Mais um forte beijo rolou. Fomos cada um para um lado. Mas ele foi comigo... dentro do coração. [...] No dia seguinte, sem nada termos combinado, voltamos à velha casa... e tudo se repetiu. E nos dias seguintes... e nos meses seguintes...Durante dois anos aquele lugar era nosso.
Meu pai perguntou:
_ Durante dois anos, Olavo?
_ Sim.
_ E sempre o mesmo ritual: transavam, iam embora... sem nada saberem um do outro?
_ Não! A partir do terceiro encontro já conversávamos. E não ficamos restritos àquele lugar, não! Passamos a andar juntos... Éramos, aos olhos dos outros, bons amigos. Mas para transarmos... íamos para lá. [...] Como todo casal, as discussões foram surgindo... mas nada que nos deixasse sem falar um com o outro... Nunca nos despedíamos chateados. Resolvíamos tudo antes. Era perfeito demais!
_ E a namorada?
_ Com um mês que transávamos, terminei. Foi uma confusão! Ela não aceitava, os pais me procuravam, ela ficou doente... Um sufoco!
_ E o que aconteceu para que a história terminasse?
_ Quando completamos dois anos de namoro, resolvemos ir embora sem deixar rastros. Queríamos viver nosso amor sem medos, sem preocupações. Eu sentia exatamente como o Berg sentiu: medo de decepcionar meus pais. Com os amigos eu não me preocupava... mas com meus pais era uma tortura! Principalmente em relação à minha mãe. Ela só falava em ter netos! Quando eu escutava isso, era como se enfiassem uma faca em meu peito...
_ E fugiram?
_ Começamos a planejar. Tanto eu quanto ele juntamos um bom dinheiro. Eu vendi umas coisas minhas de valor que certamente não daria para levar, e ele fez o mesmo. Foram semanas estudando passo a passo... Só não planejamos o local final. Isso ficaria a cargo da sorte! Até que a data chegou!
_ E ganharam o mundo!?
_ Tentamos. Na véspera, ele me entregou uma caixinha e disse que eu não abrisse... de jeito nenhum! Só abriríamos juntos quando chegássemos em algum lugar onde decidíssemos viver!
Seu Olavo parou, respirou fundo e continuou...
_ Eu queria que saíssemos de lá com o conhecimento dos nossos pais... Lógico, sem que soubessem nosso destino e a razão da viagem. Pensei em inventar uma mentira , tipo: diríamos que iríamos para lugar “X”, mas na verdade nosso destino era “Y”. Sabe?!? Mas ele não concordava! Tudo bem... aceitei! Marcamos o local para nos encontrar: um posto de abastecimento que ficava na saída do município... Lá paravam vários ônibus... tanto com destino a outros municípios quanto a outros Estados. Mas, nós tentaríamos, primeiro, conseguir que algum caminhoneiro nos desse carona. Ali era um movimento louco de caminhões indo e vindo.
_ Loucuras de jovens apaixonados! [Risos] – Eu comentei.
_ Mas a loucura dele, Cadu, foi maior!
_ Como assim?
_ Deu o horário que havíamos marcado... Nada! Passaram-se duas horas do combinado e comecei a me desesperar... Eu lutava para não aceitar que ele tivesse sacaneado comigo...; Mas o que eu poderia pensar? Fiquei tão decepcionado... Três horas depois, resolvi voltar para casa... Mas. Apesar de um pouco longe, resolvi ir caminhando e pensando em tudo o que tínhamos vivido... Eu chorava... Aquele asfalto escuro parecia não ter fim. Foi quando vi umas pessoas, policiais... Lá adiante! Aproximei-me e percebi que era um acidente. Era uma caminhonete... Estava estraçalhada... Ficou parecida com uma sanfona. E a dianteira... que é a parte mais forte do veículo, estava, metade dela, pra dentro da cabine...
Berg disse:
_ Depois de “levar um cano”, ainda ver uma tragédia dessas... ninguém merece! Foi para fechar com chave de ouro... Melhor: de sangue! E as vítimas? Em pedaços?
_ O motorista já tinha sido recolhido, mas os policiais faziam marcações no asfalto para a perícia. Escutei um policial dizer a outra que tinha acabado de chegar, que se tratava de um jovem... Assim e assim... Minha vista escureceu... A descrição batia exatamente com a dele. Foi aí que eu olhei, pela lateral, e vi sua mochila. Olhei para um policial e perguntei: “Para onde ele foi levado? Para qual hospital? Ele ficou muito ferido? Para onde o levaram... eu o conheço!”. E a resposta foi como um tiro: “Ele morreu antes do socorro chegar!”. Ali mesmo eu cai. Acordei com minha mãe do meu lado... num hospital! Nem o corpo eu vi... Eu sabia tudo sobre ele, exceto a fazenda onde ele morava!
Berg perguntou:
_ Oh, pai... que tristeza! E como ele se chamava?
Seu Olavo soluçava... E a resposta veio entremeada de lágrimas... da boca de meu pai:
_ Era Inácio!
Seu Olavo olhou assustado para meu pai. Eu e o Berg fizemos o mesmo! Ele completou indo em direção ao seu Olavo, que abriu os braços:
_ Olavo... Inácio era meu irmão! Foi depois da morte dele que viemos para esta cidade. Aquela tragédias foi dolorosa demais... Meus pais quase morrem! Depois de uns cinco anos eu fiquei órfão! Meus pais morreram sem saber o que de fato tinha acontecido! Nunca imaginamos isso! Nunca! Só agora estou sabendo que ele era gay... e por que ele estava naquela estrada.
E o choro tomou conta do ambiente... Meu pai, abraçado ao seu Olavo, disse:
_ De certa forma, me alegra saber que antes de partir, ele amou e foi amado!
_ Muito! Muito mesmo! Até hoje, posso afirmar, que eu só conheci o amor com ele.
Em seguida, meu pai levou seu Olavo para o seu quarto e foi mostrar algumas fotos que guardava do irmão. Aquilo era inacreditável... Como o destino nos apronta!
Eles ainda estavam lá em cima quando Frank chegou com minha irmã. Eu estava sentado no sofá e Berg deitado com a cabeça nas minhas pernas. Frank já entrou na putaria:
_ Ih! Que porra é essa? Eu estou aqui há nem sei quanto tempo e não tenho essas liberdades! Folgado, heim?!
Minha irmã completou:
_ Já estou vendo que decidiu ficar, Cadu! Olha... é muita coragem trocar um gato daqueles por esse brucutu!
_ Me respeita! Quem é brucutu aqui? Só se for esse teu projeto de marido!
Eu levantei:
_ Pronto! Não bastasse os dois, agora entra mais um para os arranca-rabos! Me poupem!
Frank:
_ Tudo certo, Cadu?
_ Tudo em paz!
_ Cadê o sogrão?
Antes que eu respondesse, eles vinham descendo... Minha irmã olhou para eles e:
_ Nossa! Que houve? Que caras de velório são essas?
_ Filha... Depois a gente conversa. O Olavo vai embora!
Seu Olavo deu um beijo em todos e disse ao Frank:
_ Frank, devido aos últimos acontecimentos, acho melhor providenciar outros padrinhos! Você entende, não?
_ Fica frio, seu Olavo! Mas não dispenso sua presença!
_ Ah... quanto a isso, dou minha palavra! Até logo!
Berg levantou:
_ Sua benção, pai!
_ Que Deus lhes façam felizes!
Meu pai subiu, calado... Berg disse:
_ Cadu, vai lá! Eu conto tudo aos meninos aqui!
Minha irmã concordou:
_ Vá Cadu! Ele se abre contigo!
Frank:
_ Gente, então vamos lá em casa, o Berg vai nos contando...
E eu:
_ Vão! Depois eu vou até lá!
Eles saíram e eu subi. Meu pai estava no banho!
_ Pai?
_ Já vou, filho!
A campainha tocou.
_ Cadu... Abra lá! Deve ser o Nildo! Ele veio deixar as chaves da oficina!
Desci. Era ele mesmo!
_ Oi Nildo?! Gostoso!
_ Fuleiro! [Risos] Teu pai está aí?
_ Tomando banho.
_ Oh... Vim perguntar se podia tomar banho por aqui! A caixa d’água da oficina secou...
_ Pode. Usa o banheiro lá da cozinha... é lá que meu pai toma banho para tirar essas graxas...
Nildo foi. Meu pai desceu.
_ Era ele?
_ Era... Está tomando banho lá atrás.
Meu pai foi em direção ao banheiro e eu fui atrás...
_ Nildo... a caixa secou?
_ Secou!
_ Aquela bomba está com problema!
Meu pai pegou uma cerveja e sentou na cadeira da cozinha.
_ Senta aqui no colo do pai!
_ Pai... Que história, heim?
_ Mundo pequeno! [...] Pega uma toalha pro Nildo...
_ Hummm... Já tá de pau duro!
_ Cadê os meninos?
_ Síram! [Risos]
_ Vai buscar a toalha!
Subi e liguei pro Frank:
_ Frank, não fala meu nome e depois apaga o registro...
Ele disfarçando...
_ Fala pai!
_ Faz muita hora por aí... Só vem quando eu ligar! Certo?
_ Tá. A gente espera a tia chegar... Fica frio!
_ Valeu cunhadinho...
Desci com a toalha. Nildo ia colocando a cabeça fora da porta...
_ Pega a toalha, cafuçu!
_ [Gargalhadas] Cafuçu, é?
Meu pai rindo disse:
_ É um cafuçu que faz ele gemer sem sentir dor, não é não Nildo?
_ E que faz eu encher a mão de calo! Só me matando na punheta!
_ Até eu vou ficar assim, rapaz! Meu putinho casou!
_ Que conversa feia é essa!? Esse cuzinho vai ter dono? E tu deixou?
_ O cu é dele!
_ Calma! Vocês sabem que não vou me contentar com uma rola só!
Meu pai disse pra Nildo:
_ Pegue uma cerva, homem e vamos fazer a despedida de solteiro dele lá em cima! [Rima]
_ Opa!
_ Suba, Cadu! Vá ajeitando lá com o seu cafuçu... Eu vou trancando tudo por aqui!
Eu subi correndo e Nildo veio atrás...
_ Caduzinho... Não deixe a gente na saudade, não! Venha logo chupar meu caralho, venha!
_ Deite aqui! Adoro esse rolão!
Agarrei a pica de Nildo e meti inteira na boca. Ele deu uns tremeliques...
_ Ai, porra pra chupar gostoso!
Mau pai entrou no quarto, deixou a luz do banheiro acesa e apagou a do quarto.
_ Pai, fique sentado em cima da barriga do Nildo... deixe as duas picas apontando para mim...
Comecei a chupar as duas rolas... engolia uma, engolia outra... Nildo pediu a meu pai...
_ Bote seu cu aqui na minha cara!
Mau pai ficou de cócoras com o cu na cara de Nildo... e ele chupava, chupava... Dei uma cuspida na rola dele e sentei... peguei o cacete de meu pai e comecei a chupar.
_ Isso, Nildo! Chupa o cu do papai e mete esse caralho em mim! Hummm...! Hummm...!
_ Mete essa língua, Nildo... Chupa meu cu gostoso! Ahhhhhhhhh...! Cadu, não pára de chupar minha pomba!
Ficamos assim por um tempo. Depois pedi:
_ Pai, come o Nildo!
E o Nildo...
_ Cadu... vem você primeiro! A chibata do teu pai é meio aloprada!
_ Pois vem!
Nildo ficou de quatro e eu fiquei atrás dele. Seu rosto ficou direcionado para fora da cama. Meu pai ficou de pé, à sua frente e logo Nildo agarrou sua rola para chupar. Meu pai levou as mãos até sua bunda e arreganhando, deixou seu cuzinho bem abertinho para eu dar umas pinceladas. Era uma loucura!
_ Ai, Caduzinho! Mete essa língua nesse meu cuzinho! Passa a língua nessas preguinhas!
_ Pisca esse cuzão, Nildo! Esse cu tá pedindo rola! Hummm...! Hummm...!
Meu pai abria cada vez mais aquela bunda e dava umas palmadas... o que fazia o Nildo caprichar na chupada que dava no pau de papai!
_ Toma! Gosta de língua no carretel, né, porra! Toma! Isssssssssssss...! Chupa meu cacete! Issssssssssssss...! Rebola essa bunda na cara do meu filho! Toma! Issssssssssss...! O que é que esse cu tá querendo, heim? Isssssssssssssss...! Fala!
_ Rola! Mete, Cadu! Ahhhhhhhhhh...! Mete rola!...
_ Come logo esse cuzão, filho!
Meu pai levou sua mão até a boca de Nildo:
_ Cospe! Isso! Mais!
E levou a saliva até o cu dele... Meteu dois dedos...
_ Mete rola, Cadu! E você, Nildo... continua chupando minha pomba!
Apontei a rola no buraquinho de Nildo e empurrei...
_ Ahhhhhhhhhhh...! Devagar!
_ Que cuzinho gostososo Nildo! Toma! Hummm...! Hummm...!
_ Aiii! Isssssssssssss...!
Nildo pediu a meu pai:
_ Fica de costas e levanta uma perna... Deixa eu chupar seu cu!
_ Gosta de chupar meu cu, é, safado?
_ Gosto! Me dá! [...] Vai Cadu! Mete forte!
_ Quer forte? Hummm...! Hummm...! Toma! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Toma! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Chupa o cu do meu pai! Hummm...! Hummm...!
_ Ahhhhhhhh...! Gosto desse gostinho de cu! Ahhhhhhhhhhhhh...! Delícia! Ahhhhhhhhhhhh...! Ahhhhhhhhhhhh...!
_ Vira, Nildo! Vira a bunda para o papai te enrabar!
Meu pai permaneceu em pé, fora da cama. Nildo virou o cu para ele. Eu fui até lá, dei uma cuspida bem nas preguinhas e papai apontou. Entrou fácil! Papai pediu:
_ Vem aqui em mim, Cadu! Já está meladinho!
Fui para detrás de papai e apontei a rola. Meti.
_ Ahhhhhhhhhh...! Para um pouco filho!
Nildo pediu:
_ Mete esse pica no meu cu!
Meu pai começou a comer o Nildo e eu fui no mesmo ritmo... Era uma gemedeira só... Eu fiquei logo com vontade de gozar e Nildo pediu:
_ Cadu... Goza na minha boca!
E eu fui:
_ Ahhhhhhhhhhhhhhh...! Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh...! Ohhhhhhhhhhh...!
Meu pai anunciou ao mesmo tempo que Nildo e eu pedi:
_ Quero a gala dos dois!
Sentei no chão e eles apontaram as rolas para a minha boca. Nildo gozou primeiro:
_ Issssssssssssssssssssssssssss...! Porra! Ohhhhhhhh...! Caralho! Issssssssssssssss...!
_ Lá vai filho! Hummmmmmmmmmmmm...! Ahrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...!!!
Fomos tomar banho e no banheiro, meu pai fez o convite:
_ Nildo, estava pensando... Cadu e Berg vão ficar no quarto ao lado... Você não quer vir morar aqui comigo, não? A gente se dá tão bem!
_ É verdade isso?
_ Claro homem!
_ Claro que quero!
_ Depois do casamento... pode vir! Mas, pra todos os efeitos... AMIGOS!
Eu disse:
_ Muito bem! Terei três parceiros em casa! Quando enjoar de um... pulo para o outro!
[Gargalhadas]
Terminamos o banho e fui ligar para o Frank. Nildo foi embora e eles chegaram.
Meu pai, na maior cara de pau disse ao Berg:
_ Ih! Rapaz... primeiro dia de casado e já está assim? Sai... Diz que vai bem ali e quase não volta?!
Berg, todo errado explica:
_ Culpa do Frank que...
Meu pai corta:
_ Venha cá, Berg... – levando-o para um canto – você é ainda jovem e com o tempo e observando o comportamento dos mais vividos, ou mesmo através dos seus tropeços você vai aprender e amadurecer! Agora, eu estava só brincando, mas já que você tomou uma atitude... vamos dizer... imatura, eu acho que é uma oportunidade de te ensinar!
_ O que foi que eu fiz?
_ Você já estava atribuindo uma culpa jogada a você ao Frank. Você não tem que fugir de nenhuma responsabilidade, se apoiando em ninguém. Se era a hora de estar aqui, mas o Frank queria continuar lá, você ou deveria ter voltado só, ou ter ligado dando uma satisfação! Se você não faz isso – que se chama consideração – você automaticamente dá ao outro a liberdade de fazer também!
_ O senhor tem razão!
_ Mas eu só estou aproveitando essa oportunidade. Pois eu sei que o Cadu mesmo deu sinal verde para resolverem o que precisassem sem tempo para voltar, entende? Não leve como uma bronca! Eu nunca me meterei entre vocês, a não ser que eu seja chamado! Só quero ajudar para que vocês sejam felizes... Tá? Me dá um abraço! Estou feliz por vocês quatro!!
Frank nos chamou e anunciou:
_ É o seguinte: Eu deixei vocês lá em casa e fui até a igreja...
_ Fazer o quê amor?
_ Anular o casamento!
[Gargalhadas]
_ Calma mulher! Calma! Fui tirar uma dúvida com o pároco e ele me deu uma maravilhosa notícia! E a partir desta notícia, tendo em vista que os pais do Berg não poderão ser mais meus padrinhos...
[Suspense]
_ Quero convidar Cadu e Berg para serem meus padrinhos!
Minha irmã:
_ E pode Frank? Dois homens?
_ Pode! O pároco disse que não é obrigado serem nem casal... e nem casados! Podem ser dois homens, duas mulheres...
[Risos]
_ Aceitam?
_ Claro, cunhadinho!
_ Lógico, amigo velho!
Meu pai:
_ Oh família louca!
Pulávamos, gritávamos e nos abraçávamos feito crianças...
**
QUATRO DIAS DEPOIS
**
Desde a chegada do Berg passamos a dormir na sala, provisoriamente, até o casamento de minha irmã. Faltavam dois dias para o tão aguardado enlace, que iria acontecer no sítio dos pais de Frank.
Acordamos cedo e saímos, eu e Berg, para provar nossos ternos. Não deixamos que ninguém desse palpite, mesmo por que, tínhamos nossos desejos que manteríamos só entre nós. Passamos a manhã e a tarde inteira resolvendo essas coisas, mas deu tudo certo.
Voltamos e ninguém estava em casa. Vimos algumas coisas desarrumadas pela sala... papéis e papelões caídos pela escada...
_ Um furacão passou por aqui, Cadu?
_ Não... Deve ter sido a mudança da mana! Depois teremos que dar um jeitinho no quarto dela! Agora será nosso!
Fomos subindo e senti cheiro de tinta ao passar pela porta do quarto dela. Empurrei a porta. Quase tive um treco!
_ Caracas, Berg! Não é possível! Como conseguiram fazer isso tudo numa rapidez dessas!
_ Bicho! [...] Olha Cadu... Tem um bilhete!
**
“ERA O MÍNIMO QUE EU PODIA FAZER! ESPERO QUE GOSTEM DA SURPRESA! DESEJO FELICIDADES!
*
DO PAI E SOGRO... OLAVO!
P.S. Isso só foi possível com a ajuda de muita gente, inclusive uma pessoa que mandamos seguir vocês e nos informar cada passo que vocês davam. No fim... Saiu a contento. Eu acho!”
**
Seu Olavo tinha mandado pintar o quarto. Retiraram os móveis da minha irmã e lá havia uma cama de casal com dois criados mudos, um guarda-roupas, uma escrivaninha, uma mesinha com uma TV . Tudo decorado em tons de azul e branco. Já arrumado... Um quadro sobre a cama com uma imagem em que eu e Berg aparecíamos abraçados e felizes – que Frank havia tirado há poucos dias, com o seu celular... Até nossas roupas já estavam no guarda-roupas.
Ficamos radiantes! E já fomos nos arrumar para o casamento que seria logo mais.
Estávamos no banho e meu pai chegou. Bateu à porta:
_ Gostaram do presente?
_ Adoramos, pai!
_ O senhor estava sabendo? Meu pai já tinha planejado com o senhor?
_ Tinha! Era pra ter sido ontem, mas vocês não saíram de casa! [Risos] Mandei dois mecânicos para ajudar... Os móveis estavam guardados na oficina... Até que foi rápido! Ficou bonito, não?!
_ Lindo demais!
_ Terminem... Preciso me arrumar também!
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NO SÍTIO...
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Assim que chegamos com meu pai e o Nildo, Frank veio falar conosco:
_ Puta que pariu! Que casal bonito vocês estão! Vão chamar mais atenção que os noivos!
Eu estava com um terno num tom cinza bem claro, quase água, com a camisa interna branca, contrastando com a gravata num verde lodo bem claro também. Berg vestia um terno grafite, com a camisa interna também branca riscada e uma gravata num cinza, cuja tonalidade ficava entre o grafite do seu terno e o cinza claro do meu. Ambos os ternos eram de cortes modernos e de caimentos perfeitos em nossos corpos. Os sapatos eram pretos mas de modelos diferentes, embora sociais!
Para nossa surpresa, os velhos amigos de Berg vieram nos cumprimentar e não mostraram nenhuma atitude de rejeição.
Tudo estava lindo! Quando meu pai foi buscar minha irmã e nos posicionamos no altar, eu e Berg chamamos a atenção. Mas houve outra surpresa. Quando o padre mandou que eles trocassem as alianças, seu Olavo, discretamente, entregou ao Berg uma caixinha e ele abriu: eram duas alianças! Eu tremi. Meu pai riu. Meio escondido, Berg colocou uma em minha mão e eu coloquei na mão dele. Depois, na frente de todo mundo, nos beijamos.
Seu Olavo veio até nós, pôs as mãos sobre nossas cabeças:
_ Eu os abençôo!
E meu pai fez o mesmo!
_ Eu os abençôo e desejo muito crescimento!
Eu, Berg, minha irmã e Frank nos abraçamos e rimos muito!
Na hora do bolo, eles tiraram fotos e minha irmã chamou o fotógrafo.
_ Moço, só um minuto, antes de partir o bolo, quero que tire uma foto de meu irmão e Berg... sozinhos.
Ficamos posicionados...
_ Esperem!
Minha irmã tirou o casal de noivos do alto do bolo e colocou um casal de dois rapazes...
_ Pronto! Pode registrar esse momento para a posteridade!
Eu e Berg nos beijamos e todos aplaudiram!
Dado início à festa foi aquele festival de abraça daqui, beija dali, felicita dacolá... e a bebedeira ia comendo solta... O Berg acabou se entrosando com os colegas dele e eu fiquei mais para o lado de dar atenção aos convidados da minha irmã. Eu estava adorando aquele clima de casamento, ainda mais sabendo que, de certa forma, aquela festa estava sendo minha também.
De repente, Frank chega do meu lado e diz:
_ Como é que vai ser o lance entre vocês... fidelidade?
_ Frank... Não me faça pergunta difícil numa hora dessas!
_ Ainda bem que você é cuca fresca! [Risos]
_ Por quê?
_ Cadê o Berg?
_ Sei lá! Já está me traindo?
_ Eu vi ele saindo de fininho com aquele brother que fazia parte do nosso grupo, mas foi pro Rio... Saca?
_ Sei...
_ Mas, fica frio... Você sabe que não vai ser fiel também!
_ E não vou mesmo!
_ Quer curtir também?
_ Quem é?
_ Olha ali... perto do papai...
_ Qual deles? O de blazer azul marinho? Quem é?
_ Gostou? É meu tio... casado. A família está toda aqui!
_ Quero!
_ Vai lá pros fundos do sítio... Eu mando ele ir lá e dou cobertura! Pode ficar no relax... Eu garanto!
_ Mas ali, Frank... A gente vai se sujar!
_ Então sobe! Agora! Quando ele subir eu tranco e fico com a chave... Quando acabar, dá um toque pro meu celular...
_ Fui!
Em menos de dez minutos o cara subiu. Eu já estava de cuecas...
_ Quando meu irmão me falou das suas proezas, fiquei de pau duro! Não tenho experiências com homens, mas um assim, cheio de referências, ainda mais sendo casadinho... deu tesão!
_ Você pode não ter experiências com gays, mas tem tudo para fazer um urrar de prazer! Vem... Quero que minha noite de núpcias comece com um machão... [Risos]
_ Sente aqui meu presente!
_ Ahhhhhhhhhhhh...! Tira logo essa roupa!
Ele foi tirando a parte de cima e eu fui adiantando as peças de baixo... Quando abaixei a calça junto com a cueca, a rola enorme e super grossa pulou na minha cara...
_ Chupa, safado! Vou fazer dessa noite... inesquecível!
Comecei pelos ovos...
_ Ohhhhhhhhhhhhhhh...! Chupa meus bagos! Ohhhhhhhhhhhh...!
Alisava suas pernas peludas, seu abdômen e seu tórax também peludos. Segurei sua pica com força. Ele tomou e deu umas pancadas na minha cara!
_ Vai começar o casamento como puta? Quer que eu te faça puta?
_ Quero!
_ Lambe minhas virilhas... Isssssssssssssssss...! Lambe! Ohhhhhhhhhhhhh...! A outra, agora! Issssssssssss...!
_ Ahhhhhhhhhhh...! Delícia! Ahhhhhhhhhhhhhh...! Levanta essa perna! Hummmm...! Cuzinho cabeludo!
_ Quer chupar meu cu?
Virou-se de costas e abriu a bunda...
_ Lambe! Safado! Issssssssssssssssssss...! Isso! Mete a língua! Issssssssssssssssssssss...!
_ Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Cu gostoso! Abre mais! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...!
_ Mete a língua! Sente o gosto do meu cu! Issssssssssssssss...! Agora engole minha rola por trás!
Ele passou o cacete entre as pernas e eu chupava, ora o cu, ora a rola...
_ Agora fica em pé!
Eu fiquei na sua frente, ele me girou e de cabeça para baixo, eu chupava sua rola e ele lambia meu cu... e enfiava um, dois, três dedos... Até que não agüentei mais!
_ Mete esse cacete no meu rabo!
_ Faca apoiado na parede!
Ele se abaixou, deu uma cuspida no meu cu e mirou a rola. Ele dei uma reboladinha para deixar no ponto... Empinei...
_ Mete de uma vez!
_ Tem certeza?!
_ Mete, porra!
_ Toma!
_ Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh...! Delícia!
_ Você é melhor que eu pensava!
_ Agora fode com tudo!
_ Ahhh...! Ahhh...! Ahhh...! Ahhh...! Ahhh...! Ahhh...! Ahhh...! Ahhh...! Ahhh...! Que cu massa! Ahhh...! Ahhh...! Ahhh...! Ahhh...! Ahhh...! Ahhh...! Ahhh...! Ahhh...! Ahhh...!
_ Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Mais forte!
_ Ahhh...! Gosta de rola, heim!!! Ahhh...! Ahhh...! Ahhh...! Ahhh...! Ahhh...! Ahhh...! Ahhh...!
_ Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Isso! Arrebenta! Hummm...! Hummm...! Hummm...!
_ Ahhh...! Vou gozar! Ahhh...! Ahhh...! Ahhh...! Ahhh...! Ahhh...! Ahhh...!
_ Hummm...! Hummm...! Na minha boca! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Vou gozar contigo!
_ Abre a boca, safado! Issssssssssssssssssssss...! Ohhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh...!
_ Ahhhrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...! Delícia! Ahhrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...!
_ Cara! Foi a melhor trepada da minha vida!
_ Que bom! Vamos... Vou chamar o Frank!
_ Quando a gente volta a se ver?
_ Eu sou casado! E você também! Coisas assim... Só quando o acaso determinar!
Ele se vestiu. Eu também... Descemos.
Berg me procurando... me achou na cozinha.
_ Cadu, onde você estava... rodei o sítio todo!
_ Te procurando!
_ Eu estava ali batendo um papo com um cara que era da minha turma... Ele estava me contando que, depois que foi embora, se descobriu bi! [Risos]
_ Foi?! Nossa!
Frank chegou:
_ Meninos... Bomba! Bomba! Bomba!
_ Eu entendi Pomba! Pomba! Pomba! [...] Fala cretino!
_ Cadu, eu e sua irmão... você e o Berg... acabamos de ganhar um final de semana com tudo pago em Fernando de Noronha! Nossa Lua de Mel!
_ Ai! Quem está patrocinando?
Frank riu...
_ Aquele meu tio! O que eu acabei de te apresentar!
_ Hummm...!
Berg disse:
_ Porra! Maneiro! Vou contar pro pai!
Enquanto Berg corria em direção ao meu sogro, Frank me deu uma pinada...
_ Ele disse que nunca comeu um cu melhor que o seu... Mas lá na Lua de Mel... esse cuzinho vai ser meu... não vai?
[Risos]
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Por isso que eu sustento até hoje:
NUNCA DEI O MEU CU! SÓ EMPRESTEI...!
F * I * M