Cedi, experimentei e gostei (republicação)

Um conto erótico de Sophia
Categoria: Grupal
Data: 30/04/2007 23:31:00
Assuntos: Grupal

Fred sempre foi um homem fascinante. Bonito, bem de vida, um humor fantástico, dono de uma inteligência incomum, e um amante capaz de esgotar a libido de qualquer mulher. Porém, incapaz de reconhecer a palavra fidelidade. Com ele, tive que apagar a palavra ciúme do meu vocabulário. Valeu a pena.

O fascínio por ele me fez tão submissa que eu topava suas maluquices. Assim, provei pela primeira vez o gosto de uma mulher. Foi uma experiência devastadora, paradoxal, antecedida de uma negociação tão intensa quanto excitante. Não que eu fizesse jogo duro. Tinha certo medo, mas queria experimentar. No fundo, sabia que ia ceder, embora, último minuto, quase tenha desistido.

A garota era linda, assustadoramente linda. Bastou um beijo, e foi ela quem me segurou o rosto e colou os lábios nos meus. O bastante para que aquela beleza se transformasse numa fonte de desejos incontroláveis e de prazeres especiais que ainda não conhecia.

Como por encantamento, sai do estado da indecisão, do medo, da vergonha e, obviamente, de inevitável repulsa para outro, infinitamente mais agradável, que fez minha alma formigar de tesão. Não sei quantas vezes gozei naquela tarde inesquecível. Só sei que nunca mais fui a mesma. Nem tanto por ter gostado de experimentar os sabores de outra mulher. Mas porque senti o doce e perigoso gostinho da transgressão de um jeito tão bom que me pareceu irreversível.

Não posso afirmar que os prazeres provocados pela transgressão são melhores ou piores que os chamados prazeres havidos pelo sexo “comum”. Nem quero fazer apologia da promiscuidade. Cada um sabe do seu cada um. Só posso afirmar que, pelo menos em mim, eles surtiram o efeito de uma tsunami, enfraquecendo e eliminando meus “antigos” valores ligados à moral sexual.

Quando Fred sugeriu – e isto é a pura verdade, porque jamais me obrigou a fazer nada – irmos para a cama com outro homem, fraquejei.

A garota, Fabi, passou a fazer parte da nossa rotina sexual. Trepávamos até mesmo quando ele estava ausente e foi ela que, de certo modo, que me conduziu a alma para não apenas aceitar a idéia, mas desejar realizá-la.

O problema é que eu amava Fred e, por algum mecanismo seletivo da razão, transar com outra mulher não era tão agressivo quanto fazê-lo com outro homem. Ele me bastava e meus desejos lésbicos eram apenas um delicioso plus que eu satisfazia com a nossa amiga.

Mas Fabi, como eu já disse, convenceu-me. Se fosse uma amiga comum, “careta”, talvez eu não acreditasse e encarasse a coisa como fruto de uma fantasia. Mas ela não tinha porque mentir. Estávamos na cama e já tínhamos gozado simultaneamente num sessenta-e-nove que me fez gritar de tesão. Começamos a conversar sobre suas experiências com dois homens. O entusiasmo dela, a franqueza com que detalhou a sua entrega incendiou-me tão violentamente que pulei sobre ela e só paramos de nos beijar e nos roçar quando o gozo explodiu. Ao gozar, tive a certeza de que já desejava, como uma doida, transar com dois homens.

A idéia não mais me saiu da cabeça e só de imaginá-la como algo que ia acontecer, minha calcinha inundava. Fred, porém, ficou um bom tempo sem tocar no assunto. Com vergonha, não tive coragem , eu mesma de dizer que queria. Mas ela, a coragem veio, em meio à uma trepada.

No desvario do tesão, confessei que aceitava a loucura dele. Fred, com sua experiência de devasso, começou a me perguntar coisas, a me inquirir e provocar, enterrando o dedo na minha bunda, simulando o pênis de outro homem, e foi concordando, confessando, admitindo fazer loucuras que meu orgasmo veio tão intenso que perdi os sentidos.

Meu amor por Fred, hoje fraterno, não foi em vão. Ele, como ninguém entendia a minha alma e os mecanismos que faziam aflorar meu desejo.

Desconhecidos, serão dois desconhecidos, ele disse. Quem? Perguntei. Você não quer foder com outros homens? Como assim? Serão dois. Dois? Sim, dois, comigo três. Isso é loucura. Acredita em mim, você vai gostar. Você me acha tão vagabunda assim? Acho, a mais vagabunda das vagabundas, a mais gostosa, a mais insaciável. E se tem uma coisa que me dá prazer é saciar você. Nunca me sentia ofendida com Fred. Ser chamada de vagabunda por ele, além de um elogio, me excitava.

A mente de Fred não tinha limites. Quando ele me falou como seria, minhas carnes tremeram de tesão. Fred convenceu-me que uma das coisas que, em determinadas situações, atrapalham a sexualidade é o excesso de sentidos. Propôs que eu abrisse mão da visão, pois ficaria livre do constrangimento dos olhares e de interpretações equivocadas, capazes de esfriar a libido. Tinha sentido. Eu usaria o tato, o olfato, o paladar e, muito pouco, a audição. Quis saber se “depois” eu poderia vê-los. Fred sorriu, e disse que achava que não sabia. Decidiria na hora, embora achasse que iria perder a graça.

Eu estava no quarto, apenas de calcinha e já vendada, esperando-os chegar. Segundo Fred, a venda, minutos antes, era necessária para eu acostumar-me à escuridão e aguçar minha imaginação. O filho da puta tinha razão. Meu tesão era tanto que quase me masturbei para acalmar.

Fred entrou no quarto e me pegou pela mão, levando-me á sala. Não ouvi vozes, apenas a música, um jazz antigo e provocante.

Por lógica, senti-me no centro da sala, onde, em tese, haveria de estar três homens que, pela mesma lógica, iriam me comer. Sou do tipo que se excita com alguma facilidade, graças aos Deuses, mas preciso me tocar ou ser tocada para meu sangue ebulir e o tesão me tomar. Acho que se tudo tivesse terminado ali, só aqueles minutos ou segundos no meio da sala, seminua e vendada já teria valido a pena: jamais sentira um tesão tão intenso e estava prestes a gozar.

E gozei quando alguém tocou nos meus bicos, que doíam, latejantes, e na minha buceta. Ampararam-me. Eram os dois, um de cada lado. Esforcei-me para permanecer de pé. Não me deram trégua. Aceitei o beijo, diferente do de Fred e abri as pernas para facilitar o acesso à mão nervosa que me vasculhava a buceta. Outra, sem pudor, alcançou minha bunda e meu buraquinho. Não saber como eram, quem eram, seus rostos foi assustadoramente excitante.

Não fiquei parada, claro. No tato, peguei no membro de um deles. Grosso, muito grosso e duro como pedra. A outra mão, não menos curiosa, acabou a chando o do outro. Também grosso, talvez menos que o primeiro, um pouquinho menos. Um friozinho gostoso desceu-me pela medula. Outro beijo, outra boca. Gostosa também de beijar. Dedos me fuçando, mãos nos meus seios, nas minhas coxas, dois paus duríssimos prontos para me devorarem, sem que eu pudesse vê-los.

Pressionaram minha nuca para baixo. Minha boca, cheia de saliva, era expectativa pura. Nunca tinha chupado pau sem vê-lo. Gosto mesmo é de ver a pica dura bem perto. Mas não vê-las (ainda mais duas!), aumentava meu tesão Quando a primeira tocou-me a face, num ato reflexo virei o rosto e abri a boca para que entrasse. Tomando por guia a perna do outro, alcancei-lhe o membro, puxando-o para perto da minha boca. Que outra vagabunda não faria o mesmo, senão o de oferecer sua boca aos dois? Tentei chupá-los ao mesmo tempo. Impossível, mas delicioso de tentar, de forçar, de me esforçar.

Se não estivesse com as duas mãos ocupadas, fatalmente estaria me masturbando e já teria tido mais um orgasmo. E Fred quase me fez gozar quando se plantou atrás de mim e passou a alisar meu buraquinho, enterrando o dedo aos poucos.

Quem seria o mais velho e quem seria o mais novo? Impossível saber e uma dúvida deliciosa. Eu sugava, lambia, tentava extrair informações que me levassem à conclusão qual o pau mais velho e mais novo. Loucura, eu sei. Uma doce loucura. Eram quase iguais, no tamanho e na grossura. Só a cabeça os diferenciava. Uma era mais proeminente, o que a fazia mais gostosa, sei lá.

Alguém besuntou meu buraquinho com lubrificante. Só podia ser Fred. Senti o geladinho gostoso. Senti um dedo e, logo depois, dois. Era Fred, ele sempre fazia isso. Gosto de foder por trás. Doa o que doer, eu gosto.

Puseram-me de quatro. Um dos homens sumiu do meu alcance e o outro se acomodou em frente a mim, metendo o pau na minha boca. Alguém colocou almofadas sob meus joelhos e outro alguém encostou o membro no meu ânus. Quem seria? Como ele seria? Branco, moreno, negro? Bonito? Ó dúvidas deliciosas!

A dor me trouxe para a realidade. Beirou o insuportável, das lágrimas saltarem. Mas é bom. Não sei por que, mas é muito, muito bom. Cheguei a babar, ofegante, com o pau do outro forçando minha garganta. Acho que, nestes momentos, sinto-me meio cadela, uma puta, vagabunda e isto me excita. E deixo. E quero mais. E peço mais. Arrepiada de dor, senti-me entupida. Fred sempre parava depois que enterrava tudo. Este, talvez menos experiente ou mais perverso, não parou, prolongando meu doce suplício por mais algum tempo.

Deliciosamente perdida entre o limite da dor e o do prazer, quase não me dei conta que minha boca enchera-se de leite. Engoli o que pude, mas boa parte perdeu-se, caindo no chão. Uma pena. É impressionante como a gente fica sem saber como administrar tantas fontes de prazer. Ainda que pouco, esperma que engoli pareceu produzir um efeito sedativo na minha bunda, diluindo a dor no ponto exato, e delicioso, em que fica gostosa. Mexi e pedi mais.

Outra vez um problema doido, quase insolúvel e deliciosamente perturbador: eu nunca tinha sido penetrada simultaneamente na frente e atrás. Foder gostoso, para mim, significa certa sincronia de movimentos, um vai-e-vem cúmplice, na mesma cadência. O ritmo do que me fodia a buceta era diferente do que me penetrava atrás. E durante vários momentos desta foda louca, fui tomada pela fantástica dúvida sobre qual eu acompanhava. Nunca me senti tão afortunada pelo tesão. Ora me concentrava no da frente ora no detrás. É algo absolutamente maluco. Prazeres diferentes, ao mesmo tempo. Em alguns momentos, quando a sincronia era perfeita, Deus do Céu, eu levitava.

Meu gozo veio, literalmente como o de uma égua, pois se não relinchei, pouco faltou, até cair num semi-desmaio desses que raramente acontece. O que me comia pela frente gozou. O outro, nem quis saber do meu estado e continuou me fodendo.

Voltei a mim com as estocadas e, agora, com uma boca na minha buceta e a dúvida sobre quem estava me chupando. Pensei em Fred. Cada homem chupa de um jeito. Não era ele. Este chupava quase igual, mas a voracidade com que sugava meu clitóris não era típica de Fred, que também gostava de linguar meu ânus. Este nem chegava perto. Certamente porque o outro ainda me enrabava. Alguém meteu a pica na minha boca. Era Fred. Reconheci pelo seu cheiro e o prepúcio áspero e volumoso, diferente dos outros dois. Rindo de mim mesma, descobri que começava a conhecer paus de olhos vendados. Um delicioso concurso que poderiam inventar, porque eu seria a primeira a se inscrever.

Gozei, claro, como uma louca, engolindo o leite abundante de Fred.

Levaram-me para o quarto. Fred me mandou subir na cama e me acocorar. Ainda estava zonza, mas não exausta. Queria mais. Um dos homens meteu-se por baixo de mim. Minha buceta, pingando, recebeu seu pau de um golpe só, profundo e quase doloroso. Gostoso. Acomodei as mãos no colchão. O instinto não falhou. O outro veio e enterrou-se no meu rabo, também num golpe só, porém mais lento.

Gozei sufocando meus gritos com pau do meu homem, desabando sem sentidos. Acordei horas depois, apenas com Fred ao meu lado.

Dos dois, que já tinham partido, nem nomes ou rostos. Talvez, numa hipótese remota, eu pudesse vir a reconhecê-los se tornasse a chupá-los, de olhos vendados.

A última trepada daquele dia, apenas com Fred, foi uma das mais memoráveis da nossa curta e deliciosa história.

Quem começa e gosta, não pára. Enquanto ficamos juntos, tivemos várias outras experiências. Nem todas foram boas. Mas a maioria foi inesquecível.


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Comentários

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31/07/2014 16:37:01
Parabéns. Muito bem narrado. A situação criada é extremamente erótica... foder vendada com tres homens... fico molhada de imaginar. Preciso fazer isso...
31/08/2012 11:12:15
Dodoi...este é o terceiro conto seu que leio e confesso, estou me tornando teu fã. vou ler todos os outros, adoro teu estilo inconfundível de narrar... gostaria que vc visitasse minha página e pudesse comentar os meus após os ler! nota dez se puder me adiciona?
06/06/2008 14:18:44
Sou novo por aqui, mas já percebi que, apesar de nem todos terem (ainda)a mesma habilidade pra escrita, existem outros com um talento fora de série. Você é uma delas. Parabéns! Porém peço aos colegas que dêem uma chance pra nós novatos também. Se só lerem os textos dos consagrados, não vai haver sentido continuarmos postando nossos contos. Agente não tem o mesmo talento mas, com um pouquinho de colaboração, agente aprende.
16/09/2007 18:10:14
Outra grande promessa deste sitio era a Thaisa Tutty, pena que deixou de escrever, ou escreve com outro pseudonimo. A conheceria pelo estilo, mas como não tenho tempo de ler tudo que aparece... ( E convenhamos, tem muito lixo para a gente ficar lendo tudo). Ultimamente já vou direto em certos(as) autores(as), e vez por outra arrisco em algum outro, de titulo sugestivo e sem erros. A maior parte das vezes sem fazer login. Mas parabéns à Dodói. Tem um estilo escorreito e interessante. Dá dor de cabeça na moçada que teve um aporte proteico, na infancia, insuficiente.
20/05/2007 00:05:46
Eu também! Gostaria de trocar muitas idéias tanto com você quanto com o Vertigo. Vocês dois são dos poucos ÍCONES do Casa dos Contos que permanecem na ativa e eu, confesso, sou grande admiradora dos dois.
16/05/2007 00:40:00
Verdadeira obra de arte sob a forma de palavras. Admiro muitíssimo o trabalho de Dödói. Se possível, gostaria de trocar idéias na esfera literária contigo: Será uma grande honra. Um grande abraço.
07/05/2007 21:32:11
Quem é esse mané Mondrogo? Dar zero num conto desses? Não queira bancar o espírito de porco. Denegrir o belo não vai te fazer mais bonito. Cresça!
Gazelinha
02/05/2007 16:03:41
Ma-ra-vi-lho-so...
Gazelinha
02/05/2007 15:59:45
Ma-ra-vi-lho-so...
01/05/2007 20:20:54
e assim nasce mais uma PUTA ... td bem k aceite as fantasias de seu corninho mas transar sem camisinha e sem ter o teste da aids deles é mesmo de PUTA ... ñ sei se vc se está dando conta mas está sendo a PUTINHA de seu corninho e ele está sendo seu XULO pk kem transa sem camisinha com desconhecidos é PUTA mesmo k aceita isso por mais um trocado .... mas em fim foi excitante
Dödói
01/05/2007 19:53:09
Admito: meu ego entra em alfa quando comentam meus textos com tanta generosidade. As críticas mais ácidas, coerentes ou não, são também motivo de júbilo e interesses meus. Com elas, aprendo ou tento aprender mais. A verdade, é quero ser lida. Apenas isso. Oferecendo, porém, alguma qualidade. Quanto ao comentário do Colle, sobre a camisinha, creio que ele tenha alguma razão, ou toda, no tocante à necessidade das pessoas protegerem-se. Entretanto, reservo-me ao direito de usar ou suscitar fantasias lascivas sem preocupar-me com interditos de pretensões "politicamente corretas". Enfim, não sou ninguém para dizer o que os outros devam ou não fazer para se protegerem. Aqui, trabalho apenas com simbolismos, alguns com tons autobiográficos, outros não, em que a lascívia (ô palavrinha docemente pecadora!) prepondera "acima" da realidade ou prática sexual de cada um. Apenas uma questão deliciosa de liberdade de fantasiar. Beijos a todos e obrigada.
01/05/2007 18:49:15
Tesão do princípio ao fim sem ser vulgar. Parabéns. 10 é pouco!
01/05/2007 14:29:44
Querida Sophia, eu adorei seu conto. Aí, você haverá de estranhar a noita que lhe dei acima. Como um oito se eu adorei? É que você cometeu uma falha (não como contista, mas como mulher): esqueceu-se das camisinhas... os caras eram desconhecidos, menina, você tinha que ter exigido isso deles!
01/05/2007 13:17:00
adorei seu conto, otimo, meus parabens, muito bom do começo ate o final, continue assim, nota 10
01/05/2007 09:43:45
Perfeito. Gostoso de se ler, mesmo pela segunda ou terceia vez. Se houvesse aqui uma "Academia", certamente você seria uma das acadêmicas, ao lado do Vertigo, do Alê e de poucos outros. Parabéns, do fundo do coração!
01/05/2007 00:35:37
adorei o seu contoparabéns, conseguiu traduzir em palavras muitas sensações. Continue contando tudo pra gente. Abraço, Lincoln


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