O RAPAZ DE DEZ ANOS

Quem Será Este Rapaz?O pequeno rapaz emergiu das águas frescas da piscina. Pequenas gotas reluziam na sua pele morena, iluminada pelo sol de Veneza.

O pequeno rapaz tinha apenas dez anos. Antes, quando era ainda mais novo, ninguém o deixaria sequer aproximar-se da piscina. E “ninguém” refere-se apenas aos empregados e amas que moravam também naquela casa, pois os pais do rapaz nunca foram muito presentes.

O seu pai era um italiano com uma famosa e milionária cadeia de lojas de roupa, extremamente agarrado a tudo o que tinha. Do seu pai, o rapaz herdou a vontade de controlar tudo e todos.

O pai do rapaz casou com uma mulher portuguesa, uma modelo internacionalmente conhecida, invejada pela sua aparência de deusa. Da mãe, o rapaz herdou uma beleza física que prometia desenvolver-se quando ele crescesse. A mãe dele chegara a considerar a hipótese de pôr o rapaz a desfilar… Mas o pai não gostava da ideia: para ele, todos os modelos eram gays.

O rapaz passou pelo vasto jardim, entrou na imponente mansão e subiu as intermináveis escadas até ao seu quarto. Quando se olhava ao espelho ele não via um rapaz “normal” de dez anos. Ele sabia que algo dentro de si o tornava diferente. Por exemplo, os seus olhos negros, tipicamente italianos, nunca conseguiam deixar de fazer pontaria ao corpo do homem loiro, que se encontrava então na sala de estar.

O loiro era o seu primo Nick, um americano de belos olhos azuis, que estava de passagem por Veneza e iria dormir lá em casa nessa noite. Obviamente, devido à presença do primo Nick, os pais do rapaz iriam disfarçar as suas habituais e violentas discussões à hora de jantar.

Na casa do rapaz jantava-se cedo e a sua mãe já chamava por ele da sala de jantar. Como ele desconfiava, os seus pais portaram-se como um casal normal. Durante o jantar, decidiram que Nick poderia dormir no quarto do rapaz, já que todos os dez quartos de hóspedes estavam a ser mobilados novamente.

***

Nessa noite, o rapaz não conseguia adormecer. No meio das suas pernas, aquilo que costumava estar flácido, ele sentia agora duro e quente. Ao seu lado, parecia ver um anjo. Mas era apenas Nick, respirando silenciosamente enquanto dormia.

Um instinto acendia-se dentro do rapaz. Ele deslizou a mão dentro dos cobertores, e encontrou algo lá dentro. Passando a mão à volta, percebeu que era um joelho.

Nick virou a cara para lado do rapaz. O rapaz gostava de ver como com um simples toque podia fazer as pessoas moverem-se. Fazia-o sentir que as controlava, como simples marionetes.

O rapaz tirou a mão do interior dos cobertores. Muito levemente, encostou os dedos à cara do seu primo, sentindo a pele dele, mas tirou-os logo de seguida, para não o acordar. Ele viu que nesse instante, Nick começou a respirar mais profundamente.

As mãos do rapaz insistiram de novo. Desta vez, passaram lentamente, carinhosamente, num gesto de pura ternura. Nick respirava fundo.

Os seus dedos desceram até ao queixo do primo, sentido a sua áspera pele por barbear. Escorregaram então pelo seu pescoço, acariciando-o, sentindo a sua musculatura. Foi então que as mãos do rapaz atingiram o mamilo direito do primo, onde ficaram a tocar naquele vértice rijo, acompanhando o peito que subia e descia com o ritmo respiratório.

A sua mão deslizou, então, para o outro mamilo, o esquerdo. Por lá ficou, sentido o coração de Nick a palpitar cada vez mais depressa. E desceu. Sentiu os músculos perfeitos que Nick tinha na sua barriga, perfeitamente tonificada.

A mão do rapaz atreveu se ainda mais e continuou o percurso descendente. Palpou a zona púbica do primo, onde sentia alguns pelos, e por fim, a base de um membro prolongado.

A mão dele tinha atingido a meta, mas era demasiado pequena para agarrar naquele pénis tão grande. O rapaz teve de usar a outra mão. Agarrando o sexo de Nick com as duas mãos, o rapaz sentiu o calor e a dureza daquele membro.

O rapaz olhou para a cara do seu primo angelical, vendo-o a respirar profundamente. Surpreendeu-se quando viu os olhos azuis de Nick brilharam no escuro. Afinal, ele estava acordado.

Uma terceira mão, a de Nick, juntou-se às duas do rapaz que envolviam o seu pénis. O americano mostrou-lhe como devia usar as suas mãos em volta daquele membro. Guiou as mãos do rapaz, levando-as acima e abaixo, repetidamente. O rapaz aprendeu depressa. Nick deixou-o fazê-lo sozinho.

Enquanto o rapaz masturbava o seu primo, usando as suas duas mãos suadas, Nick tocou no ainda pequeno pénis do rapaz, acariciando-o levemente. O rapaz gostou da sensação e exaltou-se, movendo as mãos mais depressa, o que levou o seu primo ao êxtase.

Enquanto gemia de prazer, Nick acariciava os cabelos negros do rapaz. Foi então que o americano desceu um pouco os lençóis e levou a cabeça do rapaz a mergulhar no seu interior.

O rapaz não via nada, como se estivesse de olhos vendados por um tecido negro. Porém, sentia o cheiro quente, animal, selvagem, mas agradável. Mas nem tudo se resumia ao cheiro. Faltava o sabor. Nick levou-o a provar o sabor do seu pénis. O rapaz tinha uma boca pequena e viu-se obrigado a usar a língua para experimentar um pénis pela primeira vez. Contudo, ele fez um esforço, conseguindo por na sua boca a glande latejante e macia do seu primo.

Nick ora empurrava a cabeça do rapaz para baixo, ora a puxava para cima, levando-o num movimento hipnótico e delicioso. Quando o americano começou a gritar de prazer, o rapaz ouviu-o dizer algo em inglês, e depois sentiu a sua boca encher-se dum líquido quente. De início, o rapaz estranhou o sabor daquele líquido. Só depois ganhou coragem e bebeu aquele néctar até à última gota.

Tirando o rapaz do interior dos lençóis, Nick puxou-o para si e beijou-o com a língua, provando do seu próprio sémen.

***

No dia seguinte, a casa estava vazia quando o rapaz acordou. Só mais tarde descobriu a razão da ausência de qualquer vivalma naquela mansão: Nick tinha tido problemas com a gôndola e morrera afogado nas ruas alagadas de Veneza.

A personalidade de um homem define-se por momentos em que ele rompe com os valores que antes lhe eram importantes. Momentos de ruptura com o passado, em que tudo se altera, em que o mundo já não se ajusta. O rapaz passava por um desses momentos.

Primeiro, sentira-se magoado com a perda daquele homem, por quem sentia algo mágico, apesar de ser seu primo. Mas depois percebeu que aquela morte tinha a sua piada e que talvez seria melhor ele ter morrido, pois assim ninguém descobriria o que se tinha passado na noite anterior.

Mas este não foi o único momento que definiu a personalidade daquele rapaz que depois se tornaria homem. Com treze anos, ele iria perder os pais num evento trágico e sangrento.

Contudo, ele não conseguia sentir-se mal com aqueles momentos tenebrosos, repletos de sangue e sexo. O que deixaria muita gente de rastos, a ele estimulava-o a viver/>