As festas de fim de ano eram uma época muito estressante para Bruna.
A principal razão era seu marido, Carlos Eduardo, ou Kadu. Ele era um bom homem; muito gentil e atencioso, mas com uma predileção pelo álcool, piorada pelo fato de ele ser muito fraco para bebida.
Foi o que houve na virada. Eles, junto de alguns amigos, fecharam um grupo em um hotel longe da cidade. Na ceia de fim de ano, Kadu pesou a mão no whisky e passou a noite discorrendo sobre o porquê do Grateful Dead ser a melhor banda de todos os tempos. Só parou de dar vexame quando Bruna o arrastou até o quarto do casal, onde ele apagou depois de tomar um banho e vomitar. Bruna ficou aliviada por por pelo menos seu vestido branco e folgado não ter sido sujado na palhaçada do marido.
Bruna era uma mulata de formas potentes. Alta, com cabelos pretos compridos e lisos, olhos verdes e lábios carnudos e sorridentes. As pernas compridas eram completadas por coxas grossas e uma bela bunda redondinha. Os seios médios eram outro destaque, que ela dizia que eram “o bastante para rechear um decote”.
Após a vergonha da noite, ela voltou e ficou com sua amiga, Roberta. Uma morena de cabelos ondulados compridos, rosto sério com olhos castanhos ferozes e lábios finos. Mesmo não tendo as pernas e a bunda iguais as da amiga Bruna, ainda chamava a atenção, principalmente pelos seios fartos.
As duas ficaram mais um tempo com os amigos até a festa começar a esvaziar. Após ser confortada por alguns amigos que viram a cena, Bruna se virou para Roberta e fez um pedido:
— Posso ficar com você essa noite?
— Tá tudo bem, Bruna?
— Sim. Só não quero ficar com aquele traste!
— Tudo bem, pode sim. Quer ir agora?
— Sim. Só quero passar no meu quarto e pegar umas coisas primeiro.
As duas se despediram dos demais e foram até o quarto de Bruna. Ela entrou e saiu rapidamente com uma pequena bolsa. Depois foram direto para o quarto de Roberta:
— Obrigada por me deixar ficar aqui. — Bruna disse com desânimo na voz.
— Não tem problemas. A cama é grande para nós duas.
Bruna deixou a bolsa no banheiro e voltou, abraçando a amiga:
— Tá tudo bem mesmo?
— … Eu só estou cansada daquele filho da puta ficar dando vexame o tempo todo. — Bruna respondeu estendendo os braços em direção à amiga. Roberta entendeu o recado e a abraçou.
Bruna deu uma boa olhada na amiga. Ela parecia bem infeliz.
Roberta ofereceu um pouco de água que ela havia deixado no quarto e Bruna aceitou. Após um gole, as duas se olharam novamente e Bruna se aproximou, beijando Roberta de surpresa.
— Bruna?! — O tom foi de surpresa e um pouco de reprimenda.
— Eu sei. Mas é sério, eu quero ficar com você. Quero ficar com alguém que me trata bem.
— Mas e o…
— Depois de hoje, ele que se foda!
Bruna deu mais um beijo na amiga e pediu licença. Roberta ficou confusa pelo que acabara de acontecer. Ela não gostava de Kadu, mas nem por isso ela se intrometeria na vida dos dois.
Quando a amiga surgiu de dentro do banheiro, qualquer objeção moral que Roberta tinha foi pro caralho.
Bruna voltou com uma lingerie branca que deixou Roberta babando. Um conjunto completo de calcinha, sutiã e cinta-liga formado por tiras de tecido ligadas por aneis dourados que cobriam as partes mais “estratégicas” além de tiras que se prendiam ao redor de suas coxas. A cor branca fazia um contraste lindo com sua pele negra.
— Vem me fuder. — Bruna disse em um tom carinhoso ao pé do ouvido da amiga. Ela levou Roberta até a cama e a empurrou gentilmente, até ela se sentar. Então deu uma reboladinha sensual para mostrar a parte de trás. A calcinha deixava metade da bunda a mostra. Roberta se aproximou e tirou a peça arrancando suspiros da amiga.
Bruna fez uma última safadeza antes de se virar. Ela tirou o sutiã e jogou a peça na cama, revelando que a peça era na verdade duas, uma que havia sido tirada e um arnês que destacava seus seios. Era uma imagem extremamente sensual e fetichista.
As duas se deitaram e Bruna tratou de deixar Roberta sem roupas. Ela foi direto para o ponto fraco da amiga, os seios fartos, fazendo Roberta gemer e pedir mais:
— Aaaah caralho! Não para não, Bruna!
A mulata atendeu o pedido da amiga e continuou a mamar. Uma das mãos desceu lentamente até a buceta de Roberta, que já estava molhada.
—Assim! Continua!
Roberta gozou com um gemido alto. Bruna veio ao seu lado com um beijo e um abraço, pedindo para ela descansar, pois logo teria mais.
As duas ficaram em silêncio. Roberta ainda pensava nas últimas horas, e imaginava se Bruna estava na mesma onda. Pelo sorriso da mulata, provavelmente não.
Bruna se levantou e fez uma sinal com as mãos indicando que Roberta deveria esperar. Ela foi até o banheiro, trazendo dois objetos. Uma cinta e um dildo em formato de tentáculo de polvo.
— Agora é a minha vez. Você me come?
— Sério que você tem um desses?
— É bem gostoso! — A resposta veio com uma animação que não estava presente antes. — E então?!
Roberta se levantou e pediu ajuda para se arrumar. Bruna ajudou a amiga com os ajustes e por fim ela se olhou no espelho. O tentáculo que escondia suas partes íntimas lhe dava uma aparência “exótica”, embora ela própria achasse que essa palavra era pouco.
Bruna, parecendo mais puta do que nunca com sua lingerie branca, se sentou e só passou a ponta dos dedos na buceta. Logo após, ofereceu para Roberta chupar.
— Delícia!
— O melhor vem agora.
Ela se virou e ficou de quatro. A buceta exposta para era bem mais do que um convite. Roberta veio por trás, introduzindo o dildo devagar. Bruna deu uma ajuda, jogando o corpo para trás:
— Ah caralho! Me fode!
Roberta sentiu confiança e aumentou o ritmo. Começou a foder a amiga e excitava com os gemidos da mulata:
— Gostando?
— Muito! Aí, não para não!
— Vai fazer o que eu mandar?
— Faço sim! Qualquer coisa, Roberta! Mas me fode!
— Isso! Chifra aquele filho da puta e goza pra mim.
— Sim! — A chave havia virado e Bruna havia virado uma puta. — Foda-se aquele corno! Ele merece um par de chifre!
Não era mais só amorzinho. Era sexo. Bruto, pegado, com aquela dose exata de sentimento e putaria.
Bruna começou a gemer e rebolar mais até gozar e cair na cama. Roberta veio junto, após tirar a cinta. As duas se beijaram e ficaram abraçadas.
— Era assim que você queria passar a noite? — Roberta perguntou enquanto afagava os cabelos de Bruna.
— … Não é o que eu tinha pensado, mas foi bem melhor! — A resposta veio com um sorriso.
As duas conversaram mais um pouco. Sobre o dildo, o que haviam feito e o futuro. As duas não se arrependeram de nada, mas concordaram que foi uma coisa do momento.
Dormiram juntas e felizes. E Kadu nunca soube do chifre.