Simone, 11 - Desejos e planos

Um conto erótico de AribJr
Categoria: Heterossexual
Data: 09/02/2009 00:30:44

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<tt><Center>Simone, uma história de amor – 01.13</Center></tt>

<center><strong><b> DESEJOS E PLANOS </b></strong></Center>

<Center><tt><b> Sexta-feira, 5 de março de 2004</b></tt></center>

<blockquote><b> De longe ele viu a família reunida conversando animadamente na porta da rua. Reginaldo gesticulava contando mais um causa que alguma paciente lhe contara durante o dia e todos sorriram, deliciados. Seu Manoel era quem mais alto sorria e jogava a cabeça para traz gargalhando das proezas do genro.</b></blockquote>

– Boa noite!... – falou sem querer incomodar.

– Oi véio! Senta aí...

Reginaldo apontou para o tamborete de couro de bode encostado no tronco do oitizeiro centenário que ele puxou pra perto do círculo.

– Esse menino tem cada uma? – Dona Benta enxugava as lágrimas que escorreram de tanto rir – Como está, Lira?

Lira falou com os amigos e acendeu um cigarro Free jogando uma baforada de alva fumaça para os céus.

– Boa noite dona Benta!... – olhou para o rosto bondosa da velha amiga – Calorão esse, né?

– Já jantou? – perguntou sabendo que Lira não deixaria por nada o mexido de ovo com carne seca que servira no jantar – Vai lá dentro, ainda tem aquele mexido que tu tanto gostas...

Ele não se fez de rogado. Levantou e apressou os passos já sentindo o gosto gostoso empapando o hálito.

– Lá vem o chato!

Nem precisou olhar pra traz para saber quem lhe falava.

– E aí, princesa! – falou baixinho sabendo que ela sorria – Como foi o dia...

Não parou sequer para ter certeza que ela lhe havia escutado, sabia lá no fundo que Simone, de alguma maneira, tinha compreendido o que falara.

– Óia eu de novo! – riu pra morena baixinha que lavava as louças – Cadê meu prato!

Raimunda virou para ele e balançou a cabeça divertida.

– Tinha certeza que o senhor não ia perder... – enxugou as mãos no avental encardido e pôs um prato em sua frente – Viu dona Simone?

Alem dele, Raimunda era a única que sabia da verdade.

– Vi não! Só escutei ela me chamar de chato... – colocou algumas colheres do frito no prato – Tô ficando de saco cheio com essas coisas – murmurou.

Raimunda voltou para a pia e continuou lavando os pratos.

– Liga pr’essas coisas não, seu Lira – olhou para a porta da cozinha com medo de aparecer alguém – Tenha paciência, seu moço. O senhor sabe que ela fala isso é da boca pra fora.

Ele continuou degustando a iguaria de dona Benta e não olhou para a morena ainda com uma ponta de vergonha por saber que a garota sabia de tudo.

– Óia! Foi só ela escutar sua voz pra mudar de vez e correr pro quarto... – olhava para ele e sentiu um tiquinho de pena – Tá sassariqueira... Outro dia vai dar certo, só basta o senhor ter um tiquinho de malícia prumode saber da hora do bote...

Lira terminou, bebeu um copo d’água e levou o prato pra pia.

– Esquece isso Raimunda... Esquece isso...

Raimunda recebeu o prato e sorriu faceira.

– Eu num tinha nada que ir pro quintal naquele dia... Discurpa, seu Lira... Se soubesse...

Ele saiu ligeiro da cozinha com medo que ela continuasse aquela conversa e deu um esbarrão na garota que escutava escondida no desvão da porta.

– Merda! – Simone tentou disfarçar – Desculpa Lira... Tava indo beber um copo d’água...

Ficou parada aninhada nos braços dele e sentiu a mesma zonzeira daquela noite detrás do galinheiro.

– Nada... Nada... – Lira sentiu que a respiração da garota estava acelerada e teve vontade de estreitá-la nos braços a acarinhar o rosto bem feito e o corpo modelado – Tava com saudades... – sussurrou baixinho.

– A vó pode aparecer... – a voz melodiosa não exprimia ansiedade e nem a raiva que tentava passar todas as vezes que se cruzavam – Deixa eu ir...

Lira ainda teve coragem de apertá-la nos braços e sentiu o frescor da pele e o aroma dos cabelos lhe invadindo antes de soltá-la.

– Quando vocês vão? – perguntou ainda com ela apertadinha a seu corpo.

– Sei não!... – respondeu sem querer que ele lhe soltasse – Acho que semana que vem – se afastou a contragosto – E tu? Quando nos visita?

– Um dia... Talvez antes do fim do mês dou um pulinho pra te ver...

– Simone! – escutaram a voz de Reginaldo chamando – Cadê o Lira?

Saiu andando ligeiro arrumando o cacete que endurecera, arrependido de haver abraçado a garota. Simone ficou parada, encostada na parede caiada, sentindo o corpo formigar.

– Tava uma delícia, dona Benta! – falou puxando o tamborete – Até parece que adivinho! – sorriu e aceitou o copo de cerveja que Reginaldo lhe estendeu.

Aos poucos foi entrando na conversa e sorriu alegre doas piadas do amigo enquanto entornava os copos de cerveja gelada. Rosângela, a mulher do amigo, também resolvera acompanha-los na cerveja costumeira do início da noite.

– Pegava bem um peixinho na beira do rio! – sugeriu sabendo que não custaria nada um ou o outro fazer o convite – Topa Lira?

Claro que topou.

– Cadê a Simone? – Reginaldo perguntou pela filha que ainda não tinha voltado da cozinha – Convida ela?

Rosângela tomou mais uma golada antes de levantar e entrar. Seu Manoel e dona Benta deram uma desculpa qualquer e declinaram o convite.

– Vamos lá véio? – Reginaldo levantou recolhendo os copos e os cascos de cerveja – Vou dar uma mijadinha...

O casal de velhos também entrou, Lira ficou só, fumando e pensando em como faria para voltar a encontrar com a garota e recostou no tronco do oitizeiro dando baforadas.

– Tu também vais? – se espantou e quase cai e ouviu o risinho da garota – Tavas voando?

Virou e viu Simone vestida na mesma roupa daquela noite.

– Se tu fores, eu vou... – sorriu para ela.

– Tu vais com o papai ou no teu carro?

– Tu vais comigo? – encheu-se de esperança.

– Tu ta doido, cara... Mamãe pode desconfiar... – sentou na cadeira de macarrão e encruzou as pernas deixando à mostra uma pontinha da calcinha cor-de-rosa – Vou com o papai...

Ele estremeceu de tesão e grudou o olhar nas pernas da garota.

– Tu és mesmo muito saliente... – riu e tapou a visão estonteante com a mão – Parece até que nunca viu um fundilho...

– O teu é especial... – arriscou um galanteio – Me leva pra nuvens!

Ela sorriu deliciada e contente, consigo mesma, por saber que ele ainda a desejava com ardor, quase um tantinho de masoquismo em fazer o amigo do pai se encher de tesão. Um clima de perigo e um desejo meio maluco bateram, tal um diabinho corroendo as entranhas.

– Tu tens coragem? – perguntou sem tirar o olho do rosto dele.

– De que? – respondeu sabendo do que ela perguntou.

– E se o papai descobrisse?

– Que tem?

– Não sei... Mas...

– O que?

– Nada!... Esquece! – abriu as pernas antes de se levantar em um pulo magistral como se tivesse molas e riu gostoso com o espanto estampado na cara de Lira – Não sei se tenho coragem...

A visão, mesmo passageira, das beiradas lisas da xoxota semi aberta em sua frente lhe encantou e ficou sem ação. Ela voltou a sorrir e correu para dentro.

Lira voltou a encostar-se no tronco e puxou, com a mão trêmula, outro cigarro, esquecendo o aceso entre os dedos.

– Vamos lá? – Reginaldo apareceu abraçado com a filha.

– Esse chato também vai? – Simone olhou séria para ele, desfazendo aquele clima ameno de há poucos instantes – Pensei que só ia a gente!

Rosângela apareceu.

– Não sei o que tu tens contra o Lira? – ralhou com a filha – Se tu não parares com essas coisas, é melhor que fique em casa!

– Vamos no meu carro! – Reginaldo deu por encerrada a discussão e entrou no carro – Vamos lá véio!

Rosângela entrou na frente e abriu a porta de traz. Simone se encurvou, arrebitando a bunda mostrando que a calcinha estava toda enfiada na regada, olhou para traz e sorriu baixinho da cara que Lira fizera. Sentou colada na porta e esperou.

– Como é, seu chato! Não vai entrar?

Lira entrou quase que com medo de ficar sentado perto da garota.

– Fasta pra lá! Não toca em mim! – encenou uma falsa repulsa.

– Simone! – Reginaldo olhou para traz para repreende a filha.

– Nada não, Regis! Ela só tá brincando, não é mesmo Simone? – apressou em quebrar o clima – Deixa que eu dome essa oncinha! – riu sabendo que a garota adorava se divertir com o aperreio dos pais.

Simone olhou para Lira e fez bichinho só pra aperrear.

O percurso até o barzinho à beira do rio foi um silêncio só, carregado de uma tensão palpável, mas sem outras provocações da garota. Escolheu uma mesa afastada do som estridente – característica da cidade – na tentativa de um papo gostoso. Pediram peixe frito, cerveja gelada e coca-cola para Simone que sentara de frente para Lira só pra mexer, ainda mais, com ele.

Ficaram, bebericando cerveja gelada, até quase nove horas.

– Posso ir na casa de Maria Clara? – Simone cortou a conversa.

– A Sheila sabe que tu vais lá? – Rosângela estranhou o pedido da filha – Tá tarde, filha...

– Tá um papo de velho! – reclamou – Pelo menos lá tem gente da minha idade!

Aceitaram o argumento da garota e deixaram ela sair.

– Quando chegar lá, ligo pro teu celular! – beijou a cabeça do pai e da mãe.

– Deixei o celular lá em casa – lembrou – O teu taí Lira?

Estava.

– Não vou ligar pra esse chato! – emburrou fingida.

– Simone! – Rosângela lançou um daqueles olhares que mais parecia uma chispa de raios...

– Tá bom! Ligo pr’esse chato... Tchau!

Saiu sem se despedir de Lira que sentiu um certo alívio em tê-la longe. Retomaram a conversa esquecendo da garota. Pediram outras cervejas antes que o celular tocasse.

– Pronto! – Lira atendeu sem identificar o telefone de origem.

– Vens me buscar? – era ela – Liga pro meu celular quando estiveres saindo...

Ele gaguejou sem saber o que responder, ela deu uma gaitada gostosa imaginando o aperreio dele.

– Passa pro papai! – pediu antes que ele conseguisse responder – Me liga! – esperou que o pai respondesse – Oi paizinho... Vou dormir aqui!

– Por mim, tudo bem... – olhou para a esposa – Mas fala com tua mãe...

Lira não acreditou naquilo tudo, vai ver é mais uma maluquice da garota, pensou.

– Mãe? A senhora deixa eu dormir na casa da Goreth?

– Por que essa agora? – Rosângela estranhou ao saber que Simone estava na casa de Goreth – Tu não ias...

– Resolvi vir aqui... – cortou antes que a mãe falasse sobre a tia – Não diz pro papai que estou aqui, tá? – sabia que o pai não ia com a cara da amiga da mãe.

– Tá bom! Ela taí? – perguntou disfarçando.

– Tá não! Deu uma saída... Deixa, vai?

– E teu pai?

– Vou dizer pra ele que estou na casa da tia... A senhora deixa?

Apesar das discussões constantes, Rosângela não sabia dizer não.

– Tá bom! Amanhã a gente fala... Quer falar com teu pai?

– Não... Deixa eu falar com o chato!

Quis brigar com a filha, mas viu que não adiantava nada e passou o telefone para Lira.

– Tu tens coragem? – perguntou quando ele falou e não deixou que ele respondesse, desligou o telefone.

Reginaldo e Rosângela voltaram a falar, animados, quase se esquecendo da filha. Lira ficou um instante pensativo.

– Que foi? – Rosângela prestou atenção ao amigo – Ela fez alguma?

– Não... Esquece essas besteiras, ela faz isso só pra me chatear...

Quase onze horas quando pagaram a conta e saíram. Reginaldo colocou o carro na garagem e Lira se despediu ainda sem saber se teria coragem de fazer o que Simone havia planejado, se é que ela tinha tido o cuidado em planejar alguma coisa. Entrou no carro, deu marcha ré e saiu em direção à praça falando que ia comprar cigarro antes de voltar para casa.

– Alô? – era Simone ao telefone – Tu não vens?

Parou o carro debaixo da amendoeira ao lado da igreja sentindo um arrepio correndo o corpo.

– Tô te esperando...

<blockquote><i> Desligou o telefone em sua cara e ele ficou ouvindo o toque irritante da campainha. Estava nervoso com medo de seguir avante. A praça deserta e as lâmpadas dos postes arrodeada pela aureola da friagem não lhe davam coragem, acendeu um cigarro que fumou com avidez. Ligou o carro e jogou a bagana que resvalou no banco da praça e caiu entre as flores vermelhas da jardineira bem cuidada. Dirigiu, lerdo, em direção à rua do banco, na esquina parou e espiou para ver se não tinha algum transeunte ainda pela rua. Ninguém. Olhou o relógio do painel, quase uma da madrugada. Engatou a primeira e seguiu, devagar, até a esquina antes da casa amarela com janelas envernizadas onde uma luz iluminava a porta pesada. Freou e escutou o batuque do coração reverberando no peito e enchendo, o vazio do carro, com o som tétrico de seu pulsar. Desligou a ignição e mirou para a o terraço minúsculo, antes de abrir a porta e sair, vacilante, em direção ao portão de ferro batido. Parou e esperou que a mão parasse de tremer antes de abrir o ferrolho. Caminhou, agora decidido a ir até onde desse, até a porta pesada onde bateu, leve, com as juntas do dedo.</i></blockquote>

– Espera... Saio já! – escutou a voz baixa da garota e viu a luz ser apagada.

Afastou um pouco e ficou esperando. Não demora muito, ela sai com um sorriso maroto alumiando o rosto bonito. Passou por ele sem falar nada, entrou no carro e esperou.

– Vamos pra onde? – perguntou quando ele entrou – Pensei que tu não vinhas?

– Quase não vim mesmo! – confessou ainda sentindo uma certa indecisão – Tu és maluca, garota... – riu baixinho.

Ligou o carro e dirigiu sem saber que rumo seguir. Foi em direção à estrada de rodagem e parou em um local escuro, ela tinha acendido em cigarro.

– Pra onde vamos? – perguntou tirando o cigarro da mão dela.

– Pra tua casa? – foi mais uma sugestão que uma pergunta.

Não! Sua casa não dava, não tinha garagem e a vizinhança parecia jamais dormir. Não era seguro arriscar ser motivo de fofocas principalmente tendo Simone consigo.

– Melhor te deixar em tua casa... – falou trêmulo.

– Tu é quem sabe...

Voltou a ligar o carro e resolveu dar uma volta antes de levar a maluca para casa. Andaram até a praça do Coronel, fora da cidade, onde sabia não ter ninguém àquela hora. Parou, desligou a luz e ficou satisfeito pela companhia de luz não ter reposto as lâmpadas queimadas do lugar. Saiu do carro e recortou-se no capô e olhou para o céu estrelado. Simone saiu e se encostou nele, obrigando-o abri as pernas.

– Tá bonita a noite... – ela falou sentindo os pêlos eriçarem com o vento frio que soprava – Nunca vim aqui à noite...

– Venho sempre aqui... só! – apressou em dizer – É de onde a cidade fica mais bonita nas noites de lua.

Passou os braços sobre o corpo da garota que se aninhou a ele. Ela respirava descompassado e ele sentia tremer as pernas. O perfume, que exalava do corpo de Simone, quase o fazia desfalecer de tanto desejo, ela também fremia em sentir-se tão perto dele e acarinhou as mãos que lhe enlaçavam.

– Desculpa por falar aquilo de ti... – falou baixinho – Mas não posso dizer pra eles que te quero...

– Sei disso... Também não sei como explicar o que sinto por ti... – beijou a cabeça perfumada – Isso é loucura...

Simone fechou os olhos lembrando de como tudo começou, quase uma brincadeira vulgar que tomou formas não esperadas.

– Tu sabes como eu comecei a te querer? – perguntou ainda com os olhos cerrados.

– Não! – realmente não tinha certeza de como aquilo começara, no princípio pensou que era só de brincadeira que ela se insinuava – Como foi?

<Center><tt><b> Sexta-feira, 21 de fevereiro de 2003</b></tt></center>

<blockquote><i> Ela riu baixinho e volveu o pensar para o carnaval do ano passado até chegar no sábado quando se arrumava para sair no bloco. Ele tinha bebido o dia todo com o pai e os tios em um churrasco no quintal da casa dos avós, lá pelas quatro da tarde o pai saiu e foi tomar banho e ele estava deitado no quarto dos fundos quando ela entrou para fazer xixi no banheiro. Ele não a viu entrar, ela notou. Quando saiu ele estava com os olhos fechados e ela resolveu sacanear com ele.</i></blockquote>

<i>– Me ajuda aqui? – pedira ficando em pé ao lado da cama.

Lira abriu os olhos e se espantou ao vê-la parada, de costas, segurando o sutiã amarelo rendado da fantasia. Sentou na cama e esfregou os olhos ainda sonolentos pela bebida ingerida desde cedo.

– Desculpa! – gaguejou – Não sabia que tinha alguém nesse quarto.

Ela sorriu deliciada com o susto dele e virou, de frente para ele, soltando a fita branca deixando cair o sutiã e mostrando os seios morenos empinados e bem feitos, ele engoliu forte e espantado.

– Nada não... Quando entrei tu estavas dormindo!

Ele olhava, abasbacado, os seios bonitos da garota que não parava de sorrir, faceira, com a molecagem que armara.

– Hei! A porta está aberta! – olhou para a porta escancarada enquanto ela tapava os seios com as mãos espalmadas.

– Então fecha! – falou querendo continuar com o joguinho que iniciara sem perceber que o espanto o pregara na cama.

Simone foi até a porta e fechou passando a chave. A bebida tomada às escondidas enovelava os sentidos e criava uma sensação de risco apimentando ainda mais o jogo. Ele ficou, sentado e inerte, sem saber como agir.

– Que foi? Ficou mudo? – encostou-se à porta e tirou, de vez, a peça de roupa – Parece que ficou muito pequeno! – olhou para o sutiã fingindo medir – Tu não achas?

Para ela, com os sentidos trespassados pelo álcool, era só uma brincadeira com o melhor amigo do pai a quem conhecia desde que se recordava como gente. Olhou, pelo canto do olho, e viu que ele estava inquieto.

– Me ajuda aqui? – voltou a pedir e caminhou para ele, parando há poucos centímetros de seu rosto – Tu não achas que vai ficar muito depravado?

Ele olhava fixo para o bico do peito esquerdo da garota e sentiu o doce aroma lhe tomando por assalto. Ela sorria deliciada com o efeito sobre ele e aproximou mais ainda, quase tocando em seu rosto. Ele respirava descompassado quando lhe abraçou e lambeu o mamilo esquerdo, ela sentiu o corpo arrepiar e fechou os olhos adorando a língua áspera roçando a pele.

– Ah! – suspirou.

Ele abriu a boca e sugou o mamilo passeando a mão nas costas ponteada por milhares de montículos dos pêlos arrepiados.

– Ah! – voltou a suspirar com os olhos cerrados e abraçou a cabeça loira pressionando a si jogando o peso do corpo, em direção a ele.

Lira parecia viver um sonho mavioso nunca antes imaginado ser possível e não se deixou abater pelo sentimento de culpa que cruzou a mente quando ela tirou o sutiã e deixou os seios soltos à sua frente. Continuou abraçado a ela e não se importou quando ela caiu sobre ele e ficou deitada. Com carinho virou para o lado fazendo Simone rolar para a cama. Ela continuou de olhos fechados e suspirou, agoniada, quando as mãos macias e experientes passearam em seu ventre até tocar, de leve, na calcinha de seda amarela sob o saiote plissado, da mesma cor. Entreabriu, de leve, as pernas deixando mais espaço para que ele a explorasse antevendo o que poderia acontecer dali para frente.

– Tá gostoso... – ronronou baixinho – Tá gostoso... – repetiu com a voz suave de quem perdera a consciência e enveredara pelos caminhos do prazer.

Ele continuou, sem se importar com os sinais de alerta que zuniam na mente inebriada, e puxou o cós da peça minúscula descortinando o biquíni branco onde uma risca úmida marcava o sexo virgem da garota. O cacete rijo doía dentro da bermuda jeans quando ele passou para entre as pernas bem torneadas.</i>

<blockquote><i> Foi aí que Simone despertou para o jogo que, infantilmente, iniciara e tremeu invadida pelo pavor insano do que ele poderia querer fazer. Mas não faz nada para impedir que ele baixasse o biquíni e visse a vagina depilada, apenas ficou alerta para o que ele faria consigo e continuou a gemer, suspirando de prazer.</i></blockquote>

<Center>─────────────────────────────────────────────────────</Center>

<center><b>Para melhor entender esse relato, leia os episódios anteriores</b></center>

<blockquote><tt>Episódio 01: O chato</tt>

<tt>Episódio 02: O Sítio</tt>

<tt>Episódio 03: Instituto do instinto</tt>

<tt>Episódio 04: Simone vai ao mato</tt>

<tt>Episódio 05: Desencontros</tt>

<tt>Episódio 06: Encontros e surpresas</tt>

<tt>Episódio 07: Uma noite para Sheila</tt>

<tt>Episódio 08: Sonhos e prazer para Sheila</tt>

<tt>Episódio 09: Maria, vida sem vida</tt>

<tt>Episódio 10: Isaurinha</tt></blockquote>


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