Uma ninfeta para dois - Introdução
Conheço bem os detalhes daquela rua. As mesmas árvores nas calçadas, os prédios de classe média, com imensos portões de grade, como que querendo esconder os perigos do mundo. Havia decorado aquela sequência de prédios, pois sempre passava de carro, voltando da faculdade tarde da noite. Um cenário com o qual eu já estava hatituado. Mas naquele dia estava sem carro e como terminei a aula mais cedo, resolvi ir pra casa a pé. É incrível como paisagens comuns do nosso dia-a-dia parecem misteriosas e atraentes quando temos tempo de apreciá-las. E nesta noite em especial, algo me chamou a atenção: Enquanto eu caminhava por penumbras daquela calçada estreita, avistei, em uma janela de um dos prédios, a silhueta de uma mulher. Não seria nada de mais, não fosse um pequeno detalhe: ela também me avistou. Percebi isto, porque em uma fração de segundos, a fraca luz que vinha daquela janela se apagou, mas a sombra feminina que lá estava, ainda me espreitava. Diminuí o passo, procurando identificar a mulher, mas eu não queria ser demasiadamente indiscreto. Desviei o olhar e segui meu caminho de mais três quadras, até chegar em casa.
Mal entrei em meu apartamento e dois braços entrelaçaram meu pescoço, me fazendo deixar cair alguns livros que carregava. Minha mulher me surpreendeu! Ela, que é tão pouco dada a carinhos e carícias, nem esperou eu fechar a porta de casa. Puxou meu rosto para perto do dela, começou um beijo ardente e sussurrou em meu ouvido:
- Amor... estou com muito tesão. Quero sentir você...
- Que é isso, Márcia? Os vizinhos vão ouvir! Pelo menos feche a porta!
- Não. Eu quero aqui, quero agora. Vem... mata esse meu desejo.
Eu não estava entendendo nada. Mas, como fazia alguns dias que não transávamos, decidi arriscar uma aventura e comê-la ali mesmo, no chão da entrada do apartamento, com porta aberta e tudo. Num rápido movimento me livrei de minhas roupas e comecei a me esfregar naquele corpo cheiroso e cheio de curvas. Ela já estava molhada, encharcada com o líquido do prazer! Continuei acariciando seu corpo, enquanto arrancava sua calcinha e sua camisetinha, fazendo-a ficar peladinha. Por alguns segundos pensei: E se passar alguém...? Mas o tesão falou mais alto. Coloquei-a deitada no chão e avancei para sugar o néctar de seu sexo. Mas não era isto que ela queria. Queria ser penetrada com vontade! E ordenou:
- Me come... agora! Só... me come!
Obedeci sua ordem e enfiei meu pau duríssimo em sua gruta encharcada. Ela gemia, se torcia, revirava os olhos e gozava. Parecia que nunca havia transado antes, tamanha a fome por sexo. Continuei os movimentos por mais alguns minutos. Ela me puxava os cabelos e falava ao meu ouvido:
- Enfia tudo! Quero sentir tua porra! Vai... mete... mais... mais...
Não aguentando mais, falei quase gritanto:
- Toma... vou te dar minha porra... agoooraaaaaaaaaaa...
E gozamos maravilhosamente. Nem lembro quando foi a última vez que gozamos assim.
Trocamos alguns beijos, nos recompomos e fomos tomar um banho. Naquela noite, dormimos abraçados. Coisa rara.
Márcia é uma bela mulher. Com seus trinta e dois anos, esbanja vitalidade. Divide seu tempo entre a academia, um curso de pós-graduação e o cargo de supervisora em uma empresa de importações. Diria que ela é o esteriótipo da mulher independente com um futuro promissor. Mas quando se trata de relacionamento, a imagem é outra. Dificilmente me diz te amo, ou estou com saudades. Nosso casamento é um tanto trivial e pouco dado a aventuras ousadas. Nesses cinco anos de matrimônio, o máximo que ousamos sexualmente foi transar assistindo alguns filmes pornôs e fantasiar usando roupas e apetrechos. Fiquei assustado com sua atitude inesperada de uma transa na porta de casa, correndo o risco de sermos vistos pelos vizinhos. Mas confesso que gostei. A idéia de outras pessoas assistindo eu possuir minha mulher, me agradava. E naquela noite, tivemos uma de nossas melhores transas.
No dia seguinte acordei por volta das 7 horas, tomei um banho e me barbeei, como de costume. Já o café ficaria para mais tarde, pois estava com o carro na oficina e o ônibus demoraria quase uma hora pra me deixar a quatro quadras da universidade onde eu daria aula todo o dia. Me despedi de Márcia com um beijo na testa, sem muito barulho pois imaginei que ela ainda dormia. Quando estava saindo do quarto, Márcia falou:
- Amei nossa transa, Edu. Podemos repetir hoje à noite?
Apenas sorri e saí sem responder.
Passei toda manhã e parte da tarde correndo entre uma aula e outra. O relógio marcava perto das 15 horas e lembrei que não havia almoçado ainda. Fui até uma pequena e simpática lancheria, dentro do campus da universidade. Pedi um café e um sanduíche. Encontrei outros professores e passamos quase uma hora falando banalidades. Resolvi ir pra casa, pois à noite teria que dar mais uma aula e havia deixado alguns apontamentos no apartamento. Quase saindo da lancheria, notei que uma garota me olhava de maneira insistente. Seus belos olhos castanhos fixos nos meus, me fez lembrar dos tempos de solteiro, das paqueras, namoros e a enorme quantidade de meninas com quem transei na juventude. Não havia ninguém à minha volta, por isso tive certeza que ela olhava para mim. Deve ser alguma aluna, pensei. Mas eu conhecia todos os meus alunos e aquela menina não parecia ter idade para cursar universidade. Saí meio incomodado, mas com uma sensação gostosa, por ter lembrado dos tempos em que eu escolhia quem iria comer no fim de semana.
CONTINUA...