Difícil de esquecer

Um conto erótico de Di Ponti
Categoria: Homossexual
Data: 15/12/2008 05:20:39
Última revisão: 02/12/2010 06:55:50
Assuntos: Homossexual, Gay

Migrar de uma cidade média do interior paulista para a capital foi o primeiro passo do meu plano ambicioso de um ser um importante executivo, como era comum dizer no início dos anos setenta no maior centro empresarial da América do Sul.

Para um garotão de bela estampa no auge da prepotência que meus dezessete anos de vida permitiam e com a influência dos meus pais, professores universitários, foi possível conquistar uma vaga de estagiário em uma importante empresa multinacional. Paralelamente fazia cursinho preparatório para o vestibular de administração de empresas na Getúlio Vargas e dava continuidade aos meus treinos de natação que me proporcionaram um corpo bonito, harmonioso e sem os exageros dos bombadões de hoje.

Meu primeiro dia nessa gigante multinacional me assustou um pouco. Acostumado ao aconchego da minha cidade onde todos me conheciam e me mimavam, a frieza e impessoalidade daquele ambiente me deixaram bastante entristecido. Sentia falta dos meus pais e dos amigos para comentar coisas pessoais, ouvir conselhos, desabafar. Conversas formais de assuntos técnicos na empresa, aulas estafantes à noite no cursinho, natação às seis horas da manhã e novamente estava eu lá na empresa onde cada vez mais me destacava pelo desempenho brilhante.

O tempo voou. Com dezoito anos já frequentava a faculdade de administração, participava das reuniões de diretoria da empresa e caíra nas boas graças do vice-presidente. Passamos a correr juntos no parque do Ibirapuera no final das tardes, a frequentar barzinhos e cinemas. Ele era meu amigo, mesmo sendo quase vinte anos mais velho do que eu. Passei a frequentar e às vezes até a dormir em seu luxuoso apartamento nos Jardins, onde morava sozinho. Contava-me suas estripulias de adolecente com as garotas, zombava do assédio das executivas e secretárias da empresa que davam em cima do bonitão rico, simpático e influente. Sim, ele era um homem bonito e charmoso, bem humorado e inteligente. Nasceu na Alemanha e há catorze anos vivia aqui. Gunther, esse era seu nome, falava um português perfeito, sem nenhum sotaque graças à sua mãe que era brasileira.

Não estranhei e até gostei quando, após nossas corridas no parque, passou a me fazer uma massagem relaxante. E muito excitante. Adorava quando sua mãos comprimiam minhas nádegas e seus polegares aproximavam-se do meu ânus. Dei-me conta que nunca havia me interessado por nehuma mulher. Tampouco, nenhum homem chamara minha atenção. Vivia bem assim.

Agora vire-se com a barriga para cima. Morreu de rir quando notou minha ereção por debaixo do short. Morri de vergonha,mesmo diante da naturalidade com que esse nórdico encarava a situação. Sim, com naturalidade falou-me sobre relacionamento, afetividade e até amor entre homens. Há trinta anos e para um caipirão de dezoito esse tema foi surpreendente, algo novo e muito interessante que me fez lembrar a infância quando brincando de médico com primos e amiguinhos, fuçando aqueles furiquinhos róseos e aqueles pintinhos pueris já estávamos botando pra fora nossa sexualidade. Era um desejo inocente dessa fase da vida em que ainda não temos bem definido em qual sexo vamos atuar.

Fui me soltando aos poucos e logo passei a retribuir a massagem e pude sentir também a excitação que meu toque provocava no Gunther. Assimilei tão bem a naturalidade da situação que, em dado momento, segurei por cima do short o enorme volume e afirmei: isto mais parece uma arma medieval. Gunther rachou o bico e respondeu ele é grande mas muito carinhoso, só causa prazer. Eu tinha certeza disso e estava louco para experimentar mas cadê coragem?

Na faculdade professores todos solenes explanavam importantes teorias sobre sei lá o quê enquanto minha memória me presenteava com a lembrança daquelas mãos acariciando ousadamente minha região perianal e eu instintivamente afastando as pernas e empinando um pouco minhas nádegas. Eu não tinha nenhuma dúvida que queria que algo invadisse meu ânus e ao mesmo tempo tinha medo, vergonha, não lidava bem com isso e meu amigo sabia disso muito bem. Ele estava me dessensibilizando, me preparando para aquilo que nós dois desejávamos. E estava se saindo muito bem. Cada vez mais eu me desinibia e cada vez mais me arreganhava para ele. Só faltava o desfecho final.

Época do Natal, festa de confraternização da empresa num lugar chiquérrimo só para a cúpula de privilegiados da qual eu fazia parte. Notícia bombástica : Gunther seria o novo presidente da empresa. Aplausos, hip,hip,hurra! Ela sempre foi muito querido por todos. Chorei (de verdade!) de alegria e orgulho desse meu amigo. Abracei e beijei fraternalmente e senti seu rosto tabém molhado pelas lágrimas. Acho que eu fazia um pouco o papel da família sobre a qual ele nunca mencionou. A festa continuou com muita champanhe e whisky rolando solto e meus neurônios embebidos em álcool me traiam dando coragem para cochichar ao Gunther que estava precisando uma massagem daquelas. Ele ria muito do meu pilequinho. Sem condições para dirigir, aceitei a carona que me ofereceu e rumamos para seu apartamento. No caminho, acariciando minhas coxas, falava-me sobre os efeitos desinibidores do álcool.

De fato, nesta noite me sentia à vontade para externar meus desejos. Estava claro que eu queria contato com o corpo do meu novo presidente e esse ato físico já não me assustava como antes. Uma ducha morna aguçou minha vontade de sentir aquele corpo junto do meu. Na cama espaçosa ele só de cuecas parecia adormecido. Admirei aquele Apolo estirado na minha frente e senti uma ponta de orgulho por fazer parte de sua vida. Eu gostava muito dele. Sentei-me a seu lado e minha mãos acariciaram seus cabelos loiros, seu rosto harmonioso, seu peito musculoso. Segurei sua cabeça com as duas mãos, beijei-lhe a testa e sussurrei parabéns meu amigo. Fui puxado de encontro ao seu rosto e recebi um beijo na face. Retribuí com um beijo nos lábios. Seus olhos se abriram, nossos lábios se colaram, os olhos novamente cerraram-se. Deitei-me sobre ele abraçando e sendo abraçado, os beijos percorrendo a face, pescoço, tórax. Senti um volume pulsando na minha barriga e deslizei sobre seu corpo até ficar frente a frente com um pênis rijo cuja extremidade saia para fora da cueca. Enorme, assutador mas excitante, provocante. Gunther elevou a cabeça, baixou a cueca e conduziu minha cabeça de encontro à glande brilhante. Inexperiente, tentei não machucá-lo com meus dentes mas não sabia bem como fazer aquilo. Como se chupasse uma bala murmurou. Basculava os quadris fazendo seu pênis entrar e sair de dentro da minha boca enquanto gemia de prazer e acariciava meus cabelos. Em dado momento rolou seu corpo por sobre o meu posicionando-se de modo que aquele enorme pênis roçasse meus ânus. Iniciou uma discreta pressão para me penetrar, mas nesse momento, apesar de toda minha excitação, percebi que não aguentaria aquele mastro me rasgando para satisfazer meu amigo. Meu ânus estava contraído e eu com medo. Para meu alívio aqule homem maravilho percebendo minha dificuldade, passou a lamber e chupar meu rabinho com muito carinho. Afastou minhas nádegas e com sua lingua invasiva penetrou pela primeira vez o meu cuzinho que agora começava a dilatar como que pedindo mais. Sentindo isso, meu parceiro introduziu uma ponta de dedo e percebeu minha excitação. Empinei a bunda, afastei bem as pernas e recebi por inteiro aquele dedo grosso num movimento de vai e vem, depos foram dois e depois três dedos que me invadiram o já dilatado ânus. Fiquei admirado comigo mesmo por estar consentindo esses atos que tanto temia. A vontade de ser penetrado era indisfarçavel. Já estava em posição de prece maometanacom o quadril bem erguido, os ombros encostando no lençol e as nádegas escancaradas. Desejei e esperei muito por este momento, sussurou . Quer que eu te penetre agora?. Como resposta empinei ainda mais a minha bunda e ele se posiciou em pé na cama e com os joelhos semi flexionados começou a me enrabar lentamente. Primeiro a glande, que me fez urrar no travessiero e trancar as nádegas até a dor passar e o ânus acolher aquela cabeça grossa como uma bola de bilhar e me sentir arregaçado. Posso empurrar mais um pouco? Você aguenta? Ninguém havia me ensinado, mas instintivamente estiquei os braços para trás e com as mãos abri ainda mais minha bunda para que ele pudesse empurrar aquele pauzão até onde quisesse. Entendeu o recado e enterrou a vara no meu rabo e começou um entra e sai gostoso, me deixando alucinado.

Gozei forte e prolongadamente, sem ao menos tocar meu pênis. Senti as mãos dele erguendo meu dorso e me colocando semi-sentado em sua vara que me penetrou ainda mais. Agora você vai mexer sua bunda bem gostoso e me fazer gozar dentro de voce. Apoiei os joelhos na cama e fiz com que o pênis entrasse e saísse do meu cuzinho cada vez mais rápido. Estava adorando a situação, curtindo muito a sensação de de estar fazendo um macho ter um orgasmo por minha causa e dentro de mim. Subitamente abraçou-me apertado, sua boca procurou a minha mesmo estando por trás de mim e senti todo seu corpo tremer prolongadamente e depois amolecer como um boneco sem vida e caindo para o lado levando-me junto e sem retirar seu pau ainda rijo do meu cuzinho. Pensei que ele adormeceria, porém pôs-se a me acariciar e beijar ternamente minhas costas, minha nuca e minhas mãos. Senti que estava junto de alguém que gostava muito de mim.Sentia o mesmo por ele. E sentia também que aquele membro, totalmente enfiado no meu ânus, ainda estava rígido e iniciava um movimento de cópula bem lento mas mostrando vigor. Novamente me virou de bruço e ajoelhado entre minhas pernas admirava aquele mastro desaparecer dentro do meu rabinho. Eu estava adorando a penetração e me decepcionei quando ele tirou de dentro de mim. Vire-se de frente para mim e segure as coxas bem erguidas para trás. Acomodou um travesseiro sob minha bunda, pincelou vária vezes meu cuzinho dilatado e só então iniciou a penetração, com seus olhos azuis fixos nos meus e pedindo para eu me abrir ainda mais. Quando não havia nem mais um milímetro para entrar no meu rabinho ele se deitou sobre mim, abraçou-me e passou a beijar minha boca. Os movimentos se intensificaram, eu gemia de prazer e pela excitação de receber novamente dentro de mim um jato de esperma daquele homeme que eu tanto gostava. Para minha surpresa senti a mangueira sair do meu cuzinho e quando me dei conta ela estava roçando meus lábios. Entendi que deveria abocanhar aquela glande e tão logo o fiz fui surpriendido por um jorro de líquido quente, vicoso e de sabor indescritível. Engole tudo. O tom era carinhoso mas determinado. Sem dúvida estava diante de um homem, um macho maravilhoso, carinhoso, que sabia o que fazia. Sim, sabia mesmo. Sentou-se na beirada da cama com as pernas afastadas, posicionou-me de costas à sua frente, focou seu ainda muito duro pênis na entrada do meu receptivo ânus e passou a me masturbar enquanto lentamente eu ia agasalhando aquela vara cavalar sentindo a cada centímetro que entrava um prazer cada vez maior. Gunther beijava minhas costas e falava coisas do tipo voce é muito gostoso, seu cú é muito guloso e precisa de um cacete grosso e grande como o meu para satisfazê-lo . Gozei assim que os seus pêlos pubianos começaram a roçar minha região perianal. Abandonei-me em seu colo e lá fiquei até sentir que aquilo que me invadia as entranhas já estava pequeno permitindo que meu rabinho, por fim, se fechasse .

Dormimos, acordamos, nos beijamos. Era véspera de Natal e feriado na empresa. Do meu ânus, quase que involuntariamente, saia o esperma que recebera durante a madrugada. Naquela época não se falava ainda em vírus HIV. Era gostoso sentir o semem, albergar uma parte de quem se gosta dentro de si.

Formei-me, fiz pós graduação, vivi intensamente o sentimento que tinha pelo Gunther durante anos. Ele foi transferido para o México como presidente regional da empresa na América do Sul. Faleceu precocemente de infarto do miocárdio, apesar de ser atleta e vegetariano. Eu, conforme sempre almejei, tornei-me um alto executivo e ocupo - surpresa! - o cargo da presidência da empresa deixado pelo Gunther. Estou sempre de bem com a vida, sou rico, bonito e gostoso.Nunca mais tive nenhum relacionamento com outro homem simplesmente por não ter gostado ou desejado nenhum outro homem. Só gostei daquele. E como gostei !

Estou casado, tenho filhos e traço toda mulher gostosa que cruza meu caminho. Mas, se possível fôsse, faria tudo exatamente igual como fiz há trinta anos e qualquer coisa faria para ter aquele cara novamente junto de mim. De nada me envergonho, nem mesmo de chorar ao escrever estas linhas.

Fica aí com Deus, meu querido Gunther.


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Comentários

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30/01/2009 20:12:57
ÓTIMO
17/12/2008 17:45:29
Cara seu relato foi o máximo. Também vivi situação semelhante a 38 anos atrás. Hoje também estou casado. Mas de 10 anos para cá não resisti a uma situação na Cidade de Vila Velha-ES e maravilhosamente transei com um cara desconhecido num passeio a noite pela praia. Ele estave nu, com ereção, cheguei perto e abocanhei aquele cacete enorme. Tudo recomeçou ali, num oral. Só que sem a fidelidade do passado.
16/12/2008 09:01:09
Excelente... muito bem contado e excitante...
15/12/2008 10:58:35
Parabêns pela sau histório, sei exatamente oque você sentiu, já passe por uma situação igual a essa. nota 10
15/12/2008 10:23:48


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